Mindfulness e Terapia Focada na Compaixão para a redução da ansiedade e estresse em professores

Compartilhe este conteúdo:

Sabe-se que um dos principais sofrimentos mentais do século XXI é o transtorno de ansiedade, tendo sido citado recentemente pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como de prevalência global. Durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, muitos foram os desafios para professores e alunos que tiveram de se adaptar a períodos de aulas on-line, bem como retornar às atividades mesmo em meio às incertezas sobre o vírus e às formas de combatê-lo.

Esse cenário de incertezas e de adaptação dos professores de forma abrupta às mais diversas tecnologias favoreceu o surgimento de quadros ansiosos e o consequente aumento do adoecimento mental dos profissionais da educação e por vezes seu afastamento do ambiente de trabalho.

O transtorno de ansiedade se refere a distúrbios que causam angústia, medo, nervosismo, dentre outros sintomas e trata-se de uma preparação natural do corpo para reagir ao risco presente em determinado ambiente, mesmo que esse risco não exista realmente. O grande problema desta reação do indivíduo é quando ela se torna intensa e frequente, comprometendo a qualidade de vida e a saúde emocional. Dentre os principais prejuízos ao indivíduo estão aumento dos níveis de cortisol, perda de memória, desgaste do sistema imunológico podendo levar ao aparecimento de doenças autoimunes como lúpus e a diabetes tipo I.

Fonte: Imagem de Elisa por Pixabay

Relacionando a saúde mental ao contexto de trabalho atual dos professores, observa-se que os mesmos são uma das categorias profissionais que mais necessitam de novas habilidades emocionais para enfrentar este novo cenário pós- pandemia.

Em recente estudo feito pela Nova Escola, 28% dos professores denotam sua saúde emocional como péssima ou ruim e 30%, como razoável, ou seja, a maior parte dos entrevistados possui uma saúde mental frágil e que necessita de cuidados.

Como tratamento principal a esse quadro de ansiedade em professores, a terapia e o uso de técnicas já consagradas e reconhecidas cientificamente como o mindfulness, a TFC (terapia focada na compaixão) e a dialética são tidas como formas de ajuda para a redução dos sintomas maléficos e o aumento do bem-estar do indivíduo.

Dinâmica de Grupo

O campo do conhecimento sobre a convivência em grupo e de suas relações com os outros grupos e com as instituições mais amplas foi denominado dinâmica de grupo.

O psicólogo Kurt T. Lewin (1965) foi quem introduziu o termo “dinâmica de grupo” nas ciências sociais e deu nome e identidade definitivos para o estudo dos grupos na Psicologia Social norte-americana. Suas proposições têm importância histórica para a ciência psicológica e seu legado apresenta-se ainda hoje como referência para a formação de psicólogos e demais profissionais que lidam com o fenômeno da grupalidade.

Em aspectos práticos, dinâmica de grupo é uma ferramenta que consiste na reunião de várias pessoas no mesmo local para realização de atividades, nas quais elas interagem entre si.

Assim, a importância da Dinâmica de Grupo reside em permitir que o indivíduo participante desenvolva suas competências por meio do que já lhe é conhecido, e se tornar ainda mais competente, podendo chegar a atingir quatro dimensões importantíssimas: dimensão social, dimensão interpessoal, dimensão pessoal e dimensão profissional.

Fonte: Imagem no Freepik

Mindfulness

Mindfulness é uma técnica de meditação consubstanciada em um momento de concentração e atenção plena, sem julgamentos. Essa prática proporciona a atenção plena para o momento atual, visto que com o ritmo acelerado em que se vive, as pessoas passam a agir de forma automática, sem parar ou mesmo terem um momento de concentração.

Concentrar-se significa estar em contato com o presente e não estar envolvido com lembranças ou com pensamentos sobre o futuro, dessa forma é intencional, visto que o sujeito escolhe e se esforça para estar atento plenamente, com foco integral no momento atual, que se deve à não categorização dos sentimentos, pensamentos e sensações apresentadas, além do não julgamento, que tem relação com uma aceitação verdadeira desses fatores, na maneira que se é apresentado.

Mindfulness não é uma crença, uma ideologia, nem uma filosofia, é uma descrição fenomenológica coerente da natureza da mente, emoção e sofrimento e sua liberação em potencial, com base em práticas destinadas a um treinamento sistemático e a cultivar aspectos da mente e do coração por meio da faculdade de atenção plena.

Fonte: Imagem por pressfoto no Freepik

TFC -Terapia Focada na Compaixão

A Teoria Focada na Compaixão foi desenvolvida por Paul Gilbert como uma abordagem de tratamento transdiagnóstico que visa criar autocompaixão e reduzir o sentimento de vergonha, desenvolvendo um sistema de suporte interno que precede o envolvimento com o conteúdo interno doloroso.

O foco clínico na Teoria Focada na Compaixão é baseado em algumas observações: a) pessoas com níveis elevados de vergonha e autocrítica podem ter muita dificuldade em serem delicadas consigo mesmos, sentirem alívio ou autocompaixão; b) pessoas que geralmente viveram histórias de abuso, negligência e/ou ausência de afeto na infância, tornando-se vulneráveis às ameaças de rejeição; c) trabalhar com vergonha e autocrítica requer um foco terapêutico nas memórias mais remotas; d) pessoas com tendências a altos níveis de vergonha e autocrítica podem sentir dificuldade em gerar sentimentos de contentamento, segurança e carinho.

Pesquisas sobre a neurofisiologia das emoções sugerem que podemos distinguir pelo menos três tipos de sistema de regulação emocional: 1) Sistema de proteção à ameaça; 2) Sistema de direção e impulso; e 3) Sistema de satisfação e contentamento.

Os fundamentos da Teoria Focada na Compaixão são organizados nesses três sistemas que podem estar desequilibrados e o objetivo é reequilibrá-los. Para isso, há três aspectos no engajamento terapêutico: 1º) o terapeuta usa habilidades de expressão dos atributos da compaixão; 2º) o paciente vivencia isso como algo compassivo e seguro que diminui a vergonha e a culpa; e 3º) o terapeuta ajuda o paciente a desenvolver atributos e habilidades da compaixão.

Os elementos-chave da Teoria Focada na Compaixão são a psicoeducação, a atenção plena, a compaixão e as imagens.

Dialética

Dialética deriva do termo latim dialectica e do grego dialektike, que significa discussão. Provém dos prefixos “dia” que indica reciprocidade e de “lêgein” ou “logos” que indicam o verbo e o substantivo do discurso da razão, ou teoria. Nasceu assim, incorporando as razões do outro através do diálogo.

Este foi o primeiro sentido do termo, empregado por Sócrates na Grécia antiga: dialética como a arte do diálogo, de demonstrar uma tese por meio de argumentação capaz de definir e distinguir conceitos envolvidos em uma discussão.

Na acepção moderna, porém, dialética seria o modo de pensar as contradições da realidade, compreendendo o real como essencialmente contraditório e em permanente transformação.

A dialética considera que a totalidade é sempre maior que a soma das partes, e que sua apropriação é sempre dinâmica. A totalidade é a estrutura significativa da realidade dada pela visão de conjunto, pela síntese que o sujeito faz de algo em determinado momento. Diz-se, então, de um sujeito ativo, que atribui sentidos subjetivos ao mundo a partir das sínteses que realiza.

Fonte: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Conclusão

Desta forma, após a aplicação de todas as técnicas apresentadas, no público-alvo, percebe-se a redução da sintomatologia da ansiedade no trabalho dos professores, além da reverberação positiva tanto na relação dos docentes com os colegas de trabalho, quanto com os acadêmicos, famílias dos discentes e demais pessoas do convívio. Assim, o manejo da saúde mental do professor enquanto cidadão, através da remissão do sofrimento e da modificação da reatividade emocional e redução dos efeitos nocivos do estresse e da ansiedade, reflete ainda nas demais relações sociais do mesmo, cooperando para o bem-estar individual e coletivo.

Referências

ALBUQUERQUE, Guilherme Souza Cavalcanti de. SILVA, Marcelo José de Souza. PETTERLE, Ricardo Rasmussen. SOFRIMENTO MENTAL DE PROFESSORES DO

ENSINO PÚBLICO. Revista Scielo. Publicado em: 02 de março de 2018 Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811607 Acesso dia: 20 de maio de 2022.

ALMEIDA, Nazaré de Oliveira; REBESSI, Isabela Pizzaro; SZUPSZYNSKI, Karen Priscila Del Rio; NEUFELD, Carmem Betriz. UMA INTERVENÇÃO DE TERAPIA FOCADA NA COMPAIXÃO EM GRUPOS ONLINE NO CONTEXTO DA PANDEMIA POR COVID-19. Psico, Porto Alegre, v. 52, n. 3, p. 3, jul.-set. 2021. Disponível em: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:w699KM6ADQwJ:https://r evistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/41526+&cd=16&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em 07/06/2022.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS. 5ª Edição. DSM-V (2014). (p. 189). Disponível em: http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual- Diagnosico-eEstatistico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf Acesso em: 20 de maio de 2022.

BRAUN, Ivan Mario. CID-10 Z73- PROBLEMAS RELACIONADOS COM A ORGANIZAÇÃO DO MODO VIDA ACESSO DIA 29 DE MAIO DE 2022. COMO IDENTIFICAR SE ALGUÉM TEM TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO(TOC)? Revista Psicologia do Brasil. Publicado em 09 de setembro de 2016. Disponível em: https://www.psicologiasdobrasil.com.br/como-identificarse-alguem- tem-transtorno-obsessivo-compulsivo-toc/ Acesso dia: 29 de maio de 2022.

COMO PROMOVER A SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES? https://hospitalsantamonica.com.br/. Publicado em 29 de outubro de 2020. Disponível em: https://hospitalsantamonica.com.br/como-promover-a-saude-mental- dos-professores/ Acesso em: 28 de maio de 2022.

CUSTÓDIO, Beatriz Rangel. MINDFULNESS NAS TERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS: RELATOS INICIAIS DE PSICOTERAPEUTAS

BRASILEIROS, 2017. 30 p. Dissertação (Bacharelado em Psicologia) – Universidade Federal Fluminense, Campo dos Goytacazes, 2017. [Orientadora: Prof.Dr. Ana Lúcia Novais Carvalho].

DEMARZO, MARCELO MARCOS PIVA. MEDITAÇÃO APLICADA À SAÚDE. PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE. Porto Alegre: Artmed, v. 6, p. 1-18, 2011.

DWORAK, Ana Paula. CAMARGO, Bruna Caroline. MAL-ESTAR DOCENTE: UM OLHAR DOS PROFESSORES. Disponível em https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24871_12773.pdf. Publicado em maio de 2017. CONGRESSO EDUCERE. Acesso em: 20 de maio de 2022.

EMERENCIANO DE MELO, Armando Sérgio; MAIA FILHO, Osterne Nonato; CHAVES, Hamilton Viana. CONCEITOS BÁSICOS EM INTERVENÇÃO GRUPAL. Encontro Revista de Psicologia (Volume 17/ 26 – 2014). Disponível em: https://psibr.com.br/leituras/psicologia-clinica/conceitos-basicos-em-intervencao- grupal. Acesso em 31/05/2022.

FERNANDES MA, Ribeiro HKP, Santos JDM, Monteiro CFS, Costa RS, Soares RFS. PREVALÊNCIA DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE COMO CAUSA DE AFASTAMENTO DE TRABALHADORES. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(Suppl 5):2213-20. [Thematic Issue: Mental health] DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0953. p. 2345.

FERREIRA-COSTA, Rodney Querino. PEDRO-SILVA, Nelson. NÍVEIS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE PROFESSORES DO ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0143 SCIELO. Publicado em 18 de abril de 2019. Acesso em: 29 de maio de 2022.

GLAZ, Lia; FERRAZ, Marina Brito; SARVAT, Pedro; BERBAT, Vanderson. SENTIMENTO E PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES BRASILEIROS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DO CORONAVÍRUS NO BRASIL. https://www.institutopeninsula.org.br, 2020. Disponível em: https://www.institutopeninsula.org.br/wp-content/uploads/2020/03/Pulso-Covid-19_- Instituto-Peni%CC%81nsula.pdf. Acesso em 24 de maio 2022.

KONDER, Leandro. O QUE É DIALÉTICA. São Paulo: Brasiliense, 2008, p. 7.

LEWIN, Kuert. FRONTEIRAS NA DINÂMICA DE GRUPO. Teoria de campo em Ciência Social. Livraria Pioneira: São Paulo, 1965, p. 21.

LIMA, Sonia Oliveira. SILVA, Manuelli Antunes da. SANTOS, Marina Luzia Duarte. MOURA, Amanda Maria Menezes. SALES, Lara Gabriella Dultra. MENEZES, Luís Henrique Santos de. NASCIEMNTO, Gustavo Henrique Barboza. OLIVEIRA, Cristiane Costa da Cunha. REIS, Francisco Prado. JESUS, Carla Viviane Freitas de. IMPACTOS NO COMPORTAMENTO E NA SAÚDE MENTAL DE GRUPOS VULNERÁVEIS EM ÉPOCA DE ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO COVID-19: REVISÃO NARRATIVA. Revista Eletrônica Acervo Saúde/Electronic Journal Collection Health. Publicado em junho de 2020. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/4006/2112 Acesso dia: 29 de maio de 2022.

MARTINS, Mariana Santos Pereira Pinto; SEIXAS, Patrícia Tapioca; MENESES, Daniele Ribeiro de; BARRETO, Elizza Santana Silva; PINTO, Paula Sanders Pereira. MINDFULNESS: UM ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DOS TERAPEUTAS CONGNITIVOS NO PÚBICO SOTEROPOLITANO. XVI SEPA – Seminário Estudantil de Produção Acadêmica, UNIFACS, 2017. Disponível em: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:SR5fwxSsPswJ:https://rev istas.unifacs.br/index.php/sepa/article/download/5010/3363+&cd=17&hl=pt- BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em 07/06/2022.

MASSAROLI, Marisol Vincensi. DINÂMICA DE GRUPO NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE. Journal Health NPEPS. 2016; 1(2):278-286.

MELO, Armando Sérgio Emerenciano de. Osterne Nonato Maia FILHO. Hamilton Viana CHAVES. CONCEITOS BÁSICOS EM INTERVENÇÃO GRUPAL. Encontro Revista de Psicologia (Volume 17/ 26 – 2014). Disponível em: https://psibr.com.br/leituras/psicologia-clinica/conceitos-basicos-em intervencao- grupal. Acesso em 31/05/2022.

MESQUITA, TO, et al. TRATAMENTO DA ANSIEDADE ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE TÉCNICAS MINDFULNESS: UMA REVISÃO DE LITERATURA. GESTÃO & SAÚDE. Rio Grande do Sul. 2019; 20(1): 65-78.

MINERVINO, Alfredo José. OLIVEIRA, Marina Barbosa. CUNHA, Kaio Aranda Lima da. BEREZA, Ygor Thalles Almeida. DESAFIOS EM SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Publicado em 20 de janeiro de 2021. SCIELO. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-80422020284428 Acesso em: 20 de maio de 2022.

MURÇA, Giovana. DESAFIOS DO ENSINO REMOTO IMPACTAM NA SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES. Quero Bolsa, 25 de setembro de 2020. Disponível em: https://querobolsa.com.br/revista/desafios-do-ensino-remoto-impactam-na- saude-mental-dosprofessores Acesso em: 29 de maio de 2022.

PASQUALINI, Juliana C; MARTINS, Fernando Ramalho; FILHO, Antonio Euzébio. A DINÂMICA DE GRUPO” DE KURT LEWIN: PROPOSIÇÕES, CONTEXTO E CRÍTICA. Estud. psicol. (Natal) vol.26 no.2 Natal abr./jun. 2021. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 294X2021000200005. Acesso em 31/05/2022.

PEREIRA, Thaís Thomé Seni Oliveira. PICHON-RIVIÈRE, A DIALÉTICA E OS GRUPO OPERATIVOS: IMPLICAÇÕES PARA PEQUISA E INTERVENÇÃO. SPAGESP – Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo Revista da SPAGESP, 2013, p. 22.

SEMIS, Laís. MARTINS, Miguel. RIBEIRO, Gustavo. SALA, Paula. ALVES, Letícia. NOGUEIRA, Mariana. MOUCO, Mariana. MACHADO, Rebeca. ONISSI, Ali. MONTANARI, Lucas. HAMINE, Jacqueline. A SITUAÇÃO DOS PROFESSORES NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA. Acesso dia 20 de maio de 2022.

VANDENBERGHE, Luc; SOUSA, Ana Carolina Aquino de. MINDFULNESS NAS TERAPIAS COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS. Revista Brasileira de Terapia Cognitiva, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p.35-44, jun. 2006. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808- 56872006000100004. Acesso em: 07/06/2022.

VIDEIRA, Lina Sue Matsumoto. EFICÁCIA DA TERAPIA FOCADA NA COMPAIXÃO EM GRUPO NO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2018, p. 5/6.

AUTORES:

Evelyn Oliveira Dias

João Araújo Lima Júnior

Candida Dettenborn

Ana Cristina Martins Mascarenhas Matos

Taís da Conceição Freitas Nogueira

 

Compartilhe este conteúdo:

#CAOS2018: Mindfulness é tema de Psicologia em Debate

Compartilhe este conteúdo:

O Psicologia em Debate Especial é parte da programação do CAOS

Na noite dessa quinta-feira (24), ocorreram as apresentações do Psicologia em Debate Especial “A Psicologia e as Técnicas Integrativas: desafio emergente”, como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS 2018. Na ocasião, foi apresentado o tema Mindfulness/Meditacões como uma proposta terapêutica à Psicologia.

Em um primeiro momento, os acadêmicos de Psicologia componentes do grupo guiaram os congressistas em um exercício de Mindfulness sobre amizade consigo mesmo, utilizando técnicas de respiração, escaneamento corporal e alongamento. Posteriormente, os debatedores esclareceram dúvidas sobre as definições científicas, práticas e vertentes históricas da prática. Foram apontados os benefícios do uso do Mindfulness como prática terapêutica em casos de stress, depressão, ansiedade e dor crônica, além de suas possíveis aplicações no âmbito do trabalho, educacional e promoção de saúde.

Acadêmicos de Psicologia que conduziram o Psicologia em Debate

Mindfulness (“Atenção Plena” em português) é definido como a consciência que emerge do contato com a experiência atual, momento a momento, de forma intencional e sem julgamentos, com abertura e gentileza. É um estado mental. Ao entrar em contato com a experiência do momento atual, provoca-se o desengajamento das respostas automáticas, possibilitando um contato mais rico e funcional na relação com os outros, com o meio e com as emoções, pensamentos e sensações, mesmo em situações difíceis. Entre os benefícios do Mindfulness comprovados cientificamente estão: Melhora da memória e concentração; Melhora do humor positivo; Redução de sintomas de depressão, ansiedade e estresse; Melhora de sintomas de dor crônica; Promoção do autocuidado e bem-estar.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site do evento: http://ulbra-to.br/caos/edicoes/2018#programacao· 

Compartilhe este conteúdo:

A Filosofia do Bonsai: uma história de superação

Compartilhe este conteúdo:

Obra traz detalhes da vida de Alexandre Tagawa, que após descobrir quem era sua verdadeira mãe e sem nunca conhecer o pai, dá uma reviravolta e, de adolescente rebelde, se transforma em um empresário de sucesso

“Toda grande caminhada começa com um simples passo”. (Buda)

O publicitário, empresário e autor da obra A Filosofia do Bonsai, Alexandre Tagawa, nunca conheceu seu pai. Ele cresceu acreditando ser filho de sua avó, sem saber que, na verdade, sua “irmã” era sua verdadeira mãe. Na obra, lançada pela Editora Vidaria, ele relata sua jornada permeada em lidar com a dor da ausência e a forma que encontrou para superar adversidades e conseguir viver em equilíbrio. A ajuda veio de uma fonte inspiradora: o encontro com a Filosofia do Bonsai, um conjunto de práticas para o cuidado do corpo, mente e alma.

O livro é dividido em três partes que representam os pilares da Filosofia do Bonsai: raiz, tronco e copa. Em cada uma, Tagawa relata passagens de sua vida, desde os momentos de rebeldia na adolescência envolvendo roubos de carro, a descoberta da verdadeira mãe, a mudança para o Japão até a vida adulta, o casamento, as tentativas de se tornar um empresário e a descoberta de uma grave doença.

— Você sabe quem é a sua mãe?

Estávamos no carro, a caminho da minha escola, quando minha tia me fez esta pergunta. Era 1985, ano que, aliás, não consta no meu histórico escolar. Há uma lacuna no documento, como se aquele período não tivesse existido na minha vida. De 1984, pula direto para 1986. Quem já repetiu de ano sabe muito bem o que isso significa. Confuso com a pergunta inesperada, automaticamente respondi um “não” meio inseguro..

No livro, Tagawa revela detalhes de como conseguiu sair do buraco e se reerguer, não só no que se refere a aspectos pessoais, mas também profissionais. Ele, que se tornou dono de uma agência de publicidade, desfez várias sociedades e já esteve perto de uma grande falência em sua trajetória empreendedora. Diante de cada queda, o protagonista sentia a necessidade de encontrar uma filosofia em que acreditasse. Foi quando o bonsai apareceu em sua vida. A árvore representativa do Bonsai se tornou o logotipo da agência e, curiosamente, mudou não apenas a história da empresa mas, sobretudo, a dele.

O empresário montou na própria agência um jardim de bonsai e um altar, com porta-incenso (relacionado à reverência aos antepassados e à impermanência da vida), pedras de quartzo (a branca ou transparente significa força de cura e equilíbrio dos elementos do corpo; a rosa significa bondade, felicidade e amor), gongo (transmite a sensação de cura terapêutica pelo som), buda (iluminação) e espada de samurai. Também na recepção há um aquário com carpas. Acredita-se que elas trazem alegria e prosperidade.

Quando pedi o job para minha equipe de criação eu jamais imaginaria que o símbolo de uma árvore em miniatura iria me inspirar a ponto de transformar verdadeiramente a minha vida. Mas foi isso que aconteceu. Até tentei implantar as mudanças dentro da empresa, mas aprendi que a filosofia veio para mim. É o presente que ganhei do Universo. Entendi que, antes de tentar mudar qualquer coisa externa, preciso primeiro mudar a mim mesmo.

A Filosofia do Bonsai aborda temas que vão além da rejeição dos pais, como a importância de cuidar do corpo e da mente, os benefícios da meditação, os conceitos sobre o bonsai, os caminhos para se tornar um líder e empreendedor de sucesso, a violência urbana, a persistência frente aos desafios, a resiliência e a superação. Os leitores irão se surpreender com a história de Tagawa, que de um adolescente rebelde e visto como “sem futuro”, tornou-se proprietário de uma agência de publicidade que é referência no mercado, além de palestrante motivacional.

Sobre o autor: Alexandre Tagawa é empresário, publicitário e palestrante. Nascido na capital paulista, aos 17 anos mudou-se para o Japão para trabalhar em fábricas como dekassegui (trabalho distante da terra natal). Na volta ao Brasil, atuou como fotógrafo e se tornou empreendedor. Hoje é sócio-fundador da Tagawa Propaganda, agência referência no mercado imobiliário e na educação, com mais de 500 campanhas publicitárias realizadas ao longo de seus 20 anos. Tagawa também ministra palestras sobre autoconhecimento e bem-estar, incentivando milhares de pessoas a buscarem equilíbrio entre corpo, mente e alma. Diariamente pratica meditação, mantém o foco na alimentação saudável e nos exercícios físicos e se diverte levando sua filha para a escola de bicicleta.

FICHA TÉCNICA
A FILOSOFIA DO BONSAI

Fonte: encurtador.com.br/sAFV9

Autor: Alexandre Tagawa
Páginas: 206
Editora: Vidaria
Ano: 2018

Compartilhe este conteúdo:

Esqueça ontem e amanhã. Busque paz agora!

Compartilhe este conteúdo:

O objetivo principal da meditação para a paz interior é treinar a nós mesmos para deter as agitações da mente. O segredo da felicidade depende da atitude que você assumir em cada dia de sua vida. Todos os dias são preciosos. Não deixe que o dia de hoje seja preenchido com as preocupações de ontem. Do mesmo modo, para que o seu dia termine com paz mental, evite antecipar preocupações do amanhã.

Ao dominar a meditação para a paz interior, começamos a viver não apenas cada dia, mas também cada hora, cada minuto, cada segundo como se fosse o último. Essa paz nasce de nossa capacidade de deter as agitações da mente no instante em que aparecem. Se receber uma ofensa, em lugar de reagir com raiva e querer revidar, reflita. Talvez tenha feito algo errado. Se não fez, pratique o perdão. Quando você cometer um erro, peça desculpas – e se a pessoa não estiver mais presente peça desculpas em seu coração.

Elimine sentimentos de mágoa. O ressentimento é um estado mental que gera muita infelicidade. Seja paciente com as pessoas. É absurdo ter a expectativa de que todo mundo pense igual a você. É estreiteza mental ficar irritado só porque alguém não compartilha seu ponto de vista. Busque uma compreensão profunda da mente humana. A autorreflexão pela meditação lhe dará paz interior. Cultive um coração indulgente, que saiba perdoar. Busque uma compreensão mais elevada e divina de si mesmo.

*As reflexões desta coluna são extraídas de O Milagre da Meditação”, do autor e líder espiritual japonês Ryuho Okawa (IRH Press do Brasil), que acaba de ser lançado. Seus mais de 2.300 livros publicados, traduzidos para 28 idiomas, já venderam mais de 100 milhões de exemplares no mundo todo.

MAIS SOBRE “O MILAGRE DA MEDITAÇÃO”

Nestes tempos de correria, O Milagre da Meditação chega como “calmante para a alma”. A meditação nos induz a observar nossa vida, em especial de uma perspectiva espiritual, de fé no divino. Consegue nos abstrair dos problemas do dia a dia, esvazia a mente e nos faz experimentar um profundo estado de felicidade e paz interior, aliviando problemas e ansiedades. O livro reúne o pensamento e a vivência de Ryuho Okawa sobre meditação. É o 39º lançamento no país pelo selo IRH Press do Brasil (www.okawalivros.com.br). Atuando no mundo todo, a editora japonesa se dedica exclusivamente à publicação das obras de Okawa. Com mais de 2.300 livros lançados, o autor é best seller no Japão e considerado por seus seguidores o líder espiritual mais influente da atualidade – tendo já superado a marca de 100 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, em 28 idiomas. Com 247 páginas, O Milagre da Meditação é dividido em três blocos. É para ser lido aos poucos e para ser relido muitas vezes. O primeiro bloco, Os segredos da meditação, é uma espécie de manual sobre o tema. Explica o que é meditar e apresenta os diversos tipos de meditação. No segundo bloco, Meditações para a Felicidade, o autor nos apresenta as diversas dimensões da meditação. É um mergulho singular em situações de nossas vidas. O último bloco, Perguntas e Respostas sobre Meditação, esclarece dúvidas apresentadas por quem está iniciando essa prática. É uma obra única, que pode mudar a vida de qualquer pessoa.

Compartilhe este conteúdo:

Meditar para se libertar

Compartilhe este conteúdo:

Setores da Ciência já perceberam, sobretudo no campo na Psicologia, da Psiquiatria, da Psicanálise e da Neurociência, que a meditação é uma importante aliada nos processos de prevenção e até mesmo tratamento de distúrbios psicológicos. Embora este não seja o objetivo das religiões tradicionais orientais, cujo foco é o treinamento interno e o desenvolvimento da compaixão, a meditação acaba por gerar “efeitos secundários” que favorecem a saúde mental dos praticantes.

De acordo com pesquisas recentes, “pessoas que têm experiência em meditação parecem ser capazes de ‘desligar’ áreas do cérebro associadas a devaneios, transtornos psiquiátricos (como esquizofrenia) e autismo”. Isso pôde ser observado a partir de um novo estudo de imagens cerebrais feito por pesquisadores da Universidade Yale, nos EUA. O trabalho científico está publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Ainda de acordo com a pesquisa, que teve como um dos principais autores o professor assistente de psiquiatria em Yale, Judson A. Brewer, “a capacidade da meditação em ajudar indivíduos a manter o foco no presente tem sido associada a maiores níveis de felicidade”. Assim, pessoas que, pela meditação, obtém estados mentais mais equilibrados acabam por se tornar, também, mais felizes.

Na pesquisa, descobriu-se que “meditadores experientes tiveram uma redução da atividade em áreas cerebrais da chamada rede neural de modo padrão, que tem sido associada a lapsos de atenção e distúrbios como ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade, e até acúmulo de placas senis na doença de Alzheimer”. Brewer arrematou dizendo que “a capacidade da meditação em ajudar as pessoas a permanecer no presente tem sido parte de práticas filosóficas e contemplativas há milhares de anos”, numa referência às tradições orientais que se utilizam desta técnica.

Budismo e Meditação

No Ocidente, o Zen Budismo provavelmente é um das mais difundidas escolas japonesas a utilizar-se da meditação. A base de seu ensinamento, o zazen, é considerado o coração da prática.

E para os interessados em conhecer um pouco mais sobre este vasto campo do saber, que nos últimos 80 anos vêm obtendo grande atenção da Psicologia e, a 30 anos, da Ciência como um todo, o líder espiritual de várias comunidades zen budistas brasileiras, em vários estados do país, inclusive no Tocantins (Daissen-ji – Grupo Zen Budista de Palmas), Monge Genshô Sensei volta a Palmas para proferir duas palestras públicas e um “zazenkai”, espécie de retiro espiritual zen budista, curto e intensivo, que também tem um caráter de confraternização.

Os eventos ocorrem nos dias 18 e 19 de julho próximo. Na sexta (18) à tarde o monge vai proferir uma palestra no Luare Instituto de Yoga (110 Norte – Av. JK), com o tema “Meditação, Diálogo Inter-religioso e Cultura de Paz”. Na mesma data, Genshô Sensei realiza a palestra “Afinal, quem é você? – concepção histórica, concepção absoluta e postura investigativa” no auditório da Assembleia Legislativa do Tocantins. Para esta palestra, solicita-se que o participante contribua com a quantia mínima de R$ 10,00 para ajudar a custear as despesas do evento. Qualquer pessoa interessada nos temas pode participar das palestras.

Já no sábado, 19, o Zazenkai está previsto para iniciar às 8h (chegada dos participantes), e será realizado numa residência na quadra 404 Sul (em frente à praça da quadra, na Al. 13). Até às 16h do dia 19 haverá uma extensa programação que inclui leitura de sutras, meditação sentada (zazen), meditação andando (kinh’in), palestras, momentos para que os participantes possam tirar suas dúvidas, além de dois intervalos para lanches, almoço vegetariano e momento de descanso.

Os interessados em participar do retiro (cujas vagas são limitadas), ou que queiram tirar dúvidas sobre as palestras, podem entrar em contato com a organização do evento através do telefone 63 8112-9265 e/ou através do e-mail sonielson@brturbo.com.br .

Palestra realizada por Genshô Sensei na sede do Grupo Zen de Palmas, em fevereiro passado

Quem é o reverendo Petrúcio Chalegre (Meihô Gensho)1

Monge Genshô iniciou no Dharma através de Igarashi Roshi, em 1973, teve sua investidura leiga em 1992 com o nome de Meihô, sendo ordenado monge na forma limitada de ordenação particular em 2001, após passou para a orientação de Moriyama Roshi, de quem foi professor assistente, até que este também voltou para o Japão em 2005, foi então ordenado oficialmente pelo Sookan (Superior Geral) da América do Sul, Dosho Saikawa Roshi, monge da Soto Zen, em 2008 graduou-se Zagen na cerimônia de Hossenshiki (Combate do Dharma) tendo como Mestre o próprio Saikawa Roshi o qual lhe deu a Transmissão em 2011, o que o torna um dos seus sucessores, dirige a Comunidade zen budista de Florianópolis a qual tem grupos relacionados sob sua responsabilidade em Rio do Sul, Concórdia, Guaratinguetá, Maringá, Joinville, Rio de Janeiro, Goiânia, Palmas e Londrina. Na vida leiga atua como consultor de empresas de grande porte dirigindo uma empresa de consultoria em gestão.

Registro de palestra pública realizada por Monge Genshô na sede da Brahma Kumaris em Palmas, em fevereiro passado

O que é o Zen Budismo2

Zen é o nome japonês da tradição (e filosofia) religiosa ch’an, que surgiu na China por volta do século VII. O Zen costuma ser associado ao budismo do ramo mahayana. Foi cultivado, inicialmente, na China, Japão, Vietnã e Coreia. A prática básica do Zen é o zazen, tipo de meditação contemplativa que visa a levar o praticante à “experiência direta da realidade”.

A escola Soto (a qual pertence o Monge Genshô) foi fundada no Japão por volta do século XIII pelo célebre mestre Eihei Dogen Zenji (1200-1253). Sua prática fundamental é a Shikantaza (“apenas sentar-se”), um tipo simples de meditação cuja prática é identificada com a própria iluminação.

O Zen tem uma longa tradição de trabalho meditativo e é provavelmente uma das escolas budistas mais difundidas no Ocidente. Nada é desperdiçado nesta tradição, que também vê a possibilidade de se atingir graus de compreensão da realidade através de atividades que envolvem tanto o trabalho braçal (como fazer a limpeza de uma residência ou cuidar de um jardim, por exemplo), até através de atividades mais refinadas, como o uso da caligrafia, a confecção de ikebana (arranjos florais) e a realização da famosa cerimônia do chá.

Notas:

1– Mini-currículo disponível no site do Colegiado Budista Brasileiro, através do endereçohttp://cbb.bodhimandala.com/fundadores/index.php?newsid=3 – Acessado em 26/06/2014.

2– Texto extraído e alterado a partir da definição do que é Zen Budismo pela Wikipédia em português. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Zen – Acessado em 26/06/2014.

Referências:

Meditação ajuda a proteger o cérebro de doenças psiquiátricas, diz estudo – Disponível emhttp://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/meditacao-ajuda-proteger-o-cerebro-de-doencas-psiquiatricas-diz-estudo.html – Acessado em 26/06/2014

Daissen-ji – Portal das Sanghas Zen sob a orientação do Monge Genshô – Disponível emhttp://daissen.org.br/hp/index.php – Acessado em 26/06/2014.

Compartilhe este conteúdo:

Meditação em movimento como prática integrativa

Compartilhe este conteúdo:

Foto: Bia Cruvinel

 

Durante a IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica e Saúde da Família, em Brasília/DF, a instrutora, médica sanitarista, psicodramatista Carmem De Simoni apresentou a vivência Corpo e Movimento, com técnicas de relaxamento através da música e expressão corporal direcionada, desenvolvida pelo Sistema Rio Aberto.

O Rio Aberto é um sistema de técnicas psico-corporais, desenvolvido na Argentina nos anos 60 por Maria Adela Palcos. A prática, de acordo com Carmen, trabalha o acolhimento do sofrimento para o desenvolvimento do ser humano. “A ideia é que por meio do movimento e do desbloqueio das travas, que são dificuldades físicas e também energéticas que estão colocadas no corpo, o indivíduo consiga transitar por diferentes personagens”, comenta.

 

Foto: Bia Cruvinel

No trabalho de música e movimento, são utilizadas várias técnicas como trabalho sobre si – dinâmica grupal, encontro personalizado, encontro em grupo, massagens, dramatizações, trabalho com a voz entre outros. É possível mover as energias, travas e dar conta do sofrimento que o indivíduo possa apresentar.

O sistema Rio Aberto está incluído no sistema único de saúde no município de Campinas com mais de 40 grupos de vivência. Os benefícios das técnicas são físicos e psicológicos. De Simoni explica esses resultados: “observamos uma mudança na qualidade de vida de quem participa. Há maior autonomia e socialização, diminuição expressiva do consumo de hipnóticos que induzam ao sono, ou seja, os benzodiazepínicos e etc”. A psicodramatista também comenta que a médio e longo prazo, a pessoa vai obter a capacidade de meditar em movimento, “e quando se chega lá, é um lugar de puro prazer, alegria e saúde”, conclui.

Foto: Bia Cruvinel

Compartilhe este conteúdo: