Ronnie Coleman: o rei do fisiculturismo

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Ronnie Coleman é, sem dúvida, uma das maiores lendas da história do fisiculturismo. Seus oito títulos consecutivos de Mr. Olympia não apenas o colocam entre os maiores fisiculturistas de todos os tempos, mas também transformaram sua história de vida em um símbolo de superação, disciplina e dedicação extrema. Ao longo de sua carreira, ele redefiniu os padrões de tamanho e definição muscular, influenciando gerações de atletas e fãs ao redor do mundo. Sua trajetória, no entanto, não foi uma linha reta para o sucesso, e sua jornada foi marcada por desafios, lesões e, acima de tudo, um comprometimento incomum com o treinamento.

Ronald Dean Coleman nasceu em 13 de maio de 1964, na cidade de Monroe, no estado da Louisiana, EUA. Desde muito jovem, Ronnie foi incentivado a praticar esportes, embora o fisiculturismo não fosse sua primeira paixão. Durante sua infância e adolescência, ele se destacou no futebol americano, esporte que o acompanhou até o final de sua trajetória escolar. Ao mesmo tempo, ele começou a praticar levantamento de peso, uma atividade que, mais tarde, se tornaria seu destino profissional.

Aos 17 anos, Ronnie já era um atleta de destaque na escola, e sua força natural se refletia no levantamento de peso, mas, na época, o foco de sua vida ainda estava voltado para o futebol. Seu físico atlético o fez se destacar nas competições de força, e ele começou a se interessar cada vez mais pela musculação. Foi durante esse período que Coleman, ao lado de sua dedicação ao esporte, também aprendeu o valor da disciplina e da consistência — duas qualidades que viriam a ser fundamentais em sua futura carreira no fisiculturismo.

Com o tempo, o fisiculturismo começou a se tornar o principal foco de sua vida. Durante sua formação na Grambling State University, Ronnie continuou a treinar com regularidade, desenvolvendo um corpo cada vez mais impressionante. Entretanto, o caminho para se tornar um fisiculturista de elite não estava completamente claro para ele até que uma série de eventos começasse a apontar a direção que ele tomaria.

Início no Fisiculturismo: A Transição Para o Bodybuilding Profissional

Após terminar a universidade e passar por uma série de empregos comuns, como atendente de pizzaria e policial, Ronnie começou a treinar em academias de musculação, e foi na Metroflex Gym, em Arlington, Texas, onde sua carreira realmente decolaria. A Metroflex, que mais tarde se tornaria famosa por ser a academia onde grandes fisiculturistas, como o próprio Ronnie, treinaram, foi o local onde ele foi descoberto por Bryan Dobson, um treinador e proprietário da academia, que logo reconheceu o potencial do jovem atleta.

Em 1990, apenas um ano após começar a treinar sério, Ronnie Coleman competiu em sua primeira competição de fisiculturismo, o Mr. Texas, onde foi coroado campeão geral de bodybuilding. Essa vitória foi apenas o início de uma trajetória vitoriosa que o levaria ao topo do esporte. Em 1995 e 1996, ele venceu a Canada Pro Cup em ambas as edições, mas ainda havia um obstáculo maior em sua carreira: o título de Mr. Olympia.

Em sua primeira tentativa no Mr. Olympia, em 1996, Ronnie ficou em 6º lugar, o que, embora um bom resultado, ainda estava longe da disputa pelo título. O fisiculturismo é um esporte onde a competição é feroz, e muitos atletas precisavam de mais tempo para atingir a perfeição em seu físico. Embora fosse inegável o tamanho e a força de Coleman, seu físico ainda precisava de refinamento para competir com os melhores do mundo, como Dorian Yates, que na época dominava a cena.

A Ascensão ao Trono de Mr. Olympia

Foi em 1997 que a história de Ronnie Coleman começou a mudar. Durante o Grand Prix Rússia de 1997, Ronnie foi aconselhado por seu amigo e competidor Kevin Levrone a usar um truque para melhorar sua aparência no palco: beber um pouco de vodka na véspera da competição. O objetivo era fazer com que o álcool funcionasse como um diurético, ajudando a reduzir a retenção de água e deixando seus músculos mais definidos. Embora a prática fosse controversa, o conselho de Levrone funcionou, e no dia seguinte Ronnie apareceu com a melhor forma física de sua carreira até então, conquistando a vitória no Grand Prix Rússia.

Esse momento foi um marco importante para Coleman, pois consolidou sua confiança e estabeleceu sua credibilidade no mundo do fisiculturismo. Em 1998, Ronnie Coleman finalmente conquistaria seu primeiro título de Mr. Olympia, derrotando nomes como Kevin Levrone, Nasser El Sonbaty e o então campeão de 1997, Dorian Yates. O domínio de Coleman era evidente, e ele mostrava um físico gigantesco, mas também impressionante em termos de definição muscular e simetria — qualidades que o fizeram um competidor formidável.

A vitória de 1998 foi apenas o começo. Ronnie Coleman continuou a reinar no Mr. Olympia, conquistando o título consecutivamente até 2005. Seu físico, que misturava um tamanho monstruoso com uma estética refinada, se tornou o novo padrão de excelência no fisiculturismo. Durante esse período, ele se tornou não apenas o campeão de Mr. Olympia, mas também um ícone de trabalho árduo, dedicação e uma verdadeira inspiração para os atletas em todo o mundo.

O Estilo de Treinamento e Filosofia de Ronnie Coleman

O segredo de Ronnie para o sucesso não estava apenas em seu talento natural, mas em sua filosofia de treinamento extremamente intensa. Famoso por seu estilo de treino pesado, Coleman se destacava pelo volume e pelo peso que levantava. Ele frequentemente dizia que o segredo para ter sucesso no fisiculturismo era “levantar pesado”, e seu treinamento era marcado por sessões longas e com grandes cargas, além de um foco imenso na execução correta dos exercícios.

Embora sua abordagem tenha sido imitada por muitos, o treinamento pesado de Coleman teve um custo. Ao longo dos anos, o fisiculturista sofreu com diversas lesões graves nas costas e nas articulações. No entanto, ele nunca deixou que isso o impedisse. A dedicação ao treinamento era tamanha que, mesmo após a dor das lesões, Ronnie continuava a treinar com a mesma intensidade. As lesões, no entanto, acabariam afetando sua saúde no futuro, e ele seria forçado a encerrar sua carreira mais cedo do que muitos imaginavam.

O Declínio e a Aposentadoria de Ronnie Coleman

Depois de conquistar oito títulos consecutivos de Mr. Olympia, o reinado de Ronnie Coleman começou a enfrentar um desafio sério. Em 2006, Jay Cutler, um dos grandes rivais de Coleman, finalmente superou o rei do fisiculturismo, vencendo o Mr. Olympia daquele ano. Foi uma derrota amarga para Coleman, mas ele não desistiu. Em 2007, com o desejo de recuperar o título, Ronnie voltou ao palco, mas seu físico já não era mais o mesmo. As lesões, a sobrecarga nos treinos e os anos de competição começaram a cobrar seu preço.

Coleman, que antes dominava o palco com seu tamanho gigantesco e definição impressionante, já não exibia a mesma condição física. Mesmo assim, ele se manteve forte e focado, ficando em 4º lugar no Mr. Olympia daquele ano. Após essa competição, Ronnie decidiu se aposentar oficialmente do fisiculturismo competitivo, encerrando uma das carreiras mais impressionantes da história do esporte. 

A Vida Após o Fisiculturismo e o Legado

Após a aposentadoria das competições, Ronnie Coleman passou a se dedicar a sua marca de suplementos, a RC Supplements, que rapidamente se tornou um sucesso no mercado. Sua influência no fisiculturismo continuou forte, e ele ainda participa de eventos de grande porte, como o Arnold Classic e o Mr. Olympia, onde é reverenciado por sua contribuição ao esporte.

No entanto, o impacto mais profundo de Ronnie no fisiculturismo é seu legado como um dos maiores campeões de todos os tempos. Seu nome é sinônimo de superação, trabalho árduo e dedicação. Ele mostrou ao mundo que, com disciplina, qualquer atleta pode atingir o auge, e seu físico e ética de trabalho continuam a inspirar milhares de aspirantes a fisiculturistas ao redor do mundo.

Infelizmente, as lesões que marcaram sua carreira o acompanharam na aposentadoria. Ronnie sofre com dores crônicas nas costas e teve que passar por várias cirurgias, incluindo a retirada de parafusos de sua coluna. No documentário “The King” (2018), ele revelou que, embora o físico que o consagrou tenha desaparecido, o amor pelo fisiculturismo e sua determinação continuam vivos. Mesmo com dificuldades físicas, Coleman continua a ser uma referência não apenas no fisiculturismo, mas também na vida, por sua perseverança diante das adversidades.

Ronnie Coleman não foi apenas um campeão de fisiculturismo. Ele foi uma lenda, um verdadeiro ícone que redefiniu os padrões de tamanho, força e estética no esporte. Sua carreira, marcada por conquistas épicas e desafios imensos, é uma prova de que, com dedicação e paixão, é possível conquistar o impossível. Mesmo aposentado, o legado de Ronnie Coleman continuará a inspirar fisiculturistas e fãs em todo o mundo.Parte superior do formulário

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O Poder do hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios

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O autor do livro é um conhecido jornalista norte americano chamado Charles Duhigg. Com este livro o autor realizou um trabalho jornalístico com centenas de fontes e estudos e através deles demonstra que os hábitos, dos mais simples aos mais complexos, são a base de nossa vida. Ele defende que ao entendermos como os hábitos funcionam, podemos usá-los a nosso favor para atingir os nossos objetivos e obter sucesso na vida.

Duhigg apresenta um conceito chamado de “loop do hábito”, que é composto por três partes: a deixa, a rotina e a recompensa. Ele diz que os hábitos são formados quando a deixa (evento, local ou emoção) desencadeia uma rotina (ou um comportamento diário) a qual gera uma recompensa. Quanto mais repetimos este “loop” mais automatizado e arraigado ele se torna em nosso cérebro.

 

Para a nossa alegria e tranquilidade, Duhigg traz inúmeros exemplos de pessoas que conseguiram mudar seus hábitos e defende que podemos alterar ou mudá-los, mesmo os mais difíceis e prejudiciais, se compreendermos como o “loop” acontece e aplicarmos algumas técnicas de modificação do comportamento como por exemplo o estabelecimento de metas específicas, a visualização e a substituição de hábitos.

Para o autor o hábito nada mais é do que as atividades do dia a dia que executamos de forma automática, sem pensar. Por exemplo, pentear o cabelo, escovar os dentes ou até mesmo o caminho que percorremos para chegar ao trabalho todos os dias. Para ele, nossa mente funciona visando otimizar e acelerar nosso dia a dia. Para isso, automatiza nossas ações e os torna em hábitos para que gaste sua energia e concentração em outras coisas que exigem mais da nossa atenção.

O autor demonstra então como os hábitos são formados e a forma como influenciam positiva e negativamente as nossas vidas. Para isto, recorre a conceitos e explicações de áreas como a psicologia e neurociência. Duhigg então explica o ciclo neurológico do desenvolvimento de um hábito e pontua que a formação dele se estabelece em 3 pilares: a deixa, a rotina e a recompensa.

A Deixa

A deixa é o gatilho, o estímulo antecedente que dispara em seu cérebro para começar uma rotina. Ele pode se apresentar de muitas formas (sentimentos, locais, coisas), desta forma conseguir identificar a deixa é o que faz com que um indivíduo consiga caminhar em direção a mudança. No livro ele cita o seu próprio exemplo quando conta que costumava comer donuts todas as tardes e por isso engordou. Ao analisar o fato, percebeu que fazia isso porque se sentia sozinho e então se dirigia a cafeteria para socializar e conversar, o que culminava no consumo dos donuts. Ao identificar a deixa, passou então a introduzir uma nova rotina que viabilizasse o abandono deste vício em donuts. É preciso entender que o jornalista se sentia recompensado ao conversar com as pessoas e não ao comer e desta forma poderia associar a sua recompensa com algo mais saudável.

A Rotina

A rotina é a atividade que é sempre realizada após a deixa ser ativada. Aqui o autor destaca que para mudar a rotina é preciso identificar o seu gatilho. Sem isso, provavelmente não haverá mudança de rotina.

A Recompensa

A recompensa é o prêmio que você recebe.  Ela naturalmente desperta sentimentos que vão ficar guardados até a próxima vez que o indivíduo se deparar com a deixa. Por isso, o hábito vai se reforçando em um looping infinito.

Ainda sobre o seu hábito de comer os donuts, o autor então observou que: estava engordando devido a comer donuts no meio da tarde. Ele observou que a deixa dele era (sentir-se sozinho no meio da tarde), a rotina (pegar um donuts) e a recompensa (poder conversar com as pessoas que estavam na cafeteria). Ao identificar os três pilares do seu hábito, o autor programou seu alarme do relógio para o horário em que normalmente sentia essa necessidade de conversar com alguém e colocou como meta ir até a mesa de amigo e conversar por 10 minutos. Segundo ele, os primeiros dias foram os mais difíceis e por vezes, ele ignorou o alarme e o plano estabelecido e por consequência terminava comendo o donuts e sentia-se frustrado. No entanto, ao seguir seu plano à risca, finalizava o dia sem comer o donut e satisfeito com seu progresso. Desta forma, com o passar dos dias, o novo comportamento passou a ser automático e ele já nem precisava mais do alarme. Passados seis meses desta nova rotina, relatou que todo dia, por volta das três e meia, levantava de sua mesa, passava dez minutos conversando com algum amigo no escritório e então voltava para sua mesa e isso já acontecia de forma automática e sem que pensasse a respeito. Tornou-se um hábito.

O autor começa então a demonstrar que é extremamente importante criar uma associação entre a deixa e a recompensa. E ressalta que o próprio indivíduo pode criar essa deixa e incorporar em sua rotina hábitos que culminem em algo prazeroso, agindo em seu favor e fugindo das armadilhas da automatização da vida. Desta forma, terá estabelecido uma estratégia para a mudança de hábitos.

Duhigg também aborda em seu livro, o conceito de hábitos angulares (aqueles que influenciam em outras áreas da vida). Por exemplo, a atividade física, que colabora para um bem-estar físico e emocional.

Fica claro no livro que entender a origem de seus hábitos e quais as recompensas que eles envolvem, será uma forma eficiente de desenvolver estratégias que promoverão a mudança de qualquer hábito da sua vida. Vale dizer que alguns serão mais difíceis de serem modificados e a mudança exigirá mais tempo, esforço e dedicação. No entanto, à medida que você entende como um hábito funciona e identifica a deixa, a rotina e a recompensa, você ganha poder sobre ele e porque não dizer que você retoma o controle daquilo que faz todos os dias, sendo mais assertivo e direcionando seus esforços para algo que realmente te trará resultados positivos nas mais diversas áreas da vida.

Referências:

DUHIGG, Charles. O Poder do hábito: porque fazemos o que fazemos na vida e nos negócios. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

 

 

 

 

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Motivação e Disciplina: José Eduardo Bispo fala sobre produtividade no ambiente de trabalho

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O Portal (En)Cena entrevistou o psicólogo José Eduardo Bispo (CRP 23/2691), agresso da Ulbra Palmas.  Sua formação foi caracterizada pelo envolvimento com a área da psicologia do esporte através de diversas práticas de estágio e extensão, somado a isso, fez sua ênfase na Análise do Comportamento e Desempenho. Atualmente foca sua atuação em assuntos relacionados à alta performance, motivação e disciplina. Nessa entrevista, falamos um pouco sobre Produtividade, Motivação e Disciplina no ambiente de trabalho e como isso tem afetado a saúde dos trabalhadores. 

(En)Cena: O que é ser uma pessoa produtiva, de acordo com a visão psicológica?

José Eduardo Bispo: A psicologia é bem generosa quanto ao conceito de produtividade. Inclusive, trabalha há diversos anos para desconstruir esse estigma de que trabalhar 11 ou 12 horas seja algum sinônimo de produtividade. Esse movimento é visto principalmente junto com as big techs, algumas em São Paulo inclusive, que já adotaram as medidas de menores cargas horárias de trabalho e perceberam que isso converteu-se em mais desempenho e mais trabalho apresentado para a empresa. Digamos que a psicologia foi uma das precursoras nessa tentativa de desconstruir que está acontecendo, devagar, mas ainda assim progredindo. Ocorre então a desconstrução do que seria desempenho e produtividade, do modelo antigo e baseado na idade média, de produzir o dia todo e trabalhar sempre. Por essa ótica, a motivação e a vontade de ir para o trabalho ou para uma coisa que é fixa e maçante diminui. Chega um momento onde há uma curva de cansaço e isso é normal, está dentro da nossa biologia. O que a gente tenta levar para esse indivíduo, é tirar esse senso de que estar cansado e exausto sempre é produtividade. A intenção é deixar com que esse indivíduo se sinta mais motivado e animado com a rotina de trabalho. 

(En)Cena: Como podemos encontrar motivação no ambiente de trabalho?

José Eduardo Bispo: Ao desconstruir a logística de trabalho exaustivo, desconstruimos também a ideia de que se algo que não foi concluído, tem que ser concluído no mesmo dia, se não a empresa/pessoa vai à falência. Desconstruindo esses conceitos que a gente tem um trabalhador mais descansado e mais motivado porque sabe que o trabalho vai ser mais descontraído, com menos pressões para bater metas que muitas vezes são irrealistas e a partir disso esse trabalhador vai ter mais produtividade por conta da sensibilização desse ambiente que a maioria das vezes é ligado à uma ideia de ambiente exaustivo que faz com que ele sempre saia cansado sem conseguir fazer mais nada. 

                                                                                                                                                   fonte PixaBay

(En)Cena: Como ser produtivo quando falta motivação?

José Eduardo Bispo: É importante desconstruir essa logística de que a motivação sempre vai estar no alto e que esse indivíduo sempre vai estar animado para produzir. Na logística do desempenho, a partir do livro “Psicologia Produtiva” ele pontua que essa motivação vai estar sempre atrelada a figuras mais associadas a lideranças do que a chefia nos princípios arcaicos. Essa liderança sai do papel de um chefe que fica sempre exigindo e não está junto com o trabalhador na maioria das vezes já a liderança seria uma coisa mais horizontal, em que existe um acompanhamento em relação ao desenvolvimento desse trabalhador e ao mesmo tempo também desenvolve esse senso de motivação, sempre tentando motivar o trabalhador com afirmações positivas. 

(En)Cena: Qual a relação entre motivação e disciplina? 

José Eduardo Bispo: A partir das motivações positivas, citadas nas respostas acima, esse ambiente de trabalho ficaria menos desgastante e estimularia um desempenho e desenvolvimento maior. Por um momento esse indivíduo chegaria em uma logística de tentar ser mais produtivo devido o ambiente mais estabilizado e a partir disso essa disciplina vai surgindo aos poucos, é claro que no momento que esse ambiente por algum motivo vinhesse a desestabilização, esse trabalhador pode voltar a ter uma indisciplina no sentido de baixa produtividade, então é importante sempre estar fazendo essa manutenção, tanto na equipe de liderança vertical, como na equipe horizontal, que é a equipe mais próxima do trabalhador. 

                                                                                                                                               fonte PixaBay

(En)Cena: Quais os pilares para alcançar a disciplina ?

José Eduardo Bispo: O estabelecimento de metas realistas pode estimular, cada vez mais a disciplina desse trabalhador que busca um melhor desempenho. A partir dessas metas realísticas acompanha também o feedback de grupo que é fundamental para que a equipe de liderança mantenha a motivação e empenho da equipe, pois a partir do feedback de grupo. O feedback de grupo é dar um retorno sempre que esse trabalhador tenha algum comportamento ou evento esperado por essa empresa, para essa organização. É importante que esse feedback seja dado tanto em grupo quanto no individual com ações afirmativas sobre o que ele está fazendo de certo para que estimule cada vez mais esse desempenho, e do contrário quando tem algo negativo que esse trabalhador precise desse feedback é importante o feedback também em grupo e individual, porque sabemos que o trabalho individual afeta o grupo também. Essas práticas de deixar o ambiente menos pressionado e mais sensibilizado estimula de forma significativa, as pesquisas das big techs e experimentos feitos vem acompanhado dessa afirmativa.  

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A motivação e disciplina me impulsionam a ir mais longe

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Fonte: Arquivo Pessoal

Sou a primeira filha de 7 irmãos, minha mãe fez apenas o ensino fundamental e meu pai nunca frequentou a escola, aprendeu a ler e escrever com uma professora que por um determinado período ia até a casa dos meus avós e ensinava todos os filhos. Porém quando meu pai teve seus filhos fez diferente priorizou a nossa Educação. Comecei a frequentar a escola desde a educação infantil, sempre fui aquela criança comportada, educada, e na maioria das vezes esses tipos de crianças em sala de aula são vistos como bons alunos. 

Por ser uma criança tímida eu raramente conversava em sala, nem sempre entendia o conteúdo que estava sendo ministrado e devido a timidez não perguntava, por vergonha ou até mesmo por medo de julgamentos. Para os meus pais eu era muito estudiosa e inteligente porque não recebiam queixa da escola, e por ouvir isso deles, eu me dedicava para dar o meu melhor nos estudos ano após ano, e foi assim que meus pais reforçaram meu comportamento, com elogios.  

Confesso que isso me marcou muito, pelo fato de ter que sempre me dedicar mais que a maioria da turma, pois todos os dias quando eu chegava em casa precisava rever os conteúdos novamente para tentar aprender e fixa algumas informações, pois eu estava em sala de aula todos os dias, mas apresentava muita dificuldade para aprender no ritmo dos demais, e a estratégia que encontrei para aprender era rever tudo de novo e fazer cópias para tentar memorizar, eu não tinha a habilidade de compreensão leitora bem desenvolvida.

Fonte: Arquivo Pessoal

Naquela época, meus professores das séries iniciais não tinham muito conhecimento e manejo para lidar com alunos com transtorno de déficit de atenção hiperatividade (TDAH) e por ser “quieta e boazinha” do tipo desatenta, fui passando para as séries seguintes. A medida em que foi aumentando a complexidade dos conteúdos eu precisava me dedicar ainda mais para conseguir me manter com notas medianas, devido à dificuldade de concentração, nem sempre conseguia acompanhar o ritmo da turma na escrita das atividades do quadro, então na maioria das vezes eu necessitava pedir uma colega o caderno emprestado para colocar as tarefas em dia.   

Nunca repeti de ano, não porque era inteligente, mas porque sempre fui disciplinada e esforçada, na quarta série do ensino fundamental tive uma professora que se preocupava com toda a turma e ela me deu uma atenção diferenciada, me inseriu no grupo e me ajudou a ser mais participativa respeitando as minhas singularidades, ao final do ano eu era outra criança. Não era a aluna destaque, mas sempre tive notas medianas, porém isso me demandava o meu tempo livre porque todos os dias eu precisava dedicar boa parte do horário para rever os conteúdos. 

Quando terminei o ensino médio decidi que iria fazer faculdade de Pedagogia, para trabalhar nas séries iniciais, pois eu queria ajudar outras crianças comportadas e educadas, mas que como eu não eram somente tímidas, “não conseguiam aprender” no mesmo ritmo dos demais, nem sempre essas crianças são notadas e estimuladas ainda nas séries iniciais, período em que o cérebro está mais propício para absorver estímulos externos por meio de brincadeiras e material concreto e consolidar o aprendizado, mas vale ressaltar que este período não deve ser visto apenas como um tempo único para determinado aprendizado, pois nosso cérebro faz plasticidade e o ser humano absorve conhecimento durante toda a vida, mas em ritmo diferente.

Ao ser mãe procurei fazer com meu filho aquilo que recebi dos meus pais e um pouco mais por ser pedagoga sempre procurei por meio do brincar direcionado estimular o processo de alfabetização e diferente de mim aos cinco anos ele começou descobrir a magia da leitura e desde então os livros e a leitura fazem parte do cotidiano dele, não apresentou dificuldade de aprendizagem, tem facilidade em três idiomas e aos 17 anos estar cursando o último ano do ensino médio técnico em Mecatrônica no Instituto Federal do Tocantins – IFTO.

Desde que comecei a atuar em sala de aula, sempre tinha algumas crianças que necessitavam de uma atenção diferente, de estratégia diferente para aprender determinado conteúdo, umas com laudo, outras tidas como sem limites e enquanto professora me vi na obrigação de ajudá-los, porém nem sempre tinha suporte por parte da equipe escolar e foi aí que comecei a trajetória de pesquisadora, pois sempre tive a preocupação de não me apegar a rótulos, mas de olhar para a criança como um todo. 

Fiz pós-graduação em Neuropsicopedagogia, para entender um pouco sobre as dificuldades e transtornos de aprendizagem e como intervir com crianças típicas e atípicas em sala de aula. Durante as aulas da Pós, mas especificamente na disciplina de Neuropsicologia, despertou em mim uma vontade de entender um pouco mais sobre o comportamento humano, depois de uma década atuando em sala de aula, decidi fazer atendimento clínico às crianças e adolescentes com desenvolvimento típico e atípico. 

A maioria dos Aprendentes que chegam até mim são crianças e/ou adolescentes com muita dificuldade nas habilidades acadêmicas, e por meio do afeto, procuro fortalecer o vínculo e acessá-los a fim de ajudá-los dentro das suas limitações a melhorar as habilidades acadêmicas. Pois estudos apontam que crianças e adolescentes que fazem acompanhamento multiprofissional diminuem o fracasso escolar, possibilitando um melhor desempenho acadêmico.  

Após dois anos de atuação na clínica, percebi a necessidade de fazer Psicologia para entender e trabalhar as dificuldades acadêmicas associadas também ao emocional. Desde que comecei a faculdade muitas coisas na minha vida pessoal e profissional mudaram, pois aos poucos fui desconstruindo alguns preconceitos que por falta de conhecimento, acreditamos que é o mais adequado ou o correto. Atualmente estou na reta final do curso e pretendo continuar nessa busca pois somos seres de e para o conhecimento. 

    

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A aquisição de um novo hábito requer tempo, força de vontade e repetição

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Criar uma rotina mais saudável, alimentar-se melhor, ter sono de qualidade, cultivar laços sociais positivos, cuidar da mente, fazer uma atividade física, começar um curso novo sempre são metas colocadas no fim de ano para serem realizadas no ano novo que se inicia. As pessoas ficam mais propensas a mudanças de hábitos, o problema é que muitos objetivos ficam, somente, no papel, e o comportamento continua igual ao ano anterior.

O ato de mudar demanda uma quebra de paradigma para que reais transformações aconteçam na rotina do indivíduo. Ou seja, uma mudança de mentalidade que requer esforço para a inserção de novos costumes, para começar o dia com bons hábitos; mesmo encontrando na maioria das vezes dificuldades para a inserção desses novos hábitos, podendo ser vistos como comportamentos governados por regras, que sendo formuladas podem ser mais aceitáveis do que apenas seguidas.

Para muitos, a ideia de introduzir um novo hábito na rotina acaba sendo algo considerado difícil, e muitas das vezes, visto como praticamente impossível. No entanto, é importante lembrar que após o hábito existir, não é possível acabar com ele, e sim modificá-lo, e mudar um velho hábito, que, caso o estímulo para o mesmo volte como era a princípio, esse mesmo hábito ressurgirá imediatamente. Duhigg (2012) ao retratar as ideias de Claude Hopkins certifica que “para mudar um velho hábito, você precisa abordar um anseio antigo. Precisa manter as mesmas deixas e recompensas de antes, e alimentar o anseio inserindo uma nova rotina.”

Fonte: encurtador.com.br/hvwJK

Conforme Covery (2014), a mudança de hábito está relacionada a transformação do caráter, é preciso ser “de dentro para fora” para que realmente exista uma eficácia pessoal e interpessoal. “A abordagem de dentro para fora privilegia um processo contínuo de renovação baseada nas leis naturais que governam o crescimento e o progresso humanos”.

A força de vontade é um pontapé inicial para a formação de novos hábitos, mas para permanecer é preciso consistência e muito esforço diário. As histórias de pessoas bem-sucedidas, que servem de inspiração, ajudam até um certo ponto, pois quando a motivação acaba o que sobra é a disciplina.  Nesse contexto, que Goleman (2005) reforça a ideia de que a inteligência emocional ajuda traçar metas, desenvolver a inteligência intelectual, por meio do gerenciamento das emoções.  Ou seja, a administração das emoções pode ser um meio para a elaboração de novos hábitos, os quais não tenham uma memória volátil, mas sim duradoura.

Caso queira começar sua mudança hoje, segue algumas ideias para a construção de novos hábitos: Primeiramente, não tente mudar de uma só vez, um passo de cada vez, já que seu cérebro está recebendo novos estímulos. Anote tudo em um caderno, mas não o deixe guardado em uma gaveta, deixei- a vista para sempre lembrar de seu objetivo.

Fonte: encurtador.com.br/tCISZ

Uma dica de ouro para uma mudança real, comece a conviver com grupos sociais, os quais já possuem o hábito que deseja adquirir. Por exemplo, se deseja ser um corredor, procure um grupo de corrida. Por fim, mantenha um planejamento de metas, crie boas estratégias elaboradas, mantenha o foco e não desista, é possível mudar.

 

REFERÊNCIAS

Duhigg, Charles. O poder do hábito [recurso eletrônico]: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios / Charles Duhigg ; tradução Rafael Mantovani. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2012.

COVEY, Stephen R. Os 7 Hábitos das pessoas altamente eficazes. Rio de Janeiro: Bestseller, 2014.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

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Cobra Kai – A omissão de uma vitória

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Em nosso mundo, o gênero e a honra masculina estão muito atrelados a competitividade em competições esportivas. Isto é muitas vezes indicativo de a versão contemporânea da Jornada do Herói, ajustada para tempos fleumáticos e sem territórios inexplorados para ir em descoberta. Em Karatê Kid, filme lançado em 1984, temos um exemplo característico desse fenômeno: Daniel, um jovem que tem dificuldade de adaptação que sofre com a violência dos pais, é salvo por um especialista em artes marciais e este o subordina a um árduo treinamento. Como desfecho, ele se fortalece fisicamente e mentalmente, ganhando o torneio local contra quem o agredia, e para valorizar suas vitórias pessoais, ganha o afeto da garota por quem se apaixonou. Contudo, de modo diferente dos mitos, competições e contos de fada, a vida tem que continuar requerendo atitudes menos heroicas dos homens, tais como pagar contas, procurar um emprego e constituir uma família.

Deste modo a série Cobra Kai presente na Netflix e Youtube, segue contando a história do filme 34 anos depois, porém com os mesmos autores, com base na história de vida de Johnny, o vilão da história é derrotado da competição. Este é o primeiro inconveniente da crônica, transparecer que o vilão não simplesmente desaparece com o fim da crônica. Ele de maneira simplória continua sendo a mesma pessoa. Tendo uma vida de adulto para levar. E essa, porventura, não é das mais agradáveis: subsistindo por meio de trabalhos informais, morando em uma casa desarrumada, tendo que enfrentar o alcoolismo, sem amizade e sem ninguém para pedir um abraço e um beijo, esse vilão não dá sinais de aprendizado com suas dificuldades, continuando sendo uma pessoa arrogante que te proporcionava popularidade na adolescência, porém agora de forma totalmente desajustada.

Fonte: encurtador.com.br/buFIT

A narrativa demonstra como os torneios esportivos tem muita autoridade sobre a masculinidade atual. Onde podemos observar como o resultado de uma competição desagregou duas vidas, aonde uma levou o troféu de vencedora e a outra levou o título de derrotada, deixando a vida adulta em segundo plano diante dos defeitos da adolescência. Isto nos mostra o mal-estar e uma vida sem sentido que muitos sendo ao longo de sua trajetória vital.

Todo o enredo da série se aplica ao reencontro entre os dois personagens, ocasionado por um acidente no qual a filha de um dos personagens estava envolvida. Metaforicamente, podemos sugestionar que a rivalidade era uma questão a ser solucionada em suas vidas, e por mais que tentassem esquecer essa rixa, alguma hora ela iria ser colocada à tona diante deles, por meio de muitas coincidências, submetendo-os a lidar com isso.

Fonte: encurtador.com.br/biGV2

Evidente que este conflito leva os personagens de volta ao caratê, o que acaba levando suas vidas de volta a realidade.  Se tradando de Johnny, ele passa a ter atitudes que quebram uma inércia de décadas, colocando força e ressignificação a uma vida que parecia perdida. Já pelo lado de Daniel, entendemos um vazio que sempre esteve consigo, embora ele seja orgulhoso. Ele tentava de maneira aflita colocar regras e doutrinas do caratê em sua vida de comerciante, o que era visto de modo excêntrico. Agora ele percebe uma oportunidade perfeita para colocá-los em prática.

Neste regresso às artes marciais, uma nova chance aparece aos personagens que é: qual os papeis eles devem desempenhar em seus estágios atuais de vida, já que não podem simplesmente competir em torneios como no passado. Para isso, o quesito fundamental é o relacionamento com as novas gerações, o que se confronta os valores enraizados e os leva a importante desenvolvimento interno.

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O jovem e a indecisão da carreira

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As dúvidas sobre qual carreira seguir envolvem inúmeras preocupações. A primeira delas é, com certeza, a incerteza em relação ao futuro. Costumo dizer que a vida começa ao contrário. Desde muito jovens, temos que escolher por onde queremos seguir sem ter o conhecimento preciso do futuro, como se fosse um grande jogo. Causando, assim, muita insegurança e incerteza na hora da escolha.

Por isso, o melhor caminho para não se perder é pesquisar a área de atuação das possibilidades onde você acha que se encaixa. Hoje, com a acessibilidade e com a democratização da internet temos vários canais com vídeos de pessoas que já vivem na área, onde encontramos a oportunidade de ouvir e obter conhecimento.

Os jovens precisam lidar melhor com a frustração” – Blog Na Prática

Outra importante opção são os testes vocacionais. Eles podem parecer clichês ou incertos, mas tenha certeza de que vai ajudar. Obviamente, eles não vão cravar uma profissão como prioridade, mas vão te oferecer uma facilidade de escolha. Busque ainda saber quais são atividades envolvidas na profissão para ter uma ideia de como será sua experiência e, desse modo, ter a possibilidade de avaliar se é a “sua praia” ou não.

O grande leque de opções que surgiram nos últimos anos e a remodelação das profissões são outros fatores que também impulsionam a dúvida. Por exemplo, antigamente as empresas de comunicação precisavam de uma pessoa com boa redação para o cargo de jornalista. Hoje, os requisitos incluem também entender de fotografia, design e informática. E a dica para essa questão é procurar se realinhar. A flexibilidade é extremamente importante atualmente. Treine bastante e se capacite, pois, com certeza, vai trazer um enorme resultado.

E não se preocupe em “pular de galho em galho”. Isto só é um problema, pois aumenta nosso tempo de percurso. Por outro lado, também aumenta a nossa experiência. Entenda que vale mais a pena “pular de galho em galho” do que ser infeliz em uma profissão. Mas, não se prenda a essa questão, a melhor opção é acertar o caminho que deseja seguir.

O jovem e a indecisão da carreira | Expressão Rondônia

Para aqueles que buscam estabilidade, a carreira militar é uma boa opção. No momento que vivemos, é difícil até ganhar um salário-mínimo. O militarismo, ao contrário do que parece, abre um leque de oportunidades ao ingressar em uma força. Além da estabilidade, garante bons salários e a certeza de encontrar o valor na conta todo mês.

 

A mensagem final e mais importante é seguir os 3 C’s. “Comece”: busque, pesquise, vá atrás das possibilidades e trace um plano. “Continue”: entenda que vai valer a pena, não desista! “Conclua”: finalize suas decisões, mesmo que depois precise realinhar suas expectativas, não deixe de fazer.

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Que grade seguir: aberta ou fechada?

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O mínimo que devemos saber sobre o funcionamento da grade curricular

É comum na escolha da graduação você se interessar pela composição das matérias pertencentes a grade curricular daquele dado curso em questão, no entanto na maioria das vezes é de costume que os acadêmicos de primeira viagem não se importem em saber e levar em consideração se essa grade é aberta ou não, o que futuramente lhe trará intromissão em seu cotidiano. “Para Gargantini (1996) a existência de um currículo é uma questão acadêmica e não somente legal e burocrática. Ensinar um conteúdo não é gerar cópias dele mas, sim, ensinar a fazer ciência, é recriá-lo” (CALAES e PACHECO, 2001).

A grade aberta permite que o estudante pegue as disciplinas em horários flexíveis e a quantidade que lhe for conveniente; em uma instituição de ensino particular o benefício pode estar relacionado a questão financeira, pois possibilita você pagar menos (pegando menor quantidade de matérias) e continuar com os estudos, outro fator positivo é você poder trabalhar ou possuir outras obrigações que não permita que no horário estabelecido (como na grade fechada) você esteja, viabilizando que seu tempo não fique concorrido, caso haja tempo e condições, você também poderá acrescentar mais matérias além das que pertencem aquele período, concedendo que o acadêmico adiante seu curso, terminando em menos tempo; ao contrário disso existe a possibilidade da pessoa exceder o tempo previsto para a conclusão do mesmo.

Contudo, o ponto positivo mais plausível é o de permitir organizar sua rotina e agenda tal como poder escolher quais dias e horários da semana estará na faculdade; por outro lado muitas vezes acontece de mesmo a grade sendo aberta determinada matéria ter apenas em um horário especifico disponível, o que torna necessário a pessoa ter que se enquadrar naquele determinado tempo; muito comum acontecer nos últimos períodos, próximo a conclusão do curso, que você se sente na obrigação de pegar aquela matéria exclusiva, principalmente quando essa é pré-requisito para outra.

Fonte: encurtador.com.br/anwxK

A grade fechada é quando existe a obrigatoriedade de você pegar todas as matérias daquele dado semestre, se tratando de um curso que tenha apenas em um período do dia (matutino, vespertino ou noturno) você estará sujeito a se adequar aquele horário, sem flexibilidade de alteração. Assim, aguarda-se que dentro do tempo pré-estabelecido o estudante esteja saindo da instituição de ensino ao qual entrou para a graduação, não ocasionando na antecipação ou retardo de tempo para a conclusão, apenas em caso de trancamento de matricula, sendo possível enquadrar a grade fechada na grade aberta, basta que você siga as disciplinas pertinentes a cada período.

Aqui abro um parêntese para uma vivência desagradável, aconteceu assim que iniciei a graduação, logo no 1° período, sem muita noção, me deparei na mesma turma/sala com estudantes do 8°, tendo que compartilhar de conhecimentos com pessoas que possuíam bem mais facilidade do que quem acabou de entrar e estava se adaptando a instituição; uma coisa é certa, na vida nem tudo é como pensamos, por isso é melhor nos permitir sermos surpreendidos.

Por mais que tenha achado aquilo embaraçoso, é como diz a frase de Michael John Boback “Todo progresso acontece fora da zona de conforto”. Com isso lá na frente me vi estando além dos calouros, e outro fator positivo extraído disso são as pessoas que passamos a nos relacionar e conhecer ao longo do curso, pois certamente com a grade fechada você inicia e termina com a mesma turma, e na grade aberta existe uma rotatividade de pessoas, ou seja, nem sempre eu estaria com quem gostaria, mas estaria na possibilidade de conhecer quem ainda não tivesse tido contato, e assim seguia, uma valsa de dissabor e delícias.

Fonte: encurtador.com.br/bgEJ7

A aquisição do saber, diante de tudo isso é o que temos de mais essencial, não descartando o impacto que isso trará ou trouxe, se tratando do aprendizado nas relações interpessoais seja nas disciplinas obrigatórias, optativas ou institucionais, o que sempre prevalecera será a vivencia extraída daquele momento. Logo, o conhecimento nos faz ir além, com esse objetivo podemos pôr na balança se é ideal fixarmos em uma grade aberta ou fechada, independente da realidade do que almejamos alcançar.

REFERÊNCIAS

Calais, Sandra Leal; Pacheco, Elisabeth M. de Camargo. Formação de psicólogos: análise curricular. Psicol. esc. educ. v.5 n.1 Campinas jun. 2001. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572001000100002> Acesso em: 18 de abril de 2021.

Boback, Michael John. Disponível em: <https://www.suramajurdi.com.br/2020/09/25/frase-inspiracao-todo-progresso-contece-fora-da-zona-de-conforto-michael-john-bobak/>. Acesso em: 18 de abril de 2021.

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Os desafios do Enem 2020

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que será realizado em 2020 terá as datas de aplicação adiadas devido à pandemia. As provas desse ano serão repletas de desafios tanto para o governo como para os estudantes.

O governo vai precisar saber administrar e manter a qualidade do exame, sobretudo, com a nova possibilidade de fazer o ENEM digital. Mas, para além disso, o governo precisa entender as dificuldades impostas por um cenário de pandemia mundial que, evidentemente, afetou os candidatos. É certo que estamos em um momento difícil e que todos serão afetados, dizer o contrário é ilusão, mas a saúde e integridade são as coisas mais importantes.

Apesar do adiamento, o governo teve a difícil decisão de escolher entre a cruz e o punhal, ou seja, prejudicar a todos, que seria o cancelamento do exame de 2020, o que não ocorreu, ou prejudicar alguns, o que pode acontecer com o adiamento devido às desigualdades sociais e de ensino no país. Difícil escolha, porém necessária.

Fonte: encurtador.com.br/cnHQ1

Para os alunos, o desafio é manter a serenidade e a cabeça no lugar e entender que, apesar de não estarem tendo aulas presenciais, a preparação continua. Não é hora de largar tudo de mão. Para as instituições de ensino, é importante não desistir dos seus alunos e colaboradores! Deem todo o suporte para que a preparação continue!

É necessário que os alunos continuem focados, mantenham a preparação, fiquem com a mente blindada e permaneçam firmes em busca dos seus sonhos. Para aqueles que têm condição e o suporte de suas escolas e cursos esteja precário, talvez seja uma boa hora de procurar plataformas digitais. Para aqueles que não têm, usem e abusem do Youtube. Vivemos em uma era tecnológica e há uma democratização do ensino como nunca houve. Esforce-se. Dê o seu máximo com o que está ao seu alcance. Desistir não pode ser uma opção sua!

Os alunos precisam entender que todos estão na mesma situação. É claro que os estudantes de escolas públicas carecem, infelizmente, de um maior suporte do governo. Mas, repito: infelizmente, isso não é de hoje. É uma pauta que precisava ter tido mais atenção dos órgãos governamentais desde sempre. O que quero dizer? As dificuldades dos alunos de escolas públicas sempre existiram – e permanecem. É preciso, portanto, continuar se dedicando, dentro do possível e dentro da sua realidade, acreditando que você vai alcançar o seu sonho.

Fonte: encurtador.com.br/BEFT1

O que você deve fazer? Esforçar-se, ao máximo, para se preparar. Tenha, sobretudo neste momento, dedicação, determinação e disciplina. São os “3D´s” que carrego para tudo na vida. Caso não passe nesse ano, ano que vem tem outro Enem. Portanto, busque pelo seu sonho até alcançá-lo. Levante a cabeça e continue!

Acredite: tudo tem seu tempo. Se você não passar agora – mesmo tendo se esforçado – tenha certeza de que estará ainda mais forte na caminhada rumo à aprovação. E ela virá! O que eu desejo para você, futuro universitário, é que a sua saúde física e mental esteja em primeiro lugar, mas também que você conquiste a tão sonhada vaga o quanto antes!

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