Osmarina Andrade: uma Psicóloga com visão integrada da Educação, Gestão e Psicologia Analítica

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O Portal (En)Cena tem o prazer de apresentar aos seus leitores a psicóloga Osmarina Rodrigues Andrade, uma profissional com uma trajetória rica e multifacetada. Registrada no Conselho Regional de Psicologia sob o CRP 23/002137, Osmarina traz para o campo da psicologia uma bagagem singular, construída a partir de sua sólida formação e experiência em diversas áreas.

Graduada em Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional pela ULBRA, Osmarina expandiu seus conhecimentos com especializações em Gestão Educacional também pela ULBRA, e em Gestão de Pessoas com foco em competências pela UFT. Essa base educacional e administrativa oferece a ela uma perspectiva abrangente sobre o desenvolvimento humano e as dinâmicas organizacionais.

Atualmente, Osmarina está aprofundando seus estudos na área da psicologia, sendo mestranda em Psicologia Clínica pela Fundação Universitária Iberoamericana FUNIBER e especializanda em Psicologia Analítica com ênfase em Mitologia, Contos e Arte pelo Instituto Freedom. Essa imersão no universo da psicologia analítica, com sua atenção ao inconsciente e aos símbolos, enriquece sua prática clínica e sua compreensão da psique humana.

Além de sua atuação como psicóloga, Osmarina é servidora pública do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, onde atua na área de Gestão de Pessoas. Sua experiência no setor público a coloca em contato direto com os desafios e as complexidades do ambiente de trabalho, permitindo-lhe aplicar seus conhecimentos de psicologia e gestão de forma prática e eficaz.

Com uma visão que integra a pedagogia, a gestão e a profundidade da psicologia analítica, Osmarina Rodrigues Andrade certamente trará insights valiosos para a nossa entrevista, abordando temas relevantes para a saúde mental, o desenvolvimento pessoal e as dinâmicas do mundo contemporâneo. Acompanhe nossa próxima edição para conhecer mais sobre a perspectiva desta profissional dedicada e apaixonada pelo estudo do ser humano.

(En)Cena – Quais foram os maiores desafios e aprendizados ao se formar em psicologia na envelhecência?

Osmarina Andrade –  Muitos foram os desafios e aprendizados. Fiz vestibular para psicologia ainda jovem. Mas as circunstâncias não me permitiram fazer o curso de psicologia. Morava em Belém nessa época. Retornei ao Tocantins logo depois da criação do Estado e fiz pedagogia na Ulbra, um dos primeiros cursos oferecidos. O sonho de fazer psicologia ficou para mais tarde.  Após adquirir os requisitos para aposentadoria do serviço público, resolvi que seria a hora de retomar o sonho. Trabalhar, cuidar das responsabilidades com a família e ainda estudar é realmente muito difícil, ao mesmo tempo é muito desafiador. Me senti mais preparada para estudar, compreender as questões teóricas e me defrontar com limitações que precisariam ser superadas. Considero que estudar na velhice me permitiu vivenciar mudanças e expandir a minha visão de mundo.

(En)Cena – Você enfrentou algum tipo de preconceito ou resistência no meio acadêmico ou profissional por conta da idade?  

Osmarina Andrade – 60 anos é o início de uma realidade difícil em relação ao processo de exclusão devido ao envelhecimento. A velhice é associada à incapacidade. As experiências que vivi no período do curso estão relacionadas à dificuldade de alguns colegas muito jovens não se sentirem à vontade para dividir o grupo com pessoas mais velhas. Da mesma forma, convivi com outros colegas e professores com muito respeito e atenção. Foi uma experiência muito enriquecedora.

(En)Cena – Como sua vivência e maturidade influenciaram sua prática clínica e a forma como você conduz os atendimentos?  

Osmarina Andrade –  A experiência de vida nos permite maior percepção e sensibilidade. Acredito que por mais que estudemos a teoria, as diferentes abordagens psicológicas, se não tivermos flexibilidade para o processo de mudança, não temos como agir de forma imparcial e com respeito às diferenças. Cada ser é um mundo em particular.

(En)Cena – Você acredita que há vantagens em começar a atuar como psicóloga mais tarde? Se sim, quais?  

Osmarina Andrade – Não tive a experiência com o exercício da psicologia enquanto jovem, portanto não posso comparar. No entanto, posso afirmar que me sinto muito confiante e com total compreensão de que preciso me desenvolver sempre. Procuro me conhecer, viver esse processo de integrar em mim as minhas vulnerabilidades e a partir disto lidar melhor comigo mesma. Para tanto, a terapia é fundamental. Me sinto mais competente para uma escuta respeitosa e paciente.

(En)Cena – Como você enxerga a questão do envelhecimento na sociedade atual e na psicologia?  

Osmarina Andrade – Considero que existe uma negação do processo de envelhecimento. A necessidade de permanecer jovem para não ser considerado incapaz. É muito difícil não enxergar a vida de forma contínua passando pelas diferentes fases. O envelhecimento, nós sabemos, não começa aos 60 anos, foi convencionado que aos 60 anos se é velho. E simplesmente intitular essa fase de melhor idade ou coisa parecida não resolve mesmo. Acredito que a base da nossa formação está no processo educacional. Envelhecer precisa fazer parte desse processo, na família, na escola e no âmbito dos governantes.

(En)Cena – Que conselho você daria para alguém que deseja iniciar a carreira em psicologia após os 40, 50 ou mais anos? 

Osmarina Andrade – Seguir em frente. Compreender que o envelhecimento do corpo físico não tolhe a nossa capacidade de aprender. Envelhecer nos deixa com o olhar mais apurado. Fazer psicologia na velhice transforma a nossa dinâmica em todos os sentidos, nos torna mais confiantes e responsáveis.

(En)Cena – O que a motivou a estudar psicologia e seguir a abordagem junguiana?

Osmarina Andrade – A teoria de Carl Gustav Jung me fascina e me sinto muito realizada por ter escolhido essa abordagem. A forma como Jung fala da psique e sua natureza simbólica, do inconsciente coletivo, dos arquétipos, dos complexos e a maior comprovação era a partir dele mesmo. A possibilidade de conduzir a terapia por meio da dialética, análise dos sonhos, arte, etc. O processo de individuação que é um processo de autoconhecimento, de integração da sombra. Enfim, a riqueza da teoria Junguiana é imensa e permeada por estudos profundos de antropologia, religiões, mitologia, alquimia e muito mais. Jung morreu com 85 anos e estudou e trabalhou a vida toda. Ele não deixou de ser e fazer por ter se tornado velho.  

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(En)Cena realiza intervenção sobre Saúde Mental em Unidade Básica de Saúde de Paraíso

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Nesta terça-feira, 19, o (En)Cena realizou uma intervenção pública na Unidade Básica de Saúde Leste da cidade de Paraíso do Tocantins. O tema da ação foi o cuidado com Saúde Mental dos idosos com usuários que se encontravam na fila de espera para o atendimento.

                                        Fonte: arquivo pessoal.

As estagiárias Heloysa Dantas e Giovanna Bernardo conscientizaram a população sobre temas relacionados à valorização  da vida e hábitos saudáveis, tendo em vista as atividades de prevenção ao suicídio realizadas durante o “Setembro Amarelo”. O enfoque na saúde mental dos idosos têm se tornado relevante com o aumento dos números de suicídios na velhice. Fatores de riscos estão associados à negligenciada pela sociedade, ao cuidado em saúde mental voltado apenas da juventude/adultez, além das dificuldades e demandas próprias do processo de envelhecimento.

                                                                              Fonte: arquivo pessoal.

Durante a ação, as acadêmicas de psicologia conversaram com as pessoas da fila de espera da Unidade Básica de Saúde e entregaram panfletos informativos, perguntando sobre hábitos e costumes que auxiliam no cuidado com saúde mental e sobre pilares essenciais nessa busca, como uma alimentação saudável, laços afetivos, busca por novas atividades/hobbies e atividades físicas. Além disso, conscientizaram a população sobre o Serviço Escola de Psicologia da Ulbra Palmas (SEPSI).

O portal (En)Cena foi lançado em 2011, idealizado e mantido pelos cursos de Psicologia, Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia de Software da Ulbra Palmas. A proposta deste projeto tem como objetivo maior o fomento para a criação e a publicação de relatos de experiências que se caracterizam como estratégias substitutivas ao modelo hegemônico em saúde em produções textuais, imagéticas e sonoras que perpassam o campo da saúde mental. Trata-se, de maneira mais específica, de um Portal aberto ao compartilhamento de produções de narrativas textuais e imagéticas de professores, acadêmicos e usuários dos serviços de saúde que colaboram em diversas seções (Narrativas, Cinema, TV e Literatura, Personagens, Séries, Comportamento e Galeria).

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Vivência pós-depressão: de frente com meu 1º relato publicado no (En)Cena

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A Depressão é um Transtorno Mental correntemente encontrado na população em geral. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS (2020), os problemas mentais têm sido uma predisposição global, nisso, 5,8% da população no Brasil tem sintomas depressivos, sendo o segundo nas Américas, ficando atrás dos Estado Unidos, com 5,9%.
Para o Ministério da Saúde, a Depressão é “um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si” (BRASIL, 2015).

No sexo feminino o transtorno depressivo tem sido mais evidente e fortemente relacionado ao suicídio. Além de que, a doença provoca grande sofrimento e afeta diretamente na qualidade de vida, podendo gerar tentativas de suicídio ou o suicídio propriamente dito (CREMASCO; BAPTISTA, 2017).

Quando se fala em Depressão dentro das universidades, supõe-se que 15% a 25% dos universitários manifestam ao menos um transtorno psiquiátrico em seu período de formação acadêmica, sendo a depressão um dos aspectos dominantes (CAVESTRO; ROCHA, 2006). As alternâncias nas etapas da vida que contribuem para o desenvolvimento biológico, psicológico, cultural e social, faz com que cada indivíduo dê significados a suas experiências. Nisso, as vivencias nas universidades pode caracterizar, aos jovens, mudanças culturais, corte umbilical dos pais, inserção nos grupos/medo de não ser aceito, enfim, transformações no seu estilo de vida antes vivido.

Fonte: encurtador.com.br/bquKY

Em uma pesquisa realizada por Bonifácio, Silva, Montesano, e Padovani (2011), com 17 alunos (7 homens e 10 mulheres) das séries finais (4º ano e 5º ano) do curso de Psicologia, na Universidade Federal de São Paulo, permite considerar que demandas de moradia em repúblicas, adaptação ao ensino e aprendizagem, necessidade de organização do tempo e de atividades, o estabelecimento das novas relações interpessoais evidenciam o desenvolvimento de fatores potencialmente estressantes para uma parcela significativa da população universitária.
Nesse sentido, será analisado o relato de experiência escrito por mim em processo depressivo no ano de 2018 e publicado no Portal (En)Cena do Ceulp/Ulbra. Sou Lizandra Paz de Oliveira, vulgo Índia Lii, 10° período de Psicologia.

Vivemos em um campo de batalha contínua…

O sentimento de se sentir sozinha vai além do sentimento de solidão. É uma combinação de desespero, vazio, turbilhão de sentimentos sem nexo, de dor. Não é sobre ter medo do escuro ou do que pode acontecer amanhã. É sobre você não saber o sentido da sua existência; é sobre não compreender aonde os valores e princípios foram abandonados pela sociedade; é sobre carregar nas suas costas a culpa de não estar fazendo algo para salvar o mundo, o seu mundo.

Sabe como é beber um iogurte e não sentir se o seu sabor é morango, coco ou pêssego? Pois é, o ato de não sentir o gosto da sua comida favorita maltrata. Não ter vontade de fazer o que pulava o muro de casa para fazer escondido dos seus pais. Não conseguir levantar da cama sentindo um cansaço nos ombros que sem cessar pesa dentro do seu corpo.

Fonte: encurtador.com.br/gpyzC

Quantos gritos internos damos sem ecoar um som se quer. Quantas vezes em um momento de desistir de tudo, você resolve tentar mais um pouco, mais um dia. Pedi a ajuda, mas as pessoas acreditam que você é forte o suficiente para passar por mais essa “fase”. Realmente sou forte, não sabem o que tenho que fazer para pelo menos abrir os olhos e saber que mais um dia chegou.

Onde está meu lar? Onde estão os médicos, os psicólogos, os psiquiatras? Onde eu estou? Já procurei ajuda, mas até agora tenho usado minha bateria reserva. Não sei de onde vem às lagrimas, muito menos onde elas querem chegar, a única coisa que sei é que é a única coisa que traz alívios passageiros a minha alma.

Vivemos em um campo de batalha contínua, com monstros e sem armas para combater. Difícil matar algo que está dentro de nós. Queria poder alcançar com as mãos e arrancar de dentro de mim esse tumor chamado depressão. Meu cérebro está cansado; meu corpo está cansado; quero apenas dormir, descansar. Sei que não seria a solução para tudo, será tão egoísmo meu pensar apenas por hoje em mim? Por quanto tempo coloquei as outras pessoas na frente de tudo? Sempre foram minha família, meus amigos, meus colegas de trabalho; agora quero cuidar de mim. Preciso dormir, apenas isso.

Fonte: encurtador.com.br/moy03

Não quero publicações no meu facebook. Não quero flores no meu túmulo. Não quero lamentações. Todos os sentimentos por mim deveriam ser manifestados agora que preciso sentir algum valor na minha existência. Depois que minha matéria deixar de existir, apenas uma estatística serei, um número. Ter significado na minha morte pela falha em vida.

Índia Lii, abril de 2018.

O texto é iniciado com um desabafo que no decorrer é permitido captar a Depressão em seu estágio mais profundo, a exteriorização da procura de “matar a dor/os pensamentos”. Para compreender esse contexto de busca de entender os sentimentos durante os sintomas depressivos, Viktor E. Frankl em seu livro “Em busca de Sentido” relata que:

“Mesmo diante do sofrimento, a pessoa precisa conquistar a consciência de que ela é única e exclusiva em todo o cosmo-centro deste destino sofrido. Ninguém pode assumir dela isso, e ninguém pode substituir a pessoa no sofrimento. Mas na maneira como ela própria suporta este sofrimento está também a possibilidade de uma vitória única e singular. Para nós, no campo de concentração, nada disso era especulação inútil sobre a vida. Essas reflexões eram a única coisa que ainda podia ajudar-nos, pois esses pensamentos não nos deixavam desesperar quando não enxergávamos chance alguma de escapar com vida. O que nos importava já não era mais a pergunta pelo sentido da vida como ela é tantas vezes colocada, ingenuamente, referindo-se a nada mais do que a realização de um alvo qualquer através de nossa produção criativa. O que nos importava era o objetivo da vida naquela totalidade que incluiu a morte e assim não somente atribui sentido à “vida”, mas também ao sofrimento e à morte. Este era o sentido pelo qual estávamos lutando!” (FRANKL, 1984).

Em ocorrências de sofrimento, dor e em pensamentos de possibilidades de morte, a reflexão não é somente sobre qual o sentido da vida, também é sobre qual seria o sentido desse sofrimento, dessa dor, da morte.

De fato, a dor e o sofrimento, pertencem somente a pessoa que está sentindo ou atravessando determinadas transformações nas etapas da vida, até porque nossas experiências são únicas, intransferíveis, subjetiva e individuais. Só você, eu, podemos encontrar na dor e sofrimento os mais profundos sentimentos de esperança, sonhos e novas perspectivas que possam caracterizar em um novo significado a nossa existência. Como é possível fazer isso ocorrer? Com o apoio e intervenção profissional.

É um processo doloroso, na qual requer ajuda profissional de psicólogos, psiquiatras para fazer alcançar os sentimentos positivos e ajudar a traçar novas formas de vivenciar os conflitos do dia a dia. É importante saber que não se estar sozinho nessa jornada, somos 5,8% da população. Não se escolhe estar em depressão ou não, mas se escolhe o que os caminhos a serem percorridos quando se identifica os sintomas. Procure ajuda, procure um psicólogo!
Lizandra Paz de Oliveira, 28 anos, funcionária pública, estudante do 10° período de psicologia.

Referências:
BONIFÁCIO, S. P.; SILVA, R. C. B.; MONTESANO, F. T.; PADOVANI, R. C. Investigação e manejo de eventos estressores entre estudantes de Psicologia. Rev. bras. ter. cogn. vol.7 no.1 Rio de Janeiro jun. 2011. Disponível em < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872011000100004> Acesso em: 23 de abril de 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Depressão. Brasília. 09 de setembro de 2015. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2049-depressao> Acesso em: 23 de abril de 2021.
CAVESTRO, J. M.; ROCHA, F. L. Prevalência de depressão entre estudantes universitários. J. bras. psiquiatr. vol.55 no.4 Rio de Janeiro, 2006. Disponível em < https://doi.org/10.1590/S0047-20852006000400001> Acesso em: 23 de abril de 2021.
CREMASCO, G. S.; BAPTISTA, M. N. Depressão, motivos para viver e o significado do suicídio em graduandos do curso de psicologia. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 8, n. 1, p. 22-37, jun. 2017. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/eip/v8n1/a03.pdf> Acesso em: 23 de abril de 2021.

FRANKL. V. E. Em Busca de Sentido. Edição Norte Americana – de 1984. Disponível em: < https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/58/o/Em_Busca_de_Sentido_-_Viktor_Frankl.pdf> Acesso em: 20 de abril de 2021.
LII. I. Vivemos em campo de batalha contínua. (En)Cena. pub. 05 de abril de 2018. Disponível em: < https://encenasaudemental.com/narrativas/vivemos-em-um-campo-de-batalha-continua/> Acesso em: 22 de abril de 2021.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Aumenta o número de pessoas com depressão no mundo. Brasília: OPAS/OMS. Disponível em: < https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5354:aumenta-o-numero-de-pessoas-com-depressao-no-mundo&Itemid=839> Acesso em: 23 de abril de 2021.

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(En)Cena atinge mais de 200 mil pessoas no primeiro semestre

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Para a coordenadora do Projeto, profa. Dra. Irenides Teixeira, “semestre após semestre o (En)Cena se destaca na produção de conteúdo que promovem a saúde mental e problematizam os principais temas da Psicologia”

O portal (En)Cena fechou 2019.1 com 215 mil beneficiados/participantes, a partir dos registros de audiência gerados pelo Google Analytics. As interações são resultantes da publicação de 215 trabalhos que foram divulgados nas redes sociais do portal. O mês de maio foi o que teve mais produções publicadas, com 64, e uma audiência próxima de 72 mil acessos únicos.

Além disso, o  (En)Cena participou com seis edições especiais do Psicologia em Debate durante o Caos 2019 – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia. Os temas abordados foram “A Garota Dinamarquesa e o fim da era das certezas”, “Dumplin: padrões estéticos precisam ser desafiados por mulheres grandes”, “Preciosa: reflexões sobre o abuso sexual”, “Meu nome é Ray: alerta para os desafios de uma criança trans”, “Seria Azul a cor mais quente?” e “Os desafios e limites na adolescência”. A ação beneficiou diretamente cerca de 150 pessoas que acompanharam presencialmente, e centenas de pessoas a partir dos textos publicados sobre os temas.

Fonte: encurtador.com.br/bAOPV

O (En)Cena também participou, a partir de apresentação de artigo em co-autoria com os professores ligados ao portal, de uma acadêmica de Psicologia, do 4o. Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental, em Salvador- Bahia. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Saúde Mental e ocorreu de 21 a 22/06, no campus da UFBA. Neste evento, foi abordada a atuação transdisciplinar do (En)Cena, que produz conteúdo cujos temas são o cuidado e atenção psicossocial, saúde e loucura.

Para a coordenadora do Projeto, profa. Dra. Irenides Teixeira, “semestre após semestre o (En)Cena se destaca na produção de conteúdos que promovem a saúde mental e problematizam os principais temas da Psicologia, o que garante a manutenção de lugares de fala e agenciamento de discussões emergentes na área”.

Por fim, o portal lançou duas séries, sendo “Os Fotógrafos – Entre a Sombra e a Luz”, com 19 textos publicados, e “Oscar 2019”, com 25 análises de filmes que concorreram à premiação sob a ótica da psicologia. No mais, neste período, pessoas de 112 países visitaram frequentemente o portal (com destaque para Brasil, Estados Unidos, Portugal e Moçambique).

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Equipe do (En)Cena participa de capacitação

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Nesta terça-feira (16) os integrantes do (En)Cena: a Saúde Mental em Movimento, receberam uma Oficina de Produção Textual ministrada pelo Profº.Me. Sonielson Luciano de Sousa.

Fonte: Arquivo Pessoal

Na ocasião os voluntários e estagiários do portal aprenderam os principais preceitos usados na construção de textos em estilo review. Tais preceitos trazem instruções de como construir textos em três etapas centrais: Introdução da Pirâmide Invertida, Desenvolvimento baseado em referenciais teóricos seguros e Considerações Finais.

Fonte: Arquivo Pessoal

O que é o (En)Cena: a Saúde Mental em Movimento?

O (En)Cena: a saúde mental em movimento, idealizado pelos cursos de Comunicação Social, Psicologia e Sistemas de Informação do CEULP/ULBRA, é um portal para o qual convergem produções textuais, imagéticas e sonoras referentes ao tema da loucura. Contudo, além de ser um banco dessas produções visa também estimulá-las, em especial nos serviços de saúde, pois a proposta partiu do pressuposto que há muitas experiências vividas em serviços de saúde que condizem com a proposta da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial, mas que não são publicizadas. Dizendo de maneira mais direta, as experiências gestadas em serviços na rede de atendimento em saúde compõem um instrumento necessário para a mudança do modelo de atenção à saúde e, se não se transformam em memórias, em história, perdem parte do potencial que possuem em produzir novas práticas.

Visite nosso portal http://encenasaudemental.com/, e conheça nosso acervo de produções ! Você também pode ser um escritor e fazer parte da história do (En)Cena!

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Representação de Ipê é símbolo de resiliência na XXII Expro

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A árvore foi confeccionada por estagiários e colaboradores do (En)Cena

O curso de Psicologia participou da XXII Exposição de Profissões (Expro) do Ceulp, que aconteceu nos dias 9 e 10 de outubro. O evento tem como objetivo mostrar para os alunos visitantes de escolas públicas e privadas as diversas áreas acadêmicas e de atuação. Entre as atividades desenvolvidas no stand do curso de Psicologia, está a árvore de ipê rosa, repleta de cartões com mensagens que refletem o trabalho da área.

A atividade foi pensada por estagiários e colaboradores do (En)Cena e acadêmicos de Psicologia e tem como objetivo mostrar que mesmo durante a seca é possível florir, assim como a árvore de ipê, que durante esse clima, apresenta sua exuberância em forma de flores. Da mesma forma, a resiliência é a capacidade de passar por perturbações e minimizar ou superar os efeitos nocivos dessas, inclusive saindo dessas situações fortalecido ou até mesmo transformado.

Para a acadêmica do curso de psicologia, Suelen Queiroz, “a iniciativa foi muito legal, me identifiquei muito com a frase ‘você é mais forte do que pensa’. Semana passada tive uns contratempos da vida e essa frase me lembrou o quanto realmente isso é verdade. É tudo uma questão de resiliência! ”

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(En)Cena recebe oficina de produção textual

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Prof de Psicologia e Editor do (En)Cena ministra oficina aos voluntários do portal

Na tarde de 25 de setembro, no Ceulp, o Prof. Me. Sonielson Luciano de Sousa, ministrou oficina de produção de texto aos acadêmicos de psicologia que são voluntários no portal (En)Cena, com o objetivo de aprimorar as habilidades e informá-los sobre o estilo desse projeto. 

Foto: Irenides Teixeira.

De acordo com o Prof. Sonielson, é de suma importância estabelecer um padrão tanto linguístico como estético para definir a imagem que o portal quer passar e principalmente envolver os leitores no texto e melhor acolhê-los. 

Foto: Irenides Teixeira.

A primeira oficina para os novos voluntários do (En)Cena, além de capacitá-los para atuar no portal, irá auxiliar na futura produção de artigos acadêmicos 

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EnCena alcança altos índices de audiência, mostra Google Analytics

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Foram registrados quase 345 mil acessos nos últimos seis meses, o que dá uma média de 57.500 ao mês

De acordo com dados do Google Analytics – serviço de estatísticas do Google que mensura audiência de sites – o (En)Cena atingiu um número considerável de acessos, neste último semestre.

Foram registrados quase 345 mil acessos nos últimos seis meses, o que dá uma média de 57.500 ao mês e algo em torno de dois mil acessos ao dia. O EnCena recebe visitas de leitores das maiores cidades do Brasil, além de ser visitado em mais de 128 países no ano de 2018.

Fonte: encurtador.com.br/bAOPV

Para a coordenadora do curso de Psicologia, profa. Dra. Irenides Teixeira, o portal é uma importante vitrine e interface da comunidade acadêmica e o público em geral, ‘pois a partir da produção de conteúdos sobre a saúde mental, em especial, é possível informar a população sobre os principais temas da Psicologia, de interesse geral’.

O Google Analytics é capaz de identificar além da tradicional taxa de exibição e hit de uma página, localização geográfica do visitante, forma com a qual chegou na página (através de links de outros sites, buscador, AdSense ou diretamente pelo endereço), sistema operacional, navegador, navegador e sistema operacional combinados e suas versões, resolução de tela, Java, reprodutor de flash instalado, entre outros, em períodos diários, semanais, mensais e anuais. – Com informações do Google.

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A Psicóloga Ana Carolina Peixoto fala sobre programação da Luta Antimanicomial

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Nessa última quarta-feira (09), ocorreu na Praça dos Povos Indígenas, em Palmas/TO, o evento Cine na Praça, dando abertura à programação em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que ocorrerá durante o mês de maio. Foram exibidos dois documentários que tratam a saúde mental e a luta antimanicomial, quais sejam “O Hotel da Loucura” e “Pedras, plantas e outros caminhos”. Essa programação foi elaborada por um coletivo de usuários, trabalhadores e gestores de Palmas.

Exibição do filme “Hotel da Loucura”

Entre eles, está Ana Carolina Peixoto, graduada em Psicologia pelo Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA. Atua em Psicologia Clínica (atendimento particular), com ênfase em atendimento de crianças, adolescentes e dependência química, e Psicologia Jurídica (credenciada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins). Psicóloga no Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras drogas (CAPS AD III), de Palmas, Tocantins. Membro da Comissão de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do CRP 23º região, e do Centro de Referência em Psicologia e Políticas Públicas do CRP 23º região (CREPOP/TO). Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciência e Saúde, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Tem como áreas de interesse/pesquisa: Saúde Mental, Psicologia Social, Redução de Danos, Arte e Clínica.

Roda de apresentação dos participantes

O (En)Cena entrevistou Ana Carolina, que fala da necessidade em quebrarmos nossos manicômios mentais.

 (En)Cena – De onde surgiu a ideia de elaborar esse evento?

Ana Carolina: A programação da luta antimanicomial acontece todo ano. Geralmente acontece uma caminhada na Avenida JK em que é feita uma mobilização, a galera leva músicas, cartazes para dar visibilidade para a saúde mental em Palmas. Esse ano a gente pensou em fazer essa programação ao longo do mês para dar mais visibilidade e para a gente pensar em integrar mais a rede de atenção psicossocial, no sentido de fortalecer mais os vínculos, tanto dos usuários quanto dos trabalhadores nos serviços e também no sentido de mostrar mais. Então a ideia também da gente fazer em vários espaços é para a gente ocupar a cidade. O usuário, tanto do CAPS II, que é a pessoa que está em sofrimento psíquico, quanto o usuário de álcool e outras drogas muitas vezes está marginalizado, então ele é excluído de diversos espaços da cidade, de vários territórios geográficos. É muito difícil, por exemplo, o usuário do CAPS II, que tem transtorno mental frequentar uma praça ou ir em um cinema. Então a ideia de a gente ocupar vários territórios geográficos é no sentido de proporcionar essas experiências para eles e também ocupar a cidade que é nossa, é deles, é de todos.

 (En)Cena – Quem são esses usuários, trabalhadores e gestores que participam da organização do evento?

Ana Carolina: A gente pensou em ações integradas, então estão aqui os serviços que compõem a rede de atenção psicossocial, além dos da atenção primária. Nós estamos articulando os dois CAPS, que é o CAPS II e o CAPS AD III, o Palmas que te acolhe, que não é um serviço de saúde, mas é um serviço de garantia de direitos que atua diretamente com usuários de álcool e outras drogas, com pessoas no sofrimento psíquico, o consultório na rua, que é uma equipe de saúde ligada à atenção primária que faz oferta de saúde no território para pessoas que estão em situação de rua, as pessoas da gestão, a gerência de saúde mental, o Gilberto que está lá na vigilância e saúde, a Marla que está fazendo o trabalho com grupo condutor da hanseníase, temos também a FESP (Fundação Escola de Saúde Púbica), então o programa de residência de saúde mental também está dando esse apoio para a gente, e também a ULBRA, com o curso de psicologia, além do trabalho do (En)Cena, de estar integrando a comunidade acadêmica nessas articulações, nessas ações. 

(En)Cena – Como se dá esse contato entre os usuários dos serviços com esses eventos? Qual o significado para eles?

Ana Carolina: A gente procura sempre levar algumas atividades para o território e levar eles para outros territórios, para sair dos muros. A luta antimanicomial é exatamente essa luta de sair das instituições, de quebrar as barreiras físicas, de quebrar os manicômios não só físicos, mas também os manicômios mentais, que estão na nossa prática diária de preconceito e de exclusão. Então a gente abre espaço para eles falarem da experiência para a gente também, não só no serviço do dia a dia, mas a nossa proposta inclusive dia 25 é fazer uma assembleia geral para todos os atores que participarem darem esse feedback do que foram essas atividades, do que significou, o que faltou, o que a gente pode fazer além. Então a ideia é dar esse espaço de posse para eles. Muitas vezes a gente tenta falar por eles em fóruns, congressos e seminários. Então quando a gente quer trazer eles também para essas ações, é eles falarem por eles.

(En)Cena – Porque a escolha desses filmes em específico?

Ana Carolina: São dois documentários que trabalham a questão da luta antimanicomial e da saúde mental. O Hotel da Loucura trabalha sobre o projeto em Bauru, em que eles trabalham com vivências artísticas. Então algumas imagens mostram eles fazendo dinâmicas de grupos, momentos artísticos, de trabalhar essa reabilitação psicossocial através do lazer, da arte e da cultura. Então o Hotel da Loucura é interessante por isso, ele vai pegar a loucura e vai brincar com esse termo, não a loucura como aquela coisa que gera exclusão, mas a loucura como parte do nosso dia a dia. E o Pedras, plantas e outros caminhos é um documentário que vem mostrar uma experiência no Rio de Janeiro, de um acompanhamento terapêutico de um usuário de álcool e outras drogas que não acessa o CAPS, tem um vínculo muito frágil com o serviço. E é como eu falei, a galera está na cidade e a profissional propõe sair da instituição, já que a pessoa não vai até lá e anda junto com ele pela cidade, habita o território junto com ele, porque esse movimento é o que cria vínculo e esse vínculo acontece quando a gente não quer atender as nossas expectativas, mas a gente quer entender o usuário, a necessidade dele, a demande dele, a gente cria vínculo com ele e promove saúde a partir disso. Então a gente trouxe esses dois documentários no sentido de debater sobre isso, sobre vinculação, território, estigmatização, preconceito.

(En)Cena – O que você pode dizer para os estudantes de psicologia que tem essa barreira, esse preconceito? Como desmistificar esse medo do usuário?

Ana Carolina: A gente tem medo daquilo que a gente desconhece, a gente cria pré-conceitos daquilo que a gente desconhece. Somos muito influenciados pela mídia, pelos meios de comunicação, e esses mostram o usuário de saúde mental louco, agressivo, totalmente descompensado e quando a gente vai para a vivência do serviço a gente vê que são pessoas como a gente, são pessoas que tem dentes, então precisam ir no dentista, são pessoas que quebram o braço, então também precisam enfaixar, são pessoas que tem problemas em casa, as vezes não conseguem conviver com a família, são pessoas que tem desilusões amorosas, são pessoas como qualquer outra e aí quando a gente consegue olhar para a pessoa como indivíduo dotado de tudo que a gente tem, a gente quebra uma barreira. A primeira vez que eu fui para o CAPS, quando eu ainda era estudante e fui pelo Pet-Saúde, eu tive muito medo. Eu fui para o CAPS-AD, porque eu tinha uma imagem do usuário de álcool e outras drogas daquele usuário agressivo. Eu participei do Pet durante um ano, eu fiz meu TCC no CAPS-AD e hoje eu estou no CAPS há mais de um ano e eu não tive nenhuma situação do usuário querer me agredir. Então isso foi um soco na cara, porque são pessoas. Então precisamos enxergar essas pessoas como pessoas que elas são, dotadas de tudo que a gente tem, as vezes dotadas de menos no sentido de uma estrutura familiar, uma estrutura financeira, mas são gente como a gente.

 (En)Cena – Você poderia falar um pouco sobre a RAPS?

Ana Carolina: A RAPS é a rede de atenção psicossocial, é a rede de serviços que integra a atenção psicossocial e as demandas de saúde mental, então são além de serviços especializados, que são os CAPS e os ambulatórios, são também os serviços de atenção primária, o postinho de saúde, as UPAS, tudo isso é de atenção psicossocial, porque isso lida com demandas de saúde mental. No entanto, os CAPS são serviços especializados para essas demandas, que vão ser demandas mais severas, mais complexas, mas demandas mais cotidianas, mais simples podem muito bem ser atendidas na atenção primária lá no postinho de saúde que é a porta de entrada do SUS. Então a primeira pessoa que lida com demanda de saúde mental é o agente de saúde, é a galera que está lá na ponta.

 (En)Cena – O que o público pode esperar dos próximos eventos?

Ana Carolina: Esse aqui é o Cine na Praça, esse momento de lazer, momento cultural, para a gente iniciar o debate sobre saúde mental, sobre luta antimanicomial. Na sexta-feira nós temos o primeiro torneio intersetorial de saúde mental, que também é uma proposta de lazer, uma proposta esportiva. Uma coisa que a gente procura estimular muito no CAPS é a prática de atividade física, porque ela vai liberar hormônios, que também é um sistema de recompensa e prazer. Então a pessoa vai melhorar a saúde clínica, a saúde psicológica e ainda vai ter a possibilidade de conviver com pessoas, então melhora o social. No sábado nós temos o almoço que é o dia do vínculo, em comemoração ao dia das mães e onde vamos estender o conceito de família, então vamos fazer o almoço para as famílias, não só para os usuários do CAPS-AD, mas de toda rede, quem quiser participar, vai ser um momento de lazer, de descontração. No dia 18 de maio, que é o dia que se comemora a luta, nós vamos fazer uma ação maior no Parque Cesamar. A ideia é que a gente debata sobre redução de danos, promoção de saúde, estamos querendo fazer testes rápidos (hanseníase, dst’s) e fazer um aconselhamento para essas pessoas. A gente quer fazer barulho, cartazes, mostrar para todo mundo que a saúde mental existe, está no território, está em Palmas, habita a cidade e isso não tem que ser uma exclusão. E para fechar, no dia 25 faremos uma assembleia geral para avaliar essas ações. A ideia é que não paremos no mês de maio, que sejam ações sistemáticas durante o ano.

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