Dia Nacional do Livro: um convite ao hábito de ler

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Comemorado no dia 29 de outubro, o Dia Nacional do Livro celebra a criação da primeira biblioteca brasileira denominada Biblioteca Nacional do Brasil, que este ano completou 211 anos.  Pode-se dizer que a história da biblioteca começou com a vinda da família real para o Brasil, quando o Rei Dom João VI trouxe vários livros, da biblioteca real portuguesa. Na ocasião, a família real veio fugida das ameaças do império de Napoleão Bonaparte. 

Para quem deseja conhecer mais sobre a Biblioteca Nacional, ela está localizada na cidade do Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, ademais, é considerada pela UNESCO uma das maiores bibliotecas da América Latina. Sobre o assunto é necessário relembrar a importância da leitura para a formação de um cidadão consciente dos seus direitos e deveres, enquanto ser social dotado de capacidade de interpretação e lógica.  Brito (2010) destaca que a leitura é um dos meios mais importantes para as novas aprendizagens, possibilitando a construção e o fortalecimento de ideias e ações.

“É por meio da leitura que é possível formar cidadãos críticos, uma condição indispensável para o exercício da cidadania, na medida em que torna o indivíduo capaz de compreender o significado das inúmeras vozes que se manifestam no debate social de pronunciar com sua própria voz” (BRITO, 2010).  Ou seja, o hábito da leitura cria uma sociedade ativa e interpretativa, capaz de elucidar diferentes situações, justamente por ter senso crítico cultivado pelo ler.

A formação de um leitor assíduo inicia na fase da infância sob a responsabilidade dos responsáveis. Nesse aspecto, Tussi e Rösing (2009) atribuem duas funções à família, como medidora de leitura. O primeiro papel de aproximador da criança e o livro, já o segundo e o papel de modelador (Tussi e Rösing, 2009). Ou seja, o incentivo à construção de novos leitores, começa dentro de casa, e cabe aos pais fazer esses papéis no sentido da aproximação e modelagem, entre os filhos e o universo dos livros.

Fonte: Freepik

A família como mediadora de leitura tem um papel fundamental, não apenas nos primeiros anos de vida da criança, mas também na formação de jovens leitores em constante construção (BALÇA, 2009).  Ou seja, além da aproximação com o livro, a família é fundamental no enraizamento da leitura como hábito nas crianças para a transformação dela em um adulto leitor.

E para quem deseja despertar o hábito de leitura nas crianças, ou tornar-se um adulto leitor, Palmas disponibiliza diversas bibliotecas espalhadas pela cidade. Um excelente passeio, além de ser um tempo de qualidade, em que a família poderá viajar o mundo, por meio das histórias narradas nos livros. Crie asas por meio da leitura. Para isso segue uma breve lista de biblioteca, em Palmas: Biblioteca Jaime Câmara, Biblioteca João Paulo II – IFTO, Biblioteca Prof. José Torquato Carolino, Biblioteca Pública Municipal de Taquaralto e Biblioteca Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. 

Fonte: Freepik

Referências

BALÇA, A. et al. Leitores em construção (?): Leitura(s) no Ensino Superior em Portugal – alguns indicadores. In: MARTOS, E.; RÖSING, T. (Org.). Prácticas de Lectura y Escritura.Passo Fundo: Editora da Universidade de Passo Fundo,2009.

Brasil, Biblioteca Nacional. Disponível em < https://www.bn.gov.br/sobre-bn/historico> Acesso: 30, de out, de 2021

Brito, Danielle Santos DE. A importância da leitura na formação social do indivíduo. (2010). Disponível em < http://www.fals.com.br/revela/revela027/edicoesanteriores/ed8/Artigo4_ed08.pdf> Acesso: 30, de out, de 2021.

TUSSI, R. C.; RÖSING, T. Programa Bebelendo. Uma intervenção precoce de leitura. São Paulo: Global, 2009.

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Alteridade: implantada “Biblioteca ao ar livre” no campus do CEULP/ULBRA

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A Biblioteca ao ar livre é o novo projeto (re)implantado pelo projeto de extensão Alteridade[1], no CEULP/ULBRA, e está funcionando desde o último dia 23/03/2016. O projeto nasceu a partir do curso de Biomedicina, porém havia deixado de funcionar durante algum tempo. O Alteridade, vendo potencial na ideia, abraçou a causa e se propôs a reestruturá-lo. A Biblioteca ao ar livre tem como motivação ser um novo espaço de integração e produção de conhecimento.

