Pesquisa do Instituto TIM mostra impacto da pandemia na saúde mental de professores brasileiros

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Levantamento ouviu docentes de todo o país e revelou dificuldades na adaptação ao ensino remoto, mas sentimento de otimismo em relação à carreira ainda é destaque

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2021 – A pandemia acarretou uma revisão geral de modelos e conceitos de trabalho. Na educação não foi diferente. Professores e alunos precisaram se reinventar para dar conta das tão comentadas aulas online. Uma pesquisa promovida pelo Instituto TIM, por meio do projeto “O Círculo da Matemática no Brasil”, buscou identificar como anda a saúde mental dos docentes e quais foram os impactos da Covid-19 no bem-estar desses profissionais. Quase 70% dos professores ouvidos relataram dificuldades em se adaptar às aulas remotas, porém a pandemia trouxe à tona um sentimento de mais eficiência e otimismo em relação à carreira.

“Já estávamos desenvolvendo esse estudo sobre a saúde mental dos professores quando fomos, literalmente, atropelados pela Covid-19. Decidimos, então, avaliar os resultados que havíamos coletado e fazer uma nova rodada de questionários meses depois, para entender os efeitos da crise sanitária no bem-estar dos docentes brasileiros. O ensino remoto trouxe, sim, dificuldades, mas a principal conclusão do estudo é que os professores do país, em geral, já estavam psicologicamente esgotados muito antes da pandemia. O novo modelo de trabalho, inclusive, reduziu o nível de estresse e cansaço em alguns casos. É um alerta importante para a sociedade, os profissionais da educação precisam ser olhados com atenção, inclusive, com avaliações psicológicas periódicas”, explica o economista Flavio Comim, professor da IQS School of Management (Barcelona) e da Universidade de Cambridge, responsável pela pesquisa e um dos idealizadores do projeto “O Círculo da Matemática no Brasil”.

Fonte: Instituto TIM

Apesar das condições para o trabalho remoto serem adversas – com 66,4% dos entrevistados relatando dificuldades de adaptação, 58% contando que não conseguem ministrar as aulas em casa sem barulho ou interrupções e 78% apresentando problemas de insônia ou excesso de sono – ficou constatado que o ambiente em sala de aula é muito mais prejudicial à saúde mental dos professores. Conflitos nas turmas e violência nas localidades onde as escolas estão inseridas foram apontados como os principais fatores negativos do trabalho presencial. Na pesquisa, 64% dos docentes responderam que já presenciaram agressão física ou verbal contra professores ou funcionários, feitas por alunos. Outros 72% relataram já ter presenciado brigas entre estudantes.

Por isso, mesmo com as dificuldades de adaptação ao novo formato de aulas digitais, uma das conclusões do levantamento é que a pandemia trouxe um respiro ao bem-estar mental de quem leciona. O índice foi verificado pela escala WEMWBS (Warwick-Edinburgh Mental Well-Being Scale). De acordo com o estudo, a pandemia também reduziu o índice de Burnout entre os professores. A síndrome se manifesta quando há um esgotamento físico e emocional em relação ao trabalho.

Como consequência, houve aumento do sentimento de autoeficácia dos professores durante a pandemia e o otimismo em relação à carreira. Cerca de 45% dos entrevistados viam possibilidades de desenvolvimento e de promoções, indicador que aumentou 15 pontos percentuais nos questionários feitos mais recentemente. Mais de 80% dos docentes acreditam que suas qualificações continuarão válidas no futuro.

A avaliação, por outro lado, destacou ainda mais as desigualdades da sociedade brasileira: professores pardos e negros foram mais impactados pela pandemia. Entre as pessoas negras, 76% mencionaram dificuldades de adaptação às aulas online, 64% não conseguiram trabalhar bem de casa e 83% tiveram problemas de sono durante a pandemia. O contexto familiar também retrata as diferenças: 79% dos professores negros contaram que suas famílias perderam parte da renda durante a crise sanitária, contra 61% dos profissionais brancos.

Fonte: Instituto TIM

A pesquisa e o Círculo da Matemática
A pesquisa ouviu professores do ensino fundamental em diferentes Estados do Brasil, da rede pública e privada, entre janeiro e novembro de 2020. A amostra foi calculada com um nível de confiança de 95%. Quase 80% trabalham em bairros economicamente mais vulneráveis, dando uma média de 30 horas de aulas por semana, para cerca de 28 alunos por turma. Um quarto dos entrevistados trabalha em duas ou mais escolas e 24% exercem outra atividade para complementar sua renda.

O estudo é um dos desdobramentos do projeto “O Círculo da Matemática do Brasil”, realizado pelo Instituto TIM por sete anos com o objetivo estimular o gosto por essa disciplina. O programa utiliza a abordagem The Math Circle – criada pelos professores Bob e Ellen Kaplan, da Universidade de Harvard – que, dentre outros conceitos, utiliza os erros como ingredientes-chaves na reflexão e fundamentação do pensamento matemático.

A iniciativa beneficiou 27 mil alunos de escolas públicas do ensino fundamental em 33 cidades brasileiras, envolvendo mais de 4 mil educadores. Os detalhes da metodologia, além de materiais didáticos e videoaulas, estão disponíveis no site do Instituto TIM para que mais professores possam aplicar a abordagem com suas turmas. Em 2016, a UNESCO reconheceu a importância do Círculo para o estímulo à educação científica por meio da formação de qualidade de professores em matemática e, em breve, publicará um livro com história dos educadores do projeto e mais informações sobre o programa.

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Marcel Caram: a arte é aliada na produção de saúde mental

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Em entrevista ao (En)Cena, Caram comenta que produz suas obras usando exclusivamente o suporte digital

O (En)Cena entrevista o artista surrealista Marcel Caram, que recebe influência de dois gênios da pintura, Salvador Dali e Chirico. Caram, assim, reverbera uma produção que dá eco a um universo paralelo, por vezes onírico, para além de construções racionais, e que se coloca como uma importante forma de acessar os conteúdos do inconsciente, que são sempre simbólicos.

De acordo com o site Obvious, recentemente a obra de Marcel Caram foi selecionada no SoJie 6, uma espécie de concurso cultural que reúne artistas de diferentes partes do mundo. A exposição, que ocorre em plataforma virtual (bem à moda do artista), reúnes grandes curadores globais e, além de conter arte digital, converge também produções em pintura convencional e fotografia. O festival é uma iniciativa da empresa australiana REDBUBBLE, que funciona como um mercado virtual, possibilitando que novos artistas exponham e vendam seus trabalhos.

En)Cena: O país passa por uma grande crise, crise esta que vai muito além de questões financeiras e que abala, inclusive, a capacidade de desenvolver a imaginação, já que o medo paralisa parte das pessoas. Em que medida o surrealismo poderia colaborar para quebrar estes grilhões?

Marcel Caram – Realmente vivemos momentos difíceis no Brasil e no Mundo. Problemas que vão, como você mencionou, além das questões financeiras. Acredito que o Surrealismo, como qualquer outro tipo de arte, pode ajudar as pessoas no sentido de fazê-las pensar, usar a imaginação. Sendo assim, a arte seria um estímulo para fazer as pessoas criarem.

Fonte: Marcel Caram

(En)Cena: Além de um movimento estético, o Surrealismo também poderia ser considerado um território de discussões políticas?

Marcel Caram – Claro que sim. Se esta for a intensão do artista. Não é o meu caso. Procuro fazer meus desenhos sem conotações políticas.

(En)Cena: Em sua opinião, o pintor René Magritte recebeu o devido valor, pela sua obra?

Marcel Caram – Acho que sim. Magritte é um mestre reconhecido do surreal na mesma grandeza de Dalí.

(En)Cena: A Psicologia, notadamente a partir do trabalho da Arteterapia e da Psicologia Analítica, se utiliza da arte como um dispositivo para ampliar a linguagem das pessoas e promover saúde mental. Já fez alguma intervenção neste sentido? O que acha desta proposta?

Marcel Caram – Não. Nunca fiz uma intervenção neste sentido. Acho a proposta interessante. Sabemos que envolver-se com a arte provoca um profundo estado de relaxamento, em geral, e isso traz saúde mental.

Fonte: Marcel Caram

(En)Cena: Nietzsche vaticinava que o mundo seria insuportavelmente triste sem a arte. De acordo com o seu ponto de vista, os brasileiros reconhecem este valor simbólico da arte? Em que pé estamos, se comparados a países próximos como a Argentina, o Chile e o Uruguai?

Marcel Caram – Não sei dizer se os brasileiros conscientemente reconhecem este valor simbólico da arte. O que eu sei dizer é que o povo brasileiro é muito criativo e produz arte de qualidade em todas as regiões do País. Nesse sentido, se comparado com nossos vizinhos regionais, acho que estamos um pouco na frente em matéria de produção artística.

(En)Cena: Seu trabalho é feito exclusivamente com mídia digital? Quais os benefícios e/ou eventuais gargalos desta escolha?

Marcel Caram – Sim. Meu trabalho é exclusivamente em mídia digital. Como benefício e posso citar a comodidade e a infinidade de recursos para criação. Como gargalo, eu posso citar o ainda pouco reconhecimento da arte digital pelo público em geral.

(En)Cena: Como é o seu processo de criação? É baseado em conteúdos oníricos, em associações livres, visualizações ativas ou algo do gênero?

Marcel Caram – Meu processo de criação é variado. As vezes tenho uma ideia e o desenho já vem pronto na mente. As vezes um objeto ou uma imagem me inspiram. As vezes uma cena corriqueira que eu vejo no dia-a-dia pode iniciar um processo de criação. Como disse, é variado.

(En)Cena: Imaginamos que, além de Magritte, o senhor recebeu influência do Dali. Poderia comentar um pouco sobre este percurso?

Marcel Caram – Acredito que eu tenha sofrido mais influência de Dalí e Chirico do que de Magritte. O percurso para o surrealismo foi natural. Desde criança os trabalhos surrealistas sempre chamaram minha atenção. Especificamente os de Dalí. Então desde que eu comecei a desenhar eu pratico o surrealismo espelhado em seus trabalhos.

(En)Cena: O que gostaria de acrescentar a esta entrevista?

Marcel Caram – Gostaria de acrescentar que eu faço impressões em Fine Art dos meus trabalhos para quadros decorativos e envio para todo o Brasil via Sedex. Quem estiver interessado por favor entre em contado pelo e-mail “marcarambh@yahoo.com.br” ou pelo Facebook @marcarambr. Obrigado! (Com informações do site Obvious)

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Laranja Mecânica: com quantos condicionamentos se faz um homem?

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O filme faz um uso espetacular de cenários e figurinos que provocam horror e repulsa ao telespectador, que se vê imerso em uma espécie de freekshow/horrorshow o tempo inteiro

Laranja Mecânica, filme baseado na obra homônima de Antony Burguess, é estrelado por Malcolm MacDowell que interpreta o personagem Alex, um jovem inclinado à violência que acompanhado de seu grupo de amigos Pete, Georgie e Dim, usa de agressões físicas, sexuais e psicológicas para satisfazer seus impulsos mais intensos.

Se você se deparasse com Alex e seus companheiros de grupo no meio da rua, já notaria uma caracterização de figurinos bastante peculiar. Trajados com macacões brancos, portando porretes nas mãos e manchas de sangue espalhadas por toda vestimenta, compõem um grupo que trabalha objetivando praticar a violência com qualquer pessoa que apareça em sua frente.

O filme faz um uso espetacular de cenários e figurinos que provocam horror e repulsa ao telespectador, que se vê imerso em uma espécie de freekshow/horrorshow o tempo inteiro. Um desses artifícios é um clube chamado Leiteria Korova, que tem por cenário vários manequins de mulheres em posições de sexo, que ora são usadas como mesa ora são usadas como garçonetes, uma vez que ao pressionar uma alavanca abaixo delas, as mesmas expelem leite pelos seios.

Fonte: encurtador.com.br/gtFPZ

A apelação sexual é intensa através desses cenários, que a todo instante fazem alusão aos sucessivos estupros que Alex e seu bando cometem às mulheres da sua cidade. Tal ato de violência é denominado por eles como “o velho entra e sai”, o que traz uma concepção de simplicidade a uma prática tão horrível, intensificando assim um sentimento de horror experimentado nas cenas de estupro.

Além dos comportamentos de estupros, o grupo de freekshow agride pessoas de forma brutal e irônica. Uma cena do filme que retrata bem isso se dá quando eles encontram um senhor de idade bêbado no meio da rua que lhes pede dinheiro. O pobre idoso se vê caçoado pelo grupo e principalmente pelo próprio Alex que diz “não suporto bêbados jogados a rua. Mas principalmente velhos bêbados”, sendo então agredido a socos, pontapés e cassetetes, salvo apenas devido ao surgimento da polícia.

O arsenal de violências corria muito bem, até que um dia Alex trata seus companheiros de forma opressora jogando-os dentro de um lago e cortando a mão de um deles. Esse fato se deu pelo desejo de um dos seus amigos de propor as atividades do grupo, o que para o nosso personagem principal era inaceitável, já que existia apenas um líder, e esse líder era ele.

Fonte: encurtador.com.br/lpsvI

Essa falta de compreensão e companheirismo renderia a Alex a traição de seu bando, que consequentemente acarretaria na sua prisão pelo assassinato de uma senhora dona do SPA que eles haviam invadido.

A análise do comportamento aplicada à vida de Alex

Ao ser pego, Alex foi enviado para uma prisão e lá ficou sabendo de um projeto piloto de procedimento experimental, que prometia “curar” os detentos de seus impulsos violentos. Animado com a ideia pediu ajuda ao reverendo da instituição para que ele fosse indicado ao tratamento. E assim foi feito, sendo o protagonista enviado como cobaia ao projeto piloto.

O procedimento consistia em dar a Alex um remédio no início do dia e em seguida expô-lo a situações de violência em um grande telão. Nesse momento, seu corpo estava imobilizado por uma camisa de força e seus olhos presos com certo tipo de arame, para que em hipótese alguma ele conseguisse se livrar de ver as cenas.

Após algumas sessões do experimento, o resultado apareceu. Todas as vezes que Alex experienciava situações de violência ou sentia desejo de praticar comportamentos violentos, ele sentia um enorme enjoo e desconforto, que lhe provocavam ânsia de vômito e muita tontura. Mas o que aconteceu com Alex? Ele teve seu comportamento condicionado!

Fonte: encurtador.com.br/GOWZ4

A Análise do Comportamento, ciência que estuda o comportamento humano, acredita que o homem é fruto do meio em que está inserido. E que comportamentos podem ser ensinados e aprendidos através da união dos estímulos e consequências corretos.

Quando dizemos que Alex teve seu comportamento condicionado, queremos dizer que a consequência do experimento foi a responsável por manter essa sua nova reação às situações de violência. Explicando melhor temos que um comportamento opera na lógica da contingência tríplice de acordo com a Análise do Comportamento (MOREIRA e MEDEIROS, 2019).

A contingência tríplice pode ser representada pela fórmula S – R –> S, que traduzida traz S (estímulo antecedente) – R (comportamento) à S (consequência) (TODOROV, 2012).

No caso de Alex a situação se configura da seguinte forma: S (remédio que provoca enjoo) – R (assistir cenas de violência) –> S (vômitos e tontura). Mas por que toda vez que Alex presencia cenas de violência ele se sente mal? Por que para ele as consequências de ver cenas de violência são aversivas ou punitivas.

Fonte: encurtador.com.br/ajxEV

A Análise do Comportamento traz que existem consequências de comportamentos consideradas aversivas ou positivas, e que estas são responsáveis pelo aumento ou diminuição de determinado comportamento. Quando uma consequência aumenta uma determinada prática chamamos de reforço, e quando ela diminui chamamos de punição (MOREIRA E MEDEIROS, 2019).

Para Alex experienciar situações de violência se tornou uma punição, já que todas as vezes que ele passava por essas situações, as sensações de enjoo e tontura vinham juntas. Sendo assim, a frequência do comportamento de violência diminuiu devido à consequência aversiva (TODOROV, 2012).

O “sucesso” do experimento é posto à prova, já que a trama do filme vem trazer também uma pegada de sarcasmo e vingança, fazendo com que o personagem sofra nas mãos de todas as pessoas que ele já havia feito algo de ruim. Portanto, uma sucessão de eventos ruins, desde o abandono dos seus pais à surra de seus ex- amigos colaboram para que Alex entre em um colapso e tente se suicidar.

 

Ao final cabe uma reflexão sobre as práticas de experimentos com seres humanos e como essas práticas devem ser aplicadas. Levando em consideração não só os desejos do cientista, mas, sobretudo, o desejo do indivíduo que se sujeita a essas situações. É sempre válido lembrar que a ética em experimentos com seres vivos sempre deve estar presente!

FICHA TÉCNICA

LARANJA MECÂNICA

Título original: A Clockwork Orange
Direção: Stanley Kubrick
Elenco: 
Malcolm McDowell, Patrick Magee, Michael Bates
Ano: 1972
País: EUA

Gênero: 
Ficção científica,Drama

 

REFERÊNCIAS:

MOREIRA, Márcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios Básicos da Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2019. 320 p. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=0LdwDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT261&dq=principiso+basicos+da+analise+do+comportamento&ots=WAZQkCc6wF&sig=R0df4BxtqPx5MJS1aCCQiak9bl0#v=onepage&q=principiso%20basicos%20da%20analise%20do%20comportamento&f=false>. Acesso em: 27 fev. 2019.

TODOROV, João Claudio. O conceito de contingência tríplice na análise do comportamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 4, n. 18, p.123-130, 05 nov. 2012. Disponível em: <https://www.revistaptp.unb.br/index.php/ptp/article/view/1116>. Acesso em: 27 fev. 2019.

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Ivan Pavlov: a descoberta acidental revolucionária

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Você já sentiu seu coração acelerar ao ver algum animal? Tem algum tipo de fobia? Já ficou enjoad@ ao sentir o cheiro de certas comidas? Teve frio na barriga ao ser avaliad@? Se sim, esses comportamentos foram aprendidos, e a explicação desse fenômeno foi feita por Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936).

Pavlov nasceu no vilarejo de Riazam, na Rússia, em 26 de setembro de 1849. Filho de um pastor, sua família decidiu acompanhar os passos de seu pai. Ninguém imaginava que o menino com desempenho escolar abaixo da média um dia ganharia o premio Nobel. Ao concluir o ensino médio, Ivan entrou para o Seminário Eclesiástico de Raizam. Porém ao conhecer as traduções para russo dos artigos científicos ocidentais, o jovem se apaixonou pelas teorias darwinianas e abandonou a educação religiosa. Foi à Universidade de São Petersburgo, se formou em medicina com especialização em fisiologia animal. Depois de formado, Pavlov se mudou para Alemanha, onde estudou as áreas por mais dois anos, antes de decidir voltar a São Petersburgo e ser assistente em um laboratório de fisiologia (LEFRANÇÓIS; LOMONACO, 2008).

Universidade de São Petesburgo. Fonte: https://bit.ly/2Jp8IUt

Mais tarde foi nomeado professor de farmacologia, e aos 41 anos passou a chefiar o departamento de fisiologia. Seus trabalhos se tratavam majoritariamente de fisiologia, especialmente com processos digestivos. Só depois dos seus 50 anos que o fisiologista descobriu acidentalmente o que se nomeia Condicionamento Clássico (ou Condicionamento Pavloviano) fase que durou por mais 30 anos (LEFRANÇÓIS; LOMONACO, 2008).

