Movimento e bem-estar: uma história de sucesso na Educação Física

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O (En)Cena entrevistou Adria Bruna Silveira Mota, registrada no Conselho Regional de Educação Física (CREF), para conhecermos mais sobre a sua experiência como Personal Trainer. A entrevista foi feita por Maria Fernanda Mota Sousa e Myrella Silva, ambas estudantes de Educação Física no Ceulp/Ulbra do segundo e primeiro período respectivamente. 

Adria relatou detalhes de sua trajetória profissional, desde as motivações para a escolha da carreira de Personal Trainer, até as dificuldades e aprendizados nesse percurso. Ela destacou a importância do preparo físico e mental que a profissão exige, afirmando que trabalhar diretamente com o público é um trabalho árduo e diário que exige dedicação e empatia. Adria disse que um dos principais desafios, além de se manter sempre atualizada, é entender a individualidade de cada aluno e adaptar o treino para que todos alcancem seus objetivos de forma segura e eficiente. 

Perguntamos também como ela lida com a evolução dos alunos e com a motivação deles. Adria explicou que tenta construir uma relação de confiança, para que os alunos se sintam confortáveis e motivados a continuar. Ela conta que, para ela, cada vitória dos alunos é uma conquista coletiva, que a motiva a dar o seu melhor a cada dia.  

Ao final da conversa, Adria deixou uma mensagem sobre a importância de se buscar um profissional qualificado para o acompanhamento físico. Para ela, o trabalho do Personal Trainer vai além de prescrever os treinos, e sim orientar para uma vida mais saudável e equilibrada. Ela ressalta que cada aluno é único, e é a ajuda de um acompanhamento especializado que faz a diferença para atingir o que se deseja.

Foi uma entrevista inspiradora, onde pudemos perceber melhor a paixão de Adria pela profissão e o comprometimento dela com a saúde e o bem-estar dos alunos.

(En)Cena – O que te fez escolher o curso de Educação Física e atuar na área, e quais as qualidades mais importantes que um professor deve ter para atuar na área?

Adria Bruna Silveira Mota – A Educação Física sempre fez parte da minha vida, desde a infância. Sempre convivi com atividades físicas, praticava esportes, dança, e isso acabou me trazendo para essa área, apesar de inicialmente eu ter pensado em seguir Direito. Felizmente, tive tempo para mudar de ideia e seguir o que realmente me traz satisfação. O que me fez escolher essa profissão foi o desejo de ajudar o próximo, de cuidar da saúde das pessoas e de ser uma promotora de bem-estar. Essa oportunidade de ser uma provedora de saúde para alguém foi o que realmente me motivou. Além disso, para atuar na Educação Física, acredito que as qualidades essenciais de um bom profissional incluem estar sempre atualizado, ter empatia e atenção ao lidar com a saúde e o bem-estar das pessoas, o que exige muita responsabilidade.

(En)Cena – Como você adapta os treinos para cada pessoa, levando em conta as diferentes necessidades e limitações?

Adria Bruna Silveira Mota – Hoje em dia, trabalhamos muito com a periodização, que é uma técnica onde dividimos o treino em fases para atender melhor o desenvolvimento e o objetivo de cada aluno. Quando recebo um novo aluno, eu faço uma avaliação inicial e converso com ele para entender exatamente o que ele deseja alcançar. A partir do que ele me relata, eu crio uma periodização personalizada do treino. Se o aluno nunca fez atividade física, começamos de forma bem adaptativa e vamos progredindo aos poucos, respeitando o ritmo e as limitações do corpo dele. Essa progressão gradual é essencial para evitar lesões e ajudar o aluno a se adaptar à nova rotina.

(En)Cena – Quais são os maiores desafios que você enfrenta ao trabalhar com alunos de idades e níveis de condicionamento diferentes?
Adria Bruna Silveira Mota – Nós, profissionais de Educação Física, precisamos estar preparados para lidar com pessoas de diferentes perfis e com variadas experiências com exercícios. Algumas pessoas chegam com uma boa bagagem, já praticam há anos e têm um nível avançado de condicionamento físico. Outras estão pisando em uma academia pela primeira vez e precisam de orientação desde o básico. Então, é fundamental saber lidar com cada pessoa e adaptar as técnicas e exercícios para cada caso. Precisamos dominar os movimentos e a execução correta de cada exercício, não só para ensinar, mas também para demonstrar. Muitos alunos até brincam dizendo “ah, você está me passando esse exercício, mas você sabe fazer ele?”. E sim, precisamos saber e estar aptos para mostrar o exercício da maneira correta! É uma prática que precisa ser constante. Mesmo que não seja um exercício que fazemos todos os dias, temos que estar prontos para corrigir, orientar e demonstrar com segurança.

(En)Cena – O que você costuma fazer para ajudar seus alunos a se manterem motivados e a continuarem treinando regularmente?
Adria Bruna Silveira Mota – Eu considero que sou uma pessoa muito motivada nesse quesito. Mantenho contato com meus alunos, mando mensagens, cobro presença, e se algum aluno falta, eu pergunto o que aconteceu. Esse acompanhamento faz muita diferença, pois as pessoas se sentem cuidadas, não é apenas uma cobrança. Muitas vezes, o que falta para que o aluno se sinta motivado é justamente saber que tem alguém ali que está prestando atenção e que se preocupa com ele. Isso traz um grande impacto na continuidade do treino.

(En)Cena – Na sua opinião, qual é a relação entre atividade física e saúde mental? Você vê um impacto significativo?
Adria Bruna Silveira Mota – Com certeza. Hoje em dia, vemos muitos alunos que chegam com transtornos diversos, e a prática de atividade física é amplamente reconhecida como um fator positivo para a saúde mental. O exercício físico libera hormônios que são importantes no tratamento de questões mentais e emocionais. Conheço muitas pessoas que encontraram no exercício físico um dos principais pilares para recuperar e manter a saúde mental. É uma relação muito importante e que ajuda a fortalecer tanto o corpo quanto a mente.

(En)Cena – Quando você planeja uma aula ou treino, o que considera essencial para que seja eficaz e interessante?
Adria Bruna Silveira Mota – Um dos aspectos essenciais é considerar a opinião do aluno. Muitos alunos chegam com atividades ou preferências que eles já gostam de fazer e que trazem prazer, como esportes ou tipos de movimento que praticam fora da academia. Tento incorporar esses elementos nos treinos para criar uma conexão entre o que eles já gostam e as atividades que faremos na academia. Isso torna o treino mais interessante e motivador para eles. Além disso, levo em consideração o conforto do aluno, porque é fundamental que ele se sinta bem ao fazer o exercício.

(En)Cena – Como você aborda o treinamento de alguém que tem uma lesão ou alguma condição especial, como problemas nas articulações ou nas costas?
Adria Bruna Silveira Mota – Como profissionais, precisamos ter conhecimento das diferentes patologias para saber o que o aluno pode ou não pode fazer. Por exemplo, pessoas com condromalácia no joelho precisam de uma abordagem cuidadosa. Evitamos certos exercícios que podem prejudicar ainda mais a condição e focamos em movimentos que sejam seguros e adaptados para o nível de cada aluno. A execução correta é muito importante para evitar que o problema se agrave.

(En)Cena – Você acredita que a alimentação tem um papel muito importante no desempenho físico? Como orienta seus alunos sobre isso?
Adria Bruna Silveira Mota – Sim, com certeza. Eu sempre digo aos alunos que 80% dos resultados vêm da alimentação e 20% do treino. Para quem busca emagrecimento, por exemplo, uma alimentação equilibrada e um déficit calórico são fundamentais para atingir o objetivo. Se o aluno não seguir uma dieta saudável, será muito difícil alcançar os resultados desejados, então sempre oriento a importância de cuidar da alimentação.

 

(En)Cena – Tem algum exercício ou hábito simples que você recomendaria para melhorar a postura e evitar dores no corpo durante o dia?
Adria Bruna Silveira Mota – Eu acredito que a postura deveria ser trabalhada desde cedo, na escola. A forma como uma criança se senta influencia o desenvolvimento postural dela ao longo da vida. Quando a postura incorreta se torna um hábito, fica mais difícil corrigir depois. Um dos grandes problemas hoje é o uso excessivo de celular, pois as pessoas acabam assumindo uma postura cifótica sem se darem conta, o que causa desvios posturais.

(En)Cena – Como você vê a educação física evoluindo nos próximos anos, especialmente com as mudanças nas tecnologias e nas tendências de treino?
Adria Bruna Silveira Mota – Hoje em dia, vemos um aumento nos treinos personalizados online, e acredito que essa tendência só tende a crescer. Durante a pandemia, muitos começaram a buscar formas alternativas de praticar atividades físicas, e os treinos online foram uma ótima solução. Embora a presença de um profissional na academia continue importante, o atendimento online permite alcançar mais pessoas e otimizar o tempo, o que é um benefício para os alunos e para nós, profissionais.

(En)Cena –  O que você acha dos treinos funcionais? Eles realmente fazem diferença ou são mais uma tendência?
Adria Bruna Silveira Mota – Os treinos funcionais fazem todo sentido. Nosso corpo é funcional, então praticar exercícios que trabalham nossas funções naturais é muito importante. Diferente das máquinas de academia, que limitam o movimento, o treino funcional desenvolve o corpo da maneira como ele é, o que pode ajudar a corrigir desvios posturais e melhorar o desempenho geral.

(En)Cena – Qual a sua opinião sobre práticas como yoga ou pilates em conjunto com os treinos tradicionais? Você vê benefícios nessa combinação?
Adria Bruna Silveira Mota – Acredito que a combinação é excelente. A periodização do treino permite que essas práticas sejam integradas de forma eficaz, e isso traz benefícios enormes para os alunos. Yoga e pilates ajudam a melhorar a flexibilidade e o equilíbrio, o que complementa muito bem o treino tradicional de força e resistência.

(En)Cena – Como você ajuda seus alunos a traçarem metas realistas de treino, sem que eles se frustrem ao longo do processo?
Adria Bruna Silveira Mota – O mais importante é respeitar o corpo e entender que o progresso é gradual. Muitas vezes, os alunos chegam com muita vontade de fazer tudo de uma vez, o que aumenta as chances de se machucarem. É preciso ter paciência e saber que o corpo precisa de tempo para se adaptar às novas atividades e cargas. Respeitar o próprio corpo é a chave para evitar frustrações.

(En)Cena – É realmente necessário o aquecimento antes do treino? Se sim, qual a importância dele, e quais benefícios ele pode trazer?
Adria Bruna Silveira Mota – Sim, o aquecimento é fundamental. Eu sempre aqueço meus alunos com exercícios específicos que eles vão desenvolver durante o treino. O aquecimento funcional, que prepara o corpo para o que está por vir, é muito mais eficaz do que simplesmente andar na esteira. Tanto o aquecimento quanto a mobilidade são essenciais para preparar o corpo e evitar lesões.

(En)Cena – Por que a prática regular de exercício físico melhora a prevenção de doenças?
Adria Bruna Silveira Mota – A prática regular de exercícios físicos ajuda muito na prevenção de doenças. Por exemplo, para hipertensão, a prática diária de exercícios melhora a respiração e a saúde cardiológica, o que contribui para a redução da pressão arterial. Além disso, ela auxilia na diminuição dos níveis de glicose no sangue, sendo um recurso eficaz para quem busca prevenção ou controle do diabetes. A hipertensão e o diabetes são doenças comuns, e os exercícios físicos são uma forma acessível e natural de melhorar essas condições e, assim, promover mais saúde.

(En)Cena – Quais são os diferentes tipos de exercício físico (aeróbico, funcional, anaeróbico) e seus benefícios para a saúde e o condicionamento físico?
Adria Bruna Silveira Mota – Os exercícios aeróbicos são focados principalmente no sistema cardiovascular e melhoram a resistência e o condicionamento físico, ajudando a reduzir a sensação de cansaço no dia a dia. Já os exercícios anaeróbicos, como a musculação, fortalecem as funções musculares e são essenciais para o emagrecimento, pois o aumento de massa muscular acelera o metabolismo. Ambos os tipos de exercício são importantes para a saúde; o trabalho aeróbico melhora o desempenho cardiovascular, enquanto o anaeróbico potencializa a queima de gordura e fortalece os músculos. É uma combinação de ambos que traz melhores resultados para quem deseja emagrecer e alcançar um bom condicionamento físico. 

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Raphael Azevedo Dias: perspectivas sobre o impacto do treinamento físico na Saúde Mental e Bem-Estar

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Com uma sólida trajetória acadêmica e esportiva, o profissional é Graduado em Educação Física , com especialização em Fisiologia do Exercício Físico e Educação Física Escolar , além de ser Mestrando em Políticas Públicas e Sociais na Educação . No campo esportivo, destaca-se como Treinador de Tênis de Mesa Nível 2 pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) e Nível 3 (Iniciação, Formação e Alto Rendimento) pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) . Atua também como Formador Técnico Nacional e Mentor Júnior pela UNITM/CBTM. Sua atuação profissional é diversificada, abrangendo desde o setor público, como funcionário da Secretaria Municipal de Educação , até o empreendedorismo esportivo, sendo técnico head coach e proprietário da Chokito Tênis de Mesa . Além disso, exerce o papel de Professor Técnico da equipe de Tênis de Mesa do Instituto Reviver e do Centro de Referência Paralímpico do Tocantins e é Professor Universitário no curso de Educação Física do CEULP/ULBRA .

(En)Cena – O que te motivou a entrar no esporte e seguir uma carreira em educação física?

Raphael Azevedo Dias – A paixão pelo tênis de mesa e as competições me motivou a entrar no esporte e com isso foi natural o meu interesse em seguir uma carreira em educação física. Vi ali uma oportunidade de continuar no esporte sendo treinador da modalidade e pode continuar contribuindo com o esporte passando toda minha vivência e experiência como atleta na formação de novos atletas.

(En)Cena – Ao longo de sua carreira como atleta, de que forma você viu o esporte contribuindo para o seu próprio autoconhecimento? Há algo que aprendeu sobre si mesmo ao enfrentar desafios físicos e mentais?

Raphael Azevedo Dias – Em uma carreira de atleta seja da iniciação até o alto rendimento (principalmente), sem dúvidas tem muita contribuição positivas: aprender a ganhar e perder, saber dar o seu melhor sempre independente do resultado, ter resiliência em treinar duro todos os dias (isso não é fácil e é muito doloroso e sacrificante), ter sempre um objetivo para buscar e abrir mão de muitas coisas em prol desse objetivo, saber lidar com a pressão e com as adversidades. 

Pra mim o que mais aprendi sobre mim mesmo ao longo desses muitos anos de carreira foi que a cabeça tem que está 100% bem, que meu psicológico pode me levar a ultrapassar todos meus limites, medos e pressão. E que sempre jogando me divertindo consigo chegar longe.

(En)Cena – O esporte competitivo exige muito, tanto fisicamente quanto mentalmente. Quais foram as principais estratégias para lidar?

Raphael Azevedo Dias – Isso é uma coisa que você vai construindo ao longo da carreira. Vai aprendendo a lidar com a mente, vai conhecendo seus medos e incertezas, é isso só se conquista participando de competições (aproveitando todo o processo de experiências) ou seja quanto mais competições jogar mais vai melhorar essa parte mental. 

(En)Cena – Quais técnicas você desenvolveu para enfrentar com a pressão e a ansiedade em competições? 

Raphael Azevedo Dias – Eu sempre procurei entender o que acontecia e procurava achar uma estratégia para melhorar na próxima competição. Antes dos jogos me concentrava num canto e mentalizava o que preciso fazer. Durante os jogos Conversar comigo mesmo sempre motivando e tentando me deixar confiante e firme. Tendo uma postura visual positiva mesmo quando estou perdendo (para que o adversário não veja que eu estou nervoso ou desmotivado) E no pós jogos tento refletir o que foi de positivo e de negativo no jogo.

(En)Cena – Como você acredita que essas estratégias influenciaram e ainda influenciam  sua resiliência fora do esporte?

Raphael Azevedo Dias – Me tornaram uma pessoa mais forte e mais resiliente em tudo que faço. Todas minhas conquistas de vida fora do esporte(ambiente de jogo) eu sem dúvida sei que foi o esporte que me proporcionou, que me preparou para elas. Desde o ambiente escolar, concurso público e ambiente de trabalho.

(En)Cena – Diante de sua carreira como atleta e profissional de educação física, quais foram os momentos ou experiências que mais moldaram sua visão sobre o papel do esporte na vida das pessoas? 

Raphael Azevedo Dias – Nossa, aí são muitos momentos até difícil escolher um só, o esporte é mágico, é incrivelmente transformador e proporciona momentos que ficam como um aprendizado de vida.

Como atleta destacou a final de equipes de um torneio internacional, onde o último jogo da equipe ficou na minha mão em decidir e era contra o time da casa (torcida em peso), só uma mesa em jogo e o adversário já tinha ganhado do nosso número 1 da equipe. Entrei nervoso pois era uma decisão importante e muita pressão da torcida adversária, só estava acontecendo esse jogo. Eu estava perdendo e consegui virar o jogo com muita garra e torcida dos meus companheiros foram estímulos para a vitória. Fomos campeões e o jogador adversário e sua equipe foram me dar os parabéns pelo jogo. Isso me marcou como um momento de superação e resiliência. 

Como profissional de educação física destaco um que foi um aluno e sua mãe chegarem em mim e falarem assim: professor obrigado por tudo que tem feito em minha vida e consequentemente da minha família, se não fosse o senhor eu não estaria treinando, competindo e muito menos estudando para ser alguém na vida como o senhor. Hoje eu já estaria perdido na vida e nas ruas aí igual vários amigos meus. Isso sem dúvida é melhor do que qualquer título em competição.

(En)Cena – Houve algum episódio específico que despertou seu interesse pela interseção entre saúde mental e atividade física?

Raphael Azevedo Dias – Na minha época não se falava tanto em saúde mental igual se fala hoje. Esse assunto despertou interesse nas últimas capacitações nacionais que fiz e hoje venho estudando e trabalhando bastante com meus atletas, com alguns deles até indicando um trabalho por fora com um especialista (psicólogo ou Coach mental) para melhorar nosso trabalho.

(En)Cena – Muitas vezes o público vê o sucesso e as conquistas dos atletas, mas não enxerga os desafios emocionais e psicológicos por trás disso. Pode compartilhar algum momento marcante em que sua saúde mental foi desafiada, e como você encontrou formas de superá-lo?

Raphael Azevedo Dias – Teve alguns momentos que pensei em desistir do esporte, abandonar a carreira de atleta. Pois não estava conseguindo mais treinar com prazer, os resultados não vinham mais como o esperado e as responsabilidades de fazer uma faculdade e trabalhar estavam cada vez maiores. Dei uma pausa de 6 meses para poder entender e saber se era isso que eu queria, fui conversar com pessoas ao meu redor (família e amigos) e procurei um psicólogo para me ajudar nesse processo. E vi que o esporte era parte da minha vida e não conseguia me afastar e comecei a enxergar ele com outros olhos, com os olhos de atleta menos exigente e com o olhar futuro de treinador (onde decidi fazer educação física).

(En)Cena – Em sua experiência, quais aspectos específicos do treinamento físico são mais eficazes para o bem-estar mental dos praticantes? Você acredita que há elementos do treinamento que são subestimados na promoção da saúde emocional?

Raphael Azevedo Dias – Os aspectos cognitivos. Com certeza já elementos que são subestimados ou muitas vezes menosprezados ou com pouca importância.Os aspectos cognitivos sem dúvidas aliados com os elementos específicos da modalidade irão promover uma saúde mental e um bem estar no atleta.

(En)Cena – O esporte pode exercer grande influência sobre a percepção corporal e a autoestima dos praticantes. Como você observou esses critérios e padrões ao longo de sua carreira, e o que considera saudável ou nocivo no impacto que o esporte exerce sobre a imagem corporal dos atletas?

Raphael Azevedo Dias – Eu observei quando fui avançando meu nível técnico e enfrentando jogadores cada vez mais fortes e de seleção, via que precisava me cuidar mais para conseguir resultados. Vi que a preparação física e corporal era importante para que a técnica fizesse a diferença. Então comecei a cuidar do meu corpo e saúde fazendo atividade física e aeróbica fora do treino de mesa, Comecei a me alimentar melhor para manter o corpo em dia e ter força pra treinar. Comecei a me preparar melhor para não ter lesões, com isso comecei a fazer academia para fortalecer. Essas medidas são saudáveis e nocivas que o esporte exerce sobre nós.

(En)Cena – Quais práticas de autocuidado você recomenda para atletas que desejam manter um equilíbrio entre a pressão dos treinos e competições e seu bem-estar mental? Alguma delas foi mostrada especialmente útil para você?

Raphael Azevedo Dias – Ter uma boa relação com o treinador, para poder ter abertura para falar como está se sentindo no treino, no jogo ou até mesmo com algum problema fora ambiente de jogo que esteja te atrapalhando mentalmente a se dedicar ao esporte, isso é primordial nessa relação de confiança entre atleta e treinador. Segundo você entender que o treino é a parte mais árdua e que o jogo é a parte de divertir, fazer o que você treinou. Mas sempre comparando você com você mesmo, a cobrança tem que ser pela sua melhor versão sempre, pela sua melhor entrega em jogo sempre. Que os resultados são consequências dessas ações e que uma hora eles vêm. Não desistir. Seja seu melhor sempre

 

(En)Cena – Com base em tudo o que viveu e aprendeu, que conselhos daria para atletas que estão no início de suas carreiras, especialmente sobre como preservar sua saúde mental ao longo do caminho? Como acredita que os profissionais de educação física podem contribuir para essa conscientização?

Raphael Azevedo Dias – Conselho: viva todo o processo que o esporte lhe oferece, sem pressa, sem pular etapas, aproveite as derrotas sempre elas nos ensinam e nos fortalece, vibrar e comemorar cada vitória pois batalhou pra isso. E siga sempre sendo sua melhor versão o seu melhor a cada dia. A cobrança sempre deve ser essa. Eu acredito que os profissionais de educação física podem contribuir para esse processo, não cobrando do atleta seja campeão, não cobrando que ele aprenda sem você entender o porque ele não aprendeu ou sua dificuldade, não comparando seu desenvolvimento com os demais, pois cada um tem seu processo maturacional e cada um responde aos treinos de uma forma. E principalmente sendo próximo do seu atleta, conhecendo ele e construindo uma relação de confiança, de valores e princípios com ele.

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Abertas inscrições para passeio ciclístico em alusão ao Dia Mundial Sem Carro

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Passeio terá um percurso de até 7km, saindo do estacionamento do Ginásio Ayrton Senna.

 

Em alusão ao Dia Mundial Sem Carro celebrado na sexta-feira, 22, a Prefeitura de Palmas irá realizar o passeio ciclístico no próximo domingo, 24, para chamar a atenção da população sobre o excesso de veículos nas vias da Capital, além de promover o uso de meios de transporte sustentáveis, como a bicicleta. As inscrições do evento, que faz parte da Semana Nacional de Trânsito e é organizado pela Fundação Municipal de Esportes e Lazer (Fundesportes), em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), são gratuitas e seguem até sexta-feira, 22.

A concentração do evento acontecerá no estacionamento do Ginásio Ayrton Senna, localizado em Taquaralto, a partir das 6h30, no domingo, 24. A largada do passeio está prevista para ocorrer às 7h30. O passeio terá um percurso de até 7 km, saindo do estacionamento do Ginásio Ayrton Senna, percorrendo toda a extensão da Avenida Tocantins até a rotatória do cruzamento com a Avenida Ipanema, e, em seguida, os ciclistas irão retornar para o ginásio pela Avenida Tocantins.

“Estamos realizando o evento conjunto com a Mobilidade Municipal para reforçarmos a importância da reflexão do Dia Mundial Sem Carro, além de ser um espaço para promover a prática esportiva e divulgar os benefícios do ciclismo para a saúde’’, destacou o presidente da Fundesportes, Raimundo Junior, reforçando ainda que os atletas receberão um kit com frutas e medalha de participação ao final do passeio.

Já o secretário da Segurança e Mobilidade Urbana, Agostinho Júnior, lembrou que o momento será também para reforçar a conscientização entre os ciclistas, pedestres e condutores, para a construção de um trânsito mais inclusivo e seguro, na busca de diminuir o número de acidentes nas vias municipais.

Os atletas inscritos deverão fazer a retirada do kit na sede da Fundesportes, localizada no Parque Cesamar, no dia 22 de setembro, no período vespertino. Durante o recebimento das pulseiras, os ciclistas de forma facultativa, podem fazer doações de brinquedos novos ou usados. Os brinquedos arrecadados serão doados para crianças carentes no dia 12 de outubro.

Dia Mundial Sem Carro 

O Dia Mundial Sem Carro é uma data internacional que é celebrada, tradicionalmente, em  22 de setembro. A iniciativa  tem como objetivo estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao uso dos veículos.

Texto: Redação Secom

Edição: Denis Rocha/Secom

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Corpos esportistas: contemporaneidade e potencialização do corpo

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Atualmente, com o avanço da ciência, da tecnologia e também da formação do processo cultural do esporte de luta em todo o mundo, a espetacularização dos corpos por parte dos atletas têm se tornado cada vez mais frequente e simbólico nos momentos dos treinos e lutas realizados pelos mesmos.  Essa “espetacularização” é vista como a potencialização dos corpos, seja ela por meio de substâncias químicas como anabolizantes e esteróides ou por forma puramente psicológica durante os treinos nas academias de luta e/ou dentro dos ringues.

Os atletas – para se sentirem mais fortes, tanto fisicamente quanto psicologicamente – acabam por ingerir certas substâncias que causam efeitos de anestesia (sensação de menor dor e impacto dos socos que são dados pelos seus adversários nas lutas de M.M.A.) e maior força física, proporcionando uma maior segurança e intimidação para seu adversário durante a exibição do seu corpo para a plateia e para o seu próprio oponente. Nota-se que a preparação e constituição de um lutador requer mais do que grandes preparações físicas desgastantes e domínios de técnicas durante os treinos e os espetáculos vistos nos ringues. É algo que, muitas vezes, é realizado nos “bastidores” antes das lutas, e como consequência, torna-se invisível aos olhos dos espectadores que apreciam as performances dos atletas.

Toda a musculatura e desempenho que é adquirida no esporte de luta concedem uma formação de identidade nos atletas, proporcionando-lhes uma “personalidade” e linguagem corporal que lhes são atribuídos como sinônimo de virilidade e bom estado físico, sendo capaz de demonstrar para os espectadores que o mesmo se encontra apto para poder ter uma boa luta e vencer os mais diversos oponentes durante a sua carreira como lutador. O estado psicológico desses atletas também é afetado por sofrerem muita pressão, fazendo com que esses treinem ao seu limite para conseguirem superar o adversário, muitas vezes sem se preocupar com as consequências, só focando na vitória, deste modo se desgastando, trazendo prejuízos para sua saúde, recorrendo a remédios que muitas vezes acabam piorando a sua situação em vez de ajudar.

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Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2013/05/dados-cientificos-apontam-para-os-problemas-do-uso-de-anabolizantes.html

Há na sociedade atual uma intensa valorização do corpo. Os corpos desejados são os sarados, musculosos, em boa forma. São conquistados através de longas e cansativas séries de exercícios em academias, uma dieta rígida, suplementos alimentares que fornecem os nutrientes que não foram adquiridos na alimentação e, às vezes, através também de anabolizantes. A mídia e a indústria de cosméticos são fatores que contribuem para a valorização do corpo na sociedade atual.

O corpo que se vê está na moda. Ele é exibido em cartazes, novelas, filmes, etc. A nudez vem emergindo cada vez mais limpa. Se somarmos o número de produtos cosméticos que existem no mundo, de academias para se modelar o corpo, de empresas que produzem roupas para se mostrar o corpo, veremos que talvez um décimo da economia mundial gira em torno da produção para tomar o corpo que se vê bonito, atraente, vistoso, moreno, atlético. É a indústria do “olhe para mim”, forma oficial de exibicionismo e de chamar a atenção. (GAIRSA, 2005, p. 295)

O Brasil se tornou o segundo país do mundo com mais academias por habitante, segundo o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Os motivos que levam as pessoas a frequentar a academia podem ser para melhorar a estética corporal, diminuição do peso, melhorar a saúde, entre outros.

As práticas desportivas estão ganhando cada vez mais espaço na sociedade atual. Anteriormente, a prática de esportes era considerada um hobby. No entanto, com a valorização das competições mundiais, os esportes tornaram-se profissões. Os atletas buscam maior eficiência em sua performance esportiva e ela pode estar diretamente ligada ao seu corpo. Desta forma, o esporte passou a ser um mecanismo de criação de eficientes corporais e contribuiu para a valorização do corpo.

Nas práticas desportivas, o corpo do atleta é visto para além do ponto de vista estético, diferentemente do que é buscado pelas outras pessoas que praticam exercícios. Segundo Nunes e Goellner:

O corpo de um atleta olímpico, por exemplo, produz-se de forma diferenciada do corpo de uma pessoa que busca melhorar a forma física e a aparência. Resguardadas as devidas proporções, o que é necessário enfatizar é que, ambos, utilizam recursos que potencializam sua aparição e os dois personificam a hibridização natureza/cultura, bem como a transformação de si em um eficiente corporal, onde as fronteiras entre pessoa e tecnologia encontram-se absolutamente atravessadas (NUNES; GOELLNER, 2007, p. 56).

Apesar de a competição ser uma das mais importantes etapas da prática desportiva, um longo caminho de preparação física vem antes e ela é a principal responsável pelo desempenho do atleta na competição. Atualmente, os atletas utilizam diversos recursos na preparação física que podem potencializar sua técnica e melhorar o condicionamento física; esses recursos podem ser dietas e suplementos, preparação psicológica e até o uso de anabolizantes.

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Fonte: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2011/04/o-corpo-perfeito-de-um-atleta-olimpico.html

Vaz (1999)  apresenta uma ideia de como pode ser entendido o treinamento nas práticas desportivas:

O treinamento pode ser entendido, de forma geral, como um conjunto de diversas e complexas ações no sentido da melhoria do rendimento. Este é orientado por um fim específico, e deve seguir um planejamento que leve em conta os objetivos, os métodos, o conteúdo, a estrutura e a organização geral, sempre tendo como referência o conhecimento científico e a experiência prática (VAZ, 1999, p. 102).

O planejamento alimentar dos atletas também é um fator muito importante. Permite que eles reponham as energias gastas no treino, adéqua sua carga nutricional e é essencial para a saúde e performance desses indivíduos. Quando a quantidade de alimento consumida não supre as necessidades nutricionais, os suplementos alimentares entram em ação. Eles estão disponíveis no mercado em diversos tipos e é importante que os atletas utilizem a dosagem correta dessas substâncias.

Alguns atletas, quando acham que a dieta rígida e os suplementos não são suficientes para garantir o corpo necessário a suas performances, recorrem aos anabolizantes. “Os atletas usam a droga para ficar altamente musculosos, aumentar o peso e adquirir força” (Nunes e Goellner, 2007, p. 64). A maioria desses medicamentos são “tarja preta” e outros são produtos de uso veterinário. Infelizmente, ao fazerem isso, os atletas não percebem que estão prejudicando enormemente seus corpos.

A preparação psicológica dos atletas também é de extrema importância. Seu estado emocional e psicológico ficam fragilizados diante das situações e dos recursos que eles utilizam para potencializar seus corpos, melhorar suas performances. Outro fator que pode afetar negativamente é o estresse causado pela intensa rotina de treinamentos. A ansiedade e o medo de perder a competição também podem afetá-los. Cada modalidade desportiva apresenta alguns produtos que estão ligados a ela e que também fazem parte da performance de seus participantes. No M.M.A. (Mixed Martial Arts), esporte apresentado por Nunes e Goellner (2007) em seu artigo “O espetáculo do ringue: O esporte e a potencialização dos eficientes corporais”, esses produtos são “as gírias, as modificações corporais (orelhas deformadas e cicatrizes), as revistas, vídeos, etc.”

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Fonte: http://veja.abril.com.br/esporte/ufc-da-um-carro-de-930-000-reais-de-presente-a-anderson/

É recorrente que o ser humano chegue em uma fase da vida onde o seu corpo não lhe satisfaz, pois não sente se a vontade com o que está vendo na frente do espelho todo dia que acorda, nem mesmo quando esta tomando banho ou com seus pares, isso por que o que vemos nas mídias sociais é a busca do corpo perfeito onde imperfeições não são aceitas. Deste modo pessoas buscam produtos que não fazem bem a saúde ou que podem acarretar a problemas sérios no futuro, muitos podem pensar que só querem ficar mais bonitos, mas há uma busca incessante pela juventude muitas vezes burlando as limitações que o corpo possui.

Corpos que víamos em desenhos, em quadrinhos, como corpos enormes e cheios de músculos, ou corpos que acoplam em si máquinas (como os ciborgues dos desenhos animados), hoje em dia é algo totalmente real e possível de se conseguir. Vivemos numa sociedade em que somos também o que aparentamos ser, logo se vê muito investimento em nosso corpo no dia a dia, tanto na saúde, quanto também na beleza, na juventude, entre outros.

Mesmo com a tecnologia que temos em nossas mãos e produtos que são desenvolvidos diariamente tentam ao máximo chegar ao corpo ideal, os sacrifícios para manter aquele corpo sarado são desgastantes devido ao treinamento diário. Muitas vezes, a alimentação não é suficiente, pois não fornece energia o bastante para executar algo tão cansativo e repetitivo. Alguns atletas são incentivados a sempre ganhar e quando perdem acabam frustrados, culpando a si próprios pelo resultado abaixo do esperado, querendo sempre ser melhor que o concorrente e, mesmo eles estando em primeiro, o processo de superação ainda não foi alcançado, para eles aquilo não e suficiente querem estar numa classificação que somente ele pode alcançar.

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Fonte: http://olimpiadas.ig.com.br/2012-08-02/atletas-choram-e-se-desesperam-nas-olimpiadas-veja-fotos.html

Cláudio Nunes e Silvana Goellner (2007) afirmam que a potencialização e exposição do corpo produzem efeitos  na construção da subjetividade do indivíduo, manifestando-se na forma como nos tornamos sujeitos de nossas práticas e das práticas alheias, e na maneira como percebemos nossas eficiências e deficiências mensuradas na contemporaneidade, por meio de nossas anatomias e contornos corporais.

Durante todo o texto “O espetáculo do ringue: o esporte e a potencialização de eficientes corporais”, Nunes e Goellner falam sobre performances, o quão importante é para mostrar e satisfazer a pessoa que trabalhou para ter um corpo assim e o quanto isso a leva a ir cada vez mais fundo na sua busca de um “corpo perfeito”, de mostrar sua virilidade por suas cicatrizes e sua força, de querer ser um ser humano excepcional, muito bom em algo e dar o seu melhor sem desgastar-se para que as outras pessoas o vejam, admirem, elogiem, entre outras coisas que o faça sentir bem.

Mediante o exposto no desenrolar deste texto, percebe-se o esforço focado na aparência que encontramos no nosso meio e o quão é importante na formação social e na construção da nossa subjetividade. É feito um grande investimento em algo específico para motivar outras pessoas com seus dotes físicos naturais ou conquistados. Nota-se todo um processo para chegar a um estado sem que comprometa sua saúde, sem desgastar-se.

REFERÊNCIAS:

CASSIMIRO, Erica Silva; COSTA, Shirley Barbosa da. Padrões sociais com a imagem corporal: a insatisfação das pessoas com o corpoDisponível em: <http://congressos.cbce.org.br/index.php/3conceno/3conceno/paper/viewFile/3950/2218> Acesso em  23 ago. 2016.

EUFIC. Suplementos Alimentares: quem precisa deles e em que situações? Disponível em: <http://www.eufic.org/article/pt/artid/Food_supplements_ who_ needs _them _and_when/> Acesso em 23 ago. 2016.

GAIRSA, José Angelo. O corpo que se vê é o corpo que se sente. In: DANTAS, Estélio H. M. (Org). Pensando no corpo em movimento. Rio de janeiro: Shape, 2005.

NUNES, C. R. F.; GOELLNER, S. V. O espetáculo do ringue: o esporte e a potencialização de eficientes corporais. In: COUTO, E.; GOELLNER, S. V. (Org.). Corpos mutantes: ensaios sobre novas (d)eficiências corporais. Porto Alegre: UFRGS, 2007. v. 1. p. 55-72.

SEBRAE. Brasil caminha para assumir liderança mundial em número de academiasDisponível em: <http://www.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/NA/brasil-caminha-para-assumir-lideranca-mundial-em-numero-de-academias> Acesso em 21 ago. 2016.

VAZ, Alexandre Fernandes. Treinar o corpo, dominar a natureza: Notas para uma análise do esporte com base no treinamento corporalDisponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v19n48/v1948a06.pdf> Acesso em 23 ago. 2016.

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