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A primeira doação de livros para o projeto veio do trote solidário do CEULP/ULBRA, o Akádemo. Essa será uma das práticas do Akádemo a partir de agora. Outras campanhas de doações também serão estruturadas, por exemplo para montar a “gibiteca”, e a seção de revistas. O ambiente tem por pretensão ser o novo espaço de integração do campus. Outros projetos do Alteridade, como exemplo, a aula de dança, acontecerá no mesmo local. O Alteridade também tem em seu planejamento abrir o espaço da Biblioteca ao ar livre para projetos como “clubes de livros”, entre outros.

A coordenadora do alteridade e idealizadora do projeto, professora doutora Ana Beatriz Duprè da Silva e a professora mestre Fabiana Fleury Curado contam os passos do projeto. De início o Alteridade (re)pensa o projeto já existente, modificando algumas regras. Por exemplo, agora o acadêmico só poderá levar um livro se deixar outro “porque senão todo mundo leva e esvazia”. Isso ocorrerá principalmente “até a gente começar a ter mais doações”, diz Ana Beatriz. No momento o foco é “fazer com que as pessoas entendam as regras e também fomentar a doação de livros”, explica Ana Beatriz. A Biblioteca ao ar livre está sendo organizada também com auxílio de uma monitora voluntária, acadêmica do curso de Psicologia e bibliotecária, Maria Madalena de Camargo.

A iniciativa já está chamando atenção dos acadêmicos. Iuri Souza de Barros, do curso de Engenharia de Minas, diz apreciar e achar interessante a ideia. “É novidade para o campus, eu achei muito interessante, a gente fica à vontade aqui no ‘sofazinho’, estudando”, comenta Iuri.

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[1] Núcleo de Atendimento Educacional Especializado aos Discentes – CEULP/ULBRA

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Quando as bibliotecas desintoxicam a mente

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Confesse. Certamente, em alguma época, você já experimentou (ou viu amigos experimentarem) o quão tenebroso é ser levado às “masmorras” do castigo estudantil. Esse castigo tinha nome e sobrenome. Atendia por “biblioteca escolar”.

Antes de tudo, é importante discorrer rapidamente sobre o que é uma “biblioteca” e o que é uma Biblioteca. A primeira geralmente está vinculada a um armazém de livros velhos, empoeirados, esperando por um leitor aventureiro que tope o desafio de passar parte do seu dia neste local, seja pela necessidade de uma pesquisa-suicida ou por um “castigo”. É a “masmorra”. Não há vida, não há movimento, não há promoção da leitura. Eu mesmo já passei por uma dessas.

A Biblioteca é diferente. É alicerçada em princípios que visam ao bem-estar do leitor/usuário, oferecendo-lhe diferentes suportes informacionais, organizados, geridos e disseminados através de práticas biblioteconômicas por profissionais que atuam como gestores de informação. Todo o espaço físico e demais recursos são pensados e planejados, seja no âmbito infantil ou não. Pesquisadores locais e remotos podem acessar a informação desejada através de catálogos on-line ou Serviços de Referência e atendimento.

A Biblioteca pode ser vista sob essa ótica nos mais variados segmentos: nacional, pública, digital, escolar, volante, empresarial, especial, especializada, universitária etc.

Projeto de Biblioteca volante (Foto: divulgação)

Feitos os esclarecimentos, não há dúvidas: é possível apontar a Biblioteca como um dos diversos espaços que podem “desintoxicar” a mente. É a leitura como respiração do intelecto. Ficaremos com a segunda opção para embasar o presente raciocínio.

Outro fator a ser destacado é a ideia de que o próprio hábito de utilização das Bibliotecas à época, por exemplo, da vida acadêmica, pode ser motivado por uma experiência positiva durante a infância. A presença de livros em casa, a leitura compartilhada entre pais e filhos ou a visita a espaços de leitura infantis podem se revelar como aspectos positivos no desenvolvimento do leitor. Além disso, é na Biblioteca infantil ou escolar que o indivíduo terá seus primeiros contatos com as fontes de pesquisa, como dicionários, enciclopédias, atlas, globos, revistas, CD-ROMS, internet, jogos etc.

Leitura infantil: necessidade e incentivo (Foto: divulgação)

 

Muitas Bibliotecas apresentam programas de incentivo à leitura como círculos de contos, exibição de filmes, palestras, pequenos espetáculos, prêmios, etc. E os exemplos, em diversos Estados, são positivos.

Biblioteca infantil (Foto: divulgação)

É essencial que os esforços realizados em prol das atividades que promovam o desenvolvimento do indivíduo enquanto leitor sejam separados das catastróficas “masmorras” que intoxicam as ideias sobre o papel e a necessidade das bibliotecas. Os maus exemplos serão sempre péssimos rótulos. Vale a pena experimentar a atmosfera que envolve uma verdadeira Biblioteca. A experiência poderá gerar frutos a serem colhidos não apenas no presente, mas no futuro de leitores e usuários, nas mais diversificadas áreas do conhecimento.

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