Em seu laboratório, Ivan estudava os reflexos salivares de cães (salivação como resposta ao alimento). Em um procedimento cirúrgico, fez-se uma fístula próxima às glândulas salivares dos cães participantes do experimento, e inseriu-se uma mangueira por onde a saliva saia e era medida em função da qualidade e quantidade de comida apresentada aos animais. Pavlov descobriu acidentalmente que outros estímulos também estavam causando a salivação, como o som das pegadas ao se aproximar do experimento ou a simples aproximação da hora em que a comida era servida (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).

A partir dessas observações, o cientista desenvolveu seu experimento clássico. Usando o cão como sujeito experimental, Pavlov passou a emparelhar o estímulo sonoro se uma sineta, que não causava nenhuma resposta inicialmente, a apresentação de carne, que naturalmente já eliciava a resposta de salivação. Após cerca de 60 emparelhamentos, o cão passou a apresentar a resposta de salivar apenas com o som da sineta. O fisiologista provou então que é possível aprender um novo reflexo (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).

Fonte: https://bit.ly/2GD6e7d

Aprendizagem Emocional

Um tema que desperta curiosidade, é os motivos pelos quais as pessoas sentem emoções. Os reflexos e respostas emocionais inatos são uma forma mínima de preparação para interagirmos com o ambiente que nos cerca, em relação de valor com a sobrevivência. As emoções não surgem “do nada”, precisam de um determinado contexto e interagem com nossa fisiologia, sendo em grande parte relações entre estímulos e respostas, comportamentos respondentes, ou seja, não controláveis (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).

Com os estudos Ivan Pavlov, descobriu-se que os organismos podem aprender novos reflexos, desse modo, podem também aprender a sentir emoções que não estavam em seu repertório comportamental quando nasceram. Um experimento amplamente conhecido sobre Condicionamento Pavloviano e emoções foi realizado por James B. Watson (1878 – 1958)  com Albert, um bebê de dez meses, para o qual foi apresentado um rato com o qual ele não apresentava medo.  Emparelhou-se então o estímulo do rato com um barulho alto, o que fazia com que Albert se assustasse e chorasse. Após emparelhamentos sucessivos, somente a presença do rato fazia com que Albert tivesse medo. Com isso, Watson atestou que as emoções podem ser aprendidas e modeladas (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).

Fonte: https://bit.ly/2GBWQ3y

Implicações Educacionais

Embora não seja um tema muito abordado, o Condicionamento Pavloviano é um fenômeno comum nos processos de aprendizagem. Gostar ou não gostar de aprender pode ter a ver com algum processo de condicionamento, principalmente emocional, relativo a professores, matérias e avaliações.

Estímulos que eram neutros podem passar a eliciar respostas condicionadas agradáveis ou desagradáveis aos estudantes. Estímulos Incondicionados (que não causam resposta) como um professor calmo e sorridente, ou outro rígido e áspero, podem fazer as disciplinas que ministram serem Estímulos Condicionados (que eliciam resposta) agradáveis ou incômodos. Da mesma forma que Pavlov emparelhou a sineta à comida, palavras também podem ser emparelhadas a situações, causando grande carga emocional (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). Para tanto, a potenciação de possíveis estímulos agradáveis, e minimização de aspectos desagradáveis, juntamente com o conhecimento das associações realizadas por quem aprende, podem ser opções de condicionamento para uma melhor aprendizagem (LEFRANÇÓIS; LOMONACO, 2008).

Fonte: https://bit.ly/2JqEvo0

Um ícone para a Psicologia

Assim como Fechner, Weber, Titchener e Wundt, Ivan Pavlov era fisiologista e psicólogo. Apesar de afirmar que não era psicólogo e chamar a atenção de seus aprendizes quando usavam terminologia psicológica em vez de fisiológica, escreveu artigos e teorias sobre temas psicológicos, como hipnose e paranóia, contribuindo também de maneira inestimável para as primeiras teorias da aprendizagem (LEFRANÇÓIS; LOMONACO, 2008).

O garoto com baixo desempenho escolar se tornou um ícone para a psicologia, com sua teoria sendo estudada até hoje em academias de todo o mundo. O Ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904, que fez sua grande descoberta por acaso, é atualmente o principal teórico na explicação dos reflexos aprendidos, e também referência em estudos da Análise do Comportamento por seus experimentos revolucionários.

Fonte: https://bit.ly/2IzrTd9

REFERÊNCIAS:

LEFRANÇOIS, Guy R.; MAGYAR, Vera; LOMONACO, Jose Fernando Bitencourt. Teorias da aprendizagem: o que a velha senhora disse. Cengage Learning, p. 30-44, 2008.

MOREIRA, Márcio Borges; DE MEDEIROS, Carlos Augusto. Princípios básicos de análise do comportamento. Artmed Editora, p. 29-43, 2007.

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Efeitos Negativos da Tecnologia na Infância

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Primeiramente convém analisar o significado de vida social, entender o que vem a ser o viver em sociedade.  O termo “sociedade” vem do Latim societas cujo significado é “associação amistosa com outros”. Trata-se de um grupo de pessoas que compartilham semelhanças e experiências, estabelecendo interdependências, e que ao mesmo tempo são distintas umas das outras tanto em seus aspectos exteriores quanto em seus interesses subjetivos.

Branco (2011, s.p.) escreve que o primeiro grupo social no qual um indivíduo está inserido é a família, onde a criança gradativamente descobre o mundo além de seu lar. Considerando, então, que a família é o primeiro exemplo de sociedade que envolve uma pessoa, deve-se antes focar a tecnologia e sua direta atuação no ambiente familiar.

Fonte: http://zip.net/bhtJxn

Uma pesquisa feita com 1.521 crianças de 6 a 12 anos por uma revista infantil norte-americana mostrou que 62% das crianças reclamam da demasiada distração dos pais a ponto de estes não ouvirem os filhos. A pesquisa constatou que os celulares eram os principais responsáveis nesses casos. Além disso, celulares, TV’s, smartphones e tablets juntos foram a causa do distanciamento entre filhos e pais em 51% dos casos (SALEH, 2014).

Nem mesmo quando a família está à mesa para refeições os smartphones são poupados. Momentos que deveriam ser oportunidades únicas para dialogar e estreitar laços familiares são desperdiçados, o que é lamentável principalmente quando os próprios pais não dão o bom exemplo nesses infrequentes momentos em que estão perto dos filhos. Em virtude disso, os filhos pequenos seguem o mesmo caminho, o que traz mais danos ao ambiente familiar e afetarão negativamente outras áreas da vida.

Fonte: http://zip.net/bptJ4b

Paiva e Costa (2015, p. 4) ressaltam que desde muito cedo a criança tem contato com tecnologias como celulares e tablets, o que provoca questionamentos devido ao fato de tratar-se de um ser que ainda não tem maturidade para lidar bem com esses aparatos.  Diante de variadas opções de entretenimento, a mente de uma criança logo se apega a esse impressionante mundo virtual, caracterizado por jogos eletrônicos, jogos onlines e redes sociais, gastando tempo e energia.

Inevitavelmente são menosprezadas as brincadeiras tradicionais tais como amarelinha, pega-pega, esconde-esconde e jogar bola, atividades que envolvem esforço e contatos físicos. Percebe-se, portanto, o prejuízo da interação social, já que a criança passa a maior parte do seu tempo dentro de sua casa, sozinha com um equipamento eletrônico.

De acordo com o psicólogo Cristiano Nabuco, quanto mais uma criança é apegada à tecnologia, mais distante ela fica do ambiente social, tornando-se incapaz de se entrosar com outras. Ainda segundo o psicólogo, essa incapacidade impede de serem desenvolvidas habilidades sociais que compreendem a inteligência emocional, portanto, a criança ligada à tecnologia não é capaz de empatizar, sentir-se no lugar do outro, um nobre gesto indispensável para uma sociedade melhor (FOLHA DE SÃO PAULO, 2014).

Fonte: http://zip.net/bktJpD

Eisenstein e Estefenon (2011) escrevem que a criança se vê envolvida numa mistura de mundo real com o mundo virtual. No caso das redes sociais, são criados novos códigos de relacionamentos, resultando na aquisição de novos “amigos”. São construídas uma ou várias versões virtuais de identidade. Nesse caso, o nome já não é tão importante, sendo substituídos por logins e senhas.

Já que a criança está por perto, contidamente entretida com a tecnologia, dentro de casa, os responsáveis ficam mais tranquilos, sentindo-se sob o controle, mantendo a ordem sem grandes dificuldades. Henríquez (2014, s.p.) diz que isso pode ser útil a curto prazo, mas a longo prazo os efeitos viciantes desses aparatos trarão consequências nefastas ao vínculo familiar e à vida futura da criança.

Portanto, é necessário analisar a que ponto a situação da criança pode estar chegando, e se isso está sendo benéfico ou maléfico, esse papel cabe exclusivamente aos pais, pois a criança ainda não tem discernimento sobre si mesma e poderá desenvolver uma profunda dependência da tecnologia, acarretando por fim o isolamento social.

Assim sendo, é inerente aos pais ou responsáveis a responsabilidade de zelar pela vida social das crianças, estimulando a interação pessoal dela com os colegas do bairro ou da escola, leva-las a passeios e programações culturais.

Ações como esse fortalecem o vínculo familiar e causam efeitos positivos não só no presente como no futuro, tornarão a criança em um adulto de saudáveis relacionamentos cognitivos, profissionais e afetivos, aprimorando, portanto, todo o viver em sociedade. A participação dos adultos é essencial para que a criança compreenda a função das tecnologias presentes em seu dia a dia, para que elas as usem com confiança (KELLY, 2013, s.p.).

Fonte: http://zip.net/bxtKf4

Efeitos negativos da tecnologia na vida educacional da criança

É inquestionável a grandeza do papel escolar na vida do ser humano, especialmente nos primeiros anos de sua existência. Quinalha (2010, s.p.) escreve que a escola é o segundo lugar mais importante na vida da criança, vendo-o como o ambiente onde emerge “uma segunda sociabilidade”. Tal relevância se deve ao fato de que é na escola onde a criança irá aprender a observar e questionar, constituindo-se assim como um ser pensante, além de prepará-la para um pleno exercício da cidadania.

Assim sendo, deve-se garantir que, ao adentrar no ambiente educacional, o estudante tenha suas capacidades fisiológicas e cognitivas preservadas para que seu aprendizado seja pleno. Infelizmente, pesquisas têm apresentado relações de causa e efeito entre o uso abusivo da tecnologia e problemas de aprendizagem.

É importante ressaltar que, para fins de debate e reflexão, o presente trabalho abrange somente os efeitos deletérios da tecnologia usada de forma abusiva ou em fases não adequadas para crianças, portanto, essa pesquisa não tem um caráter generalizador e nem radical.

Fonte: http://zip.net/bktJpG

Estudos têm mostrado que uma ou duas horas de TV (televisão), sem a supervisão dos responsáveis, trazem significativos efeitos danosos ao rendimento escolar de crianças, especialmente no quesito leitura (ROJAS, 2008). A televisão dá aos pequenos uma série de informações já prontas, o que, de modo geral, os impede de raciocinar e desenvolver seu pensamento crítico. Isso explica o fato de a leitura, que envolve não só a decodificação de palavras, mas também o assimilar do conteúdo, tornar-se dificultosa e por fim ser desprezada por quem gasta expressivas horas com tecnologias.

Problemas de atenção também advêm do uso abusivo de aparatos eletrônicos, especificamente da televisão. Um efeito do abuso desse aparelho é a hiperatividade, uma condição física que se caracteriza pelo subdesenvolvimento e mau funcionamento do cérebro, cuja principal característica é a atenção deficiente. Setzer (2014, s.p.) declara:

A produção de hiperatividade pela TV é fácil de ser compreendida: crianças saudáveis não ficam quietas, estão sempre fazendo algo, pois é assim que aprendem, desenvolvem musculatura, coordenação motora etc. Uma criança saudável só fica parada se ouvir uma história: aí se pode observar que ela fica como que olhando para o infinito, pois está imaginando interiormente os personagens, o ambiente e a ação. No caso da TV, a criança fica fisicamente estática […], não tendo nada a imaginar, pois as imagens já vêm prontas e se sucedem com rapidez. Ao se desligar o aparelho, a criança tem uma explosão de atividade, para compensar o tempo que ficou imóvel e passiva […].

Por sua vez, a hiperatividade afeta negativamente o aprendizado da criança, já que a atenção desta está desordenada. Santos (2016, s.p.) escreve que as escolas frequentemente lidam com esta questão, registrando que pesquisas apontam que para cada vinte alunos de uma turma escolar, cinco apresentam comportamento hiperativo.

Amâncio (2014, s.p.) cita a sobrecarga cognitiva como outro resultado negativo da exposição às tecnologias da informação. Rebouças (2015, s.p.) explica:

Toda demanda de memória utilizada no processo de aprendizado é referida como carga cognitiva, ou seja, toda quantidade de conteúdo e desdobrar de conhecimento que a pessoa registra em sua memória durante a instrução e capacitação. No uso do computador e da internet como meios de instrução, a carga cognitiva abrange o processo mental capaz de acessar e interpretar o conteúdo apresentado em janelas, ícones e objetos. A sobrecarga cognitiva gera um descompasso entre experiência, habilidade e temperamento da pessoa. Além de prejudicar o nível de detalhes e qualidade de uma tarefa.

De acordo com Luiz Vicente Figueira de Mello, do Ambulatório de Transtornos Ansiosos do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), o excesso de informações, que supera a capacidade neuronal, leva à sobrecarga das conduções elétricas do cérebro e ao estresse (REDE GLOBO, 2016).  Não é ilógico concluir que uma sobrecarga cognitiva é extremamente danosa ao cérebro de uma criança, órgão este que ainda está em formação, e extremamente prejudicial a ela como aluna, seu aprendizado escolar é limitado.

Fonte: http://zip.net/bwtHVL

Agora falando especificamente sobre a Internet, esta trouxe novas formas de escrever e expressões. Deve-se ressaltar o tão falado “internetês”, que consiste em abreviar palavras e ignorar pontuações, desrespeitando assim as normas gramaticais. Alguns exemplos são: “Td d bom p vc”; “xau bju” e “A gnt se fla por aki”. (O certo seria “Tudo de bom pra você”; “tchau, beijo” e ”a gente se fala por aqui”). O problema está no fato de tal linguagem ser usada no ambiente escolar, devido à confusão gerada por diferentes formas de escrita.

Hamze (2008, s.p.) ressalta o seguinte:

Em português, ou em qualquer outra língua do mundo, a Internet já começa a modificar os habituais meios de comunicação considerados como politicamente corretos. É melhor pensar nas consequências desse acontecimento antes que haja uma descaracterização dos idiomas cultos pela extrema e cada vez mais rápida fama da rede. 

Não se deve demonizar o “internetês” que facilmente pode ser assimilado pela criança, nem proibir o seu uso, mas ressaltar aos pequenos a maior importância da língua materna, falando-lhes sobre os benefícios que existem em obedecer às normas gramaticais, e não se desvincular delas. Papéis não podem ser invertidos, é, portanto, dever dos responsáveis de averiguarem se esses novos dialetos não estão confundindo a criança em seu ambiente escolar.

Portanto, percebe-se que o abuso da tecnologia por parte das crianças traz a elas efeitos negativos a curto e longo prazo.  Diante dessa situação, é reafirmado o fato de que recai sobre os pais a responsabilidade de monitorar os filhos, sempre dialogando com eles sobre a importância do uso adequado desses aparelhos que inevitavelmente compõem o cotidiano do presente século, características marcantes da sociedade da informação.

Os pais devem orientar seus filhos do mesmo modo que o fariam em relação às atividades e relacionamentos convencionais. O diálogo deve preceder o uso consciente da internet (PERES, 2015).

Fonte: http://zip.net/bwtHVM

A recomendação supracitada deve estender-se além da internet, abrangendo a tecnologia em suas mais diversas formas de representação. Como consequência do esclarecimento a respeito desses aparatos eletrônicos, aliado à orientação dos responsáveis, a criança terá uma plena participação no contexto social, garantirá um pleno aprendizado no ambiente educacional e, portanto, terá um futuro com menos problemas.

REFERÊNCIAS:

AMÂNCIO, Wagna Ferreira S. Pontos Positivos e Negativos em relação ao uso da Tecnologia no Processo de Ensino-Aprendizado. Disponível em: <http://www.pedagogiaufesead2014.blogspot.com.br/>. Acesso em 04 outubro 2016.

BRANCO, Anselmo Lázaro. Sociedade: Relações sociais, diversidade e conflitos. Disponível em: <http://www.educação.uol.com.br/>. Acesso em 08 outubro 2016.

EISENSTEIN, Evelyn; ESTEFENON, Susana B. Geração Digital: Riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, v. 10, 2011. Disponível em: <http://www.revista.hupe.uerj.br>. Acesso em 27 setembro 2016.

FOLHA DE SÃO PAULO. Obesas e sedentárias, 54% das crianças passam mais de 4 horas por dia em frente à TV ou celular. Disponível em: <http://www.maternar.blogfolha.uol.com.br/>. Acesso em 06 outubro 2016.

HAMZE, Amelia. Internetês. Disponível em: <http://www.web.archive.org>. Acesso em 06 outubro 2016.

HENRÍQUEZ, Omar. Adicción a la tecnología em los niños. El papel de los padres em la prevención. Disponível em <http://www.colombianosune.com>. Acesso em 03 novembro 2016.

KELLY, Clare. Los niños y la tecnología.  Disponível em: <http://www.cbeebies.com/>. Acesso em 03 outubro 2016.

PAIVA, Natália Morais de; COSTA, Johnatan da Silva. A influência da tecnologia na infância: Desenvolvimento ou ameaça? Psicologia, Teresina, 2015. Disponível em: <http://www.psicologia.pt>. Acesso em 26 setembro 2016.

QUINALHA, Ivone Honório. A importância da escola e seu lugar na constituição humana. Disponível em <http://www.cuidademim.com.br/>.  Acesso em 19 novembro 2016.

REBOUÇAS, Fernando. Sobrecarga cognitiva. Disponível em: <http://www.agendapesquisa.com.b/r>. Acesso em 04 outubro 2016.

REDE GLOBO. Excesso de informação pode causar exaustão do sistema nervoso central. Disponível em: <http://www.redeglobo.globo.com/>.

ROJAS O., Valéria. Influencia de la televisión y vídeo juegos en el aprendizaje y conducta infanto-juvenil. Revista Chilena de Pediatría, Santiago, v. 79, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.com>. Acesso em 27 setembro 2016.

SALEH, Naíma. A tecnologia está afetando as relações familiares dentro da sua casa? Disponível em: <http://www.revistacrescer.globo.com/>. Acesso em 08 outubro 2016.

SANTOS, Bárbara. Como agir com crianças hiperativas e desatentas na escola. Disponível em <http://www.centropsicopedagogicoapoio.com.br>. Acesso em 17 novembro 2016.

SETZER, Valdemar W. Efeitos negativos dos meios eletrônicos em crianças, adolescentes e adultos. Disponível em <http://www.ime.usp.br>. Acesso em 17 novembro 2016.

UOL. Infância sem risco – Saiba como proteger as crianças dos criminosos digitais. Disponível em: <http://www.uol.com.br>. Acesso em 06 outubro 2016.

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