A vida não é linear: encontrando sentido nas mudanças

Compartilhe este conteúdo:

Relato de intervenção grupal realizada por acadêmicas de Psicologia na Casa de Apoio Vera Lúcia

Nós, Dariana Duarte Silva, Gabriela Pessoa Sousa, Sayma Rebeca Ribeiro de Oliveira e Susane Costa Bringel, estagiárias do curso de Psicologia da Ulbra Palmas, através da disciplina Intervenção em Grupos, realizamos, entre os meses de março e abril de 2025, uma intervenção grupal na Casa de Apoio Vera Lúcia Pagani, localizada em Palmas-TO. Com o objetivo de promover um espaço de acolhimento e reflexão para os familiares dos pacientes internados, auxiliando-os no enfrentamento das incertezas, do luto e das mudanças de rotina, a partir de abordagens simbólicas e psicológicas que favoreçam a ressignificação da experiência vivida. Diante disso, vamos relatar a seguir como ocorreu essa experiência.

A atividade foi desenvolvida por meio de rodas de conversa presenciais, distribuídas ao longo de cinco semanas, como parte dos requisitos da disciplina de Intervenção em Grupo, sob a supervisão do professor Sonielson Luciano de Sousa. A proposta surgiu da necessidade de oferecer um espaço de escuta qualificada, acolhimento e reflexão aos usuários da instituição — composta por acompanhantes e pacientes em tratamento — que enfrentam, diariamente, os desafios emocionais associados ao contexto hospitalar. A intervenção teve como objetivo fortalecer vínculos, favorecer a autorreflexão e promover processos de ressignificação, por meio de práticas simbólicas, dinâmicas lúdicas e técnicas de autorregulação emocional.

O primeiro contato com a instituição ocorreu no dia 6 de março de 2025, via aplicativo WhatsApp, com a coordenadora da Casa de Apoio Vera Lúcia. Fomos recebidas de forma acolhedora e, prontamente, foi agendada uma reunião para pactuar como seriam realizados os encontros em formato de rodas de conversa. Após a definição do local e da disponibilidade da instituição, construímos o cronograma das atividades, considerando as características e necessidades do público atendido.

A Casa de Apoio Vera Lúcia acolhe pessoas provenientes do interior do Tocantins e de outros Estados da Região Norte que necessitam de atendimento nos hospitais públicos de Palmas. Trata-se de uma iniciativa do Governo do Estado que visa garantir segurança, conforto e proximidade entre os pacientes internados e seus familiares. A instituição oferece hospedagem, alimentação e suporte psicológico, pedagógico e social. Além disso, promove diversas atividades, como palestras, ações religiosas, contação de histórias e minicursos, incluindo oficinas de crochê e produção de bombons artesanais, proporcionando momentos de aprendizado e ocupação durante o período de permanência.

Compreender a missão e o alcance do serviço prestado pela Casa facilitou a construção de uma proposta de intervenção alinhada às demandas reais dos usuários. Dessa forma, definimos temas que contemplassem aspectos fundamentais para esse público, como a reflexão sobre a não linearidade da vida, a adaptação às mudanças, o desenvolvimento da resiliência e a sobrecarga emocional vivenciada por cuidadores, além da importância do autocuidado.

Reunião presencial com a Coordenação da Casa de Apoio Vera Lúcia Pagani

Dando continuidade ao processo de pactuação, no dia 10 de março de 2025, foi realizada uma reunião presencial com a coordenadora da Casa de Apoio Vera Lúcia Pagani. Na ocasião, as estagiárias apresentaram o Plano de Atividades, realizaram as devidas apresentações institucionais, esclarecendo sua vinculação ao curso de Psicologia da Ulbra Palmas, o contexto da disciplina de Intervenção em Grupo e o nome do professor responsável pela supervisão do projeto, Sonielson Luciano de Sousa. O encontro também possibilitou o reconhecimento do espaço físico da instituição e, em diálogo com a coordenação, foram definidos os dias e horários mais adequados para a realização das rodas de conversa com os usuários da Casa.

Ficou acordado que os encontros ocorreriam ao longo de cinco semanas consecutivas, sempre às terças-feiras, no horário das 17h30 às 18h30, nas seguintes datas: 25 de março, 2, 9, 16 e 23 de abril. Para as estagiárias, esse primeiro contato presencial foi, inicialmente, ansiogênico, tanto por se tratar de uma instituição até então desconhecida quanto pela responsabilidade de solicitar espaço para a execução de um projeto como representantes da Psicologia. No entanto, ao longo da reunião, a recepção acolhedora por parte da coordenadora proporcionou um ambiente de escuta, respeito e abertura, gerando tranquilidade e confiança para dar início às atividades. Tornou-se evidente, por meio de suas falas, a importância que a parceria com instituições de ensino superior representa para a Casa, fortalecendo o vínculo entre a prática profissional e a formação acadêmica.

Acadêmicas de Psicologia fazendo a visita técnica na Casa de Apoio Vera Lúcia no dia 10/03/2025

Organização dos encontros entre as estagiárias

Para a organização dos encontros, ficou acordado que os dois primeiros seriam planejados de forma remota, por meio de reuniões online, enquanto os três encontros seguintes seriam estruturados progressivamente, a partir das supervisões obrigatórias da disciplina de estágio. Os primeiros planejamentos demandaram mais tempo e dedicação, considerando que era a primeira experiência do grupo na elaboração conjunta de rodas de conversa. Contudo, à medida que os encontros se sucederam e a coesão entre as integrantes se fortaleceu, as etapas de planejamento passaram a ocorrer com maior fluidez, agilidade e sintonia.

Atendendo às diretrizes da disciplina de Intervenção em Grupo, foi definida uma estrutura base comum para todos os encontros, composta pelas seguintes etapas: acolhimento inicial e estabelecimento de rapport com os participantes; pactuação ética coletiva; apresentação do tema por meio de recursos dialógicos; estímulo à participação com técnicas lúdicas e simbólicas; encerramento com prática de relaxamento ou respiração guiada e, por fim, coleta de feedback dos participantes. A adoção dessa estrutura ofereceu segurança às estagiárias, permitindo que, mesmo diante de imprevistos ou adaptações necessárias durante a condução das atividades, houvesse um roteiro orientador que assegurava a coerência e a intencionalidade do processo grupal.

Primeiro encontro – o objeto da minha jornada

O primeiro encontro foi marcado por certo nervosismo inicial, tanto por ser a nossa estreia na condução da roda de conversa quanto pelas demandas logísticas envolvidas, como a organização do espaço, o convite aos participantes nos corredores e dormitórios, além da mobilização geral com o uso do sino para reunir o grupo. Contudo, à medida que o encontro se desenvolvia e nos aproximávamos das vivências compartilhadas, o processo tornou-se mais fluido e natural.

A atividade teve como objetivo fortalecer o vínculo grupal por meio da partilha simbólica de experiências. Após o momento de rapport e a pactuação ética, realizamos a dinâmica “O Objeto da Minha Jornada”, na qual os participantes foram convidados a refletir simbolicamente sobre suas trajetórias de vida. Utilizamos como recurso uma bolinha rosa de brinquedo, que se mostrou surpreendentemente potente como elemento simbólico, permitindo projeções de desejos e anseios. A partir das associações construídas em torno do objeto, a condução dialética se deu de forma profunda e espontânea. Apesar de, num primeiro momento, os participantes mostrarem-se receosos de apresentar seus desejos, ao ouvirem a fala de cada um, sentiram-se mais à vontade de compartilhar, trazendo a emoção ao falar e fazendo com que nós sentíssemos a mesma coisa. Também foi realizada uma breve prática de autorregulação emocional com foco no toque calmante, estimulando sensações de acolhimento e segurança. O encerramento reforçou o grupo como espaço de escuta, conexão e reconhecimento da individualidade.

