CAOS 2022: Acadêmicos de Psicologia participam de minicurso sobre “A política de Saúde do Trabalhador do SUS”
25 de novembro de 2022 Ellen Risia Moraes Alves
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No terceiro dia do congresso, quarta-feira, 23 de novembro às 19h na sala 405 no Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA ocorreu o minicurso “A política de Saúde do Trabalhador do SUS”, como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS) de 2022.
Fonte: Arquivo pessoal
Mayelle Batista, Psicóloga Clínica e Professora do CEULP/ULBRA foi a mediadora do evento. A ministrante Me. Mônica Costa Barros deu início ao minicurso, com a sua apresentação curricular, trazendo vivências adquiridas ao longo da sua carreira como Mestre em Ciências da Saúde UFT/TO, Especialista em Saúde Pública (UFT), Epidemiologia em saúde em ambiente e trabalhador (UFBA), em Vigilância e promoção à saúde em ambiente e trabalhado (Fiocruz/DF) e em Gestão de Políticas Informadas por evidências (Sírio Libanês/PROADI). Graduada também em Fisioterapia (UEG). De forma prática, conduziu uma dinâmica “quebrando tabus”, através da interação com os participantes, demonstrando que o minicurso seria uma construção de saberes, com o intuito de compartilhar a importância da Vigilância da Saúde do trabalhador.
Fonte: Arquivo pessoal
Para Mônica Costa, ter espaços de discussão sobre a Política de Saúde do Trabalhador é importante para a formação acadêmica de Psicólogos, uma vez que “Percebemos dentro da Rede de Atenção, que alguns profissionais que chegam ao trabalho dentro do SUS, não estão preparados para um enfrentamento de práticas e algumas políticas existentes, pois o trabalho e os propósitos são diferenciados, e a gente percebe que existe um abismo entre a formação e a prática dentro do serviço do SUS. Minicursos, congressos, seminários, a participação desses alunos em formação nesses espaços é de suma importância, e percebemos enquanto trabalhadores dentro dessa política, estratégias onde podemos qualificar na Assistência e a Atenção para a população dentro do SUS, no sentido de darmos mais visibilidade, alcançando mais profissionais de Saúde como atores políticos de cidadania ativos e vigilantes nesta questão dos processos do tipo que impactam a saúde dos trabalhadores e da população”.
O congresso ocorre dos dias 21/11 a 26/11 com o tema Saúde Mental no Trabalho, e conta com minicursos, palestras, momentos artísticos, psicologia em debate e sessões técnicas. O congresso tem como intuito proporcionar conhecimento e reflexões a respeito da saúde mental no ambiente.
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Caos 2022 – Psicologia em debate aborda o tema Síndrome de Burnout
25 de novembro de 2022 Sônia Cecília Rocha Rocha
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Aconteceu na manhã de quinta-feira dia 24/11/2022, as 09h0min, o psicologia em debate, como parte da programação da 70 edição do CAOS – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia, com o tema “Síndrome de Burnout”.
Em uma reunião via Meet que teve início as 09h00min, foi apresentado o tema síndrome de burnout pela estudante de psicologia do décimo período de psicologia, Danilla Façanha, Assistente social, Pedagoga, pós graduada em educação, pobreza e desigualdade social; Pós em Neuropsicopedagogia clínica e Instituicional e Análise do comportamento ABA.
O evento contou com a condução do mestre Sonielson Luciano de Souza, Mestre em Comunicação e Sociedade (UFT-2018 bacharel em Psicologia (Ceulp), bacharel em Comunicação Social (Publicidade – Ceulp/Ulbra); sócio-fundador do jornal e site O GIRASSOL (desde 1999) – http://ogirassol.com.br. É professor universitário (Ceulp/Ulbra); graduado em Psicologia pelo Ceulp/Ulbra. Pós-graduado (latu senso) em Educação, Comunicação e Novas Tecnologias, com ênfase em Docência Universitária (Unitins/UFBA – 2006); Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília (UCB); Pós-graduado em Psicologia Analítica (Unyleya-DF); É coordenador e colaborador do Portal (En)Cena (http://www.encenasaudemental.net).
A apresentação do assunto discorreu desde a metodologia até as evitações que é possível se ter pra evitar a síndrome. Na metodolgia, a mediadora trouxe dados siginificativos acerca do início da descoberta da síndrome, trazendo os pensamentos de seus percussores tais como, Grahan Greene, Maslach e trouxe também os pensamentos de Dejours que é o pai da psicodinâmica do trabalho, com uma apresentação rica em detalhes de modo a envolver os mais de cem participantes.
A apresentação de Danilla trouxe dados da síndrome de burnout sob o olhar da pesquisadora Christina Maslach, considerada a autoridade mundial sobre estresse e especialista em Burnout, que conceitua a síndrome como sendo: um fenômeno psicossocial que ocorre como resposta crônica os estressores interpessoais advindos da situação laboral, uma vez que o ambiente de trabalho e sua organização podem ser responsáveis pelo sofrimento e desgaste que acometem os trabalhadores. A mesma pesquisadora ainda caracteriza a Síndrome de Burnout em três dimensões ou subescalas: (i) Exaustão Emocional (EE) – quando o profissional experimenta sentimentos de esgotamento ou esgotamento de energia; (ii) Despersonalização (DE) – quando ocorre o aumento da distância mental do emprego, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao trabalho de alguém; (iii) reduzida Realização Profissional (RRP) – resultante da baixa redução da eficácia profissional.
Através de suas pesquisas, podemos observar que, que o trabalhador acometido da Síndrome de Burnout, possui menos interesse em práticas inovadoras e apresenta um desgaste físico e psicológico quando exigido o emprego de maior criatividade e comprometimento com o trabalho. Além de dados científicos relevantes, Danilla nos trouxe sua própria experiência em relação ao burnout, ela foi acometida pela síndrome e enriqueceu a apresentação com sua experiência pessoal.
Houve bastante interação do público com a mediadora, mostrando que a psicologia em debate superou as expectativas de público, apesar de uma manhã caótica de chuva torrencial. Saímos todos com mais saberes acerca das problemáticas que podemos enfrentar com o outro e entorno de nós mesmos.
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CAOS 2022: Seminários Clínicos promovem experiências práticas dos acadêmicos de psicologia
18 de novembro de 2022 Ana Paula Abreu dos Anjos
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Parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS), os seminários clínicos referem-se a explanação sobre as práticas clínicas de acadêmicos vivenciadas durante o Estágio Específico em Processos Clínicos e Psicoterapêuticos do Ceulp/Ulbra. Os seminários clínicos desta edição ocorrerão no dia 21 de novembro, a partir das 9 horas, no Auditório Central do CEULP/ULBRA, com mediação da psicóloga e coordenadora do Serviço Escola de Psicologia do CEULP/ULBRA (SEPSI), Bruna Medeiros Freitas.
Estudos de casos serão apresentados por acadêmicos a partir das perspectivas da Terapia Cognitivo-Comportamental, Psicologia Analítica, Análise do Comportamento, Terapia Focada nas Emoções, Psicanálise e Sistêmica.
O CAOS – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia deste ano ocorrerá entre os dias 21 e 26 de novembro, o congresso é realizado pelo curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP), com o tema Saúde Mental no Trabalho. Para programação completa e inscrição acesse o site https://ulbra-to.br/caos/edicoes/2022/.
Programação – Seminários Clínicos em Psicologia
Local: Auditório Central – 09h.
Mediadora: Bruna Medeiros Freitas – (CRP 23/1777) Psicóloga Clínica e Coordenadora do Serviço de Psicologia – SEPSI – Ulbra Palmas.
TERAPIA SISTÊMICA: “QUANDO PODEREI SER ADOLESCENTE? ATENDENDO FILHOS TRIANGULADOS COM OS PAIS”
Beatriz Cirqueira Almeida – Acadêmica de Ênfase II em Processos Clínicos do curso de Psicologia do Ceulp. Supervisão: Profa Me Cristina D’Ornellas Filipakis – Psicóloga (CRP 23/844) e Professora de Psicologia do Ceulp.
PSICOLOGIA ANALÍTICA: “INDIVIDUAÇÃO/AUTORREALIZAÇÃO NO MANEJO CLÍNICO JUNGUIANO”
Jucimar Souza Ribeiro – Acadêmico de Ênfase II em Processos Clínicos em 2022/1 do curso de Psicologia do Ceulp. Supervisão: Prof Me Sonielson Luciano de Sousa – Psicólogo (CRP 23/1853) e Professor de Psicologia do Ceulp.
PSICANÁLISE FREUDIANA: “SESSÕES INICIAIS NO ATENDIMENTO PSICANALÍTICO”
Laura Braga Costa – Acadêmica de Ênfase I em Processos Clínicos do curso de Psicologia do Ceulp. Supervisão: Profa Dra Ariana Campana Rodrigues – Psicóloga (CRP 23/1288) e Professora de Psicologia do Ceulp.
TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL: “A PRÁTICA CLÍNICA E O USO DA PSICOLOGIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS”
Matheus Gouveia Araújo e Crislenne Vitoria Meneses Silva – Acadêmicos de Ênfase I em Processos Clínicos do curso de Psicologia do Ceulp. Supervisão: Profa Me Izabela Almeida Querido – Psicóloga (CRP 23/506) e Professora de Psicologia do Ceulp.
PSICANÁLISE FREUDIANA: “RECORDAR, REPETIR, REPETIR, REPETIR… QUAL O TEMPO DE ELABORAR?”
Paula Renata Casimiro Pereira – Acadêmica de Ênfase II em Processos Clínicos em 2022/1 do curso de Psicologia do Ceulp. Supervisão: Profa Me Muriel Correa Neves Rodrigues – Psicóloga (CRP 23/377) e Professora de Psicologia do Ceulp.
TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL: “A ORIENTAÇÃO PARENTAL COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO”
Ana Paula de Lima Silva e Jéssika Luane Barboza dos Santos – Acadêmicas de Ênfase I em Processos Clínicos do curso de Psicologia do Ceulp. Supervisão: Profa Dra Ruth do Prado Cabral – Psicóloga (CRP 23/1690) e Professora de Psicologia do Ceulp.
TFE – TERAPIA FOCADA NAS EMOÇÕES: “RAIVA DESADAPTATIVA DESENCADEADA POR SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIAS”
Ana Maria Moura Maciel Costa e Larissa Ferreira Nogueira – Acadêmicas de Ênfase I em Processos Clínicos do curso de Psicologia do Ceulp. Supervisão: Profa Me Ana Letícia Covre Odorizzi Marquezan – Psicóloga (CRP 23/844) e Professora de Psicologia do Ceulp.
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CAOS 2022: Mostra de Práticas em Psicologia cria espaço para o compartilhamento de experiências
18 de novembro de 2022 Ana Paula Abreu dos Anjos
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Parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS), no segundo semestre de 2022, vai ser realizada a 2° Mostra de Práticas em Psicologia, esta edição ocorrerá no dia 21 de novembro, das 19h às 22h, no miniauditório 543 do CEULP/ULBRA, com mediação da professora no curso de Psicologia do CEULP/ULBRA, Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade da Beira Interior, Covilhã-Portugal (2015), a psicóloga clínica Muriel Corrêa Neves Rodrigues.
A edição deste ano acontecerá entre os dias 21 e 26 de novembro, o congresso é promovido pelo curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP), e o tema desta edição é Saúde Mental no Trabalho.
Destinado a acadêmicos e profissionais de Psicologia, o evento tem como objetivo suscitar discussões no âmbito acadêmico e profissional sobre questões relacionadas à saúde mental no ambiente do trabalho, com palestras, mesa-redonda, minicursos, seminários, entre outros. Para programação completa e inscrição acesse o site https://ulbra-to.br/caos/edicoes/2022/.
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Psicólogo Rafael Rodrigues participa de Mesa Redonda no CAOS
17 de novembro de 2022 Pollyanna Silva Carvalho
Entrevista
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A edição do CAOS de 2022 contará de diversas apresentações e, dentre estas, teremos uma Mesa Redonda que discutirá o tema Trabalho, Sofrimento e Autorrealização, que contará com os psicólogos Rafael Rodrigues de Souza (CRP 06/81640), Tássio de Oliveira Soares (CRP 23/000660) e terá como mediador o psicólogo Caio Cesar Brum (CRP 23/2370).
Em entrevista concedida ao portal (En)Cena, o palestrante Rafael respondeu algumas perguntas sobre sua participação no evento.
Fonte: Arquivo pessoal
En (Cena) – O trabalho acompanha a humanidade desde seus primórdios. Pode dissertar sobre a evolução do trabalho e suas conexões modernas com o sofrimento e como tudo se conecta com a autorrealização?
Rafael Rodrigues – Eu exploro o histórico do trabalho especialmente no quarto capítulo do meu livro, nele eu explico que o trabalho é, na verdade, uma das formas que a sociedade contemporânea se organizou, sendo as empresas pequenas células sociais que compõem uma teia relacional e econômica que influencia a vida da grande maioria das pessoas a ao redor do globo. Em termos pragmáticos, o trabalho evoluiu no sentido de maior especialização, maior segurança física aos trabalhadores (pelo menos nos trabalhados regulamentados) e maior necessidade do uso de capital intelectual. Por outro lado, a concorrência entre pessoas estimuladas pelas empresas, o excesso de horas de trabalho e as pressões psicológicas diversas, criaram ambientes propícios a criação de condições socioemocionais ruins. Com isso, fica patente o aumento de doenças tais como depressão, ansiedade e transtorno do pânico decorrentes do trabalho. Mas isso não se conecta à autorrealização. Na verdade, autorrealização é poder encontrar sentido e significado no trabalho, de forma que ele sirva a si e à sociedade, em vez de ser apenas um produtor de sofrimento e prol de um suposto enriquecimento financeiro ou da geração de renda que garanta a biossobrevivência. No sentido junguiano, precisamos nos desapegar das personas para se entregar ao trabalho, integrando-o à nossa vida.
En (Cena) – Como fica a autorrealização para um trabalhador que desempenha uma atividade automatizada em uma mega indústria? Qual a principal distinção entre a autorrealização de um profissional liberal e um empregado assalariado?
Eu diria que um trabalhador que desempenha uma atividade automatizada em uma mega indústria ainda goza de algum privilégio no sentido de ter algumas garantias, como segurança do trabalho ou até mesmo ter a possibilidade de migrar para outras áreas dentro da empresa, uma vez que as grandes empresas têm estrutura e visibilidade. Muitos industriais do ABC Paulista dos anos 80 e 90 ofereceram condições dignas para suas famílias, dando formação universitária aos seus filhos, algo que mudou especialmente dos anos 2010 em diante (entre 2002 e 2010 houve um expressivo aumento real nos salários dos operários, mas paralelamente muitas faixas salariais mais baixas foram criadas – nesta época eu trabalhava na indústria automobilística). Mas temos milhares de trabalhadores que trabalham em empresas com menor visibilidade e em condições de trabalho quase análogas à escravidão – não quero dizer com isso que empresas grandes são melhores que as pequenas empresas, pois existem muitas empresas de porte pequeno e médio que são sérias e éticas. Contudo, as grandes corporações têm mais exposição e por isso são fiscalizadas mais de perto. E a autorrealização, tal como descrevo em meu livro, nada tem a ver com a natureza do trabalho em si. A questão é que deve haver dignidade para qualquer pessoa, em qualquer atividade que ela desempenha, com uma remuneração adequada para que ela consiga ter uma vida com qualidade. Nos países nórdicos, por exemplo, conseguiu-se chegar num patamar em que as diferenças de classe foram bastante reduzidas, tendo um trabalhador de atividades menos qualificadas uma diferença salarial menos significativa versus aqueles que performam atividades que exigem maior qualificação, algo bastante diferente quando olhamos para a realidade do Brasil, onde as diferenças são patentes. Todo trabalho é importante, por isso os critérios de diferenciação salarial deveriam ser profundamente debatidos em sentido psicossocial e não apenas em sentido econômico-financeiro. Imaginemos o que seria de qualquer cidade sem o honroso e imprescindível trabalho dos garis. Mas precisamos lembrar que em países como o Canadá, por exemplo, muito do que é feito manualmente aqui no Brasil se faz com máquinas na hora da recolha do lixo. E o que pensar dos países que não investem em pesquisas sociais, tecnológicas, humanas? A pesquisa é o caminho para criar alternativas de trabalho e de repensar o mundo em que vivemos (não apenas no sentido do trabalho). A dignidade no trabalho é uma construção que passa pelo investimento em segurança física e psicológica, oferecimento de remuneração condizente com as necessidades alimentares, educacionais, sociais e culturais de uma pessoa, além de trazer a tecnologia como aliada. Ao conseguirmos atingir este patamar, o processo de autorrealização é a conquista maior que deve ser buscada pelo indivíduo, que é o defendido no meu livro com a “Obra Alquímica” no sentido junguiano. Nesse sentido, não há qualquer diferença entre um trabalhador assalariado ou profissional liberal. A construção de um trabalho digno pode (e deve) se dar em qualquer atividade. O trabalho a meu ver, deveria ser um meio para o indivíduo se autorrealizar enquanto serve à sociedade; é um paradoxo, ele serve a si mesmo, enquanto serve ao outro. É o que Jung chama de contrapartida da individuação, que por ser uma jornada individual e interna, deve ter sua contraparte no mundo externo.
En (Cena) – O sofrimento debatido, é uma etapa predecessora à realização pessoal do indivíduo?
Colocar o sofrimento como uma etapa predecessora da autorrealização me parece um reducionismo, pois se assim o fosse, todo mundo que passasse pelo sofrimento no trabalho chegaria à autorrealização, mas na prática muita gente apenas sofre, e nada muito além disso. O que posso dizer, em sentido psicológico, é que o sofrimento faz parte da condição humana. Mas com a ampliação de consciência, especialmente por meio da análise junguiana, é possível dar um novo sentido para este sofrimento, de forma que ele possa se transformar, simbolicamente, em algo imbuído de sentido e significado.
En (Cena) – O processo para a satisfação pessoal é árduo, pode dar alguma dica para aqueles que ainda irão percorrer esse trajeto para não desistirem no meio do caminho?
Eu não tenho qualquer pretensão de concordar que o processo de satisfação pessoal é árduo, pois isso pode variar conforme a experiência e condições de vida de cada pessoa. Toda generalização é genérica, e em si, se distancia do que é realmente humano. Podemos até suspeitar que isso seja uma verdade em termos estatísticos, mas muita gente é satisfeita consigo ou ao menos tem uma fantasia de satisfação. Para uma ou para outra parte, o que sugiro é que faça da vida um palco de descoberta de si, buscando a análise, a cultura, conhecendo outra cidade, outro país, lendo muitos livros – sou um entusiasta da cultura e ela é parte essencial da construção de autoconhecimento de uma sociedade. E o autoconhecimento não tem data e hora para acabar. Começa no dia que nascemos e nos acompanha, pelo menos até onde a consciência pode afirmar, até o nosso último suspiro. Se autoconhecer é o habilitador para a compreensão de muitas coisas na vida, até mesmo o encontro da satisfação na insatisfação e a descoberta da insatisfação na fantasia de satisfação.
En (Cena) – Qual a sua expectativa com esse debate, o que pretende alcançar e qual mensagem deseja passar para os que estarão presente?
Eu tenho um falar comum: não tenho pretensão de transformar as pessoas numa fala de alguns minutos, mas se eu conseguir ao menos incomodar, gerar alguma emoção em quem me escuta, não importando qual tenha sido essa emoção, boa ou ruim, me darei por satisfeito. O incômodo é capaz de sensibilizar as pessoas a buscar algo diferente, mesmo que seja para contrapor ou para dizer que vociferei um monte de bobagens. É melhor assim do que a indiferença, essa sim é muito ruim, pois não sensibiliza, não transforma, não movimenta. Claro que ficarei entusiasmado se conquistar aliados nas perspectivas que apresento, mas isso é apenas parte do processo. Cabe lembrar que entusiasmo vem do grego “en theos” que se refere a algo como “animado pelo divino”. Por isso valorizo o entusiasmo compartilhado, pois ele pode ser um grande catalisador das grandes mudanças que queremos ver no mundo.
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CAOS 2022 terá minicurso sobre “Saúde Mental dos Profissionais que Atuam com foco na violência”
16 de novembro de 2022 Maria Laura Maximo Martins
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Dos dias 21 à 26 de novembro, o Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP, irá promover o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS), com o tema “Saúde Mental no Trabalho”.
Dentre as diversas atividades propostas no cronograma, haverá o minicurso “Saúde Mental dos Profissionais que Atuam com foco na violência”, que ocorrerá no dia 23 de novembro, às 19h, na sala 222 da instituição.
Será ministrado por dois profissionais renomados na área: Mayra Dayanne Soares Barbosa, Psicóloga (CRP 23/672), Egressa do Ceulp/Ulbra, Servidora efetiva da Secretaria de Cidadania e Justiça, atuando na Escola Superior de Formação e Qualificação Profissional do Sistema Socioeducativo; o segundo profissional é o Me. Vanilson Pereira da Silva, Psicólogo Clínico (CRP 23/0801), Mestre em Ciências da Saúde, Formação no Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense (Esmat – TO), Tutor PIRS: Programa Saúde da Família e Comunidade.
Ambos currículos são convidativos, demonstram vasto conhecimento na temática apresentada. Sendo assim, pode-se esperar um momento de aprendizagem e reflexão para um assunto tão importante e complexo.
Levando em consideração a relevância da saúde mental dos profissionais atuantes no âmbito da violência, a complexidade intrínseca nessa área, faz-se necessário saber reconhecer essa realidade, as fragilidades, as potencialidades, bem como as maneiras de preservar e desenvolver a saúde psíquica desses sujeitos, até mesmo para garantir um trabalho de fato bem-sucedido.
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CAOS 2022 – Psicologia Em Debate Especial aborda o tema “Trabalho, esporte e saúde mental”
8 de novembro de 2022 Sônia Cecília Rocha Rocha
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O Psicologia em debate é um espaço acadêmico, onde durante o Congresso serão abordados espaços de escuta e fala com foco na temática trabalho e saúde Mental.
Com a condução do professor Sonielson de Sousa, dentro do congresso Acadêmico de saberes em Psicologia – Caos 2022, acontecerá o Psicologia em debate com foco no tema “Trabalho, esporte e saúde mental” O evento acontecerá na manhã de quinta feira, dia 24 de novembro de 2022, com início as 9h30min.
O evento será conduzido pelo acadêmico de psicologia, José Eduardo Bispo de Oliveira, que pretende se aperfeiçoar em psicologia positiva como meio de motivar as pessoas a ter momentos satisfatórios.
A abordagem do acadêmico seria entorno da utilização da psicologia positiva como perspectiva, tendo o FLOW (fluir), com intuito de obter o alto desempenho e a felicidade em momentos que, usualmente não são aceitos pela cultura como possíveis de se obter prazer e contentamento. Como no trabalho, no esporte e por conseguinte, ter uma boa saúde mental nesses ambientes.
Por essa ótica, a teoria do Flow aprofunda-se em mapear de forma estatística como pessoas que mesmo exercendo profissões que usualmente não constituem os rótulos sociais de prestígio, exercem seu dia-a-dia com prazer e satisfação. Desse modo, o Flow vai além da simples felicidade por concluir uma atividade, a teoria aborda que é fundamental que exista um desafio, somado a um feedback do outro, para que dessa forma possam ser construídos elementos para seja formada a fluição.
O conceito de Flow foi desenvolvido pelo psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi e pode ser entendido como um estado no qual a pessoa está tão envolvida em uma atividade, que se torna capaz de esquecer-se do tempo, da fome, da fadiga física e mental, do ambiente e até dos ruídos a seu redor. É um conceito novo que precisamos nos inteirar mais, considero imperdível esta apresentação, se mostra como uma nova didática para futuras intervenções.
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CAOS 2022 – Psicologia em Debate Especial aborda o tema “Síndrome de Burnout”
7 de novembro de 2022 Sônia Cecília Rocha Rocha
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Com a condução do professor Sonielson de Sousa, dentro do congresso Acadêmico de saberes em Psicologia – CAOS 2022, acontecerá o Psicologia em Debate com foco no tema “Síndrome de Burnout”. O evento acontecerá na manhã de quinta feira, dia 24 de novembro de 2022, com ínicio as 09:00 horas.
O evento será conduzido pela acadêmica do curso de Psicologia que está no décimo período, Danilla Façanha, que também é Assistente social, Pedagoga, pós-graduada em Educação, Pobreza e Desigualdade social; Pós em Neuropsicopedagogia Clínica e Instituicional e Análise do comportamento Aplicada (ABA).
O Psicologia em debate é um espaço acadêmico, onde durante o Congresso serão abordados espaços de escuta e fala com foco na temática trabalho e saúde Mental.
Danilla abordará várias nuances desta síndrome, considerando o progressivo interesse científico nas ocorrências da síndrome de burnout. Será apresentado uma amostra significativa das inúmeras teorias que existem nestes estudos, e algumas questões atuais de discussão sobre o seu conceito.
A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome de estafa Profissional, é uma doença mental que acontece logo após o indivíduo passar por situações de trabalho extenuantes, competições, assédios, ou mesmo por problemas internos mal resolvidos dentro do trabalho.
Essa síndrome acontece por trabalho excessivo sempre atrelado a muito pressão. Alguns profissionais tem maior tendência a apresentar a Síndrome de Burnout, tais como: médicos, enfermeiros, professores, policiais e jornalistas, além de profissionais que desempenham dupla ou tripla jornada.
É um assunto de muita importância no nosso dia-a-dia, o que torna o evento de suma importância para todos os acadêmicos e os envolvidos no evento, portanto, não percam. Vamos saber mais a respeito desse tema que poderá nos servir de guia para possíveis intervenções no nosso futuro profissional.
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CAOS 2022: Palestra de abertura irá abordar o trabalho plataformizado e o impacto nos indivíduos
4 de novembro de 2022 Maria Laura Maximo Martins
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O Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS), neste ano de 2022, terá como tema “Saúde mental no trabalho” e conta com uma programação repleta de atividades diversificadas envolvendo a temática. Na terça-feira, dia 22/11, ocorrerá a palestra de abertura, no horário das 19h às 22h, sob o título de “Trabalho Plataformizado e a devastação dos sujeitos”.
A palestra em questão será realizada pela profissional Lêda Gonçalves de Freitas, que possui um currículo ímpar na área: é Pós-doutora em Psicossociologia pelo Conservatoire National de Arts et Métiers (CNAM), em Paris, Doutora em Psicologia Organizacional e do Trabalho pela Universidade de Brasília (UnB), Vice-coordenadora do Grupo de Trabalho: “Trabalho, Subjetividade e Práticas Clínicas” da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), Docente do programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB), Editora da Revista Trabalho (EN) Cena. No que diz respeito à pesquisa, atua com os temas: Trabalho contemporâneo: uberização, precarização e sentidos do trabalho; Mobilização subjetiva no trabalho; Saúde do trabalhador; Clínica do trabalho e potência para as resistências.
Durante a palestra, a convidada irá destacar as nuances do mundo laboral, bem como as mudanças atuais ocorridas nesse contexto, se constituem como tópicos extremamente relevantes a serem discutidos. Além disto, no decorrer da pandemia, diversas alterações foram incrementadas de maneira repentinas, acelerando assim as atualizações e modificações na dinâmica do trabalho, trazendo a tecnologia, as plataformas digitais, para mais perto, tornando-se quase que imprescindível sua utilização para efetivar o trabalho em si.
Após tantas modificações, é importante entender de que forma os indivíduos são atingidos e impactados com essa nova realidade, que por sua vez possui uma nova dinâmica, novas ferramentas; dessa forma provocando nos sujeitos novas formas de agir, fazer, pensar, sentir… Sendo assim, a palestra será um momento para promover a informação sobre esse processo de “plataformização”, visando clarear ideias e realizar troca de discussões.
Durante todo o período do CAOS, que se estende do dia 21/11 ao dia 26/11, serão oferecidos múltiplos momentos (paletras, minicursos, mesas redondas, etc) com o intuito de promover a informação, transmitir conhecimentos embasados cientificamente e suscitar reflexões. Para mais informações, consulte https://www.ulbra-to.br/