1 de dezembro: Dia Mundial da Luta Contra a Aids

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As ações do dia 1 de dezembro objetivam chamar à atenção sobre a necessidade da prevenção, bem como divulgar informações acerca da doença, que ainda é vista com preconceito, por uma parcela da sociedade. A data foi institucionalizada em 1987, pela Assembleia Mundial da Saúde, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem o laço vermelho como símbolo da luta contra a doença.

Esse ano de 2021, o tema da campanha é “Acabe com as desigualdades, acabe com a AIDS, acabe com as pandemias”.  O tema faz alusão também a crise sanitária ocasiona pela pandemia da Covid-19 que vitimizou mais de 5 milhões de pessoas nos quatros cantos do mundo. Segundo o programa das Nações Unidas de Combate à AIDS (UNAIDS), a desigualdade social é um fator que prejudica à luta contra a doença, por isso é preciso por fim, conforme agenda proposta pela ONU até o ano de 2030.

 

Fonte: freepick

 

Sobre o assunto, a  UNAIDS  explica que a transmissão do vírus se dá pela amamentação com o leite materno, relação sexual, por meio de fluídos corporais, como sangue e sêmen.  O programa ainda destaca que abraços, beijos, dividir alimentos e objetos não transmite AIDS, como muitas pessoas ainda acreditam. Informação de extrema relevância para evitar a discriminação que ainda é muito presente.

Conforme a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), quase 2 milhões foram infectadas pelo vírus HIV e 690 mil morreram de causas relacionadas ao vírus, em 2019. De acordo com a OPAS, não há cura para a infecção pelo HIV, por isso a importância do uso de medicamentos antirretrovirais para controlar a disseminação do vírus no organismo do portador, bem como evitar a transmissão para outras pessoas.

Segundo a Organização internacional de Saúde, de 2000 a 2019 as infecções pelo vírus caíram 39% e as mortes em 51%, resultado positivo fruto das campanhas de prevenção à doença, além do engajamento da sociedade civil, setor privado e público.  Ainda de acordo com a OPAS, durante a 69ª edição da Assembleia Geral da ONU foi aprovada o Plano de Ação para Prevenção e Controle do HIV 2016 a 2021, a qual inclui 5 eixos orientadores de combate à doença.

Informações focadas sobre a doença, bem como inovação para a aceleração estão entre os eixos que precisam ser desenvolvidos pelos países integrantes da Organização Mundial de Saúde, com o intuito de acabar com a doença, nas regiões das Américas até 2030. Sobre o assunto, a Sistema Único de Saúde (SUS) informa que atualmente 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil, sendo que o tratamento pode ser feito pelo sistema público de saúde.

Fonte: freepick

Referências

Organização das Nações Unidas (ONU). Disponível em < https://brasil.un.org/> Acesso: 19. De nov, de 2021

Organização Mundial de Saúde(OMS). Disponível em < https://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/> Acesso: 19. De nov, de 2021

Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). Disponível em < https://www.paho.org/pt/topicos/hivaids> Acesso: 19. De nov, de 2021

Planalto, Ministério da Saúde. Disponível em < http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv>  Acesso: 19. De nov, de 2021

Programa das Nações Unidas de Combate à AIDS(UNAIDS). HIV e Aids  ? Disponível em < https://unaids.org.br/201.7/03/voce-sabe-o-que-e-hiv-e-o-que-e-aids/>  Acesso: 19. De nov, de 2021

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Minha jornada no SUS: de profissional a usuária

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Com o avanço na área da saúde brasileira advindo da criação do SUS, o país enfrenta, entre outros, dois grandes desafios a serem vencidos pelo próprio sistema: primeiro é a ampliação do acesso a suas ações e o entendimento por parte da população, de seu uso, fluxo e rotinas considerando os pressupostos da universalização das suas ações e serviços. Em segundo lugar, a ampliação dos processos formativos para uma melhor atuação dos trabalhadores e operadores do SUS junto aos usuários.

Para equacionar o segundo desafio, o Ministério da Saúde editou a Portaria nº 198/GM em 13 de fevereiro de 2004, instituindo a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor, considerando sua responsabilidade constitucional de ordenar a formação de recursos humanos para a área de saúde e de incrementar, na sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico, provendo políticas orientadoras da formação e desenvolvimento de trabalhadores para o setor, articulando os componentes de gestão, atenção e participação popular com o componente de educação dos profissionais de saúde.

Fonte: https://bit.ly/2talgZb

É neste contexto que me insiro como trabalhadora e operadora do Sistema Único de Saúde na gestão, de 1994 até 2016, acompanhando cada fase de sua constituição, seja representando os profissionais de saúde nos recém-criados Conselhos Municipais e Estadual de Saúde na década de 90, seja na gestão de serviços de saúde de município e estado, seja na gestão de politicas de saúde e no estabelecimento de redes de atenção junto a gestores municipais através de Comissões Intergestores Regionais.

Com o intuito de buscar um maior aprimoramento das ações por mim desenvolvidas, procurei acessar os dispositivos de educação permanente oferecidos pelo SUS através do Ministério da Saúde: ENSP/FIOCRUZ, ENSP/ ESPJV, OPAS/ UNODC, e da Secretaria Estadual de Saúde (ETSUS-TO)  em seus diferentes níveis  de capacitação (Atualizações, Formações, Especializações, MBA), não só para cumprir os requisitos da Lei 8080/90, mas sobretudo para empoderar o trabalho com conhecimento qualificado no arcabouço das tecnologias leves que o SUS oferece aos seus trabalhadores.

Meu primeiro contato com a Política de Educação Permanente do SUS aconteceu em 1995, quando foi ofertado aos técnicos, vários treinamentos para a atenção de pacientes com Diarreia e Infecção Respiratória Aguda (IRA). Desde então, vários outros treinamentos foram disponibilizados e em 1997 pude fazer minha primeira especialização em Saúde Coletiva, através de um consórcio entre Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde em Araguaína, Universidade Federal do Tocantins – UFTe Escola Nacional de Saúde Pública – ENSP/FIOCRUZ.

Fonte: https://bit.ly/2JORWCa

Após o término desta especialização, a Secretaria Estadual de Saúde e a ENSP/FIOCRUZ disponibilizou aos trabalhadores de Saúde Mental, o primeiro Curso de Especialização em Saúde Mental e Saúde Coletiva e fui selecionada para participar deste curso. Outros cursos se seguiram, tais como Curso de Especialização em Educação Permanente em Saúde (o primeiro do país, e que ocorreu em nosso Estado do Tocantins), e o curso para tutores em Educação Permanente todos capitaneados pela SES/ ENSP/FIOCRUZ, além de um MBA em Gestão de Projetos Governamentais SES/ PMI-GO/ UNITINS

Na área de Saúde Mental, pude fazer mais algumas especializações em Saúde Mental, Álcool eoutras Drogas pela UNODC/ MS/SENAD e por ultimo tive o privilégio de cursar a Especialização em Gestão de Redes de Atenção à Saúde que me proporcionou uma maior visão do campo de atuação dos profissionais no contexto da regionalização e na construção de Redes de Atenção à Saúde no Estado.

Neste sentido, percebi que os trabalhadores do SUS têm a oportunidade de se capacitarem de forma efetiva a partir de suas vivências no trabalho, aumentando o nível de capacidade técnica operacional dos serviços ofertados aos usuários dos serviços de saúde de forma universal, regionalizada e equânime.

Vale ressaltar que os processos formativos desenhados pelos dispositivos educacionais no SUS ocorrem de forma permanente e continuada, sem custo para os trabalhadores, visando uma maior troca de saberes entre as equipes, proporcionando a Inter e a transdisciplinaridade nos processos de trabalho, e contribuindo para o aprimoramento científico. Segundo Maturana (1997), “A ciência desempenha um papel central na validação do conhecimento em nossa cultura ocidental e, portanto, em nossas explicações e compreensão dos fenômenos” (p.256).

Fonte: https://bit.ly/2MD97UI

Finalmente, percebo que apesar dos grandes desafios que a efetivação do SUS impõe a todos os envolvidos no processo, as iniciativas operacionalizadas pelos profissionais de saúde através das instancias de gestão existente, faz com que esta poderosa política pública chamada SUS se imponha como uma das mais abrangentes e complexas politicas de saúde pública do mundo, na qual eu me beneficio tanto profissionalmente quanto como usuária de sua atenção nos mais diversos níveis.

REFERÊNCIAS:

BRASIL _ Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 198/GM Em 13 de fevereiro de 2004 Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências.

MATURANA, Humberto. A ontologia da realidade. Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de Minas Gerais, p. 256. 1997.

http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080_190990.htm, Acesso em 25/05/2018 às 23h 51m

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“Notificação da violência” é pauta do Grupo de Estudos Feministas

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O encontro acontece no dia 13 de novembro às 17h na sala 203 do CEULP

Grupo Acadêmico de Estudos Feministas é um projeto de extensão ligado ao curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, sob a coordenação da Profa. Me. Cristina D’Ornellas Filipakis e participação de várias acadêmicas do curso. Os encontros ocorrem às segundas-feiras, 17h, na sala 203. O objetivo é discutir e ampliar a discussão sobre feminismo no âmbito acadêmico, tendo em vista que o tema ainda gera muitos mal-entendidos.

O encontro dessa segunda-feira (13) será conduzido pela acadêmica Evelly Silva, com o tema “Violência Contra Mulheres: como notificar?”. O objetivo Do encontro é apresentar a ficha de notificação compulsória do Ministério da Saúde, que coleta dados sobre doenças, agravos e eventos de saúde pública; incluídos no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e contribuem para o manejo de políticas públicas. A Ficha de Notificação de Violência Interpessoal e Autoprovocada deve promover novas organizações e estruturas de atendimento que qualifiquem a atenção à mulheres em situação de violência e a seus familiares.

Segundo Evelly Silva, tratar sobre notificações é fundamental pois “é através do uso desses dados que as políticas públicas de promoção, prevenção a saúde e proteção social podem ser planejados e executados. Não se faz política pública efetiva sem dados epidemiológicos que demonstrem a realidade do local em que se vai intervir. Ressalto ainda, a importância da divulgação desse serviço em grupos como este, visto que a informação é essencial e instrumentalizar mulheres acerca dos seus direitos dentro do SUS é promover o empoderamento de um público, muitas vezes negligenciado e oprimido das mais diversas maneiras, inclusive dentro dos serviços de saúde”, aponta.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas através do telefone 3219-8068 com a profa. Me. Cristina Filipakis.

A atividade é gratuita e aberto à comunidade.

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SUS inicia distribuição da pílula do dia seguinte antiaids

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“MS lançará em dezembro um aplicativo com orientações sobre os postos de distribuição”


Após a publicação do Diário Oficial da União do novo protocolo de diretrizes terapêuticas, o Sistema Único de Saúde- SUS passa a distribuir a partir de hoje, 23, em seus postos a “pílula do dia seguinte” contra a aids. A medida prevê que pessoas que estiveram expostas a situações de risco tenham um atendimento mais rápido para evitar a doença.

Indicado para todos que tiveram risco de contato com o vírus causador da aids, a pílula é indicada nos casos de acidente ocupacional, como o de médicos que tiveram contato com o sangue de paciente, vítimas de violência sexual ou pessoas que tiveram relação sexual desprotegida.

Para que o método seja eficaz é preciso que o paciente, após a exposição procure uma unidade de saúde ainda nas primeiras duas horas ao ocorrido ou até 72 horas e o tratamento tem duração de 28 dias.

Apesar do importante passo o Ministério da Saúde (MS) ainda não tem estimativa de qual será o impacto da mudança e para facilitar o acesso aos serviços, lançará em dezembro um aplicativo com orientações sobre os postos de distribuição mais próximos. Em algumas cidades os antirretrovirais são fornecidos nos centros de serviços especializados em DST-Aids e também em unidades de emergência.

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Ministério da Saúde incorpora tratamento completo para Transtorno Bipolar

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Os cinco medicamentos deverão atender já no primeiro ano 270 mil brasileiros que sofrem do transtorno


Os brasileiros que sofrem de Transtorno Bipolar são beneficiados com a linha completa de tratamento para a doença após a inclusão de cinco medicamentos. A decisão publicada no Diário Oficial da União deve representar investimento do Ministério da Saúde da ordem de R$ 755 milhões em cinco anos. A estimativa é que ainda neste ano cerca de 270 mil pessoas sejam atendidas com esse novo tratamento, e a previsão é que esse número chegue a 330 mil em 2019.

Outra novidade importante é a publicação do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) que servirá como guia para a orientação do diagnóstico, tratamento e acompanhamento desses doentes. Segundo estimativas de associações de pacientes, o transtorno pode afetar até dois milhões de brasileiros.

Os medicamentos incorporados servem para o tratamento dos sintomas associados à doença, caracterizada por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia (também denominados de mania), em diversos graus de intensidade. Estima-se que os pacientes diagnosticados com transtorno bipolar podem desenvolver mais de 10 episódios de mania e de depressão durante toda a vida. A duração das crises e dos intervalos entre elas em geral se estabiliza após a quarta ou quinta crises. Frequentemente, o intervalo entre os primeiro e segundo episódios pode durar cinco anos ou mais, embora 50% dos pacientes possam apresentar outra crise maníaca 2 anos após sua crise inicial.

De acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, a mortalidade entre os portadores da doença é elevada e o suicídio é a causa mais frequente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Além disso, outras doenças clínicas como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares são mais frequentes entre os portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral.

Devido a peculiaridades na apresentação clínica da doença, o diagnóstico é difícil. Frequentemente crianças recebem outros diagnósticos, o que retarda o início do tratamento adequado. Isso causa consequências devastadoras, pois o comportamento suicida pode ocorrer em 25% dos adolescentes portadores de Transtorno Bipolar. Sendo assim, O tratamento adequado do Transtorno Bipolar reduz a incapacitação e a mortalidade dos portadores.

O transtorno bipolar pode se apresentar em diferentes graus, do mais leve ao mais grave, por isso é importante promover o diagnóstico correto e o acesso ao melhor tratamento existente. Com essa incorporação a expectativa do Ministério da Saúde é que até o final deste primeiro semestre os medicamentos já estejam à disposição da população” estima o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

MEDICAMENTOS INCORPORADOS

CLOZAPINA: Medicamento indicado para tratamento de esquizofrenia resistente ao tratamento; risco de comportamento suicida recorrente em pacientes com esquizofrenia ou distúrbio esquizoafetivo; e psicose durante a doença de Parkinson.

LAMOTRIGINA: Indicado para prevenir episódios de alteração do humor, especialmente episódios depressivos.

OLANZAPINA: Indicado para o tratamento de episódios de mania aguda ou mistos do TAB (com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclagem rápida) e para prolongar o tempo entre os episódios e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de mania, mistos ou depressivos no TAB.

QUETIAPINA: Indicado como adjuvante no tratamento dos episódios de mania, depressão, manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódio maníaco, misto ou depressivo) em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato, e como monoterapia no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar (episódios de mania, mistos e depressivos).

RISPERIDONA: Indicado para o tratamento de curto prazo para a mania aguda ou episódios mistos associados com transtorno bipolar I.

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Qualificação dos profissionais na atenção às crianças e adolescentes – (En)Cena entrevista Liana Guimarães

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Para entender melhor como acontece a formação dos profissionais de saúde no Estado do Tocantins, no que tange aos cuidados que estes prestam às crianças e aos adolescentes em situação de violência, o (En)Cena conversou com a Gerente da Área Técnica de Saúde da Criança da Secretaria de Estado da Saúde: Liana Barcelar Evangelista Guimarães.

Foto: Arquivo Pessoal

Liana é Enfermeira Obstetra, Mestre em Ciências Ambientais e Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GOIÁS). Possui experiência em Atenção Primária atualmente exerce atividades na gestão em saúde atuando na Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins – Área Técnica Saúde da Criança. É Facilitadora na Linha do Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências.

(En)Cena: Como vem sendo realizado o trabalho de implementação da Linha do Cuidado (LC) de Atenção Integral às Crianças, Adolescentes e suas Famílias em situação de Violências no Estado do Tocantins?

Liana Guimarães: O Ministério da Saúde lançou em 2010 a Linha do Cuidado que é uma estratégia que permite meios de organizar e articular a rede de atenção e proteção às crianças e adolescentes em situação de violências, além e principalmente de promover a capacitação permanente dos profissionais da rede de cuidados e proteção social, desde a atenção primária até o mais complexo nível de atenção, exigindo ainda a interação com os demais sistemas de garantia de direitos, proteção e defesa de crianças e adolescentes.

(En)Cena: Como aconteceu a implantação desse serviço aqui no estado?

O Tocantins aderiu a essa proposta e a partir daí vem trabalhando nessa lógica de construção de rede e qualificação dos profissionais. O processo de implantação da Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em situação de violências no Estado, com o apoio da Coordenação Nacional de Saúde da Criança e Aleitamento do Ministério da Saúde.  A LC é um documento de qualidade teórica e pedagógica facilitadora ao nosso trabalho.

(En)Cena: Como funciona a Oficina da Linha do Cuidado nos municípios do Tocantins?

Liana Guimarães: A capacitação consiste em dois momentos: 20 horas de estudo teórico sobre os tipos e natureza de violências que atingem crianças e adolescentes, alerta para sinais e sintomas, promoção de saúde e prevenção de violências, acolhimento e atendimento, habilidades de ouvir/dar apoio, notificação de casos, rede de cuidado e proteção, estudo de casos clínicos; e 16 horas de visita aos diferentes serviços municipais e assessoria na construção coletiva de uma proposta de formação da rede local de atenção integral a Crianças, Adolescentes e Mulheres em situação de Violência. Foram utilizados dois instrumentos básicos para a formação: a Linha do Cuidado e a Metodologias para o cuidado de crianças, adolescentes e famílias em situação de violências do Ministério da Saúde, além de outros documentos temáticos. Até o momento vinte e sete municípios já foram capacitados, uma média de 650 profissionais.

 

(En)Cena: O que você considera como avanços nesse trabalho que vem sendo desenvolvido no Estado?

Liana Guimarães: Os principais avanços foram adequação da Linha do Cuidado (LC) à realidade do Estado do Tocantins, a implantação da LC com incremento de visitas técnicas às instituições que compõem a rede, realização das capacitações de modo regionalizado, o fortalecimento das ações em conjunto entre os pontos de atenção da rede, elaboração de fluxos e protocolos, e principalmente o aumento de notificações de casos de violência. Sendo o aumento de casos notificados um aspecto considerado de relevância.

(En)Cena: Qual a importância do aumento de casos de violências notificados?

Liana Guimarães: Podemos avaliar como exitosa as capacitações realizadas, uma vez que todas as regiões de saúde, quase todos os municípios apresentaram um aumento notável no número de casos de violências contra crianças e adolescentes notificados. Isso demonstra uma maior visibilidade por parte dos serviços em relação a esse tipo de agravo, que é um sério problema de saúde pública. Essa maior visibilidade do problema pode ainda desencadear a organização dos serviços ofertados e consequentemente a implantação de uma rede de atenção e proteção a crianças e adolescentes em situação de violências no Estado e sem dúvida a pessoa em situação de violência terá uma atenção mais qualificada e resolutiva.

 

(En)Cena: Quais os desafios encontrados para a realização desse trabalho aqui no Estado?

Liana Guimarães: Apesar desses ganhos iniciais, os desafios ainda são muitos como a efetivação do Fórum Permanente da Rede de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violências no Estado, manter a qualificação permanente dos profissionais e gestores, aumentar o número de municípios qualificados, além de melhorar o atendimento às pessoas em situação de violências e realmente tornar a rede mais efetiva.

(En)Cena: Liana, a gradecemos sua participação. Para encerrar, a Coordenação de Saúde da Criança do Estado do Tocantins recebeu e/ou recebe da Coordenação Geral de Saúde da Criança/Ministério da Saúde algum apoio ou incentivo para desenvolver esse trabalho?

Liana Guimarães: A Coordenação Nacional vem realizando um conjunto de iniciativas para apoiar os estados e municípios na organização dos serviços e na qualificação da atenção às pessoas em situação de violências. Este ano, foram publicadas importantes normativas para a organização da atenção às pessoas em situação de violências no SUS: a Portaria nº 485, de 1º de abril de 2014, que redefine o funcionamento do Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e a Portaria nº 618, de 18 de julho de 2014, que altera a tabela de serviços especializados no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) – Serviço nº 165 – e dispõe de regras para seu cadastramento. A publicação dessas normativas no âmbito do SUS vai ao encontro e cumprimento de disposições do Decreto nº 7.958, de 13 de março de 2013 e da Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. Outro apoio são as videoconferências, o material didático e outros.

 


Edição e Revisão: Hudson Eygo.

Nota: A entrevista faz parte de uma disciplina do Programa Integrado de Residência Multiprofissional em Enfermagem em Obstetrícia, realizada pelas Residentes: Cristiane Lopes de Oliveira, Lucrécia Alves Celeste e Rosimeire da Mota Barros Aires, sob orientação do Prof. MSc.  César Gustavo Moraes Ramos

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Roda de conversa online discute “Fóruns”

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Webnário é organizado pela Política Nacional de humanização – Ministério da Saúde (Frente de Mobilização Social, Rede humanizaSUS e Núcleo Técnico)


Amanhã, a partir de 16h, acontecerá a roda de conversa com transmissão online “Fóruns: a produção de encontros e a construção de redes”. O webnário é realização da Política Nacional de Humanização (PNH).

Na oportunidade, o arquiteto, político e ativista social brasileiro Chico Whitaker debaterá sobre a importância e necessidade de produção de redes e mobilização de Fóruns para uma Política Pública de Saúde construída de forma participativa e co-gerida.

O debatedor propõe uma discussão com base no conceito de que Fóruns são “”espaços abertos de encontro horizontal – sem portanto dirigentes, porta-vozes ou hierarquizações – de movimentos e organizações da sociedade civil que visam, autonomamente em relação a partidos e governos, a superação do neoliberalismo”, explica Whitaker.

Para assistir ao debate e participar das discussões, acesse o site www.redehumanizasus.net e encontre a página da sala de eventos da Rede humanizaSUS. O webnário também contará com a presença de Ricardo Teixeira – coordenador da Rede humanizaSUS, Stella Maris Chebli – coordenadora da frente de Mobilização Social da PNH, Rodrigo Presotto – participante do Fórum estadual da Luta antimanicomial de São Paulo e Maria Cristina Silveira Prado Martins (Iyálorixa Cristina d’Osun) da RENAFRO (Rede Nacional de religiões afro-brasileiras e saúde).

Sobre Chico Whitaker

Inspirado na Teologia da Libertação é um dos organizadores do Fórum Social Mundial e um dos idealizadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Em 2006, ele recebeu o Prêmio Nobel Alternativo por sua luta a favor da justiça social.

*Com informações da Rede Humaniza SUS

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Acolhimento em Rede – A realidade do profissional de saúde

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Neste mês de maio, no CEULP/ULBRA ocorreram oficinas na área da saúde, com o tema “Acolhimento em Rede”.  O evento foi promovido pela Política Nacional de Humanização – PNH do Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e com o apoio do (En)Cena, possibilitou a vinda dos consultores e demais profissionais da área da saúde. As mesas-redondas aconteciam pela manhã. Já pela tarde, os trabalhos em grupo tinham por objetivo a socialização dos conteúdos.

Prática e teoria só funcionam juntas

Em entrevista para a Folha online, o presidente da comissão de graduação da Faculdade de Educação da USP, Manoel Oriosvaldo, afirmou que “a teoria permite ao profissional refletir sobre sua atividade constantemente. E corrigí-la quando necessária”. Tendo essa concepção da importância da teoria para aprimorar o conhecimento, vamos entender como isso se aplica na área da saúde?

Terezinha Moreira, consultora da Política Nacional de Humanização – PNH, em Belo Horizonte, desde 2012.
Foto: Walter Riedlinger

Terezinha Moreira foi consultora da Política Nacional de Humanização na Região Norte, entre os anos de 2004 e 2012. Atualmente é consultora na Região Sudeste do país, mais precisamente em Belo Horizonte. Para ela, a teoria serve apenas como base para as experimentações.

“A teoria é instrumento de estado sobre os aspectos que compõem a vida. A teoria é infinita, por isso, tem que ser atualizada, recriada pelo aluno ou profissional com experimentações. Assim, eu posso mudar o que é teórico para o que é concreto. Por fim, a teoria só tem sentido se houver prática. Neste caso, no momento em que o acolhimento ocorre”, disse.

Outra palestrante que pode contribuir para a discussão sobre o processo de humanização, durante a oficina “Acolhimento em Rede” foi Marilene Wagner. Presente no último Fórum Regional de Humanização, em Araraquara, São Paulo, a consultora matricial da Política Nacional de Humanização afirma, de forma contundente, que a teoria e a prática devem caminhar juntas.

“Uma sem a outra não funciona. Cada oficina dessa contribui para o crescimento do profissional, dá embasamento  para intervirem e mudar a realidade. Mas tudo isso só é possível com experimentação”, afirma.

Cleusa Pavan, consultora da Política Nacional de Humanização, em São Paulo.
Foto: Walter Riedlinger

Parte da boa prática na área da saúde, no acolhimento por exemplo, deve-se à escuta qualificada. Este é um princípio básico do diálogo entre os indivíduos. Contudo, o servidor tem que ter ‘jogo de cintura’ para lidar com as adversidades presentes na rede pública de saúde. É o que explica a consultora da Política Nacional de Humanização, em São Paulo. Cleusa Pavan.

“Saber escutar é fundamental, mas nada cai do céu. A escuta qualificada é instrumental. Para que os processos funcionem corretamente, exige-se experiência, prática. Tem que saber escutar, mas tem que saber ofertar (alternativas) também. Assim como não basta só ter remédio em estoque. Isso não garante bom acolhimento”.

O discurso da consultora se confirma na explicação da assistente social do Hospital Infantil de Palmas, Maria Catarina Machado.

“Nós, assistentes sociais, fazemos o acolhimento com escuta qualificada. Com a ficha preenchida, fazemos o encaminhamento do paciente. Mas continuamos acompanhando. Em um hospital, por exemplo, o acolhimento não se dá apenas na entrada, mas durante e pós a internação, inclusive”, disse.

Preconceito no acolhimento

Já sabemos, então, que a escuta qualificada contribui para a melhoria  do acolhimento, mas ainda há muitas barreiras que impedem a boa convivência do profissional da saúde com o paciente. Um deles é preconceito ou pré-julgamento. E não é qualquer preconceito. É aquela velha busca pelo padrão de beleza e status social.

“Não é específico no trabalho. É cultural. Temos uma visão de padrão aceitável. Este padrão é de um homem branco, rico e heterossexual. Isso quem dita, todos os dias, são a família, os meios de comunicação, os círculos sociais”, afirma Cleusa Pavan.

Urgência não é desculpa

Sabemos o Sistema Único de Saúde passa por momento delicado, devido à quantidade de profissionais disponíveis para o atendimento. Isso implica em mais casos de urgência e desanima quem espera nas filas. Então, como acolher bem, humanizar, ou seja, ter o cuidado necessário com cada situação, quando há tantas pessoas aguardando? A grande demanda e a urgência não dificultam a humanização? A consultora Marilene Wagner garante que não.

Marilene Wagner, consultora matricial da Política Nacional de Humanização.
Foto: Walter Riedlinger

“De forma alguma. A urgência não pode nos impedir de humanizar os processos. Agora, se o paciente for vítima de um acidente, não pode responder por si próprio e o quadro clínico é grave, nem tem como haver o diálogo, o profissional tem que encaminhar rapidamente. Porém humanizar é estar atento aos sinais vitais do paciente. Então, quem atende tem que fazer essa análise”, explicou.

Recursos

Agora entramos num aspecto burocrático, mas muito importante para a motivação do profissional da rede pública: recursos financeiros. Todo o estudo teórico e prático, na visão da consultora Terezinha Moreira, é ineficaz sem investimento monetário.

“O SUS é subsidiado pelo estado. O investimento é necessário para que o servidor consiga por em prática as políticas de humanização. Quando o recurso é escasso, dificulta o aprimoramento da prática. Ele interfere diretamente na experimentação, atualização dos processos e no atendimento ao público. O servidor é responsável apenas pelo conhecimento e ações próprias”, alertou.

Acolhimento em Rede

Por fim, entendemos que, quando há dificuldades no atendimento, é preciso que a classe se una, que as mãos sejam dadas, para a melhoria do sistema público de saúde. Aí está a importância da oficina.

“O “Acolhimento em Rede” é a oportunidade de mexer com os valores. É o momento de os profissionais da área da saúde se repensarem, de verem outros jeitos de tratar a vida. A Política Nacional de Humanização é justamente para transformar, repensar os processos no atendimento público”, disse Cleusa Pavan.

E, engana-se quem acha que as palestras e demais atividades em grupo sejam parte de um planejamento do Ministério da Saúde. Já são ações postas em prática.

“O evento já é execução. O que difere uma oficina de outra é que os detalhes e as experimentções vão aumentando. Por isso, em cada oportunidade, enfatizamos o que já foi planejado e damos sequência”, confirmou Marilene Wagner.

 “O “Acolhimento em Rede” já é execução, não mais planejamento. O problema é que ainda não há apoio para planos de humanização. Já trabalhamos muito em planejamento com a PNH (Política Nacional de Humanização). Essas oficinas são para aprimorar, não mais para aprender apenas”, concluiu Terezinha Moreira.

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Acolhimento em Rede – Acolher e Humanizar

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A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (PNH) aposta na indissociabilidade entre os modos de produzir saúde e os modos de gerir os processos de trabalho. Os valores que norteiam essa política são a autonomia e protagonismo dos sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, os vínculos solidários e a participação coletiva nas práticas de saúde.

“Acolhimento em Rede”, evento sobre saúde pública, organizado pelo portal (En)Cena.
Foto: Walter Riedlinger

Até o dia 09 de maio, ocorrem as oficinas com o tema “Acolhimento em Rede”, no miniauditório do Complexo Laboratorial, no CEULP/ULBRA, em Palmas. O evento é promovido pela Política Nacional de Humanização – PNH do Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e com o apoio do portal (En)Cena, que possibilitou a vinda dos consultores e demais profissionais da área da saúde. As mesas-redondas acontecem pela manhã. Já pela tarde, há trabalhos em grupo para maior socialização dos conteúdos.

O acolhimento

Fábio Alves, coordenador nacional da Política Nacional de Humanização – PNH
Foto: Walter Riedlinger

O conceito de acolhimento agrega muita experiência em diversos serviços da saúde pública. Esta experiência é heterogênea, assim como o SUS, e tem acúmulos positivos e negativos. Compreender esta longa caminhada ao falarmos de acolhimento possibilita legitimar que grande parte do que sabemos hoje é fruto das experimentação nos ambientes de trabalho. O acolhimento como ação ou efeito de acolher expresa uma aproximação, uma atitude de inclusão, de estar em relação com algo ou alguém.

“O evento é para entendermos melhor o acolhimento, todo o processo que pode melhorar o atendimento na rede pública. Então, o engajamento com os profissionais é fundamental. Tem que haver um bom acolhimento para dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos profissionais”, afirmou Fábio Alves, consultor nacional da Política Nacional de Humanização.

O discurso sobre a implementação das políticas de humanização parece bem difundido. O que se pode perceber nas oficinas não são pensamentos isolados, mas coletivos. Isso demonstra o envolvimento dos consultores com o tema proposto.

“Viemos aqui para implementar as políticas de humanização. O “Acolhimento em Rede” contribui, reforça o conhecimento profissional dos participantes, intervindo na formação dos profissionais”, diz Alexsandra Cardoso, coordenadora da Política Nacional de Humanização, na Região Norte do Brasil.

Além das políticas de humanização, é preciso destacar que as oficinas tratam o acolhimento como parte de um processo na rede pública de saúde.

“Discutimos, aqui, sobre a produção de saúde, o modo de organização dos processos de saúde. Acolhimento tem a ver com ‘como tolerar as diferenças do outro’ na hora do atendimento”, explica Jamison Nascimento, consultor da Política Nacional de Humanização, no Tocantins.

Humanizar

Alexsandra Cardoso, consultora da Política Nacional de Humanização – PNH, na Região Norte do Brasil.
Foto: Walter Riedlinger

Humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética. Ou seja, para que o sentimento humano, as percepções de dor ou de prazer sejam humanizadas, é preciso que as palavras que o sujeito expressa sejam reconhecidas pelo outro. Todo este processo é, de certa forma, complexo, na prática. Mas chega a ser um problema? De acordo com Alexsandra Cardoso, não.

“Humanizar não é um problema. Humanizar é desmistificar o processo de atendimento, é estabelecer novos critérios. Os profissionais precisam se ver dentro deste processo” explica.

A ciência e tecnologia se tornam desumanizantes quando somos reduzidos a objetos despersonalizados de nossa própria técnica, de uma investigação fria e objetiva. Ao preencher uma ficha de histórico clínico de um paciente, quem atende pode não estar escutando a palavra do paciente. As informações são indispensáveis, sem dúvida. Mas o lado humano ficou excluído.

“A humanização provoca a desnaturalização dos processos. Porque o profissional trata o paciente de forma muito natural, sem um cuidado ou atenção especial, de acordo com a necessidade”, conta o consultor Jamison Nascimento.

Por isso a importância do diálogo, não apenas entre atendente e paciente, mas entre os profissionais, para a conscientização dos integrantes sobre a humanização.

“Este evento é muito importante para conseguirmos discutir sobre as políticas de humanização. Temos a oportunidade de poder implementar essas políticas para os trabalhadores”, enfatiza Fábio Alves.

Acolhimento em Rede

Jamison Nascimento, consultor da Política Nacional de Humanização – PNH, no Tocantins.
Foto: Walter Riedlinger

Ok. Entendemos o que é acolhimento e o que é humanização. Este são os temas centrais. Mas que outros aspectos o evento “Acolhimento em Rede” nos possibilita debater.

“Em um evento como esse discute-se sobre financiamento,  modelo de gestão e atenção para com os indivíduos. Então, nós precisamos discutir a saúde também como um direito do cidadão”, explica Fábio Alves.

Além de saber acolher e tornar mais humanos os processos na saúde pública,  os profissionais são alertados sobre as responsabilidades que têm junto ao público que necessita de atendimento pelo Sistema Único de Saúde.

“Além de oficinas e seminários, o bom é termos rodas de conversa. Precisamos conscientizar os profissionais, até para se sentirem responsáveis pelos processos que discutimos aqui”, diz Alexsandra Cardoso.

Vale sempre enfatizar que, toda a oficina traz a discussão não para uma ou outra unidade de saúde, mas para toda a rede nacional. Ou seja, a saúde pública deve ser pensada assim como é praticada: em equipe. Isso contribui para que os profissionais vencer os desafios encontrados.

“Essa oficina dá abertura para mudanças. Porque o grande desafio nosso, hoje, é “Conseguimos produzir saúde em rede?”.  Mas os desafios e as demandas mudam o tempo todo. Vamos organizando e produzindo em rede, mas aí, aparecem outras questões a serem resolvidas”, concluiu o consultor  Jamison Nascimento.

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