Avaliação Neuropsicológica do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
15 de maio de 2022 Josélia Martins Araújo da Silva Santos
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O 3º Simpósio de Avalição Psicológica Tocantinense que ocorrerá do dia 25/05/22 abordará diversos temas relevantes para o mundo acadêmico e profissional, dentre eles está a avalição neuropsicológica do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. O TDAH é uma condição psicológica que atinge uma gama gigantesca de adultos e crianças, sendo facilmente identificada na primeira infância dado os comportamentos característicos desta condição mental.
Uma pessoa que sofre deste Transtorno, caso não tenha um diagnóstico comprovado, poderá sofrer demasiadamente em sua vida pessoal e profissional. O déficit de atenção pode muitas vezes ser confundido com preguiça ou desleixo de uma pessoa, vez que não terá facilidade na hora de se concentrar ou na execução de atividades longas ou monótonas.
Tudo isso, pode ser trabalhado, evitado ou melhorado com o devido diagnóstico do transtorno, proporcionando uma vida mais completa para seu portador. O teste para diagnosticar o TDAH deve realizado por profissional especializado que irá avaliar as capacidades cognitivas do indivíduo através de exercícios específicos, além de uma entrevista pessoal com o paciente, que servirão de material para o diagnóstico e possibilitará a melhor alternativa de tratamento do indivíduo.
REFERÊNCIAS
ABRAHÃO, Anaísa Leal Barbosa; ELIAS, Luciana Carla dos Santos. Estudantes com TDAH: Habilidades Sociais, Problemas Comportamentais, Desempenho Acadêmico e Recursos Familiares. Psico-USF [online]. 2021, v. 26, n. 3 [Acesso em 07 de maio de 2022] , pp. 545-557. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-82712021260312>. ISSN 2175-3563. https://doi.org/10.1590/1413-82712021260312.
SALAZAR, Hernán et al. Funções executivas em escolares com e sem TDAH de acordo com pais e professores. Logos, La Serena, v. 31, n. 1, p. 138-155, Jul. 2021. Disponível em <http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0719-32622021000100138&lng=es&nrm=iso>. acessado em 07 de maio de 2022. http://dx.doi.org/10.15443/rl3108.
Para tratar algo é preciso ter o diagnóstico de um profissional médico. Conhecer, saber, acreditar e aceitar também faz parte. No Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) o diagnóstico precoce ajuda no tratamento e na qualidade de vida do portador.
Independentemente da idade em que ocorre o diagnóstico, é vital tratar o TDAH, pois este é o apoio para o controle dos sintomas, para a qualidade emocional, além de dar forças para enfrentar as adversidades. Não existe uma cura, mas é possível melhorar a convivência no âmbito social, emocional e acadêmico. O tratamento se dá por meio do tripé de apoio: psicoeducação, psicoterapia e medicamentos.
Na psicoeducação envolve informação e orientação sobre o transtorno ao portador e à família próxima, chegando ao ambiente de convívio, principalmente a escola. Ajuda na conscientização e, muitas vezes, pode antecipar ou prevenir situações indesejáveis. Pode ser aplicada através de sessões grupais ou palestras ou materiais informativos.
Na parte de psicoterapia, envolve a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Comprovadamente, é a mais indicada para lidar com o emocional do portador, para ajudar vencer e driblar as dificuldades criando estratégias para o enfrentamento. Fornece também elementos necessários para as relações interpessoais e autonomia da pessoa, além de atuar no desenvolvimento de padrões de comportamentos e pensamentos.
Já os medicamentos, com prescrição médica, são utilizados para conter e melhorar os sintomas do TDAH. Ainda nos dias de hoje, eles são considerados como os “fantasmas”, pois há o medo da dependência química e dos efeitos colaterais.
Vale lembrar que há a fase de adaptação ou escolha do medicamento que melhor atenda cada paciente. Após este ajuste, o custo/benefício se faz presente. Medicar significa testar a resposta do paciente, pois como o transtorno é funcional, cada pessoa pode responder de uma forma diferente. Como disse uma vez Sam Goldstein, um renomado psicólogo americano: “o risco de não tratar é certamente maior que o risco do tratamento”.
Realmente, é uma escolha difícil, mas é preciso tentar fazer uso e buscar a adaptação aos medicamentos para saber se será bom o suficiente para suprir as inconveniências dos sintomas involuntários do transtorno, nem que seja por um tempo. Ressalto ainda que existe grande probabilidade de associação de outras comorbidades ao TDAH, onde há necessidade de tratamento concomitante.
Tudo o que ajuda a pessoa a conviver melhor consigo próprio, a aceitar sua condição física e emocional, bem como suas limitações, é bem-vindo.
Investir em bons hábitos também ajudam a equilibrar o físico e a saúde mental, como, por exemplo, a prática de exercícios físicos, de preferência aeróbicos, a boa alimentação, manter o sono equilibrado e praticar hobbies prazerosos e saudáveis.
Portanto, encare o tratamento do TDAH como um caminho mais iluminado que aumenta a confiança, empodera o contorno dos problemas ou desata os nós bem-feitos dos desafios, promovendo laços para uma vida mais leve e harmoniosa.
As doenças neurológicas atingem, além do cérebro, a medula espinhal e o sistema nervoso. A identificação pode ser mais complicada, pois elas geralmente apresentam variações. Por isso, é difícil identificar sinais precisos. Mas, as crianças que possuem alguma dessas doenças, provavelmente já nasceram com ela, pois os motivos para o desenvolvimento têm a ver com origem genética ou problemas na gestação, como o parto prematuro, por exemplo.
Apesar disso, há sinais que, muitas vezes, são deixados de lado por uma minimização da dor e que merecem ter uma atenção maior. É o caso da dor de cabeça ou nas costas, que pode ser sintoma de uma doença neurológica. Além disso, é importante estar atento ao desenvolvimento da criança e às dificuldades para a realização de algumas tarefas como ler e escrever, pois podem ser sinais.
Uma das doenças que é bem mais comum em adultos, mas não exclui a possibilidade de atingir as crianças, é a esclerose múltipla. O diagnóstico é mais complicado, pois os sintomas nos pequenos têm características parecidas com outras doenças, sendo necessário exames para excluir outras primeiras possibilidades. Além disso, o curso da doença varia de pessoa para pessoa.
Já o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, é uma das doenças neurológicas que mais atingem as crianças. O TEA compromete habilidades como a linguagem, por exemplo, dificultando a interação social e o desenvolvimento cognitivo da criança.
É preciso estar atento também a alguns sintomas que geralmente são confundidos com desobediência, falta de educação e preguiça. Porém, podem ser sinais do surgimento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Este pode trazer, principalmente, dificuldades no desempenho escolar, gerando falta de atenção e agitação. No entanto, algumas escolas estão preparadas para lidar com as crianças que possuem o transtorno e sabem tornar o aprendizado mais didático e direcionado, de modo que não prejudique ninguém.
E a doença que definitivamente merece uma atenção maior é a inflamação das meninges, a famosa meningite. O tratamento precisa ser iniciado assim que o diagnóstico é feito. Dependendo da causa, a doença pode ser fatal ou pode melhorar com o tratamento, mas é de suma importância que haja acompanhamento.
As doenças neurológicas atingem, além do cérebro, a medula espinhal e o sistema nervoso. A identificação pode ser mais complicada, pois elas geralmente apresentam variações. Por isso, é difícil identificar sinais precisos. Mas, as crianças que possuem alguma dessas doenças, provavelmente já nasceram com ela, pois os motivos para o desenvolvimento têm a ver com origem genética ou problemas na gestação, como o parto prematuro, por exemplo.
Apesar disso, há sinais que, muitas vezes, são deixados de lado por uma minimização da dor e que merecem ter uma atenção maior. É o caso da dor de cabeça ou nas costas, que pode ser sintoma de uma doença neurológica. Além disso, é importante estar atento ao desenvolvimento da criança e às dificuldades para a realização de algumas tarefas como ler e escrever, pois podem ser sinais.
Uma das doenças que é bem mais comum em adultos, mas não exclui a possibilidade de atingir as crianças, é a esclerose múltipla. O diagnóstico é mais complicado, pois os sintomas nos pequenos têm características parecidas com outras doenças, sendo necessário exames para excluir outras primeiras possibilidades. Além disso, o curso da doença varia de pessoa para pessoa.
Já o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, é uma das doenças neurológicas que mais atingem as crianças. O TEA compromete habilidades como a linguagem, por exemplo, dificultando a interação social e o desenvolvimento cognitivo da criança.
É preciso estar atento também a alguns sintomas que geralmente são confundidos com desobediência, falta de educação e preguiça. Porém, podem ser sinais do surgimento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Este pode trazer, principalmente, dificuldades no desempenho escolar, gerando falta de atenção e agitação. No entanto, algumas escolas estão preparadas para lidar com as crianças que possuem o transtorno e sabem tornar o aprendizado mais didático e direcionado, de modo que não prejudique ninguém.
E a doença que definitivamente merece uma atenção maior é a inflamação das meninges, a famosa meningite. O tratamento precisa ser iniciado assim que o diagnóstico é feito. Dependendo da causa, a doença pode ser fatal ou pode melhorar com o tratamento, mas é de suma importância que haja acompanhamento.
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Livro ensina a lidar com os obstáculos do Transtorno do Déficit de Atenção
O livro “Desatando os Nós do Transtorno do Déficit de Atenção – TDA”, de Margarete A. Chinaglia, mostra como driblar os obstáculos sem se deixar dominar.
Por meio de uma linguagem simples, o livro “Desatando os Nós do Transtorno do Déficit de Atenção – TDA”, de Margarete Chinaglia, fala sobre as características principais do transtorno, traz exemplos reais, curiosidades e ensina como lidar com as situações nas diferentes faixas etárias.
Segundo a autora, a proposta é oferecer um suporte para as aflições, além de mostrar a realidade do transtorno e apresentar possíveis caminhos para se encontrar soluções. “Por exemplo, falo sobre a importância de transformar o Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) em aliado. O objetivo é transformar os ‘Nós’, ou as dificuldades, em laços ‘frouxos’ para garantir a qualidade de vida”, comenta Margarete.
A obra é voltada para todos os públicos: leigos, para quem tem TDA, familiares e profissionais como psicólogos, neuropsicólogos, pedagogos, psicopedagogos e professores.
Segundo livro sobre o tema
“Desatando os Nós do Transtorno do Déficit de Atenção – TDA” é o segundo livro que Margarete lança sobre o tema. O primeiro, intitulado “Transtorno do Déficit de Atenção – TDA: sob o ponto de vista de uma mãe”, tinha como objetivo compartilhar a vivência pessoal com sua filha que tem TDA, mostrando os desafios de todas as fases da vida, da infância à idade adulta. “O atual já é mais técnico, com conteúdo informativo sobre o TDA e exemplificações reais da vida cotidiana.”
Chinaglia comenta ainda que a obra traz um histórico sobre o TDA, quando surgiu e quando chegou no Brasil. Fala sobre regiões do cérebro que o transtorno atinge, patologias que podem se associar ao TDA/TDAH, descreve os sintomas em cada faixa etária.
Apresenta ainda formas de lidar e agir com crianças, adolescentes e adultos com TDA/TDAH, tratamentos disponíveis atualmente no país, curiosidades, mitos e verdades entre outros assuntos.
Pesquisa e vivência
A escritora conta que estudou e pesquisou o assunto a fundo para ajudar sua filha e precisou aprender a lidar com o TDA para driblar os sintomas e as consequências do transtorno.
O prefácio da obra foi escrito pela própria filha. A ideia é que a visão dela possa dar um significado no modo de viver e de sentir o transtorno em todas as manifestações e, principalmente, nas escolhas durante a vida.
– O livro traz um suporte como agir, ou como driblar, as características e os obstáculos sem se deixar dominar. Ao contrário disto, usar o TDA a seu favor – conclui.
O filme traz a reflexão sobre como o papel de cuidar dos filhos ainda é visto pela sociedade como único, exclusivo e obrigatório da mulher
De pernas pro ar 3 é um filme brasileiro lançado em 2019, com direção de Julia Rezende, estrelado por Ingrid Guimarães e Bruno Garcia. O longa retrata a continuação da história da dona de sexy shop Alice, no ramo da indústria do prazer, abordando novas temáticas como: conflitos entre diferentes gerações, feminismo e trabalho.
Alice é uma empresária de sucesso, dona de uma das maiores empresas de produtos sexuais, a “Sexy Delícia”. Devido a essa influência de mercado, ela tem viajado o mundo todo levando seus produtos para os mais diferentes públicos, o que acaba por consumir todo o seu tempo, fazendo com que a convivência com seu marido João (Bruno Garcia) e seus filhos Paulinho (Eduardo Mello) e Clarinha (Duda Batista) seja mínima ou porque não dizer nula.
Ao chegar na casa dos 40 anos Alice decide se aposentar para poder passar mais tempo com sua família, e entrega o comando da empresa à sua mãe Marion. A partir desse dia a protagonista decide que será uma nova mulher e que exercerá apenas os papéis de mãe e esposa, iniciando sua saga de reclusão ao lar.
Fonte: encurtador.com.br/tHLZ6
Contudo essa nova jornada não se mostra nada fácil para a rainha do sexy shop, que se sente inapta em diversos momentos no que se refere a educação dos filhos e ao próprio conhecimento sobre os gostos de cada um. Além disso, a tarefa de ficar quieta em casa, sem um ofício para exercer, faz com que ela experimente um sentimento de extrema inutilidade e inquietação.
Nesse cenário de dificuldade surge mais um “contratempo”, Leona. Leona é uma jovem que trabalha com Tecnologia da Informação (T.I) e desenvolve um aplicativo de realidade virtual para que as pessoas possam fazer sexo a distância. Tal invenção concede a essa menina o status de mais nova sensação da indústria do prazer, despertando em Alice muita inveja e uma intensa vontade de voltar a trabalhar para não perder seu posto de rainha do sexy shop.
Ao observar as formas de trabalhar e perceber o mundo de Leona e Alice é possível identificar a diferença marcante em suas posturas. A primeira se enquadra no grupo da geração Y, que nas palavras de Fantini e Souza (2015, pág. 128) “é formada por jovens acostumados com as tecnologias de entretenimento e comunicação, são desestruturados, contestadores, imediatistas, inovadores e não gostam de hierarquia.”
Fonte: encurtador.com.br/pHRU6
Já Alice faz parte da geração X (OLIVEIRA, 2012), se apresentando bem menos antenada as tecnologias, dando mais valor na estabilidade de mercado personificada na crença de trabalhar por muitos anos na mesma empresa, além de ser viciada em trabalho.
De pernas pro ar 3 seria mais um filme clichê se tivesse investido na rivalidade entre as duas personagens e reproduzido a disputa entre o sexo feminino reforçada pela sociedade machista (SILVEIRA; ALDA, 2018). No entanto isso não acontece, já que o ápice da produção se dá quando ambas percebem que podem unir suas diferentes formas de trabalhar para atingirem mais sucesso juntas.
Além dessa demonstração de sororidade feminina, o filme traz a reflexão sobre como o papel de cuidar dos filhos ainda é visto pela sociedade como único, exclusivo e obrigatório da mulher. Ao retratar a indignação de João (esposo) quando este reclama que a esposa nunca esteve em casa para cuidar dos filhos cabendo a ele essa atividade, numa postura de culpabilização de Alice.
Fonte: encurtador.com.br/jlqz6
Contudo esse fato não anula o vício por trabalho da rainha do prazer. Alice pode ser considerada uma workaholic, postura de trabalhadores muito comum na sociedade pós moderna. Serva e Ferreira (2006, p. 181) definem workaholic como o indivíduo que está “absorvido de forma intensa com o trabalho, com longas jornadas diárias, excesso de carga de trabalho, ritmo acelerado de trabalhar e busca desenfreada por resultados.”
Estes indivíduos comumente não conseguem administrar as outras áreas de suas vidas, sendo de costume que tenham suas relações interpessoais (família, amigos, relacionamentos afetivos) prejudicadas. Além disso, é normal que não deem tanta atenção a atividades de lazer, negligenciando até mesmo os cuidados com a saúde física e mental. Goldberg (1980) cita alguns tipos de doenças que normalmente acometem os workaholics, sendo elas: distúrbios do sistema imunológico, úlcera, gastrite, ataque cardíaco, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.
No filme, o vício por trabalho é tratado de forma cômica, no entanto, é preciso se atentar a esse fenômeno. Em 2016, a revista Forbes realizou uma pesquisa que constatou uma maior incidência de transtornos psiquiátricos nesse grupo, identificando 33% com déficit de atenção, 26% com distúrbio compulsivo, 34% com ansiedade e 9% com depressão.
Diante disso, é válido o questionamento de como as pessoas estão vendo o mundo do trabalho e a sua inserção nele. Lembrando sempre que a instância do trabalho, para que seja saudável e satisfatória, precisa ter sentido e não ser fonte de sofrimento e adoecimento.
FICHA TÉCNICA DO FILME
Fonte: encurtador.com.br/ckHMR
DE PERNAS PRO AR 3
Título original: De pernas pro ar 3 Direção: Julia Rezende Elenco: Ingrid Guimarães,Maria Paula,Bruno Garcia País: Brasil Ano:2019 Gênero: Comédia
REFERÊNCIAS:
FANTINI, Carolina Aude; SOUZA, Naiara Célida dos Santos de. Análise dos fatores motivacionais das gerações baby boomers, X, Y e Z e as suas expectativas sobre carreira profissional. Revista Ipecege, [s.l.], v. 1, n. 3/4, p.126-145, 28 mar. 2016. I-PECEGE. http://dx.doi.org/10.22167/r.ipecege.2015.3-4.126.
MORIM, Estelle M.. OS SENTIDOS DO TRABALHO. Recursos Humanos, São Paulo, v. 41, n. 3, p.8-19, out. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n3/v41n3a02.pdf>. Acesso em: 04 maio 2019.
REDAÇÃO. Estudo mostra que workaholics têm mais problemas psiquiátricos. 2016. Disponível em: <https://forbes.uol.com.br/carreira/2016/06/estudo-mostra-que-workaholics-tem-mais-problemas-psiquiatricos/#foto4>. Acesso em: 04 maio 2019.
SEMINÁRIO CORPO, GêNERO E SEXUALIDADE, 7., 2018, Rio Grande. NÓS, MULHERES: A IMPORTÂNCIA DA SORORIDADE E DO EMPODERAMENTO FEMININO. Rio Grande: Furg, 2018. 5 p. Disponível em: <https://7seminario.furg.br/images/arquivo/160.pdf>. Acesso em: 04 maio 2019.
SERVA, Maurício; FERREIRA, Joel Lincoln Oliveira. O fenômeno workaholic na gestão de empresas. Revista de Administração Pública, Salvador, v. 40, n. 2, p.179-200, out. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rap/v40n2/v40n2a02.pdf>. Acesso em: 04 maio 2019.
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Filósofo alemão Christoph Türcke propõe resgate da cultura do ritual para conter os efeitos do transtorno de déficit de atenção
11 de novembro de 2016 Grupo Editorial Record
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Em “Hiperativos!”, autor destaca a importância da atenção e da repetição no estabelecimento das culturas humanas e apresenta uma proposta para as escolas, a seu ver, um dos lugares centrais para combater o avanço do TDAH.
Mais eficaz que remédios para TDAH, esta é a primeira tentativa de combater, com os meios da filosofia, um “déficit” que se alastra nas sociedades modernas
Thomas Steinfeld, jornalista
Em “Sociedade excitada”, Christoph Türcke alertou para a agitação e o senso de urgência que ditam o ritmo da sociedade contemporânea. Em seu novo livro, o filósofo parece apresentar justamente as consequências deste cenário. “Hiperativos!” aborda o transtorno do déficit de atenção, suas implicações nas relações sociais e os possíveis caminhos para uma vida mais concentrada e saudável.
O autor mostra a importância da atenção e da repetição no processo de estabelecimento das culturas humanas e resgata a formação dos costumes, vistos por ele como um fenômeno de legítima defesa de um sistema nervoso altamente sensível. Desta forma, o homem primitivo teria criado os rituais para conter seus medos da natureza. Assim, teriam surgido os sacrifícios e depois ritos mais suaves, como orações e refeições.
Em seguida, Türcke analisa como a conduta humana foi alterada e acelerada com a chegada das máquinas e o advento da imagem, que para ele gera no espectador um contínuo impulso ao despertar. Ele observa o mesmo fenômeno nos materiais impressos: “Nas últimas duas décadas, todos os grandes jornais estão cada vez mais parecidos com as revistas ilustradas. Sem fotos grandes eles não podem mais concorrer. Toda a diagramação supõe que ninguém tem mais concentração e resistência suficientes para ler um texto da primeira à última página, linha por linha”, afirma.
O filósofo fala ainda sobre os efeitos do déficit de atenção nas crianças, que não conseguem se concentrar e nem persistir em atividades coletivas. E propõe, portanto, uma nova disciplina escolar, batizada provisoriamente de “estudo do ritual”. Para os alunos pequenos, ele explica, serviria como uma paciente e criteriosa prática de conduta que condensaria toda a matéria de aula em intervalos regulares de pequenos atos como apresentações e ensaios:
“Educadores e professores que praticam com muita paciência e calma ritmos e rituais comuns, que nesse percurso passam o tempo comum com as crianças que lhes são confiadas; que se recusam a adaptar a aula a padrões de entretenimento da televisão, com contínua troca de método; que reduzem o uso de computadores ao mínimo necessário; que ensaiam pequenas peças de teatro com as crianças, apresentam a elas um repertório de versos, rimas, provérbios, poemas, que são decorados, mas com ponderação e entendimento; que não se servem permanentemente de planilhas, mas fazem os alunos registrarem caprichosamente o essencial num caderno: eles são membros da resistência de hoje”, completa.
“Hiperativos!” é um livro para pais, professores, pedagogos, psicanalistas e para qualquer pessoa que lide direta ou indiretamente com o transtorno de déficit de atenção. Uma leitura fundamental para compreender e transcender os impactos das novas tecnologias da comunicação nas estruturas perceptivas do indivíduo.
Agenda do autor no Brasil
19/11- 9h – PUC-Minas, Poços de Caldas- Conferência: “Filosofia da sensação”
21/11- 19:30-Unifal, Alfenas- Conferência: “Filosofia da sensação”
23/11-10:30-UFRJ-Campus da Ilha do Fundão- Conferência: “Crítica da cultura do déficit da atenção”
Christoph Türcke (1948, Hamelin/Alemanha) é professor emérito de filosofia na Faculdade de Artes Visuais de Leipzig. Foi professor visitante na UFRGS e na PUCRS. Colaborou para as revistas Spiegel e Merkur. Em 2009, recebeu o Prêmio de Cultura Sigmund Freud, concedido a cada dois anos a não psicanalistas cujo trabalho ofereça uma nova luz sobre a importância da psicanálise. No Brasil, publicou “O louco: Nietzche, a mania da razão (1993) e Sociedade excitada (2010). Este é seu primeiro livro pela Paz & Terra.
FICHA TÉCNICA
HIPERATIVOS! ABAIXO A CULTURA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO
Autor: Christoph Türcke
Tradução: José Pedro Antunes
Páginas: 144
Editora: Editora Paz & Terra (Grupo Editorial Record)