A importância do Dia Mundial da Alimentação no combate a fome e a pobreza mundial

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Celebrado no dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da nutrição com uma alimentação adequada. A temática, esse ano, será “As nossas ações são o nosso futuro. Melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e melhor qualidade de vida”. A iniciativa tem como meta relembrar que ainda muitas pessoas passam fome nos quatros cantos no mundo, bem como propor soluções para colocar fim a esta problemática.

Fonte: www.mundodastribos.com

Conforme a Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), a edição 2021 tem grande impacto por acontecer na pandemia de Covid 19, que desencadeou uma desaceleração da economia mundial e a diminuição da renda familiar, o que afeta justamente a subsistência, ou seja, falta comida na mesa.  A pandemia teve um efeito devastador sobre a segurança alimentar no Brasil.  Segundo a FAO, 50 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar devido ao desperdício de alimentos, bem como as condições inadequadas de colheitas.  A entidade explica que uma alimentação adequada saudável deve ser um direito permanente e sustentável, e para isso acontecer é preciso de uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil. No entanto, como mencionado, a pandemia trouxe novamente o retrato da fome no Brasil, que tem como as crianças as mais afetadas.

 De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), com a pesquisa “Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid 19, no Brasil”, 55,2% das famílias brasileiros encontram-se em insegurança alimentar e 9% convive com a fome total, sendo que menos da metade dos municípios brasileiros, o que equivale a 44,8% tinha em seus moradores a segurança alimentar. Os dados são alarmantes e assustadores, e quem mais sofre com essa crise alimentar é a zona rural, informou a pesquisa, realizada este ano. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas com a pandemia, o que ocasionou um aumento do número de desempregados e endividados.

 A pesquisa foi realizada nos domicílios brasileiros com o intuito de buscar informações sobre a atual situação das famílias com a crise sanitária da Covid 19, para a tomada de decisões públicas e mobilização da sociedade civil e organizada. Nesse sentido que Maria de Fátima de Albuquerque (2009) evidencia que o direito à alimentação adequada irá se concretizar quando homens, mulheres e crianças tiverem acesso físico e econômico, sem interrupção, dos meios para sua obtenção. Em seu ponto de visto, a desigualdade precisa ser combatida para que todos possam usufruir de uma boa alimentação, por meio de ações progressistas e com o apoio do Estado, o qual é responsável pela elaboração de políticas públicas de Estado.

Fonte: Adobe Stock

A Associação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (Abrand) destacou em artigo que para garantir um caminho no avança da segurança alimentar e nutricional, além da soberania alimentar é preciso superar as violações ao Direito Humano da Alimentação.  Para a organização, é preciso que a sociedade civil busca apoderar-se de informações para assim exigir a efetivação dos direitos humanos, consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a promoção da vida, dignidade humana, que passa por uma alimentação nutritiva, ou seja adequada.

Enquanto o mundo ainda passa pela onda da pandemia da Covid 19, é preciso oferecer um olhar acolhedor para as pessoas em situação de vulnerabilidade. A insegurança alimentar, em resumo, é passar fome. Um cenário devastador que assombra inúmeras famílias que não têm o que comer. Por isso, ajude quando puder. Entre em contato com Organizações Não Governamentais (ONGs) que irão direcionar suas doações. Às vezes, pode ser a pessoa que mora ao seu lado.  Juntos podemos construir um mundo melhor.

REFERÊNCIAS

Albuquerque, Maria de Fátima: A segurança alimentar e nutricional e o uso da abordagem de direitos humanos no desenho das políticas públicas para combater a fome e a pobreza1 Disponível https://www.scielo.br/j/rn/a/K8QycNXpRNRs8GxWhFCmDBP/?format=pdf&lang=pt4. Acesso 09 de out, de2021

Associação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (2010). Disponível em  < https://www.redsan-cplp.org/uploads/5/6/8/7/5687387/dhaa_no_contexto_da_san.pdf>. Acesso 09 de out, de 2021.

Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), Disponível em http://olheparaafome.com.br/VIGISAN_Inseguranca_alimentar.pdf.  (2021) Acesso 09 de out, de2021.

Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).  Disponível em < http://www.fao.org/brasil/programas-e-projetos/programa/pt/#c356409. Acesso 09 de out, de 2021.

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A importância da educação ambiental na infância

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“Ensina a criança no caminho em que ela deve andar”, esta referência bíblica pode ser usada no contexto da educação ambiental. Ou seja, a sustentabilidade e o meio ambiente devem ser ensinados desde cedo, e desenvolver esse comportamento em um pequenino, é contribuir para a formação de um adulto consciente, por meio de ações positivas. Evitar o desperdício de água, descarte correto dos resíduos, queimadas indevidas são alguns exemplos que devem ser cultivados na aprendizagem da criança.

Pensando nisso, o Ministério da Educação elaborou o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), um documento didático que direciona técnicas pedagógicas a serem utilizadas em sala de aula para o ensino aprendizagem da criança sobre educação infantil.  O objetivo do referencial é sociabilizar informações, discussões e pesquisas junto aos professores e demais profissionais da educação infantil, no ensino público no âmbito municipal e estadual.

Fonte: Freepick

Para isso, o RCNEI foi dividido em três volumes: Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo, Identidade e Autonomia, bem como Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. A intenção da divisão em eixos de trabalho foi facilitar o trabalho do profissional da educação infantil para o desenvolvimento de atividades com os alunos para a prática educativa. O documento encontra-se disponível no portal do ME para consulta.

Sobre essa temática a Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Palmas, lançou um projeto de extensão intitulado “BeeTec UFT”, que objetiva levar a educação ambiental à criança do ensino público, da Capital, por meio dos estudos das abelhas nativas do Tocantins. Inaugurado em 2019, a iniciativa disponibiliza sua versão online, devido à pandemia de Covid- 19, bem como página no Instagram e canal no YouTube.  O projeto de extensão é realizado pelo trabalho voluntário dos estudantes de iniciação científica e de pós-graduação da UFT.

Fonte: Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Nesse sentido, Campus de Carvalho (2004) afirma que a maioria das pesquisas empíricas, demonstram a influência de aspectos físicos nas ações de crianças pequenas, oriundas da psicologia ambiental. Segundo o pesquisador, um aspecto ambiental físico faz-se necessário para a ocorrência de interações positivas, não só entre crianças, mas também delas com o adulto. Por isso, a importância do lúdico por meio de ações com características físicas para a assimilação do conteúdo exposto para a criança, no que tange a educação ambiental, bem como outras disciplinas.

Gleice Azambuja Elal (2013) aponta que o debate do ambiente no desenvolvimento infantil, bem como sua literatura na área das relações pessoa-ambiente são necessários para a construção de uma qualidade de vida na criança, a qual passa pela compreensão ecológica de seu comportamento. “A otimização das relações com o ambiente, preocupando-se com a definição de lugares que contribuam para a formação da identidade pessoal, das aptidões e competências individuais”.

REFERÊNCIAS

Campos-de-Carvalho, M. (2004). Psicologia ambiental e do desenvolvimento: O espaço em instituições infantis. In R. S. Guzzo, J. Q. Pinheiro & H. Günther (Orgs.), Psicologia ambiental: Entendendo as relações do homem com seu ambiente

ELALI, Gleice Azambuja. O Ambiente da Escola – o Ambiente na Escola : Uma Discussão sobre a Relação Escola-Natureza Educação Infantil. Estud. psicol. (Natal) 2003, vol.8, n.2. Disponível em: <http:// www.scielo.org/> Acesso em: 20 julho 2013

Ministério da Educação (ME). Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso 01.out. de 21.

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Immanuel Kant – O conhecimento e a razão na perspectiva kantiana

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Fonte:http://conceitos.com/wp-content/uploads/2014/05/Racionalismo.jpg

Immanuel Kant foi um grande filósofo iluminista nasceu em 22 de abril de 1924 em Konigsberg, Reino da Prússia, faleceu em 12 de fevereiro de 1804. O renomado autor alcançou destaque ao desenvolver uma síntese das teorias do conhecimento vigentes no século XVIII que eram opostas e se baseavam no racionalismo continental, fundamentado por autores como Descartes e Leibniz na qual imperava o raciocínio dedutivo e em oposição estava o empirismo inglês de Hume e Locke.

Veiga-Neto, 2002, apud Romagnoli, 2009, p.166, afirma

[…] Nessa proposta iluminista, o formalismo metodológico sustenta-se na neutralidade/objetividade, com forte mitificação da racionalidade. E o homem torna-se um ser basicamente racional, que usa sua capacidade unida a uma cuidadosa observação do mundo exterior, para a produção de conhecimento científico e o consequente domínio da natureza, tendo como meta abordar a natureza essencial das “coisas”, a partir da noção de verdade.

A partir de tais ideais Kant produziu uma nova perspectiva a respeito da metafísica. O saber maiêutico, ou seja, dado a luz por Immanuel foi de importante valia não só para sua época, mas para toda a modernidade, pois esse período histórico esteve fortemente vinculado ao renascimento da ciência.

A obra que será aqui explanada foi denominada pelo próprio autor de Revolução Copernicana Kantiana, pois faz uma alusão à revolução realizada por Copérnico que descentralizou a Terra do universo e passou a defender que esta girava em torno do sol e não o inverso como se defendia até então. Falar-se à de forma breve sobre o cenário científico da época bem como as principais influencias que motivaram o autor em sua composição critica. Por tanto, o objetivo deste trabalho é uma breve apresentação da teoria crítica de Kant. 


 Fonte: http://www.christianhumanist.org

 O LUGAR DA RAZÃO NA TEORIA KANTIANA

A filosofia teve um grande marco no século XVIII, com o filósofo iluminista Emanuel Kant (1724-1804) conforme foi supracitado. Este, influenciado por três correntes científicas, pela física (Newton), pelo racionalismo (Leibniz e Descartes), e pelo empirismo (Hume), desvencilha do aristotelismo por meio das teorias supracitadas como a de Newton, Copérnico, Bacon, e de filosofias como a de Descartes, Leibniz, Locke e Hume.

 Ele faz uma síntese das então teorias do conhecimento, mantendo elementos das duas teorias antitéticas que são o racionalismo e o empirismo, e coloca outro elemento criando uma teoria cujo objetivo era superar a contradição existente e solucionar a não abrangência dos fenômenos.  Assim, enquanto os racionalistas desconsideravam completamente a experiência do sujeito na aquisição do conhecimento, e os empiristas defendiam que a experiência é inerente ao processo e a origem do conhecimento humano, Kant, segundo Deleuze (1963) coloca como principio a necessidade de o objeto se submeter ao sujeito.

Segundo Ferreira (2012), Kant realiza uma mudança na direção de ajuste das extremidades da cognição, deslocando o sujeito, mais especificamente a razão para o polo central. Então, se outrora era o indivíduo que deveria se ajustar ao objeto e um conhecimento verdadeiro era o que mais se aproximava da descrição do objeto externo, agora nessa nova perspectiva para que o conhecimento se dê o objeto é que deve ser regulado pelas capacidades cognitivas do sujeito.

Emanuel baseia-se na revolução Copernicana, marcada pela ruptura de uma visão de mundo alterando o entendimento entre o homem e o universo. Copérnico revolucionou ao defender a ideia de que o Sol era o centro do Universo e não a Terra como se acreditará até então. Tanto na Teoria de Conhecimento de Copérnico, como na teoria de Kant, observa-se uma similitude entre ambas. Como afirma o autor em sua obra Critica da Razão pura

[…] que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento, o que assim já concorda melhor com o que desejamos, a saber, a possibilidade de um conhecimento antecipado desses objetos, que estabeleça algo sobre eles antes nos serem dados. Trata-se aqui de uma semelhança com a primeira ideia de Copérnico (KANT, 2001, apud BATTISTI, 2013, p.39).

Sobre a revolução copernicana, Deleuze (1963) explicita que o racionalismo dogmático, na teoria do conhecimento se fundava na ideia de correspondência entre o sujeito e o objeto, tratava-se de um acordo entre a ordem das ideias e a ordem das coisas. Tal acordo tinha dois aspectos, implicava em si mesmo uma finalidade; e exigia um princípio teológico como fonte e garantia dessa finalidade. E numa perspectiva muito diferente, o empirismo de Hume questiona os pressupostos da metafisica afirmando acriticamente a capacidade humana de explicar a essência das coisas do mundo, Hume era direcionado a invocar explicitamente uma harmonia preestabelecida.

Ainda segundo o autor supracitado, a ideia fundamental de que Kant denomina a sua revolução copernicana consiste em substituir a ideia de uma harmonia entre o sujeito e o objeto pelo princípio de uma submissão necessária do objeto ao sujeito. Em sua perspectiva o conhecimento humano reside no próprio homem e não nas coisas que ele julga conhecer. Defendendo então que, a única forma de produzir conhecimento válido é restringir-se ao campo dos fenômenos, ou seja, o acesso às coisas tais como se apresentam para o individuo. A descoberta essencial é que a faculdade de conhecer é legisladora ou, mais precisamente, que há algo de legislador na faculdade de conhecer. Para Kant é a razão que faz as regras, estudando os limites da própria razão.

Kant queria demonstrar que há um mundo externo. Em que não há dúvidas sobre sua existência. Então deve- se ser capaz de dizer quando e por quanto tempo ele existe. Em relação com a consciência, que parece estar em constantes mudanças de pensamentos, e sensações. O “agora” é utilizado para dizer o que se acontece neste momento na consciência. Mas, “agora” não significa uma data ou um tempo determinada, então sempre que se diz “agora” muda-se a consciência. “…para que algo exista, deve ser determinável no tempo, isto é, devemos ser capazes de dizer quando ele existe e por quanto tempo” (BURNHAM; BUCKINGHAM, 2011 p.166).

Kant também investigou como a ciência entendia o mundo exterior. Ele se impressionava com a evolução da ciência. Kant junto com outros filósofos, indagava-se sobre o que era feito de maneira correta sobre a pesquisa científica. Os empiristas afirmaram que o recente sucesso da ciência se devia ao fato de os cientistas dedicarem muito mais cuidado as observações sobre o mundo do que tinha sido previamente também pelo fato de fazerem menos suposições injustificadas baseadas apenas na razão. “…todo o conhecimento provém da experiência dos sentidos, em outras palavras nada é priori… embora uma folha de árvore mude de verde para marrom, e finalmente caia da árvore, ainda é a mesma árvore”. (BURNHAM; BUCKINGHAM, 2011 p.169).

Kant argumenta a nossa experiência de mundo envolvendo dois elementos, a sensibilidade, capacidade de experimentas coisas específicas no espaço e no tempo, essa experiência direta o qual denomina “intuição”, o outro é o “entendimento”, capacidade de ter e usar conceitos. Burnham e  Buckingham (2011), o conceito caracteriza uma experiência indireta com os objetos do mundo externo. Dessa forma, sem conceito não saberíamos da nossa intuição/sensibilidade para tais coisas, e sem a intuição não saberíamos da existência das coisas que foram conceituadas.

Fonte: http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/filosofia/11_as_teorias_do_conhecimento_d.htm

Na sensibilidade está a intuição de uma coisa particular no espaço e no tempo, no entendimento está o conceito de “coisa” tal como o conheci empiricamente e o conceito de coisa como substância que possui um significado geral. Vários Autores, (2011), Logo a intuição e conceito de algum objeto são empíricos, pois como o sujeito poderia saber qualquer coisa a respeito de um objeto sem ter interagido com eles no mundo.

Porém a intuição de espaço e tempo e o conceito de substância são apriorístico, ou seja, é conhecido isolado de qualquer experiência empírica. Dessa forma o conceito de substância é uma precondição para a experiência.

A reflexão kantiana sobre o espaço é específica do seu tempo, circunscrita em um contexto de intensas discussões filosóficas para saber se o espaço é a condição da possibilidade da existência das coisas espaciais ou se é a consequência da relação entre as coisas espaciais, dito de forma mais clara, é uma discussão sobre a concepção de espaço absoluto e relativo. A existência do espaço e da extensão depende necessariamente das forças que as substâncias possuem para estabelecer relações fora de si, e mais, sem força não haveria enlace, sem enlace não haveria ordem, e, por fim, sem ordem, não haveria espaço. Nessa perspectiva, o espaço é concebido como um sistema de relações entre as coisas espaciais que estabelecem relações fora de si, impulsionadas por suas forças, em outras palavras, a estrutura do espaço dependerá da lei que regula as forças próprias de cada coisa espacial. “Para Kant, o espaço não uma substância, mas, sim, o fenômeno da ação dinâmica de uma substância sobre outra, e sua divisão ao infinito não implica na corruptibilidade da unidade constitucional dos corpos simples” (ROSSET, 2014, p. s/n).

Contribuições de Kant 

Partindo desse pressuposto, o autor – segundo Figueiredo (1991) – afirma de um lado não acreditar na capacidade de o homem conhecer a verdade absoluta das coisas em si, de outro toda a questão do conhecimento é radicalmente colocada em termos subjetivos, pois tudo que é conhecível repousa na subjetividade humana, e tal subjetividade não é particular de cada indivíduo, é a subjetividade transcendental e universal do Homem.

Os argumentos de Kant mostram que o espaço é uma intuição a priori, para conhecer algo externo ao sujeito, é preciso conhecer que existe um mundo externo a ele, para isso faz-se necessário conhecer o que significa o externo a ele. Esse conceito traz uma implicação admirável, pois se o espaço é a priori não pertence às coisas do mundo em si.

Então, uma coisa em si, separada da nossa sensibilidade e exterior a nossa mente pode não ter nada haver com o espaço. Burnham e  Buckingham (2011), ao dedicar-se a provar a existência de conceitos a priori Immanuel distingue dois tipos de alteração, variação que diz respeito às propriedades que as coisas têm exemplo a cor de um camaleão, e a mudança que diz respeito a alteração de cor do mesmo camaleão. Nessa perspectiva, a substância muda e suas propriedades sofrem variação.

Kant inicia a ideia de “idealismo transcendental”, ele definiu que espaço, tempo e alguns conceitos são característica do mundo que experimentamos, o qual denominou mundo dos fenômenos, e paralelamente pontua as características do mundo em si que estão desassociados da experiência dos sentidos o qual denomina mundo numênico.

Fonte: http://divagacoesligeiras.blogs.sapo.pt/immanuel-kant-22-de-abril-de-1724-12-490050

As arguições a respeito do conhecimento a priori apresentadas por Immanuel destacam consequências positivas e negativas, a positiva é que a natureza a priori de tempo espaço e alguns conceitos torna possível a experiência de mundo, espaço e tempo proporcionam a experiência matemática na natureza, podendo medi-la conforme valores conhecidos. Vários Autores, (2011), o conceito a priori como substância permite fazer perguntas sobre a natureza, tal como se é uma substância e que propriedades existem de acordo com quais leis. O idealismo transcendental permite que a experiência empírica seja considerada útil para a ciência. Do lado negativo, certos tipos de pensamento, se nomeiam ciência e até parecem ciência mas falham totalmente. Isso acontece porque aplicam a coisas em si intuições como de espaço, tempo e substância, o que é válido para a experiência empírica porém não tem validade para as coisas em si.

A partir do estudo desenvolvido no presente trabalho pode-se destacar em um contexto geral a relevância da composição de tais autores como Kant para o acumulo do conhecimento científico. E em um contexto específico, sistematizado nas ciências humanas como a Psicologia, a teoria Kantiana manifesta-se precursora do que atualmente compreende-se como subjetividade.

Referências

BATTISTI, F. A revolução copernicana kantiana como metáfora para se pensar a construção da autonomia do sujeito que aprende. URIAUM. Frederico Westphalen, 2013.

BURNHAM, Douglas.; BUCKINHAM, Will. O livro da Filosofia. Editora Globo, São Paulo, SP, 2011.

DELEUZE, G. Filosofia Crítica de Kant. Edições 70. Lisboa, 1963.

FERREIRA, A. Kant e a Revolução Copernicana do Conhecimento: uma Introdução. Existência e Arte. Revista Eletrônica do Grupo PET. Ciências Humanas, Estética da Universidade Federal de São João Del-Rei. Ano viii. Número vii, 2012.

ROMAGNOLI, R. C. A cartografia e a relação pesquisa e vida. Psicologia & Sociedade; 21 (2): p. 166-173. Belo Horizonte, 2009.

ROSSET, L. O Problema da natureza do espaço em Kant. Rev. Paradigmas. Ed.09. São Paulo, 2014.

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No dia em que os capítulos fazem sentido

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Quando as palavras não conseguirem descrever o que penso, procurarei olhar para você. É que olhando eu posso adicionar mais detalhes que ajudarão compor meu discurso, construindo e desconstruindo algumas convicções quase inquebrantáveis. Mesmo que, no fim, eu não fale, quero frutear minhas teorias.

Quando brigar comigo, ficarei lhe olhando. Reunirei seu bramido, trejeito, tom e disposição. Assim, conseguirei entender a intensidade das suas limitações e, ao mesmo tempo, responder suas ansiedades. Além das observações, as quais muito me acrescentarão, o outro benefício será me divertir com essa zanga. Os efeitos de sua braveza mostram belezas, aí, escondidas.

Quando a tristeza tomar destaque e comandar seu eu, olharei para você. Sentirei todo o seu pesar percorrendo os diversos pedaços seus. Compreenderei até onde consegue encarar e suportar isso. E partir desse instante, encontrarei planos que lhe livrarão de tal incômodo.

Quando sorrir para o mundo, adivinha… Os meus olhos firmarão em você. Isso será o meu recreio. Uma das forças que manterei guardadas em mim. Acreditarei, fielmente, que essa ação será uma das minúsculas coisas mais belas que o mundo tem para oferecer. Desculpe-me, mas preciso desse momento na minha vida. Permita-me, por favor!

Quando você quiser a solidão como companhia, olharei para o céu, e com os olhos firmes e atentos, desenharei seu rosto e o de tantos outros que poderiam formar o seu grupo, a sua base e alegria. Já que, no momento, prefere a solidão, eu, por outro lado, não prefiro, não. Quero, imaginariamente, me cobrir de relações, e que você “esteja” lá, para lhe observar.

Destaco a presença de outras pessoas no meio, também, porque não quero estudar (olhar), somente, você. Quero olhar para o mundo. Quero entender como ele funciona. Tenho preferido à profundidade, e nada mais justo que escolher o “olhar” como meio para tantas aprendizagens. Desse modo, auxílio, penetro na vida dos outros e, de certo modo, entendo e invento uma cidade. A nossa cidade. Aquela em que rabiscaremos as nossas flores, casas, camas, cartas, diversões…

Essas relações farão com que cristalizemos as nossas características. Eu quero mais que lhe olhar. Quero entender como as pessoas se deslocam. Partindo desse entendimento, poderei, de tempos em tempos, atualizar essa cidade. Então, mais uma vez, permita-me olhar para você. Para os outros. Ver os mundos, as casas… e como chegar (se é que quero o fim dessa viagem).

Olha, eu não costumava olhar nos olhos. Distanciava-me da sensibilidade e ocupava mais de mim nos espaços da ignorância. Quando olho nos seus olhos, eu não invado sua intimidade. Fique tranquila com isso! Na verdade, é totalmente o oposto. Quando olho para você, eu descubro mais de mim. Vou passeando nos canteiros onde colhi as raízes do meu medo, do meu fracasso, do meu ressentimento, do meu nervosismo, da minha falta de instrução… Quando olho para você, recebo sua ajuda. Mesmo que, escancaradamente, invisível.

Entende, agora, por que preciso lhe olhar? Ao olhar, planto raízes melhores, mais cheirosas e vistosas. Essa temporada aguçou meus sentidos. Tudo porque passei a olhar. Pude sentir o verdadeiro cheiro podre de alguns lugares, tatear mais crostas que, a princípio, aparentavam ser de peles e paredes cuidadas. Os barulhões em meus ouvidos vinham, agora, de canções altas, porém de desordenamentos ordenados. Pude sentir o verdadeiro gosto dos cafés e chás. Alimentei-me bem. Foi tempo de revelações, entende? Imundície. Essa sensibilidade em descobrir se deve aos investimentos que fiz na visão. É preciso exercitar os olhos e alma. Agora sei olhar.

Quero que você me olhe, também. Estude-me. Estude-se mais. O mundo, se for bem olhado, mostra coisas lindas. Se não soubermos olhar, diariamente faremos desserviços para alma. Aproveito dessa descoberta para olhar um pouquinho melhor hoje. Se Deus me permitir, amanhã. E depois… Meus olhos são belos e imensos demais para permanecerem fechados, distraídos ou reprimidos. Fechar os olhos, agora, só se for para ficar espiando no meu outro plano (nos sonhos).

 

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O Menino do Rio

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Todos os dias ela observava o menino na beira do rio. Alegre, alegre, passarinho voando solto na relva; macaco pulando de galho em galho, na euforia de viver só o momento presente, porque o seguinte não existe. Distante assim no tempo, sua alegria ecoava pelo espaço, preenchendo os vãos até estremecer seu chão. Como amava aquele pedaço de gente!

Pequenino de quase tudo, mas, de longe, percebia-se quão gigante ia ser. Sua inocência era larga, igual aquele mundaréu de água, sem fim. Explodia de cores, energia multiplicada sete vezes o número de folhas da jabuticabeira do quintal. E o amor, ah, esse, ele mesmo dizia, cabia na palma da sua mão, porque assim poderia dar a mãe ou ao pai, inteirinho; os dois tinham que dar um jeito, não podia dividir, era tudo ou nada, e era pesado e bom de carregar no peito todo aquele amor.

Havia tardes que castigavam e o menino fugia da pisa dos raios do sol caindo nas águas do rio. E cantava, cantava uma melodia diferente, só sua.

 

Roda mundo, roda, roda sem parar

Pra que se preocupar pra que se preocupar

Se onde acaba o rio

É o mesmo lugar onde inicia o mar

Cantiga sem fim.

– Onde aprendeu, menino?

– Deus me ensinou.

Simples assim, como o azul do céu. E voltava a cantar, com os peixes a fervilhar à sua volta, bebendo daquilo tudo.

Sonolento ia para a rede. Logo começava a perguntar absurdos de alguma coisa:

– As estrelas caem do céu?

– Cai não meu filho, acho que não;

– E se cair, a gente pode pregar ela no teto do mundo de novo?

– Podemos sim, meu bacuri, podemos sim;

– Queria então uma chuva de estrelas… a gente ia passar a noite no céu… – e o balançar da rede tornava realidade o que dizia.

Um dia, tudo diferente, ficou só o rio, agora água salgada das lágrimas. Triste, triste. O vazio ecoava sem fim na tristeza de quem ficou. Dor cansada de doer da saudade que acabou de começar. Menino foi embora, rápido como fastio de nuvem escura de chuva. Nem barulho fez, não deu tempo nem de falar “A benção, pai. A benção, mãe”. Foi–se junto o sol, o brilho, a vida. Só escuridão ficou. Noite longa guarda tudo, até o sentimento de ausência infinita que chega faltar o ar. Desejo do mundo que agora está lá atrás!

Observa o rio correr sem cansar. Ri sem sentir ao enxergar centenas de estrelas nele. “Quer grudar elas no teto do céu, agora, meu bacuri?”. Só o vento frio da solidão é a resposta. Logo, sem saber que sabia, canta a música do filho:

 

Roda mundo, roda, roda sem parar

Pra que se preocupar pra que se preocupar

Se onde acaba o rio

É o mesmo lugar onde inicia o mar

 

E os peixes fervilham, parecem lembrar. Suspira fundo, no oco do coração, mas sente Deus, quente, tranqüilo. Continuou a cantarolar e podia jurar que o filho acompanhava baixinho, distante, distante. Agora sabia, tinha que ser amiga do tempo, porque um dia também estaria lá longe, no fim do rio esperando o filho lhe levar para as ondas do mar.

 

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Mundo do trabalho e sofrimento psíquico

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Esta Série traz resultados de pesquisas empíricas que envolveram escutas sobre o sofrimento no trabalho na contemporaneidade. Compõe a Série diferentes categorias de trabalhadores de norte a sul do país: catadores de materiais recicláveis, trabalhadores da Unidade de Operações Aéreas do DETRAN, trabalhadores de um hospital psiquiátrico público, educadores sociais de adolescentes em situação de rua, docentes do ensino superior privado e bancários.

Estes estudos partilham a abordagem teórico-metodológica da Psicodinâmica do Trabalho, que tem em seu bojo a prevenção da saúde em espaços de trabalho, através da mobilização subjetiva dos trabalhadores.

Trata-se de uma abordagem científica desenvolvida por Christophe Dejours na França nos anos 1980. Inicialmente, a Psicodinâmica do Trabalho éconstruída com referenciais teóricos da psicopatologia, evoluindo para uma construção própria em função do avanço das pesquisas e tornando-se uma abordagem autônoma com objeto, princípios, conceitos e métodos particulares (Mendes, 2007).

A transição da Psicopatologia para a Psicodinâmica do Trabalho aconteceu em 1993. Justifica-se a mudança pela proporção que a área tomou e, sobretudo, por seu objeto ser a normalidade, a saúde e não mais a doença; embora o foco continuasse sendo o sofrimento no trabalho, abriu-se espaço para o prazer (Lhuilier, 2011).

A Psicodinâmica do Trabalho é um referencial do campo da saúde mental e do trabalho que tem sido muito utilizado e tem oferecido grande contribuição às pesquisas e intervenções nesta área no Brasil (Mendes, Lima & Facas, 2007). Parte-se do pressuposto que otrabalho pode ser um gerador de saúde, mas também um desestabilizador patogênico; porém, jamais neutro, e, assim, se confirma a centralidade do trabalho enquanto construtora de identidade, conforme pontua Dejours (2011).

O quadro teórico de referência da Psicodinâmica do Trabalho, baseado em Dejours (2004) e Ferreira e Mendes (2003), contempla alguns conceitos centrais que partem da organização do trabalho entre o prescrito e o real. Para efeitos didáticos, podem ser assim apresentados: vivências de sofrimento psíquico no trabalho; vivências de prazer no trabalho; estratégias de mobilização subjetiva (espaço público de discussão, cooperação e inteligência prática) e estratégias defensivas (modos de pensar, sentir e agir individuais e/ou coletivos, conscientes ou não) que têm função de adaptação e proteção para evitar o adoecimento, mas não garantem a saúde.

 

 

Tais defesas podem ter efeito de alienação, uma armadilha para o adoecimento e para as patologias, como as citadas por Dejours (2008). Todos estes elementos são permeados pelo reconhecimento no trabalho, que se caracteriza como um caminho para a mobilização subjetiva através de: retribuição moral e simbólica às contribuições para a organização do trabalho (esforço e investimento); julgamento de utilidade e beleza, identidade e sentido no trabalho; conhecer para reconhecer. Para quem desejar aprofundar estes tópicos sugere-se os seguintes estudos: Mendes, (1994); Medeiros, (2012); Traesel, (2007); Bottega, (2009); Garcia, (2011); J. B. Ferreira, Mendes, S. C. da C. Lima, Facas e Ghizoni (2013) e A. da S. Ferreira, (2013).

Destaca-se, entretanto, que “a mobilização subjetiva é caracterizada pelo movimento do sujeito que viabiliza as capacidades de sentir, pensar e inventar para realizar o trabalho” (J. B. Ferreira et al., 2013, p. 101), assim, ela é composta pelas dimensões indissociáveis: inteligência prática, espaço de discussão, cooperação e reconhecimento (Mendes & Duarte, 2013).

Assim, a Psicodinâmica do Trabalho é uma clínica do trabalho, pois ‘investiga’ o sujeito em situação real, concedendo um espaço privilegiado para a fala do trabalhador sobre o seu sofrimento no trabalho, em uma perspectiva mais ontológica do que patológica (Lhuilier, 2011). Esta mesma autora ressalta a importância da escuta sobre o esforço do sujeito pela vida, apesar do sofrimento, de seus modos de resistência e de suas defesas.

Espera-se, com esta Série ampliar o olhar dos leitores para as possibilidades de atenção a saúde dos trabalhadores, estejam eles onde estiverem. Assim entram (En)Cena as reflexões sobre o “Mundo do trabalho e sofrimento psíquico”.

 

Referências:

Bottega, C. G. (2009). Loucos ou heróis: um estudo sobre prazer e sofrimento no trabalho dos educadores sociais com adolescentes em situação de rua.Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil, 201 p.

Garcia, W. I. (2011). Análise Psicodinâmica do Trabalho no Tribunal de Justiça do Amazonas: uma aplicação da clínica do trabalho e da ação.Manaus, AM. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Amazonas, Manaus, AM, Brasil, 109 p.

Dejours, C. (2004). A metodologia em psicopatologia do trabalho. In S. Lancman & L. Sznelwar. Christophe Dejours: da psicopatologia à Psicodinâmica do Trabalho. (pp. 105-126, F. Soudant, S. L. & L. I. Sznelwar trad.). Rio de Janeiro: Fiocruz Brasília: Paralelo 15.

Dejours, C. (2008). Alienação e Clínica do Trabalho. In:S. Lancman & L. Sznelwar.Christophe Dejours: da psicopatologia à Psicodinâmica do Trabalho. (2a edição ampliada, F. Soudant, S. Lancman e L. I. Sznelwar trads. pp. 255-286). Rio de Janeiro: Fiocruz Brasília: Paralelo 15.

Dejours, C. (2011). Addendum da psicopatologia à Psicodinâmica do Trabalho.In S. Lancman & L. Sznelwar. (Orgs.), Christophe Dejours: da psicopatologia à Psicodinâmica do Trabalho.(3 ed. rev, F. Soudant; S. Lancman & L. I. Sznelwar trads., pp. 57-123). Rio de Janeiro: Fiocruz Brasília: Paralelo 15.

Ferreira, A. da S. (2013). A Psicodinâmica do Trabalho de Profissionais de Odontologia do Centro Ambulatorial de um Hospital Universitário. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, DF, Brasil, 106 p.

Ferreira, M. C. & Mendes, A. M. (2003). Trabalho e riscos de adoecimento:o caso dos auditores-fiscais da Previdência Social brasileira. Brasília DF: Edições Ler, Pensar, Agir LPA.

Ferreira, J. B., Mendes, A. M., Lima, S. C da C., Facas, E. P. & Ghizoni, L. D. (2013). Entre a mobilização subjetiva e a subtração do desejo: estudos com base na psicodinâmica do trabalho. In A. R. C. Merlo; A. M. Mendes & R. D. de Moraes (Orgs.).O sujeito no trabalho: entre a saúde e a patologia. (Biblioteca Juruá de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho, pp. 101-118). Curitiba: Juruá.

Lhuilier, D. (2011). Filiações teóricas das clínicas do trabalho. In P. F. Bendassoli & L. A. Soboll (Orgs). Clínicas do trabalho. (pp. 22-58). São Paulo: Atlas.

Medeiros, S. N. (2012). Clínica em Psicodinâmica do Trabalho com a Unidade de Operações Aéreas do DETRAN: o Prazer de Voar e a Arte de se Manter Vivo. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, DF, Brasil, 168 p.

Mendes, A. M. (1994). Prazer e sofrimento no trabalho qualificado: um estudo exploratório com engenheiros de uma empresa pública de telecomunicações. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Distrito Federal, DF, Brasil, 82 p.

Mendes, A. M. (2007). Da psicodinâmica à psicopatologia do trabalho. Em A. M. Mendes. (Org.), Psicodinâmica do Trabalho: teoria, método e pesquisas (pp. 29-48). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Mendes, A. M & Duarte, F. S. (2013). Notas sobre o percurso teórico da Psicodinâmica do Trabalho. In L. G. de Freitas (Org.). Prazer e sofrimento no trabalho docente: pesquisas brasileiras (pp. 13-24). Curitiba: Juruá.

Mendes, A. M., Lima, S. C. & Facas, E. P. (2007). Apresentação. In A. M. Mendes, S. C. Lima & E. P. Facas. (Orgs.), Diálogos em Psicodinâmica do Trabalho. (pp. 09-12). Brasília: Paralelo 15.

Traesel, E. S. (2007). A psicodinâmica do reconhecimento: sofrimento e realização no contexto dos trabalhadores da enfermagem de um hospital do interior do Rio Grande do Sul.Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil, 128 p.

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