Foi possível perceber, ainda, que o público atendido pela Casa de Apoio não é composto apenas por acompanhantes, mas também por pessoas em tratamento, o que ampliou a complexidade das histórias compartilhadas. Esse primeiro encontro, mais exploratório, permitiu que conhecêssemos melhor o grupo presente naquele momento e voltássemos o olhar para o cuidado emocional dessas pessoas.

Apesar da potência da experiência, enfrentamos desafios, como a necessidade de mediar as falas para garantir a participação de todos, e dificuldades com a acústica do espaço, agravadas por ruídos externos e pela fala mais baixa de participantes debilitados. Esses aspectos nos fizeram repensar a disposição física das cadeiras e a importância de criar condições mais adequadas de escuta para os próximos encontros.

1° Encontro na Casa de Apoio Vera Lúcia no dia 25/03/2025

Segundo encontro – o peso invisível: cuidando de quem cuida

No segundo encontro, o reconhecimento de alguns rostos já presentes na primeira roda contribuiu para um ambiente mais acolhedor, facilitando nossa atuação. No entanto, começou a se evidenciar o desafio de conduzir um grupo com composição aberta, uma vez que, a cada semana, havia participantes diferentes. Essa característica exigiu de nós flexibilidade e sensibilidade para adaptar as propostas ao grupo presente em cada encontro, tornando o rapport inicial uma etapa essencial e recorrente em todas as rodas.

A proposta dessa vez teve como foco central a sobrecarga emocional dos cuidadores, convidando os participantes a refletirem sobre os efeitos do cuidado contínuo e a importância do autocuidado para o equilíbrio psíquico e emocional. Durante a roda, provocamos reflexões sobre sentimentos frequentemente vivenciados nesse contexto, como culpa, cansaço, ansiedade e a dificuldade de colocar limites.

Como atividade central, realizamos a dinâmica “A Mala do Cuidador”, em que os participantes foram convidados a simbolizar os pesos que carregam, selecionando palavras e emojis representativos de suas emoções e “guardando-os” em uma mochila. Essa ação simbólica possibilitou um momento de alívio e identificação mútua, fortalecendo o senso de partilha coletiva e acolhimento. A vivência promoveu não apenas a expressão emocional, mas também o reconhecimento da necessidade de olhar para si, mesmo diante das exigências impostas pelo cuidado ao outro. 

Apesar dos desafios decorrentes da natureza de grupo aberto, também foi possível identificar oportunidades significativas ao longo dos encontros. Um dos aspectos mais marcantes foi a vivência da Humanidade Compartilhada, perceptível em todos os encontros. Os participantes puderam reconhecer, mesmo em meio a histórias de vida distintas, experiências emocionais semelhantes, o que favoreceu o fortalecimento do vínculo tanto entre eles quanto entre eles e nós, mediadoras do grupo.

Essa troca evidenciou o quanto aquelas narrativas nos atravessaram, ainda que não tivéssemos vivenciado situações semelhantes. Nesse sentido, percebemos que um dos maiores desafios não foi lidar com os improvisos exigidos por cada encontro, mas sim sustentar emocionalmente a escuta e o acolhimento diante de relatos tão tocantes. Ainda assim, o grupo de estágio se mostrou coeso e acolhedor, mantendo-se disponível para escutar com empatia e sensibilidade tudo o que era trazido à tona.

2° Encontro na Casa de Apoio Vera Lúcia no dia 01/04/2025

Terceiro encontro – a vida como um rio: mudanças e novos caminhos

No terceiro encontro, propusemos reflexões sobre a não linearidade da vida e a capacidade de adaptação diante das mudanças, utilizando a metáfora do rio como símbolo do fluxo contínuo da existência. Após o acolhimento inicial e a introdução do tema, realizamos uma roda de apresentação, na qual os participantes compartilharam seus nomes e relataram brevemente suas histórias de chegada à instituição.

A parte reflexiva do encontro contou com a leitura de uma narrativa simbólica sobre um rio que aprende a seguir seu curso mesmo diante de obstáculos, convidando o grupo a refletir sobre suas próprias trajetórias, curvas e pausas. Em seguida, realizamos a atividade “O Mapa do Meu Rio”, na qual os participantes desenharam, de forma simbólica, elementos marcantes de suas jornadas — como rochas (desafios enfrentados) e afluentes (pessoas significativas que contribuíram em seus caminhos). A partilha dos desenhos favoreceu a identificação entre os integrantes e possibilitou a ressignificação das experiências pessoais.

O principal desafio vivenciado neste encontro ocorreu durante a proposta de arteterapia, pois muitos participantes demonstraram insegurança em desenhar, alegando falta de habilidade artística. Para estimular o engajamento, nos envolvemos ativamente na atividade, desenhando junto ao grupo e compartilhando nossos próprios mapas simbólicos. Essa postura colaborativa contribuiu para o fortalecimento do vínculo e favoreceu a ampliação da noção de Humanidade Compartilhada, não apenas entre os participantes, mas também entre eles e nós, enquanto mediadoras do processo.

Outro aspecto que se evidenciou ao longo dos encontros foi a forte presença da religiosidade entre os participantes, que frequentemente recorriam à espiritualidade como recurso de enfrentamento diante da situação vivida. A fé apresentou-se como um elemento estruturante e de apoio psíquico, sendo constantemente mencionada como essencial nesse período de vulnerabilidade emocional.

Diante dessa realidade, alguns participantes solicitaram, espontaneamente, momentos de oração ao final das atividades. Considerando os limites éticos da nossa atuação como estagiárias de Psicologia, acolhemos essas demandas com sensibilidade e respeito, abrindo espaço para que os próprios membros do grupo conduzissem as orações, caso desejassem. Essa escolha respeitou a autonomia do grupo e reforçou o ambiente como um espaço legítimo de escuta, acolhimento e expressão de subjetividades.

3° Encontro na Casa de Apoio Vera Lúcia no dia 08/04/2025

Quarto encontro – o sentido oculto no cuidar: ressignificando a jornada

No quarto encontro, conduzimos a roda de conversa com o tema “O Sentido Oculto no Cuidar”, com o intuito de criar um espaço de escuta e ressignificação das vivências relacionadas ao ato de cuidar, a partir da perspectiva da logoterapia. Estruturamos o encontro em cinco momentos principais: acolhida, diálogo temático, técnicas reflexivas, vivência guiada e roda de feedback.

Iniciamos com o momento de rapport por meio da dinâmica “O que me sustenta”, onde cada participante respondeu à pergunta: “Quando o cuidado fica pesado, o que me ajuda a seguir em frente é…”. As respostas incluíram valores como amor, fé, família, propósito e até mesmo o silêncio. Esse momento permitiu a criação de um ambiente acolhedor e sensível, estabelecendo uma atmosfera de escuta genuína.

Em seguida, iniciamos o diálogo temático com as perguntas disparadoras: “O que faz seu cuidado valer a pena, mesmo nos dias difíceis?” e “Como você lida com a culpa ou o cansaço que surgem nessa jornada?”. As respostas emergiram de forma espontânea e afetiva, revelando relatos de exaustão, mas também de gratidão, resiliência e crescimento pessoal. Tornou-se evidente como o cuidado, embora muitas vezes extenuante, carrega também um sentido profundo que dá sustentação emocional aos participantes. Essa troca favoreceu o fortalecimento dos vínculos e promoveu a identificação entre os membros do grupo.

No momento das técnicas reflexivas, propusemos a atividade “Meu Símbolo de Força”, na qual cada participante foi convidado a desenhar algo que simbolizasse uma fonte de força em momentos difíceis. As produções incluíram representações como natureza, casa, fé, coração, entre outros. Durante a partilha, muitos relataram que esses símbolos já haviam os auxiliado em outras situações de dor. A atividade foi trabalhada sob a ótica logoterapêutica da liberdade de escolha, enfatizando que, mesmo diante do sofrimento, é possível escolher um referencial interno de apoio e sentido.

Na sequência, realizamos uma vivência de imaginação ativa com a figura do “compassivo imaginário”, convidando os participantes a visualizarem um lugar seguro e, dentro dele, a presença de uma figura acolhedora — que poderia ser uma pessoa, um animal, uma entidade simbólica ou até mesmo uma luz. A condução foi realizada em tom calmo e envolvente, e observamos expressões de relaxamento e entrega emocional. Ao final, incentivamos que essa imagem fosse mantida como um recurso interno acessível, fortalecendo o exercício da autocompaixão no cotidiano.

Encerramos o encontro com uma roda de feedback, em que cada participante foi convidado a expressar uma palavra ou gesto que representasse seu estado naquele momento. Termos como alívio, esperança, calma e força surgiram, sinalizando a potência afetiva da vivência. Reforçamos a mensagem de que, embora cada um esteja trilhando sua própria jornada, os desafios do cuidado nos aproximam enquanto seres humanos, e que encontrar sentido nas experiências pode transformar a dor em crescimento.

Durante a condução, enfrentamos um desafio importante relacionado à gestão da participação no grupo. Algumas pessoas se expressaram de forma excessiva, comprometendo o tempo e a participação equitativa dos demais. Tivemos dificuldade em intervir de maneira assertiva, buscando não sermos rudes ou invasivas. Essa situação nos gerou certa tensão interna, pois havia o desejo de garantir um espaço justo para todos, sem desvalorizar as falas de quem sentia necessidade de ser escutado. Essa experiência nos levou a refletir, posteriormente, em supervisão, sobre o papel da mediação e a importância de desenvolvermos estratégias para lidar com esse tipo de dinâmica de forma cuidadosa e ética.

Apesar dos desafios, a experiência foi profunda e significativa, permitindo que, por meio de recursos simbólicos e existenciais, os participantes se reconectassem com seus valores, encontrassem sustentação interna e saíssem do encontro com um novo olhar sobre sua caminhada.

4° Encontro na Casa de Apoio Vera Lúcia no dia 15/04/2025

Quinto encontro – cuidar de si também é cuidar do outro

O quinto e último encontro teve como foco o tema do autocuidado, buscando abrir um espaço de escuta, troca e reflexão sobre sua importância no cotidiano. Por se tratar de um grupo aberto, iniciamos com acolhimento aos novos participantes, reforçando combinados como a confidencialidade, o respeito mútuo e a escuta ativa, a fim de garantir um ambiente seguro e acolhedor.

A primeira dinâmica, “Presente de Autocuidado”, convidou os participantes a responderem: “Se você pudesse se presentear hoje com um autocuidado, qual seria?”. As respostas revelaram gestos simples e simbólicos. Em seguida, promovemos uma breve discussão sobre o que é autocuidado, abordando suas diferentes dimensões: alimentação, sono, atividade física, saúde pública (SUS) e prazer, representadas por membros da equipe com exemplos do cotidiano.

Na etapa seguinte, conduzimos uma conversa dialógica com as perguntas: “Qual área do autocuidado é mais difícil para você?” e “Como você lida com a culpa ou a falta de tempo para se cuidar?”. Os desafios mais citados foram sono, alimentação e prática de atividade física, revelando a complexidade de se cuidar em meio à rotina intensa.

Um dos momentos especiais do encontro foi o lanche coletivo, pensado para tornar o encerramento mais acolhedor. No início, os participantes se mostraram tímidos, mas, ao serem convidados individualmente, aceitaram com alegria, tornando o momento leve e afetivo.

Na parte prática, realizamos duas atividades: o “Mapa do Autocuidado”, onde os participantes marcaram o que já praticam e o que desejam incorporar em cinco áreas (comida, movimento, sono/descanso, saúde e prazer); e a “Receita de Autocuidado”, na qual cada pessoa compartilhou sugestões simbólicas de bem-estar, como tomar sol ou ouvir uma música relaxante, promovendo um compromisso coletivo com o cuidado de si.

Durante o encerramento, sentimos certa apreensão com o tempo, mas conseguimos finalizar com uma vivência breve de mindfulness, na qual cada pessoa escolheu uma atividade cotidiana para realizar com atenção plena. A roda de palavras finais trouxe sentimentos como leveza, motivação e gratidão, e reforçamos que o autocuidado não é luxo, mas uma forma de sustento emocional.

5° Encontro na Casa de Apoio Vera Lúcia no dia 22/04/2025

 

Compartilhe este conteúdo:

Minha experiência na mediação de grupo terapêutico para idosos

Compartilhe este conteúdo:

A experiência de trabalhar com grupo de idosos, do Parque do Idoso de Palmas, me emocionou e fez florescer uma nova perspectiva até então não almejada, que é trabalhar com grupos e ainda mais especificamente com idosos. Confesso que no início da disciplina de Intervenção em Grupo fiquei temerosa de como seria essa intervenção, pois se no atendimento individual é exigido uma escuta aguçada, em um grupo isso eleva a complexidade do atendimento.

Após as orientações do professor Sonielson Sousa, sobre o público escolhido pela equipe composta por mim – Erika Santos, Andreia Carvalho, Clarissa Lira, Gabriel Avelino e Adhemar Chufalo Filho, confeccionamos o material de divulgação e entramos em contato com o responsável do Parque, explicamos como seria a intervenção, acordamos datas, horários e entregamos o material para divulgação. 

A intervenção ocorreu em quatro encontros, de 1 hora cada. No primeiro encontro, apesar de ter ocorrido bastante divulgação, só apareceu um idoso para intervenção, isso gerou em mim e acredito que nos demais colegas um sentimento de tristeza. No entanto, havia outros idosos que estavam fazendo atividade na piscina, tivemos que esperar a atividade acabar para mais idosos participarem e começar a intervenção, isso ocorreu também no segundo encontro, do terceiro para o quarto a espera foi mais rápida, eles estavam animados para participar da intervenção. 

Além do contratempo inicial da espera para começar a intervenção, o local onde ocorreu a dinâmica era barulhento, pois era ao lado de uma via de carros, sem contar com o calor, visto que as salas com ares-condicionados estavam interditadas, ficamos então em uma quadra. Posteriormente, conseguimos um novo lugar, um quiosque afastado da via e mais arbóreo em relação ao calor.

Em relação ao primeiro encontro percebemos um constrangimento inicial dos idosos, que logo se extinguiu com as falas e as dinâmicas propostas ao grupo. As temáticas abordadas no primeiro e no segundo encontro seguiram o método dialético de perguntas semiestruturadas, relacionadas a rede de apoio, direito dos idosos, vivência familiar, situação financeira, saúde e solidão. Trabalhamos nos demais encontros técnica de Mindfulness, para relaxamento e dinâmica de grupo, como a caixa com espelho, uma forma dos idosos falarem de si, suas potencialidades e vulnerabilidade.

Os diálogos entre a equipe e os idosos foi leve, eles eram muito participativos e tinham necessidade de serem escutados. Percebemos que o Parque do Idoso tem muitas atividades recreativas, mas nada relacionado a interação, conversação e escuta. Ao final do encontro os idosos demonstraram interesse em continuar com as intervenções, que gostaram das ações trazidas pela equipe. Particularmente, a intervenção trouxe muito aprendizado, afeto e reflexão sobre o envelhecer de forma saudável, criativo e autônomo.

Compartilhe este conteúdo:

Intervenção em grupo no parque municipal da pessoa idosa

Compartilhe este conteúdo:

Antes da primeira intervenção entrei em contato com o coordenador do Parque para oferecer uma proposta de intervenção e escuta dos idosos, o que foi prontamente atendido e viabilizado com a autorização da Secretaria de Desenvolvimento Social.

Para a primeira intervenção do projeto de grupo terapêutico no Parque Municipal da Pessoa Idosa, estruturamos, para o tempo de 1 (uma) hora, atividades que promovam a criação de vínculos e o estabelecimento de rapport entre os participantes e os acadêmicos de Psicologia, Andreia, Adhemar, Érika, Clarissa e Gabriel. Foi muito gratificante conhecer os 10 participantes desse dia e fizemos a dinâmica da caixa de significados e exercícios de mindfullness.

No segundo encontro, foram 3 participantes, um número menor que o esperado em razão de eventos e viagens dos idosos para participar de um campeonato em São Paulo, mas a nossa equipe não desanimou, fizemos a técnica do mindfullness para relaxamento e concentração nos diálogos e abordamos o tema da rede de apoio, ocasião em que escutamos, orientamos os idosos em relação a essa temática.

No terceiro encontro, houve uma adesão maior do grupo, com 19 participantes, momento em que foi aplicada a técnica do mindfullness pelo integrante Adhemar e a condução da dinâmica da caixa do espelho por mim. Foi muito impactante ver que algumas pessoas não conseguem falar sobre si, ou demonstram emoção ao colocar alguns sentimentos em forma de palavras. Foi uma dinâmica muito agregadora e que aproximou o grupo.

No quarto encontro, houve uma adesão de 15 participantes, momento em que foi aplicada a técnica do mindfullness pelo integrante Adhemar, um momento de dialética entre a equipe de acadêmicos e participantes e utilizamos um varal para coletar e expor as palavras que simbolizavam os encontros. Os participantes manifestaram sobre a necessidade de haver mais encontros do que a equipe da intervenção estava fazendo. Para finalizar foi distribuído pela equipe bombons com uma mensagem, e alguns dos participantes levaram bolos, pães de queijo, café, suco com os quais houve um momento de lanche.

Em linhas conclusivas gostaria de pontuar as minhas percepções pessoais com essa experiência que apesar de muito rica, em questão de treino de escuta qualificada em grupo, aprendizado em como conduzir momentos mais emotivos e acolhimento, senti uma carga mental muito grande na organização e condução dos trabalhos. Gostaria de realizar intervenções em grupo com uma quantidade menor de participantes. 

 

Compartilhe este conteúdo:

Experiências vividas no parque municipal da pessoa idosa de Palmas

Compartilhe este conteúdo:

Trata-se de relato de experiências por mim vividas junto aos idosos do Parque Municipal da Pessoa Idosa de Palmas pela disciplina Intervenção em Grupos, cuja equipe tem em sua formação Andreia Alves de Carvalho, nossa líder, Clarissa Souza Lira, Eryka Cristina da Silva Santos, Gabriel Wállef Silva Avelino e eu, Adhemar Chufalo Filho, sob a supervisão do Professor Mestre Sonielson Luciano de Sousa. 

A intervenção se deu em 4 encontros de 1 hora cada, no Parque Municipal, sendo que no primeiro dia ocorreu na quadra de esportes com a presença de 10 idosos (as) de ambos os sexos, e o tema da roda de conversa, que se deu pelo método dialético com perguntas semiestruturaras, estavam relacionadas à vivência familiar, rede de apoio, situação econômica, saúde. 

Insta salientar que esse diálogo entre nossa equipe e os (as) idosos (as) foi muito à vontade, e eu não me senti como um estranho ou intruso em suas vidas, pois estavam bem tranquilos e abertos tendo interesse em apresentar suas demandas de forma individualizada, e alguns idosos (as) eram um pouco mais prolixos que outros. 

No segundo encontro compareceram somente 3 pessoas, não me recordo, mas parece que grande parte dos usuários do Parque tinha viajado para a cidade de Santa Fé do Sul, Estado de São Paulo, para participar de jogos com idosos (as) de outras instituições no âmbito nacional, porém o encontro com os presentes, marido e mulher, e uma terceira pessoa que, vinda do Nordeste, foi muito proveitoso e esclarecedor sendo que o terceiro narrou um pouco de sua vida e por causa de sua filha se mudou para Palmas. 

Fonte: Segundo encontro com os idosos em 1º de abril de 2024.

A adesão aos encontros foi aumentando, e, nos terceiro e quarto, compareceram mais de 15 pessoas em cada um, e, com esse aumento na frequência, notei que os idosos (as)  estavam gostando da nossa presença e do nosso diálogo, inclusive dei alguns poucos relatos de minha própria experiência como idoso que sou, e isso foi possível por eu adotar,  como acadêmico de Psicologia, a abordagem da Psicologia Analítica de Jung. 

No terceiro encontro utilizamos as técnicas Mindfulness, dialética e métodos terapêuticos outros como a caixa com espelho para que os (as) idosos (as) falassem um pouco da pessoa que viam no fundo da caixa, no espelho, e eu observei, com certa restrição, os depoimentos sobre si mesmos, pois em nenhum momento os que se manifestarem narraram suas dificuldades, pois somente tinham palavras de elogio, otimismo, satisfação plena com suas condições subjetivas e objetivas de vida. 

Fonte: Terceiro encontro com os idosos o corrido em 8 de abril de 2024.

Abro parênteses para relatar que o Parque não oferece encontros de   grupos terapêuticos para poderem os (as) idosos (as) dialogar das suas necessidades psicológicas ou não, mas somente atividades físicas como natação, capoeira, vôlei, sem qualquer prática voltada à meditação, relaxamento, reflexão, pelo menos o que eu constatei em conversa com os usuários (as). 

No último encontro, o quarto, utilizamos das técnicas Mindfulnes, dialética e técnicas terapêuticas outras em que se distribuiu aos (às) participantes parte de uma folha de papel para que escrevessem qual a percepção que tinham a respeito dos encontros que foram realizados junto a eles (as), e a maioria respondeu que foi o reconhecimento por termos nos disponibilizados ao mister.  

Fonte: Quarto encontro com os idosos ocorrido em 15 de abril de 2024.

Concluindo, a intervenção feita junto ao grupo de idosos (as) do Parque Municipal  da Pessoa Idosa,  de Palmas, trouxe-me muitas reflexões a respeito das necessidades de reconhecimento, lugar de fala, visibilidade, respeito, temas recorrentes que restou demonstrado nos diálogos em, por serem perguntas semiestruturadas, permitiam a troca de ideias entre os próprios usuários (as) e a interação com a equipe de estagiários (as). 

As técnicas terapêuticas utilizadas como Mindfulness, dialética com perguntas semiestruturadas, métodos outros como a caixa com espelho, os bilhetes para que pudessem deixar suas impressões, fizeram  com que o grupo de idosos (as) se sentisse mais a vontade e pertencentes a um contexto que não privilegia ou hierarquiza a relação entre os acadêmicos estagiários do curso de Psicologia e os (as) usuários (as) / idosos (as) que frequentam o Parque Municipal da Pessoa Idosa, tornando, assim, a nossa intervenção muito proveitosa e enriquecedora. 

Compartilhe este conteúdo:

Saúde do adolescente em ação

Compartilhe este conteúdo:

Parte integrante do processo avaliativo da disciplina Gestão e Políticas na Odontologia Social II, ministrada pela Professora Micheline Pimentel Ribeiro Cavalcante no Curso Odontologia, do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA, este trabalho intitulado “PROJETO DE INTERVENÇÃO SAÚDE DO ADOLESCENTE EM AÇÃO- UMA AÇÃO INTEGRADA”. Objetiva executar o plano de intervenção idealizado pelas acadêmicas Franciele Rodrigues dos Santos, Amanda Teles Amorim, Ana Eduarda Freitas Araujo, Karen Mylla Cunha, Vanise Dias da Silva e Mariana Rezende Oliveira do Curso de Odontologia, que foi aplicado junto aos/às estudantes do 1º ao 3º ano do ensino médio no Centro de Ensino Médio Castro Alves, vinculada à Secretaria de Educação, Juventude e Esporte do Governo do Estado do Tocantins (Seduc).

A escola se configura em um espaço de interação social, que promove educação, construção de valores, formação cidadã, bem como do desenvolvimento de habilidades socioemocionais e autoconhecimento. É nesse organismo vivo que se pode perceber o tecer diário na formação do sujeito, aos poucos desenhado através do pensamento crítico, da aquisição de conhecimentos e da expressividade emocional.

A Base Nacional Comum Curricular compreende que o processo educativo vai além do conhecimento e da propagação científica, sendo necessário o desenvolvimento de competências e habilidades, que contribuam na formação de atitudes e valores dos indivíduos inseridos dentro da comunidade escolar.

Em função disso, a BNCC propõe na sua oitava competência um relevante aspecto para a promoção da saúde física e mental do sujeito: Conhecer-se, apreciar se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

Diante do contexto apresentado, entende-se que há uma ciranda entre escola, educação e saúde, compreendendo que quanto mais ocorre a comunicação entre esses elementos, mais benefícios poderão ser percebidos na comunidade escolar, indo assim de encontro à perspectiva do desenvolvimento integral do aluno proposto na BNCC. Os bons níveis de educação, que envolvem a melhor compreensão dos conteúdos, podem ser percebidos em indivíduos mais saudáveis. Em função disso, a escola deve ser entendida como promotora de saúde, através de práticas interdisciplinares e multiprofissionais, intervindo nos mais diversos contextos de vida do estudante.

Nessa perspectiva, as metodologias educacionais devem priorizar a participação e a interação dos atores da escola, compreendendo que o conceito de saúde configura um conjunto de habilidades, tais como autonomia e a tomada de decisões, sendo necessário estimulá-las nos indivíduos, favorecendo atitudes mais saudáveis como a corresponsabilização e o enfrentamento das situações.

Dessa forma, diante do cenário pandêmico em que o contexto escolar está vivenciando com completa mudança da rotina e estrutura vivenciada até então, o presente projeto busca realizar ações de promoção, educação e prevenção em saúde do adolescente ampliando a integralidade do cuidado de forma interprofissional e criando elo entre a saúde e educação.

Com vistas à problematização e ao enfrentamento dos problemas elencados, este relato de experiência apresenta a execução de uma intervenção, cujo procedimento terá na utilização de grupos terapêuticos a sua referência principal.

Fonte: encurtador.com.br/uzFZ1

Discussão da Experiência

No dia 26/04/2022 e 07/05/2022 realizamos um projeto de intervenção multiprofissional “Adolescente em ação” sob responsabilidade da professora Micheline Pimentel com parcerias da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (SEMUS), e com a Fundação Escola de Saúde Pública (FESP) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT) onde teve curso de nutrição, psicologia, enfermagem e agentes comunitários de saúde, na escola CEM Castro Alves, cada curso ficava em uma sala recepcionando os alunos para realizar a atividade educativa destinada a sua responsabilidade. Como palestras educativas, avaliação bucal, fisioterapia, avaliação nutricional e outros serviços.

Nosso grupo ficou responsável por apresentar uma palestra educativa que tem como objetivo sensibilizar os adolescentes quanto às fakes news sobre estética facial encontradas nas redes sociais, apresentamos para cinco turmas do turno vespertino e além das palestras teve uma orientação de higiene bucal, e aplicação de flúor. Realizamos uma dinâmica no qual os alunos descreviam em um papel os que eles sabiam a respeito do assunto abordado e colocar também pontos negativos e positivos.

A ação mobilizou a escola inteira, levando aos alunos acesso à informação sobre a saúde mental, a utilização de métodos clareadores que são comprados pela internet, sobre IST ‘s, e também sobre a gravidez, além de estimular as atividades físicas. Observamos que grande parte dos alunos não têm acesso às informações sobre alguns temas, e acaba indo em busca desse conhecimento pela internet e achando informações erradas, dessa forma mobilizar eles com a ação é um incentivo para que eles filtrem os conhecimentos que acham nesse meio na internet.

É importante ressaltar que houve a avaliação da saúde bucal e depois os alunos serão levados para unidade Básica de saúde para realizar o tratamento, a minoria dos alunos demonstrou não ter cuidado com a cavidade bucal, deixando de lado a escovação, o uso do fio dental.  A grande parte dos alunos não tem como ir ao dentista, fica com receio de ir, ou não observa a cavidade bucal, quando acontece uma ação educativa e preventiva ele tem a oportunidade de que um profissional aponte suas necessidades e o incentive a procurar um dentista para poder avaliar e melhor a cavidade bucal deles.

Considerações finais

Concluímos que o encontro foi positivo, pois eles se interessaram pelo assunto e tiraram suas dúvidas, puderam ver que as mídias sociais podem influenciar o modo como pensamos e que nem sempre isso é o melhor para nossa saúde física e mental. Ter o contato com os alunos matriculados na escola CEM Castro Alves nos motivou a ajudar a comunidade a ver suas reais necessidades e a ajudá-los a encontrar os tratamentos e resultados desejados de maneira correta baseadas em evidências científicas.

Visando que esses trabalhos são significativos para a comunidade, fica evidente a necessidade de intervenção nesse ambiente, dando amparo, acolhimento e mostrando a realidade de fake news que a mídia trás principalmente para os jovens, por isso abordamos o ensino médio onde encontra-se jovens tentando acompanhar a moda. A cada dia algo novo surge para os jovens a qual fazem de tudo para acompanhar, o que às vezes leva no prejuízo fazendo de qualquer jeito e com pessoa incapacitada de fazer certos procedimentos. Ao levar essa ação para a escola damos a oportunidade para os alunos terem conhecimento e buscar uma melhora na sua qualidade de vida.

Referências

Alencar, A.C.I.; Lemos, D.C.R.B.; Rodrigues da Silva, E.V.; Sousa, K.B.N.; Sousa Filho, P.C.B.;Ciranda entre Educação e Saúde: Aspectos da Saúde Mental do Adolescente em Contexto Escolar em Tempos de Pandemia. saúdecoletiva  •  2021; (11) COVID.

Brasil. MEC/CONSED/UNDIME. Base Nacional Comum Curricu-lar (BNCC). Educação é a Base. Brasília; 2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Orientações básicas de atenção integral à saúde de adolescentes nas escolas e unidades básicas de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 1. ed., 1 reimpr. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção em Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 132 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos.

Casemiro  JP,  Fonseca  ABC,  Secco,  FVM.  Promover  saúde  na  escola:  reflexões  a  partir  de  uma  revisão  sobre  saúde  escolar  na  América Latina. Ciência & Saúde Coletiva. 2014; 19(3): 829-840.

Menezes KM, Rodrigues CBC, Candito V, Soares FAA. Educação em Saúde no contexto escolar: construção de uma proposta inter-disciplinar de ensino-aprendizagem baseada em projetos. Rev. Ed. Popular. 2020; 48-66.

Compartilhe este conteúdo:

Relato de experiência sobre a execução do Planejamento Estratégico Situacional na Escola Estadual Cívico-Militar Maria dos Reis Alves Barros

Compartilhe este conteúdo:

O referido Plano Estratégico que se apresenta elegeu a Escola Estadual Cívico-Militar Maria dos Reis Alves Barros como foco de ação interventiva, e verificou os seguintes problemas: a baixa autoestima dos/as estudantes, bem como a busca pela imagem perfeita visada nas redes sociais, o bullying entre os adolescentes e a crescente demanda de adoecimento psíquico, como a ansiedade. Com vistas à problematização e ao enfrentamento dos problemas elencados, este relato de experiência apresenta a execução de uma intervenção, cujo procedimento terá na utilização de grupos operativos a sua referência principal.

Quanto à escola, vale destacar que a mesma foi criada pelo Decreto Estadual de Lei Nº 2.785 de 29 de junho de 2006, e inaugurada no dia 29 de junho de 2006. O nome da escola é uma homenagem à Profa. Maria dos Reis Alves Barros, pioneira na educação do distrito de Taquaruçu, e localiza-se no bairro Taquari, no município de Palmas-TO. O perfil dos/as estudantes da escola encontra-se em torno da faixa etária de 09 a 18 anos de idade, no período diurno, nas modalidades do ensino fundamental e ensino médio. No período noturno há exceções de idade para os alunos inseridos no mercado de trabalho, a partir dos 18 anos, sendo a maioria desses/as estudantes, trabalhadores e pais (responsáveis) de famílias.

O perfil dos/as estudantes se mostra desafiador, pois compete à árdua missão de alinhar as aprendizagens desiguais em sala de aula; situação de distorção idade/série; abandono e evasão escolar; formação de vida familiar e social fragmentada, em razão de problemas econômicos; convivência realidade presente ou próxima de drogas lícitas e ilícitas; violência doméstica; a gravidez precoce que tem interrompido a vida escolar de muitas adolescentes, entre outros desafios mais relevantes.

Relato de Experiência

O modelo de trabalho escolhido foi o de Grupos Operativos, este que tem como objetivo principal proporcionar uma experiência de aprendizado grupal, visando a faixa etária de adolescentes. O grupo operativo em questão é regido pelos acadêmicos do curso de psicologia, odontologia e educação física do Ceulp/Ulbra. Referente às escolhas de estratégias para serem aplicadas na resolução dos problemas, foi utilizada a dinâmica de grupo para tal objetivo. Com essa ferramenta foi possível trabalhar diversos aspectos dos indivíduos inseridos nesses grupos, como: melhora na habilidade de comunicação e relacionamento interpessoal, melhor percepção de si mesmo, instigar a interação afetiva entre os indivíduos e entre outros (ZIMERMAN, 2000).

Todas as intervenções educativas ocorreram no dia 09/04/2022 (sábado) das 07:30 às 12:00, facilitada pelos acadêmicos do CEULP/ULBRA, sendo supervisionados pela Professora Micheline Pimentel Ribeiro Cavalcante que administra a disciplina: Práticas Interprofissonais de Educação em Saúde.

Um dos temas propostos para o grupo, foi referente a Ansiedade, Técnica de Meditação mindfulness e Bruxismo. No primeiro momento foi a palestra e discussão sobre a ansiedade e a técnica das tiras de papel que continham palavras relacionadas ao tema (medo, fraqueza, suor intenso, nervosismo, preocupação, sensação de perigo, respiração acelerada e pensar claramente). No segundo momento foi a palestra sobre Bruxismo. E por último foi a técnica de meditação mindfulness (atenção plena) que teve duração de 10m. Quanto à experiência nessa intervenção, devido à preparação no decorrer da semana, foram as várias expectativas no sentido de se estar motivado, tranquilo e centrado na proposta. Ao chegar na escola houve bom acolhimento por algumas professoras que já estavam no local. Às 08:00, as turmas de alunos foram distribuídas nas salas. Apesar do aparecimento de alguns tumultos foi possível dar início à prática educativa, com a presença de um pequeno contratempo de não ter dado certo a demonstração dos slides, focando apenas na exposição verbal do tema. A princípio alguns alunos estavam dispersos, mas aos poucos eles foram interagindo de forma positiva. É importante ressaltar que o último grupo trabalhado correspondeu à prática de forma mais interativa, houve mais dialética em forma de trocas de ideias no qual alguns alunos pediram sugestões de temas de redação para o vestibular. Referente ao tema ansiedade e bruxismo, foi possível associar que o bruxismo está intimamente ligado à ansiedade e explicar que hábitos adquiridos no dia a dia, em excesso, por eles podem afetar o mesmo.
Foram trabalhadas também oficinas sobre aceitação e autoestima, onde foram trabalhadas questões de imagem real e as relações com as redes sociais, aceitação, forma de lidar com a opinião do outro, cuidado com os amigos, tentar entender o porquê da mudança de comportamento, as relações com os pais e familiares, a procrastinação com o uso excessivo das redes sociais. Nas dinâmicas em grupo, foram trabalhadas a dinâmica da caixa do espelho e do papel numerado. A dinâmica do espelho consiste em colocar um espelho dentro de uma caixa, e perguntar aos participantes quem é a pessoa mais importante de sua vida? Após a resposta, entrega-se a caixa e ao abrir se vê no espelho, observando que a pessoa mais importante é ele. A dinâmica do papel numerando e distribuindo dois pares de números e chamar um par por vez em que um fala ao outro uma qualidade e se pergunta se sabiam que o outro tinha conhecimento desta qualidade.

Dinâmicas referentes à estética corporal, a estética facial e influência na mídia foram utilizadas para levar aos alunos um conhecimento acerca dos extremos com o cuidado estético e consequentemente seus malefícios com reflexos a ansiedade e transtornos psicológicos e ainda os cuidados basilares que devem ser cultivados para a manutenção da saúde e da estética como um todo.

Outra oficina trabalhada pelos acadêmicos, refletiu sobre o Bullying, onde foram trabalhadas questões que há uma associação ou uma simultaneidade entre os atos que caracterizam os diferentes tipos de bullying, em como a intimidação sistemática pode se dar por meio de agressões físicas, social psicológico, verbal, material, cyberbullying , expressões depreciativas,  ameaças, perseguição, chantagem, isolamento social, além da tentativa de entender o porquê da mudança de comportamento, as relações com os pais e familiares, observando o comportamento tanto das vítimas quanto dos agressores, na busca de identificação de alguns padrões. Na dinâmica proposta pela oficina de Bullying, foi realizada uma dinâmica da empatia, a dinâmica foi realizada da seguinte forma, os alunos foram instruídos a formar duas filas, ficariam frente a frente, deveriam observar um colega por 1 minuto, durante a observação a música seria usada como concentração. Pouco depois, uma fila foi retirada da sala e outra permaneceu. Quando foram separados, foi necessário que eles mudassem três coisas neles, cabelo, roupas, tirar ou colocar acessórios etc. Quando eles voltaram para a sala com a outra fileira, os demais estarão de costas para eles, então eles se virarão para a frente e olharão para o mesmo colega por 1 minuto. Depois que a observação terminou, as instrutoras começaram a questionar se haviam observado alguma mudança em seus colegas. A intenção da dinâmica era sobre a importância de observar quando alguém do convívio não está se sentindo bem, cabisbaixo com algo, por algum sofrimento, até mesmo sofrido bullying na escola por algum colega. E ter alguém para ouvir sem ter nenhum julgamento é bastante importante. Assim, todos têm a possibilidade de se colocar no lugar do outro. Foi realizada a dinâmica do papel amassado também, onde cada participante recebe uma folha. Em seguida, o instrutor deve pedir que, todos os membros, olhem bem para aquela folha e depois a amassem e formem uma bolinha. Em seguida, peça que todas as pessoas tentem desamassar o papel e deixá-lo igual ao que estava antes. Todos os membros vão tentar voltar o papel ao normal e até mesmo sugerir ideias para que fique como antes, entretanto, cada folha estará alterada e não terá mais a mesma forma de antes de ser amassada, trazendo a reflexão acerca do bullying, onde agressões físicas e verbais ocorrem e mesmo que em determinado momento cessem, esse sujeito tende a não voltar a ser quem era, podendo sofrer consequências emocionais por toda a sua vida.

Fonte: acervo dos autores

Considerações Finais

Este trabalho teve como objetivo uma intervenção na perspectiva de grupos operativos, considerando temas acerca da ansiedade, bullying entre adolescentes, autoestima e as redes sociais, bem como da imagem perfeita, trabalhando-os com jovens do ensino médio Escola Estadual Cívico-Militar Maria dos Reis Alves Barros, com visitas presenciais dos acadêmicos da faculdade do CEULP/ULBRA como facilitadores. Para a condução do grupo, assuntos estudados sobre Pichon e Zimerman se fizeram presentes, associando-se assim, prática a teoria.

Com relação às atividades desenvolvidas, foram divididos e organizados temas para o encontro que aconteceriam ao sábado, das 7:30hrs às 12hrs, no dia 09/04/2022. Inicialmente, procurou-se conhecer melhor os participantes, bem como entender o que eles buscavam com suas participações no grupo e em seguida transmitir o conhecimento visando aprendizado e troca de experiências. O encontro foi marcado por grandes discussões acerca da temática, visando provocar nos participantes do grupo a busca pelo amor-próprio, autoaceitação e educação em saúde, proporcionando momentos descontraídos e de reflexão.

Ao final das atividades, foi possível perceber que os grupos onde a faixa etária era maior, o alcance bem como a participação dos envolvidos era maior. Outra percepção reflete a carência percebida de apoio emocional dos participantes, com alguns jovens apresentando pensamentos destrutivos e incapacitantes, entretanto, outros participantes buscaram as facilitadoras para esclarecer algumas dúvidas e outros temas não abordados, além de demonstrar interesse sobre o futuro e suas formações. No geral, todos os alunos foram bem comunicativos, muitos participaram corretamente e foi possível realizar uma bela apresentação para todos.

Avaliamos o projeto de intervenção como uma experiência enriquecedora, pois beneficia o desenvolvimento pessoal e profissional da equipe. Além disso, as atividades que os alunos realizaram possibilitaram perceber mudanças nas percepções e práticas dos alunos. Trabalhar de forma integrada facilita o alcance dos objetivos das atividades propostas.

Referências bibliográficas

PICHON-RIVIÈRE, Enrique. O processo grupal. Trad. Marco Aurélio Fernandes. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

ZIMERMAN, David E. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

Compartilhe este conteúdo:

A Intervenção por meio dos Grupos Operativos a partir da teoria de Pichon-Rivière

Compartilhe este conteúdo:

Na década de 1940 Enrique Pichon-Rivière elaborou a teoria dos grupos operativos que se caracteriza por um conjunto restrito de pessoas que estão ligadas entre si no tempo e espaço, articuladas por sua recíproca representação interna, que se apresenta, de forma explícita ou implícita, a uma tarefa que constitui a sua finalidade. Ou seja, sob essa perspectiva o grupo operativo consiste em uma técnica que tem por objetivo o aprendizado e mudança centrada na compreensão, bem como na execução de uma tarefa específica.

Pichon-Rivière (1988) possibilitou se pensar mudanças nas relações a partir dos processos grupais, através de uma intervenção sistematizada, com o foco na aprendizagem, por meio de técnicas integrativas.

Para Zimerman (2000), os fenômenos grupais se apresentam da mesma forma em diferentes grupos, o que variam são as respostas às perguntas realizadas, sendo essa a condição que irá determinar a finalidade, e, portanto, a modalidade presente em cada grupo.

Bastos (2010) acrescenta que a aprendizagem voltada para os processos grupais, possibilita uma nova “elaboração de conhecimento, de integração e de questionamentos acerca de si e dos outros” (p. 1). Para a autora, entendemos a partir da relação com as pessoas ao nosso redor, bem como com o meio ao qual estamos inseridos. A aprendizagem é resultante de um processo contínuo, no qual comunicação e interação são componentes indispensáveis.

Gayotto (1992), com base na teoria pichoniana, destaca que os grupos operativos devem estar pautados na promoção de um espaço dialético entre os seus membros, considerando para o seu desenvolvimento, imprescindível a presença de duas figuras: o coordenador e o observador.

O coordenador tem a função de facilitar a comunicação, direcionar as questões a serem trabalhadas, realizar articulações entre os conteúdos e sua aplicabilidade, conduzindo os processos grupais dentro de um contexto de respeito as opiniões, que possibilitem o crescimento do grupo. Já o observador ocupa um papel de parceria, no registro das atividades e ajuda também no processo de condução (GAYOTTO, 1992).

Fonte: encurtador.com.br/ioELR

Pichon-Rivière, sem dúvida foi um importante colaborador da psicologia grupal, através da sua teoria a respeito de grupos operativos, pois trouxe para esses espaços aspectos importantes na mudança das relações, onde integração e comunicação correspondem ao próprio processo dialético de existir um grupo, já que aprender por meio de uma ação coletiva, possibilita novos vínculos e o estabelecimento de novas relações (BASTOS, 2010).

Na teoria pichoniana a explicitação a reflexão acontece na relação entre os grupos operativos, como consequência, transformações podem acontecer na prática voltada para um determinado público. O teórico aborda o grupo operativo, como um instrumento primordial de tarefa e investigação, onde “estrutura e função de um grupo qualquer, seja qual for seu campo de atuação são dadas pelo interjogo de mecanismos de assunção e atribuição de papéis” (PICHON-RIVIÈRE, 2005, p.173).  

Segundo Pichon-Revière (2005), a técnica do grupo operativo, como já foi citado, deve contar com a presença de um coordenador, que tem a função de contribuir para que os membros possam pensar, ao qual pode se configurar pelas ansiedades básicas, operando no campo das dificuldades da tarefa e da rede de comunicações.  Está presente também nesse processo o observador, geralmente não participante, com a função de recolher e registrar todo o material, expresso verbal e pré-verbalmente no grupo, propiciando que o coordenador reajuste as técnicas de condução.

Nos grupos operativos, quando construímos uma escala de avaliação básica, permitimos as devidas interpretações acerca do processo grupal, de forma a promover uma categorização. O primeiro vetor dessa categorização inclui os fenômenos de afiliação ou identificação, seria o momento da integração que mais tarde se converte em pertencia, quando os participantes entram de fato no grupo, tornando possível o aparecimento do segundo vetor que é a cooperação, que consiste na contribuição para a realização da tarefa (PICHON-RIVIÈRE, 2005).

Para o autor, em seguida, tem-se, a pertinência como terceiro vetor, ao qual demonstra a capacidade do grupo de centrar-se na tarefa prescrita e no seu esclarecimento, abrindo espaço para a apresentação do quarto vetor que é a comunicação, uma categoria muito importante que dimensiona diferentes interpretações, podendo ser verbal ou não-verbal.

Fonte: encurtador.com.br/oJRT8

O quinto vetor do processo grupal operativo é a aprendizagem, um fenômeno básico nos processos relacionais, mas que representa uma mudança de natureza qualitativa, traduzindo na resolução de diferentes necessidades do grupo. Por fim, tem-se a tele como o sexto vetor, que se caracteriza pela disposição positiva ou negativa do membro para trabalhar em grupo, sendo o clima estabelecido, que pode ser traduzido pela transferência positiva ou negativa do grupo com o coordenador e os membros entre si.

Pichon-Rivière (2005) ainda acrescenta que o grupo operativo ocorre em três momentos. Se inicia pela pré-tarefa, onde situam-se as técnicas defensivas, que se apresentam como resistência à mudança, com a finalidade de adiar a elaboração dos medos básicos. Em seguida, temos o momento da tarefa, propriamente dita, onde consiste na abordagem e elaboração das ansiedades, operatividade e criatividade. Por fim, o momento do projeto com a finalização da tarefa, implicando em modificações importantes a nível individual e grupal, diante das novas adaptações que irão surgir.

A teoria pichoniana vem trazer para os processos grupais, espaços de aprendizagem que se apresentam em um permanente movimento de estruturação, desestruturação e reestruturação. Nesse sentido o movimento do grupo acontecerá entre os conteúdos que são manifestos e outros que se manifestarão durante os processos, provocando o que teórico denominou de espiral dialética (PEREIRA, 2013).

Os grupos operativos têm sua expressividade nos processos que envolvem ensino-aprendizagem, sendo a ideologia fundamental o constante movimento de aprender a aprender. É uma importante estratégia de intervenção quando se considera diferentes espaços de formação, dos mais diferentes públicos, envolvendo instrumentais que facilitem uma comunicação assertiva, desenvolvimento de habilidades sociais e interpessoais, como forma de promover qualidade das relações entre os sujeitos.

Fonte: encurtador.com.br/pqxE6

Referências:

ARAÚJO A.; ROCHA R. L.; ARMOND L. C. Da tendência grupal aos grupos operativos com adolescentes: a identificação dos pares facilitando o processo de orientação e educação em saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Saúde da Criança e do Adolescente, em abril de 2007. Rev Med Minas Gerais 2008, p. 123-130. Disponível em: file:///C:/Users/extra/Downloads/v18n4s1a18.pdf. Acesso em: 15 mar de 2019.

BASTOS A. B. B. I. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicol inf., São Paulo, v. 14, n. 14, p. 160-169, out.2010.Disponível:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092010000100010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 15 mar de 2019.

GAYOTTO, M. L. Conceitos básicos que facilitam a compreensão do início de um grupo. Artigo referente ao curso de especialização em Coordenação de grupos operativos do Instituto Pichon-Rivière. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v11n1/v11n1a07.pdf. Acesso em: 15 mar de 2019.

PEREIRA, T. T. S. O. Pichon-Rivière, a dialética e os grupos operativos: implicações para pesquisa e intervenção. Rev. SPAGESP, vol.14 no.1 Ribeirão Preto, 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702013000100004. Acesso em: 19 abr de 2019.

PICHÓN-RIVIÉRE E. Processo grupal.  Tradução Marco Aurélio Fernandes Velloso e Maria Stela Gonçalves (3 artigos finais) Revisão da tradução Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

PICHON-RIVIÈRE, E. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

ZIMERMAN D.E. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

Compartilhe este conteúdo:

Acadêmicos de Intervenção em Grupos montam plano de ação junto aos profissionais do IFTO

Compartilhe este conteúdo:

Na manhã desta quarta-feira (27/02), acadêmicos da Disciplina de Intervenção em Grupos do curso de Psicologia do CEULP/ULBRA, juntamente com a professora Me. Rosângela Veloso Morbeck, se reuniram no Instituto Federal do Tocantins (IFTO) – Campus Palmas, para discutir sobre a proposta de intervenção, planejamento e organização dos grupos, bem como a definição das turmas do Ensino Médio que participarão do projeto em parceria com profissionais que atuam no Instituto.

O objetivo da disciplina é intervir através de grupos operativos, por meio de encontros semanais, com aproximadamente 10 sessões, no decorrer do primeiro semestre de 2019. Ao final do trabalho com os grupos espera-se que haja uma modificação de estruturas estereotipadas, das dificuldades de aprendizagem e comunicação, fruto de ansiedades despertadas pela mudança. Tal mobilização é terapêutica e os grupos operativos são terapêuticos por promoverem mudanças nos indivíduos que os compõem.

Na reunião estiveram presentes Lowlou Hibrahim Elias (Coordenadora do Ensino Profissional Integrado ao Ensino Médio do IFTO), Tânia Santana (Assistente Social do IFTO), Jaqueline Pilger (Orientadora educacional do IFTO), Tereza Kikuchi do Vale (Técnica em Assuntos Educacionais do IFTO) e Maria Elisa Ribeiro (Psicóloga do IFTO). Foram levantadas as demandas de cunho Psicológico e possíveis temáticas a serem abordadas durante as sessões com grupos.

As profissionais receberam os acadêmicos com muito entusiasmo. Além disso, acreditam na capacidade desses Psicólogos em formação de promover saúde mental e melhorar a qualidade de vida dos alunos do Ensino Médio do Instituto Federal do Tocantins- Campus Palmas.

Compartilhe este conteúdo: