Joana Amaral: Com brancos e negros no mesmo ambiente, se algo der errado, a culpa será do negro

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O (En)Cena entrevista a senhora Joana Pereira Amaral Neta, profissional com o curso Normal Superior, pós-graduada em Prestação Jurisdicional, educadora, serventuária do poder Judiciário Tocantinense. Joana argumenta que o povo brasileiro é racista e dissimulado, e isso fica perceptível nas situações mais corriqueiras da vida, “presente nas brincadeiras, recheadas de dizeres racistas, sendo que evoluem para as oportunidades sociais, nos estudos,  no trabalho”.

A servidora pública argumenta ainda que “para alcançarmos um lugar ao sol, nosso trabalho e esforço é muito maior que o dos outros. A cor da pele é como uma punição, antes mesmo de nascer”. Confira estes e outros temas na entrevista a seguir.

 

(En) Cena – Não a questionarei quanto à raça em virtude de crer que a palavra raça, já possui uma conotação racista, pois, somos uma única raça, a raça humana, assim sendo, como você se classifica na nossa sociedade quanto à sua cor de pele?

Joana: Sou uma mulher preta. Assim me defino, seja com choro ou glórias e, exijo respeito. Sou humana igual aos outros que assim se definem.

(En) Cena – Você sabe o que é o racismo?

Joana: Sim, como mulher preta e pertencente geneticamente a esse grupo, o racismo é uma prática em anular um ser em detrimento de outro, com base na cor da pele, como se esta definisse a superioridade ou inferioridade de um indivíduo.

Créditos da entrevistada- acervo pessoal.

(En) Cena – Você acredita que o Brasil é um país racista? Se sim, como manifesta?

Joana: Sim, o povo brasileiro é racista e dissimulado, perceptível nas situações mais corriqueiras da vida, presente nas brincadeiras, recheadas de dizeres racistas, sendo que evoluem para as oportunidades sociais, nos estudos,  no trabalho, na diferença salarial entre pessoas negras e brancas e nas diferentes formas de tratamento socialmente e perante a lei, os julgadores são sempre mais severos  quando trata de uma pessoa negra.

(En) Cena – Tu crês que o racismo é nato ou ensina-se?

Joana: Então, acredito que ninguém nasce racista, as crianças são ensinadas e o ciclo gira, não há ruptura, crianças ensinadas hoje, adultos racistas de amanhã.

 

(En) Cena – Como você identifica uma atitude racista?

Joana: Uma atitude racista pode ser facilmente percebida quando alguém é impedido de exercer e ter seus direitos reconhecidos, que denotam exclusão social, profissional seja através de demonstração de que a pessoa não é bem-vinda em determinado local devido à sua “raça” ou descendência. Negar o ato sofrido, e ainda tentar justifica-lo como sendo natural por ser a nossa cultura social.

(En) Cena – Quais são os principais desafios de uma mulher negra serventuária do Poder Judiciário, majoritariamente branco?

Joana: Os principais desafios de uma mulher negra, serventuária do Poder Judiciário, é o mesmo de qualquer trabalhadora de outra repartição, empresa ou outro trabalho, resta-lhe trabalhar no espaço e acima de tudo observar as intensões maledicentes que às vezes são ditas em tom de brincadeira mas, que são atitudes racistas. Brancos e negros no mesmo ambiente, se algo der errado, a culpa será do negro, este tem que trabalhar como se pisando em ovos, e isso é estressante. O norte do negro, ainda não o encontramos. Para alcançarmos um lugar ao sol, nosso trabalho e esforço é muito maior que o dos outros. A cor da pele é como uma punição, antes mesmo de nascer.

 (En) Cena – Onde você trabalha, há várias pessoas negras trabalhando e exercendo função de chefia?

Joana: Não, somente duas pessoas.

(En) Cena – Tu acreditas na igualdade de oportunidades entre as pessoas de cor da pele negra e branca?

Joana: Não, esse conceito continua a ser trabalhado.

Créditos da entrevistada- acervo pessoal.

(En) Cena – Em seu ambiente de trabalho, você sofreu e/ou percebeu alguma situação racista por parte de seus gestores?

Joana: Não.

 (En) Cena – Você experienciou e/ou identificou alguma situação racista com o público externo?

Joana: Sim, para as pessoas brancas, o negro deverá ser sempre o seu prestador de serviços. Eles não pedem, mandam como nos tempos de senzala.

(En) Cena – Você acredita que o racismo pode causar danos emocionais à pessoa que seja alvo dessa atitude, levando-a a um quadro de depressão? Se sim, de qual forma?

Joana: Sim, podemos ver esses danos nas pessoas através de sentimentos de inferioridade, com baixa autoestima, sentimentos de vergonha, medo, angústia, ansiedade, perda da identidade, insegurança e desesperança em lutar e não ver mudanças em sua vida e na de seus descendentes.

(En) Cena – Tu acreditas que algum dia a nossa sociedade evoluirá para banir o racismo?

Joana: Não acredito, sempre terá a raiz no processo de escravidão no país, assim como a libertação dos escravos, temos e teremos apenas um verniz, um disfarce de mudanças. Quem está no topo do poder, são os brancos e não há interesse destes para uma sociedade de iguais direitos entre brancos e pretos.

(En) Cena – Como trabalhar a sociedade brasileira para eliminar e/ou dirimir o racismo?

Joana: Essa é luta diária e permanente, de toda forma, realizar diagnóstico dentro das instituições públicas  e empresas de maneira a identificar o perfil, e estabelecer e promover a diversidade racial como um critério, uma forma de promover e propiciar  igualdade de oportunidades para todos.

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Como a autocompaixão pode ajudar mulheres com excesso de demandas?

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É fato de que as mulheres cotidianas podem possuir duplas a triplas jornadas e apresentar certas dificuldades em conciliar tudo. Há uma multiplicidade de papéis e atribuições da mulher contemporânea: ser mulher, mãe, esposa, filha, profissional, estudante, empresária, artista ou todos eles ao mesmo tempo. Para conciliar maternidade e carreira, felicidade e amor, as mulheres contemporâneas se deparam com muitas tarefas e muitas exigências. A mulher muitas vezes se vê prensada entre o modelo anterior e o atual, esforçando-se arduamente para ser a “mulher-maravilha”, mas também profundamente exaurida afetivamente. A intervenção em grupo visa criar estratégias de enfrentamento buscando auxiliar aqueles que participam.

Existem várias formas de dinâmica em grupo, destacamos aqui duas delas: a de Kurt Lewin, que foi o primeiro a conceituar a Dinâmica em grupo. Dentro da visão dele, para se entender um indivíduo é necessário conhecer a dinâmica do espaço em que vive. De acordo com Feitosa e Soares (2018), a Teoria de Campo estuda o comportamento na perspectiva     da totalidade, sem uma análise das partes separadas. O campo psicológico influencia tanto sobre o comportamento que se não tem mudança no campo não haverá mudança no comportamento.

Segundo Ramalho (2010) “grupo é um conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe de forma explícita ou implícita a realização de uma tarefa” (apud RIVIÉRE, 1980). Nesse sentido a dinâmica de grupo é um importante trabalho a ser desenvolvido para incentivar a comunicação e facilitar o desenvolvimento social individual mútuo.

Fonte: Imagem de Pexels por Pixabay

Felizmente, nós também possuímos uma capacidade inata para responder ao nosso próprio sofrimento de uma maneira tranquilizadora e curadora – a autocompaixão. Dalai Lama (1995) define a compaixão como “uma abertura ao sofrimento, aliada ao desejo de aliviá-lo” e a mesma atitude direcionada para si mesmo associado ao bem-estar psicológico e saúde mental, incluindo resiliência emocional frente a eventos negativos, de forma que ela merece uma consideração cuidadosa.

Neff (2003) destaca que a autocompaixão possui três componentes principais: (1) auto gentileza, (2) uma percepção de humanidade comum, e (3) mindfulness. A auto gentileza implica em sermos calorosos e cuidadores com nós mesmos quando as coisas acabam mal em nossas vidas. A humanidade comum implica no reconhecimento da natureza compartilhada do sofrimento quando as situações difíceis surgem, em vez do sentimento de estarmos desesperadamente sozinhos. E mindfulness se refere aqui à habilidade de se abrir à experiência dolorosa (“isso dói!”) com consciência não-reativa e equilibrada. Juntos, a autocompaixão é precisamente o oposto de nossa reação típica às ameaças internas – auto criticismo, autoisolamento e auto absorção.

Schanche, Stiles, McCollough, Swartberg, & Nielsen (2011) relata que através da autocompaixão previram menos sintomas psiquiátricos e problemas interpessoais.

Fonte: Imagem por Pixabay

Uma vez que a autocompaixão prevê a conexão com emoções difíceis sem autojulgamento, parece que ela leva a um funcionamento psicológico mais saudável.

Pereira, T. T. S. O. (2013) a dialética é como a arte do diálogo. Não pode haver transformação sem diálogo, sem interação, sem a troca, sem a palavra do outro construindo sentidos junto à primeira palavra, seja na mesma direção, seja em sentidos contraditórios, em um movimento permanente, dialético e em espiral.

Nesse, (1993) fez um rápido relance que permiti compreender o estabelecimento na linguagem filosófica feito por Platão sob a dialética, diz-se que “[…] a dialética é a arte de discutir; tensão entre opostos”.

De acordo Castanho (2012) para o filósofo grego, a dialética era um modo de conhecimento. Argumentos inicialmente contraditórios eram confrontados através do diálogo e da conversa, podendo-se chegar a uma conclusão satisfatória para todas as partes envolvidas. Esse processo, dentro da concepção platônica de mundo, era a possibilidade da passagem do mundo sensível (da contradição inicial) ao mundo inteligível (visto como imutável). A dialética era, portanto, o modo de ascese de um mundo ao outro.

Fonte: Imagem de Jerzy Górecki por Pixabay

Há uma multiplicidade de papéis e atribuições da mulher contemporânea: ser mulher, mãe, esposa, filha, profissional, estudante, empresária, artista ou todos eles ao mesmo tempo. Para conciliar maternidade e carreira, felicidade e amor, as mulheres contemporâneas se deparam com muitas tarefas e muitas exigências. É a época dos recasamentos e da maternidade tardia, (o parto é uma escolha, não uma obrigação). Elas são mais livres sexualmente, ficam longe de relacionamentos abusivos, são mais autoconscientes, buscam mais irmandade e são menos críticas. Entre aqueles que trabalham em casa e no exterior, eles experimentam estresse e dor por não estarem totalmente comprometidos com todas essas áreas da vida como deveriam estar. Muitas mães se sentem culpadas e inadequadas por não conseguirem passar o máximo de tempo possível com seus filhos, familiares, amigos, ter lazer e diversão.

Segundo Paiva (1989). As mulheres de hoje devem cumprir todas as tarefas antes desempenhadas apenas pelos homens e ainda manter todas as suas velhas atribuições e a mesma feminilidade que lhes foi historicamente atribuída. A imagem vendida pela mídia é de mulheres independentes, eficientes, bem sucedidas profissionalmente, bem resolvidas sexualmente, e ainda bonitas, atraentes e sempre jovens. Ao mesmo tempo espera-se que sejam mães modernas e esposas amorosas.

Este é o modelo de mulher moderna, o papel esperado a ser bem desempenhado, sua nova persona.  A mulher muitas vezes se vê prensada entre o modelo anterior e o atual, esforçando-se arduamente para ser a “mulher-maravilha”, mas também profundamente exaurida afetivamente.

REFERÊNCIAS

AMADO, Gilles. GUITTET. André. A dinâmica da comunicação nos grupos. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

ARANHA, M. L. MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.

BROWN, Brené. A coragem de ser imperfeito. Rio de Janeiro: Sextante, 2016.

CASTANHO, Pablo. Uma Introdução aos grupos operativos: Teoria e Técnica. Vínculo – Revista do NESME, 2012, v.9, n. 1, pp 1-60

DEREK griner, MARK E. beecher, GARY M. burlingame, DAVID M. erekson, ANDE kara,Terapia na compaixão em grupos.2010.

FEITOSA,C.M.Beleza e SOARES, S. M. A concepção de envelhecimento com base na teoria de campo de Kurt Lewin e a dinâmica de grupos, Ciência & Saúde Coletiva, 24(8):3141-3146, 2019

JUNG, C.G. Considerações gerais sobre a teoria dos complexos. In. A natureza da psique. Tradução de Pe Dom Mateus Ramalho Rocha. Petrópolis: Vozes, 2000b p.27-39.(Obras Completas de C.G Jung v.9/2). 1934.

LAMA, Dalai. The power of compassion. New Delhi, India: HarperCollins. 1995.

LINEHAN, M.M. Manual de treinamento de habilidades para o tratamento do transtorno de personalidade borderline. Imprensa Guilford. 1993.

PEREIRA, T. T. S. O. Pichon-Rivière, a Dialética e os Grupos Operativos. 2013

RAMALHO. Cybele. Psicodrama e dinâmica de grupo, Aracaju, 2010

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Criativas e dinâmicas, mulheres se reinventaram com mais facilidade para manter seus negócios vivos durante 2020

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Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de Novembro, marca a força e táticas das mulheres para se manterem à frente de seus próprios negócios

O Brasil tem a 7ª maior proporção de mulheres entre os empreendedores iniciais, ou seja, até 42 meses, e foram responsáveis por 34% dos empreendimentos criados no Brasil em 2018, segundo o último estudo divulgado pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), maior e principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, que contou com dados de 49 países. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, mostrou que atualmente cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil, o que representa 34% deste universo do empreendedorismo.

A pandemia ocasionada pelo coronavírus deixou seus lastros principalmente entre elas e estimativas dão conta que cerca de 52% tiveram que fechar suas empresas, seja temporariamente ou de vez. Mas, embora as mulheres tenham sentido mais os efeitos, foram elas também quem tiveram as melhores reações para se restabelecer. A capacidade de diversificar os pontos de vista na tomada de decisão foi essencial para oxigenar o negócio e definir uma nova relação entre cliente e prestador de serviço. Não é de se espantar, portanto, que o estudo do McKinsey Global Institute projetou o impacto financeiro de um cenário com participação plena das mulheres no mundo dos negócios: os ganhos no PIB mundial chegariam a US$ 28 trilhões até 2025.

Histórias de mulheres empreendedoras inspiram, como é o caso da Rosana Braem, que deixou a carreira estável em uma emissora de televisão brasileira para se tornar freelancer e ressuscitar uma paixão: produzir brownies e cookies. De pequenas e médias encomendas, logo Rosana sentiu a necessidade de alugar um espaço que funcionou como seu ateliê. Com o ritmo fluindo, inaugurou o Bendito em 2009, em Copacabana. Com apenas 28m², a simpática loja já funcionava com sua marca bem formatada, unindo estética à qualidade excepcional. Em 2014, instalou-se em um espaço maior, de 150m² no mesmo bairro e, num intervalo de apenas quatro anos, abriu mais quatro lojas. Foi ao abrir a quinta, que a empresária decidiu entrar no franchising, unindo-se à rede Espetto Carioca.

Fonte: Rosana Braem
Divulgação

Quem também abdicou de uma carreira estável no setor público para se lançar ao empreendedorismo foi Regina Jordão, CEO da rede de depilação Pello Menos. O começo na área, quando auxiliava um amigo médico, parecia mais tranquilo, até o marido ser desligado do trabalho e a necessidade bater a porta. Foi então que criou um centro de depilação em 1996, contrariando as projeções pessimistas de quem dizia que as mulheres no Rio de Janeiro não precisavam do serviço. De boca em boca e muita panfletagem, Regina mostrou às cariocas o produto de excelente qualidade que desenvolveu com uma amiga e que ameniza a dor e agiliza todo o processo. Não é a toa que o negócio que começou com investimento de R$ 40 mil alcançou um faturamento de R$ 46 milhões em 2019 e hoje tem mais de 50 lojas.

Fonte: Regina Jordão
Divulgação

E foi a necessidade que fez o negócio da Paula Machado sair do papel. Dentista por formação, precisava de uma solução segura e eficaz de esterilização do consultório odontológico que, em meio a pandemia do coronavírus, continuava operando. Foi então que a startup Meister Safe ganhou vida por meio das mãos dela e de mais dois amigos. Através de raios UV-C, aliada ao uso de tecnologia, a empresa desenvolve soluções customizadas e individuais de esterilização de ambiente. O que a princípio seria apenas para utilização própria, tornou-se uma ideia de negócio. Hoje, eles também oferecem uma solução para ser acoplada aos aparelhos de ar condicionado e reduzir a transmissão do Sars-Cov-2.

Fonte: Paula Machado
Lina Kyara

Camila Miglhorini criou o Mr Fit em 2013, a primeira rede de alimentação saudável a utilizar o conceito de fast food no Brasil. Saindo de uma reunião após o almoço, percebeu a dificuldade de encontrar um local com comida saudável e viu aí uma lacuna no mercado. Já experiente no ramo, formatou o negócio para operar por meio de franquias, com valores acessíveis e rentáveis. Vendeu o carro e apostou no sonho do negócio próprio. Hoje, comanda bem de perto as mais de 376 unidades distribuídas em 17 estados brasileiros. Durante a pandemia do coronavírus, para ganhar capilaridade, reduziu em cerca de 75% o valor de investimento dos modelos de negócios oferecidos pela sua rede e vendeu cerca de 190 novas franquias.

Fonte: Camila Miglhorini
Divulgação

A necessidade também foi o motivo que impulsionou a criação da Casa de Bolos. Aos 74 anos, Sônia Maria Napoleão Ramos, ou simplesmente ‘Vó Sônia’, como é carinhosamente chamada, hoje colhe os frutos de uma atitude tomada em 2009. Quando Rafael Ramos, o filho caçula, perdeu o emprego, a família viu-se obrigada a encontrar uma maneira urgente de complementar a renda e fechar as contas do mês. A ideia de fazer os bolos caseiros e sair vendendo pela redondeza ganhou não só as ruas de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, como pessoas que passaram a encomendar as iguarias e fazer o “boca a boca”, a propaganda mais eficaz do mundo. Hoje são 370 unidades e 10 anos de história.

Fonte: Vó Sônia
Divulgação

Há 10 anos construindo sua própria história está Melina Alves, fundadora e CEO da DUXcoworkers. A jovem que saiu de Passos, interior de Minas Gerais, aos 17 anos com vontade de transformar vidas, adentrou no universo do UX, que significa User Experience, por meio da publicidade, quando veio estudar em São Paulo. Encantada com o poder do ‘bom uso’ da tecnologia, Melina rapidamente se destacou na área digital e, envolvida com o tema, desenvolveu junto com a agência em que trabalhava o primeiro app de realidade aumentada. Estudando e investindo todo o tempo possível em sua capacitação e consolidando seu nome no mercado, tornou-se pioneira no Brasil a profissionalizar o tema, criando a primeira consultoria e coworking de UX.

Fonte: Melina Alves
Jhonatan Chicaroni

Enquanto umas transformam vidas de pessoas, outras transformam vidas de bichos. Foi assim com a Alexandra Gimenez, que sonhava em ter um espaço bem grande para poder socorrer os pets de rua e outros animais que precisassem de ajuda. O sonho de infância a motivou a criar um negócio: a AmahVet, uma clínica veterinária que reúne consultórios, centro cirúrgico, laboratório próprio com tecnologia de ponta e farmácia. Com boa gestão e controle de estoque, as consultas são realizadas por um preço acessível e podem ser parceladas em até 12 vezes, para proporcionar um atendimento digno a um número maior de animais de estimação. A clínica funciona há três anos, no bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista e conta com mais de 10 diferentes especialidades veterinárias.

Fonte: Alexandra Gimenez
Divulgação
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Ser Mãe Empreendedora

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Sou Livia Marques, Psicóloga Clínica e Organizacional, Palestrante, Escritora, Professora Universitária e empreendedora. Mas tenho como principal função: Ser Mãe de duas crianças lindas que amo muito.

Quando decidi, realmente, empreender eu já tinha meu filho mais velho e tinha acabado de passar por um forte assédio moral na empresa em que trabalhava. Decidi fazer algo que eu já gostava e era minha área. A Psicologia, que eu conciliava a clínica com o RH, trabalhando com carteira assinada. Então, fui, mesmo com o maior medo. Logo depois, no Brasil veio na tal crise e as pessoas me perguntavam: “Você é louca?! Faz um concurso!”

Eu simplesmente fingia que não ouvia e continuava. Ser empreendedora não é fácil, aliás empreender não é nada fácil no nosso país. Mas eu faço isso e gosto muito do que realizo, tenho paixão real pelo meu trabalho. E o principal, mostro isso para meus filhos. O que faz com que eles entendam o meu trabalho e me admirem. Por mais que tenha dias que sentimos muita falta uns dos outros.

Fonte: encurtador.com.br/fBZ16

Eu como mãe e psicóloga (a pessoa é psicóloga e tem filhos) sou bombardeada, sim! E sou muito. Por exemplo: “Essa mãe não liga para os filhos, só trabalha”. E os julgamentos continuam: “Ela não tem tempo para os filhos, trabalha todos os dias e em todos os horários”. Essas frases ouço com muita frequência.

Por mais que eu seja psicóloga, sei que precisamos nos ater às coisas boas, mas os julgamentos doem muito. Pessoas, não julguem mães que trabalhem e nem que empreendam! Aliás, vamos parar com esse julgamento de que essa mãe é ruim ou não dá atenção necessária. Crianças e mães não nascem com manuais. E outra, vamos levar em consideração que mães podem gostar do que fazem e podem trabalhar e não perderem seu amor materno. Essa ideia de que se a mulher estiver trabalhando é péssima mãe deve ser deixada de lado. Será que hoje falam dos pais que trabalham? Que você acha?

Ser mãe, empreender é muito bom, para mim é. Eu realmente me canso muito mais do que com a CLT. Mas a minha satisfação, a alegria de estar fazendo a minha agenda, por mais que, às vezes, ela possa não bater com a da família, é muito bom. Outra grande questão é a importância de quando se tem apoio, seja da família, de amigos, companheiro(a). Isso é um grande diferencial. Se você tem medo e/ou passa por julgamentos, acredite, as pessoas falam. Mas apenas você pode ir atrás do que sonha.

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