Doenças relacionadas ao tabaco matam 6 milhões de pessoas por ano

Compartilhe este conteúdo:

Que o cigarro é prejudicial, isso não há como contestar, mas você sabia que a cada seis segundos uma pessoa morre de doenças relacionadas ao tabaco, o que equivale em média 6 (seis) milhões de pessoas por ano?  Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesse mês de julho em Manila nas Filipinas, afirma exatamente isso. Os dados tornam-se assustadores e a agência da ONU para a saúde relata que esse número deve aumentar para mais de 8 (oito) milhões de pessoas por ano até 2030 se não forem tomadas medidas de controle.

Intitulado de relatório sobre a “Epidemia Global de Tabagismo 2015”, a atividade é centrada na questão do aumento de impostos sobre os produtos de tabaco, além de trazer o nível de implementação de medidas mais efetivas para o controle de tabaco no âmbito nacional em todos os Estados Membros da OMS, que inclui os países da Região das Américas e Brasil. De acordo com as pesquisas, o aumento de impostos é uma medida eficaz e de baixo custo para reduzir a demanda, o que oportuniza também maiores investimentos em serviços de saúde.

De acordo com o relatório, entre os países membros da OMS, somente 33 países aplicam impostos que correspondem a mais de 75% dos preços de varejos de cigarros e outros produtos de tabaco. Muitos países aplicam taxas de impostos extremamente baixas e outros não tem nenhum imposto especial incidindo sobre esses produtos.

Para a OMS, poucas ações são feitas para aconselhar as pessoas a parar de fumar ou ajudar a reduzir o consumo. “Aumentar os impostos sobre os produtos do tabaco é uma das maneiras mais eficazes – e de baixo custo – para reduzir o consumo de produtos que matam, e ao mesmo tempo, gerar receitas substanciais“, declara a Diretora Geral da Organização, Margaret Chan.

O fumo é um dos quatro principais fatores de risco por trás de doenças não transmissíveis, a maioria dos tipos de câncer, doenças cardiovasculares, pulmonares e diabetes. É interessante ressaltar os males que o cigarro causa no organismo do usuário e de quem convive com ele (fumantes passivos).

MALEFÍCIOS DO FUMO AO CORAÇÃO:

? Aumenta o colesterol;
? Reduz o diâmetro dos vasos sanguíneos;
? Aumenta os riscos de infarto, AVC, aneurisma da aorta e insuficiência cardíaca;
? Aumenta a pressão e o ritmo cardíaco, forçando o coração a trabalhar mais;
? 1 a cada 5 mortes por doenças cardiovasculares é decorrente do tabagismo;
? Fumantes têm 4 vezes mais chances de sofrer com problemas cardiovasculares;
? Fumantes passivos aumentam 30% o risco de ter uma doença cardíaca;
? Um infarto costuma ocorrer 10 anos mais cedo em pessoas fumantes.

Os não fumantes expostos à sua fumaça absorvem nicotina, monóxido de carbono e outras substâncias contidas no cigarro, da mesma forma que os fumantes. Os fumantes passivos sofrem os efeitos imediatos, tais como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, dor de cabeça, exacerbação de problemas alérgicos e cardíacos – principalmente elevação da pressão arterial e dor no peito.

QUANTO VOCÊ GANHA DE VIDA SE LARGAR O CIGARRO AOS:
30 ANOS + 10 ANOS
40 ANOS + 9 ANOS
50 ANOS + 6 ANOS
60 ANOS + 3 ANOS

Compartilhe este conteúdo:

Desnudando alguns mitos a respeito do uso da maconha

Compartilhe este conteúdo:

Bem, desde criança, ouço falar da possível legalização da maconha no Brasil, e sempre que esse assunto aparece na mídia, há vários debates sobre os seus possíveis malefícios e benefícios. Muitos desses debates sustentam-se em questões de saúde pública, onde, acredita-se que a maconha traria vários males à saúde. Por outro lado, os que defendem a liberação da mesma também tentam se basear em questões de saúde pública, afirmando que drogas liberadas, tais como o álcool ou o cigarro, causam mais malefícios à saúde que a maconha. Esses argumentos, em sua maioria, sustentam-se em mitos acerca da maconha sem nenhuma base científica.

Eu tenho minha própria opinião sobre a legalização da maconha, mas antes de falar, tentarei explicar os principais mitos acerca dessa planta tão polêmica.

Primeiramente, o que é a maconha?

Maconha é nome popular da planta Cannabis Sativa. Não se sabe ao certo quando a humanidade começou a utilizar essa planta, mas há relatos de sua utilização como medicamento desde o século XV a.C.

No Brasil, acredita-se que a planta foi trazida pelos escravos africanos por volta do século XV d.C.. Por muito tempo a maconha foi utilizada como medicamento, sendo inclusive seu plantio incentivado pela coroa portuguesa no Brasil. A maconha só foi legalmente proibida no Brasil no ano de 1930, quando foi proibido o uso recreativo e medicamentoso da mesma. A partir desse ano, começaram a surgir os grandes mitos acerca dos possíveis males e benefícios que a planta poderia proporcionar, e até hoje esses mitos são difundidos pela mídia, e a população, leiga, aceita como verdade científica. Então vamos aos principais mitos e verdades científicas por traz da maconha.

 

A maconha é menos prejudicial que o cigarro aos pulmões?

Muitos acreditam que a maconha, por conter menos “química” que o cigarro, cause menos mal ao pulmão quando fumada. Eis um grande mito difundido pelos que defendem sua legalização.

Por não ter filtro a fumaça na maconha e totalmente absorvida pelos pulmões; isso leva a um dano respiratório muito maior. Já se sabe que 1 cigarro de maconha equivale de 2,5 a 5 cigarros em termo de obstrução respiratória. Porém, diferente do que se acredita, não há relatos de enfisema (uma doença pulmonar que dilata e rompe a passagem do ar nos pulmões, levando a problemas respiratórios) causado pela maconha.

 

A maconha pode levar a câncer de pulmão?

Argumento que os contrários à legalização da maconha adoram usar. Bem, se o medo de câncer de pulmão é real, porque permitir o cigarro, onde o risco é maior?  Não há evidencias suficientes para crer que a maconha pode levar ao câncer, porém podemos de fato especular que isso é possível, já que a fumaça do cigarro de maconha contém substâncias irritantes e cancerígenas assim como o cigarro.

O uso de maconha pode levar a um infarto?

Este é um mito com fundo de verdade. De fato, um dos efeitos do uso agudo da maconha é elevar o trabalho do coração, além de que a sua fumaça é rica em monóxido de carbono, o que piora os danos ao coração.

Porém, o risco de enfarta com uso de maconha não é tão alto. Se você não tiver nenhum tipo de doença cardiovascular, o risco é realmente baixo. Agora, se você tiver alguma doença como Angina Pectoris ou Doença Coronária, é melhor evitar o uso, pois a chance de você enfartar após o uso aumenta em até 4 vezes.

O uso de maconha pode causar dano hepático igual ao consumo de álcool?

Não sei afirmar quem teve essa ideia, já até usaram esse argumento contra mim. Fiquei sem entender como a maconha pode causar dano no fígado. Após muita pesquisa cheguei a uma conclusão: a maconha só pode causar dano ao fígado se você a ingerir junto com álcool, e tem que ser um volume elevado de álcool. Há varias pesquisas que mostram que a maconha não causa dano hepático nenhum.

A maconha destrói os neurônios e te deixa “burro”?

Outro grande mito usado por quem é contra a legalização. Várias pesquisas provam que o uso de maconha não causa qualquer tipo de dano de cerebral e nem afeta seu QI. Contudo, essas pesquisas foram realizadas em adultos. O uso da maconha durante a adolescência pode sim levar a um leve dano cerebral, mas nada muito significativo. Já sobre as funções cognitivas, pesquisas indicam que o uso crônico da maconha pode levar a um declínio dessas funções.

A maconha pode causar doenças psiquiátricas, tais como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar e ansiedade?

Eis uma questão polêmica, e de constantes discussões entre a comunidade científica. Vale lembrar que todas essas doenças são multifatoriais e que o simples uso da maconha não pode desencadeá-las.

Várias pesquisas indicam que o uso da maconha na adolescência é um fator de risco para o surgimento da esquizofrenia na fase adulta, além de acelerar o inicio da doença. Vale lembrar que um dos efeitos da intoxicação pela maconha e a alucinação, conhecido entre os usuários como “má viagem”.

Um dos efeitos agudos é do uso de maconha, é uma crise de ansiedade, que acomete principalmente os usuários recentes da droga. Mas há pesquisas que mostram que o uso crônico da maconha pode levar a um quadro de ansiedade e/ou síndrome do pânico.

Sobre a depressão e o transtorno bipolar, não há provas que indicam que a maconha induza a esses quadros. Talvez o mito tenha surgido justamente pelo fato de que pessoas diagnosticadas com essas doenças tendem a usar mais drogas, principalmente a maconha.

A maconha pode levar a overdose e a dependência?

A maconha pode matar sim, mas só se um caminhão carregado com ela cair em cima de você. Brincadeiras a partes, não há relato que o uso de maconha pode levar a um quadro de overdose. Porém, a dependência, apesar de ser rara se comparada a outras drogas, é um risco real.

Bem, esses são os principais mitos acerca da maconha, essa planta tão polêmica que causa tantas discussões.

Minha opinião sobre a legalização da maconha?

Sou contra o uso recreativo dela, pois já bastam o álcool e o tabaco para complicar a vida do sistema público de saúde e o trânsito (a maconha reduz o reflexo igual o álcool, o que pode levar a um aumento de acidentes). Contudo, renegar totalmente a planta é um erro, pois ela tem um potencial para o uso medicinal. Nesse caso, sou a favor da liberação do seu uso medicinal.

Compartilhe este conteúdo: