Entrevista com a Psicóloga Janinne Costa sobre Avaliação Psicológica Forense

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Aconteceu no em maio o  3° Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica. O evento, foi realizado no Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), abordou a avaliação psicológica aplicada a diferentes campos de atuação do profissional de psicologia, dentre elas a avaliação psicológica forense.

O Simpósio, recebeu a psicóloga Janinne Costa Rodrigues (CRP 23/1861), mediadora da oficina  “Avaliação Psicológica no Contexto Forense: Um Olhar para Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência”. Egressa do curso de psicologia do CEULP/ULBRA. Especialista em psicologia clínica na abordagem da Gestalt-Terapia, formada pelo Instituto Carioca de Gestalt-terapia (ICGT). Estagiou na equipe multidisciplinar da Defensoria Pública do Estado do Tocantins. Na área de psicologia jurídica desde 2017,  hoje atua como supervisora dos entrevistadores credenciados no projeto Depoimento Especial.

Nesta entrevista a psicóloga destaca pontos importantes acerca do cenário da avaliação psicológica forense voltada para crianças e adolescentes vítimas de violência, esclarece dúvidas acerca da temática e conta ainda um pouquinho do que podemos esperar da oficina.

Fonte: Arquivo Pessoal

(En)Cena – Como começou seu percurso ? O que te despertou interesse por essa área?

Comecei no Estágio I da faculdade, onde fomos conhecer os campos de atuação de Psicologia e acabei conhecendo os campos da Psicologia Jurídica, sendo o IML.

(En)Cena – Existem diferenças entre a psicologia jurídica e a psicologia forense? Se sim, quais?

Sim, a Psicologia Jurídica é uma área da psicologia e dentro dela tem subáreas: psicologia forense, psicologia criminal, psicologia penitenciária e psicologia investigativa.

A Psicologia Jurídica é o estudo do comportamento humano perante a Lei, e a Psicologia Forense é quando esse estudo ocorre dentro do Tribunal da Justiça, fórum, defensoria pública, etc.

(En)Cena – Quais os principais aspectos de diferenciação entre a utilização da avaliação psicológica no contexto clínico e forense?

A avaliação psicológica na clínica é uma avaliação de um sofrimento psicológico, de uma demanda de desenvolvimento humano, algo que demonstra um cuidado e apoio com o avaliado. Já a avaliação forense tem a finalidade de auxiliar uma demanda trazida pelo agente jurídico, sobre uma questão legal, tem caráter mais investigativo.

Fonte: encurtador.com.br/htEI4

(En)Cena – De que forma a demanda de avaliação psicológica  forense chega ao profissional de psicologia?

Falando sobre a realidade do Estado do Tocantins essa demanda pode chegar através da rede de proteção, ou das partes do processo, por exemplo quando os genitores estão em disputa de guarda, então um pede para fazer avaliação da criança com intuito de revelar qual será o ambiente mais seguro para a criança viver. Também pode ser solicitado por um advogado da parte.

(En)Cena – No caso de avaliação psicológica para crianças e adolescentes vítimas de violência existem protocolos especiais para condução do processo de avaliação? Se sim, quais?

Sim, um dos protocolos mais utilizados é o protocolo NICHD para entrevista investigativa no ambiente forense. E também tem o Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense, que é utilizado para realização da audiência de Depoimento Especial

Fonte: encurtador.com.br/cgqH4

(En)Cena – Quais competências poderiam ser definidas como fundamentais para um profissional de psicologia que deseja atuar na área de avaliação psicológica forense voltados para crianças e adolescentes vítimas de violência?

Acredito que é necessário ser imparcial, ter uma bagagem de estudos na área, compreender os limites pessoais e profissionais, entender que está trabalhando em prol do direito da criança e do adolescente, entender sobre o trabalho multidisciplinar (agente da justiça, rede de proteção).

(En)Cena – O que os nossos inscritos podem esperar desse encontro?

Podem esperar que vou tentar trazer um resumão sobre a avaliação psicológica no âmbito forense e vou contar um pouco da minha história trabalhando nessa área. Se preparem, pois essa área é encantadora!

A oficina de “Avaliação Psicológica no Contexto Forense: Um Olhar para Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência”, mediada pela psicóloga Janinne Costa Rodrigues (CRP 23/1861), será realizada na sala 221, no dia 25 de maio de 2022.

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Avaliação psicológica para porte de arma de fogo

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O 3º Simpósio de Avalição Psicológica Tocantinense que ocorreu no dia 25/05/22, no Centro universitário Luterano de Palmas, abordou diversos temas relevantes para o mundo acadêmico e profissional, dentre eles está A avalição psicológica para porte de arma de fogo.

Atualmente no Brasil, o cidadão comum tem o direito de possuir armas de fogo. A posse de armas é o registro e autorização para comprar e ter armas de fogo e munição em casa ou local de trabalho, desde que o dono do objeto seja o responsável legal pelo estabelecimento, o que NÃO autoriza o cidadão a portar/andar com a arma. Para conseguir a arma, é necessário cumprir com alguns requisitos, como ter idade mínima de 25 anos, uma ocupação lícita (trabalho) e residência fixa.

Já o porte de armas é a autorização para que o sujeito ande armado fora de sua casa ou local de trabalho. Na lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o porte foi permitido aos agentes de segurança pública, membros das Forças Armadas, policiais e agentes de segurança privada. Em 2019, o Presidente Jair Bolsonaro flexibilizou o uso de armas de fogo através do decreto Nº 9.785, que incluiu ao grupo de pessoas autorizadas os indivíduos: Colecionador ou caçador com Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido pelo Comando do Exército; advogados, Oficiais de Justiça; Jornalistas que atuem na cobertura policial; Agentes de Trânsito; Políticos durante o tempo de mandato; Moradores de áreas rurais; Motoristas de empresas e autônomos (transporte de cargas); Conselheiros tutelar; Funcionários de empresas privadas de segurança e de transportes de valores; Dono de escola de tiro, de estabelecimento que venda armas e munições e Agentes públicos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), da administração penitenciária e de medidas socioeducativas.

Fonte: encurtador.com.br/lABEL

Mesmo com as exigências flexibilizadas nos últimos anos, a aquisição de uma arma de fogo no Brasil continua a exigir um conjunto rigoroso de etapas e, entre estes, está a necessidade da realização de uma Avaliação psicológica para a conquista da “aptidão psicológica, que deverá ser atestada por psicólogo credenciado pela Polícia Federal”.

Esta aptidão psicológica é avaliada a partir de um laudo, que é emitido por um psicólogo que ateste que tal pessoa submeteu-se a uma Avaliação Psicológica. E este Laudo, por sua vez, considerará se aquele indivíduo, no momento daquela avaliação, estaria apto ou inapto para o manuseio de uma arma de fogo.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia, A Avaliação Psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins aos quais a avaliação se destina.

Segundo a Resolução CFP nº 07/2003, “os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica”.

Fonte: encurtador.com.br/alrzD

Desse modo, a avaliação psicológica demonstra-se extremamente necessária e importante nesse contexto, pois é através dela que diversos indicadores necessários para o manuseio de uma arma de fogo são analisados e observados no sujeito. Além de funções cognitivas como atenção, concentração e memória, é importante frisar que alguém que irá manusear uma arma de fogo deverá apresentar a capacidade e a salubridade psicológica para exibir: maturidade emocional; habilidade de empatia; bom raciocínio lógico e habilidade de senso crítico na tomada de decisões; flexibilidade e adaptação; capacidade preservada de autocrítica e autoimagem; capacidade preservada de tolerância à frustração; equilíbrio e estabilidade emocional; forte tolerância ao estresse, entre outros.

Quanto a regulamentarização técnica e ética dos profissionais, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou em 26 de Janeiro, a Resolução CFP Nº 01/2022, criada para regulamentar procedimentos a serem adotados por psicólogos (as) na avaliação para a concessão de registro e porte de arma de fogo.

O texto da Resolução destaca que os profissionais devem fundamentar essa avaliação em preceitos éticos e técnicos, previstos em normativas do CFP quanto a avaliações psicológicas, bem como no respeito à dignidade e os direitos da pessoa humana estabelecidos na Constituição Federal.

A norma elenca requisitos para que o(a) profissional da Psicologia esteja habilitado a realizar avaliação para o registro e porte de arma de fogo. Entre as exigências está a inscrição ativa no Conselho Regional de Psicologia, o credenciamento à Polícia Federal ou outros órgãos competentes para este fim, assim como conhecer e cumprir as regras legais e normativas expedidas pelos órgãos competentes no campo do registro e porte de arma.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA BRASIL. Resolução detalha avaliação psicológica para porte de arma. Disponível em: agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 30 mai. 2022.

CENTRAL DE AVALIAÇÃO MÉDICA E PSICOLÓGICA DO TRÂNSITO. Avaliação Psicológica para Porte de Armas. Disponível em: exametoxicologicogoias.com.br. Acesso em: 30 mai. 2022.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Avaliação Psicológica. Disponível em: https://site.cfp.org.br. Acesso em: 30 mai. 2022.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Avaliação Psicológica: CFP publica resolução sobre registro e porte de armas. Disponível em: https://site.cfp.org.br/. Acesso em: 30 mai. 2022.

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Oficina de Avaliação Psicológica no contexto de concursos públicos é sucesso

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O 3º Simpósio de Avaliação Psicológica Tocantinense – 2022, contou com a presença de vários profissionais de Psicologia em diversas oficinas que abordaram vários temas. Dentre as psicólogas destaco a Psicóloga Lilian Julian palestrando no evento com o tema: As facetas da avaliação psicológica nos concursos públicos.

Fonte: Arquivo Pessoal

A Psicóloga explicou que a Avaliação Psicológica para Concursos Públicos e/ou processos seletivos é de natureza pública e privada e é regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia através da Resolução CFP nº 002/2016 e é uma área em construção para a Psicologia. Ainda com base Resolução CFP Nº 002/2016 no Art.1º  rege o seguinte que a avaliação psicológica para fins de seleção de candidatos(as) é um processo sistemático, de levantamento e síntese de informações, com base em procedimentos científicos que permitem identificar aspectos psicológicos do(a) candidato(a) compatíveis com o desempenho das atividades e profissiografia do cargo. Ou seja para proceder à avaliação referida no caput deste artigo, o(a) psicólogo(a) deverá utilizar métodos e técnicas psicológicas que possuam características e normas reconhecidas pela comunidade científica como adequadas para recursos dessa natureza, com evidências de validade para a descrição e/ou predição dos aspectos psicológicos compatíveis com o desempenho do candidato em relação às atividades e tarefas do cargo. O Art 2º da mesma resolução traz que uma questão sobre a necessidade do psicólogo sempre utilizar os testes aprovados pelo CFP.

Então o foco da Avaliação Psicológica em concursos públicos está para identificar se um(a) candidato(a) possui as características necessárias para o cargo pretendido, tendo como base um perfil previamente definido (perfil profissiográfico) e os fatores restritivos e/ou impeditivos para o desempenho do perfil que está sendo avaliado. Exige-se da(o) profissional que atua nesta área um conhecimento sobre a área de avaliação psicológica, de psicometria, para além da aplicação dos testes psicológicos, afinal, ao tomar uma decisão sobre a aptidão ou não de um(a) candidata(o) a um cargo, deve-se ter certeza de que essa definição está embasada cientificamente, já que há implicações sobre a vida dos envolvidos. A interpretação e análise dos dados colhidos no processo avaliativo deve contemplar todos os aspectos observados e aferidos, colocando em prática os preceitos da Avaliação Psicológica, conforme consta na Resolução CFP nº 009/2018. É muito importante que cada psicóloga(o) tenha a consciência de que aquele resultado terá implicações sobre a vida de cada pessoa avaliada.

Fonte: Arquivo Pessoal

E quanto ao papel da comissão de avaliação psicológica em contexto de concursos públicos, a resolução conforme a Resolução CFP Nº 002/2016, art. 4º, poderá haver uma Comissão responsável pelo processo de avaliação psicológica; Planejamento do processo, pela construção do edital e demais etapas do processo de avaliação psicológica, até a devolutiva dos resultados. Compreende-se que o Edital irá apresentar as diretrizes e normativas do Concurso Público, ou processo seletivo em questão. Conforme estipulado pela Resolução CFP Nº 002/2016; Portanto, somente após análise contextualizada, ética e fundamentada é que a(o) Psicóloga(o) estará apto a apresentar os resultados da avaliação, através de documento pertinente, no caso, o Atestado e/ou Laudo Psicológico (Resolução CFP nº 006/2019). Parágrafo Único – Na elaboração do edital é obrigatória a participação de profissional psicólogo(a) para definição dos construtos/dimensões psicológicas envolvidas no processo de avaliação.

É interessante ressaltar aqui que o resultado do processo de avaliação psicológica pode ser contestado pelo candidato, segundo Decreto Nº 9.739/2019 onde rege no Art. 37 que o resultado final da avaliação psicológica do candidato será divulgado exclusivamente como “apto” ou “inapto”. Ainda prevê que os candidatos poderão ter a cópia do processo para análise individual. Quantos aos prazos de recursos e a forma de interposição de recurso acerca do resultado da avaliação psicológica serão definidos pelo edital do concurso. E para garantir a lisura do processo, os profissionais que efetuaram avaliações psicológicas no certame não poderão participar do julgamento de recursos.   Na hipótese de no julgamento do recurso se entender que a documentação e a fundamentação da avaliação  psicológica são insuficientes para se concluir sobre as condições do candidato, a avaliação psicológica será anulada e será realizado novo exame por outro profissional. Foi um grande aprendizado participar desta oficina onde pode-se refletir sobre a regulamentação que rege e garante um processo digno de avaliação psicológica com lisura para o candidato ao cargo de um concurso publico. O sentimento é de gratidão  à Psicóloga Lilian Julian Da Silva Guimarães pela rica realização desta oficina.

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Oficina Avaliação e Intervenção Psicológica no Pré e Pós Operatório De Cirurgia Bariátrica

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Durante a realização do III Simpósio de Avaliação Psicológica Tocantinense, que ocorreu no dia 25/05/2022, aconteceram diversas oficinas de avaliação psicológica em diferentes contextos, entre elas a Oficina de Avaliação Psicológica para Cirurgia Bariátrica, com a convidada Psicóloga Marília Pereira Batista. A oficina ocorreu das 14h00 às 17h00 e foi mediada pela estudante Ester Maracaípe.

A oficina teve início com a apresentação profissional da psicóloga, e seguida da explanação de como se dá o processo avaliativo para os pacientes que têm indicação para a cirurgia bariátrica.

Ela abordou inicialmente sobre o tema da obesidade, que é considerada uma doença crônica multifatorial, com diferentes graus de inflamação, as comorbidades associadas e como o tratamento pode ser dificultoso e complexo.

Fonte: Arquivo Pessoal

Discorreu sobre como é feito o diagnóstico (através do cálculo do IMC), e como existem fatores endógenos (genéticos, hormonais, psicológicos) e exógenos (hábitos alimentares, sedentarismo, qualidade do sono e fatores sociais) associados à doença.

Expôs posteriormente sobre no que se consiste a cirurgia bariátrica, e os critérios de indicação para a cirurgia segunda a resolução número 2131/2015 do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Sobre a idade permitida para a cirurgia, trouxe informações que pode ser feita abaixo de 16 anos (e quais os critérios estabelecidos para tal idade), acima de 16 anos, entre 18 e 65 anos e em quais situações pode ser feita acima dos 65 anos.

Além disso, elencada às doenças associadas à obesidade, que segundo o CFM são 21, o quanto a estigmatização social também é relevante neste processo.

Fonte: Arquivo Pessoal

Abordou sobre os principais procedimentos e técnicas cirúrgicas reconhecidas, e os critérios de contra indicação para cirurgia e discorreu sobre os possíveis riscos do procedimento, alertando sobre as consequências da não adesão das recomendações médicas para o pós operatório, além também dos benefícios, fisiológicos e psicológicos da realização do procedimento.

Comentou sobre como o pré-operatório otimiza a segurança e os resultados da cirurgia bariátrica, e como a saúde mental e emocional possuem grande participação no processo de preparação e recuperação da cirurgia.

Falou sobre a quantidade de sessões necessárias (de 10 a 12 sessões), para estabelecer um bom vínculo com o paciente e posteriormente investigar os aspectos emocionais, psiquiátricos e cognitivos que podem influenciar o resultado da cirurgia bariátrica.

Tratou da importância de se fazer uma entrevista de anamnese minuciosa, abordando as questões acerca da alimentação, a relação do paciente com a comida e atividade física, histórico e relações familiares, histórico de vida, sexualidade, motivações e conhecimento sobre o procedimento, a expectativa deste paciente, entre outros. Após esta etapa, segue-se com  testagem psicológica e aplicação de escalas não restritivas, depois vem o processo de psicoeducação, concluindo com a elaboração do laudo em si.

Ponderou sobre a elaboração do laudo, como tudo deve ser feito dentro das normas da resolução 06/2019 do Conselho Federal de Psicologia, com uma escrita sensível e coesa, seguida de uma sessão devolutiva, explicitando a importância do acompanhamento psicológico, assim como um apresentar empático por parte do profissional.

Finalizou discorrendo sobre como o profissional psicólogo pode auxiliar o paciente no processo de enfrentamento e conhecimento de suas emoções, e durante as mudanças comportamentais envolvidas durante todas as etapas. O trabalho do psicólogo no pós operatório é de grande auxílio a este paciente nas mudanças que irão ocorrer. Ele auxilia também no desenvolvimento de novas habilidades e resoluções de questões internas que poderão despontar após a realização do procedimento cirúrgico. Estes cuidados são imprescindíveis para o sucesso do procedimento e da melhora de qualidade de vida dos pacientes.

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Médico lança livro para desmistificar o TDAH

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Apesar do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) atingir entre 5% e 6% da população mundial infantil e entre 2% e 3% da adulta, no Brasil, o tema é pouco esclarecido e ainda gera muitos mitos. Pensando nisso, o pediatra e Neurologista Infantil Dr. Clay Brites lança o livro “Como lidar com mentes a mil por hora”, pela editora Gente. A proposta é levar informação baseada na ciência de forma simples para pais, profissionais das áreas de saúde e educação, além de interessados.

 

Segundo o autor, o TDAH é uma alteração de neurodesenvolvimento caracterizada por uma excessiva dificuldade em iniciar, manter e direcionar a atenção durante as atividades do cotidiano. Brites comenta que há muitas pessoas que tem o transtorno, mas que passam a vida sem saber o que acontece com elas, porque há uma série de mitos em volta, além de um alto índice de desconhecimento do diagnóstico entre educadores e até mesmo entre profissionais da saúde.

– Em mais de vinte anos atendendo pacientes com esses transtornos – e eu sendo um deles –, percebo que muitas pessoas não compreendem que há distúrbios e alterações reais não detectadas em exames de sangue ou de imagem – alerta.

Estresse e sentimento de culpa

Pesquisas já mostraram que pais de crianças com TDAH têm maior nível de estresse do que os pais de crianças com asma. Dr. Clay explica que isso acontece pelo fato de crianças com a síndrome comumente sofrem acidentes, enfrentam dificuldades e até reprovações na escola. “Muitas são excluídas de círculos de amizades, sentem imenso desamparo, além de terem problemas alimentares e de sono em frequência maior do que crianças sem o transtorno”.

 

Brites também diz que muitos pais chegam ao consultório se culpando, pois acham que os problemas da filha ou do filho vêm de algum tipo de erro deles na educação. “O livro pretende ser uma oportunidade desses cuidadores reencontrarem paz de espírito”.

Danos na fase adulta

Segundo o autor do prefácio do livro, Dr. Joseph A. Sergeant, Professor Emérito de Neuropsicologia Clínica Da Vrije Universiteit, Amsterdam (Países Baixos) e fundador e Coordenador da European Adhd Guidelines Group (Eagg), pais e professores precisam ser devidamente informados sobre o que a ciência diz do tema. “Não é uma tarefa fácil, uma vez que o TDAH, ao contrário de muitas outras condições, não se mantém estável com o desenvolvimento da criança e do adolescente até a idade adulta”.

Sergeant comenta que estudos recentes mostraram ainda que podem ocorrer casos nos quais indivíduos que não tiveram o transtorno na infância apresentam sintomas na idade adulta; e que o TDAH na infância, embora tenha gravidade reduzida – no que diz respeito ao número de sintomas – na idade adulta, continuam a se manifestar comportamentos emocional e sociopatológico significativos.

Dr. Clay Brites comenta que, na grande maioria dos casos, o TDAH chega à fase adulta e os prejuízos externos (que afetam o dia a dia) e internos (que afetam o emocional) levam a um aumento da vulnerabilidade do indivíduo, que sofre mais quando criança, continua mal na adolescência e chega destituído, emocional e fisicamente, na vida adulta. “São imensos – e ainda incalculáveis – os custos à vida individual e social, e também ao sistema de saúde”.

Entretanto, dois amplos e reconhecidos estudos populacionais realizados mais recentemente revelaram que as consequências do transtorno nos adultos também podem ser muito comprometedoras, como, por exemplo, aumento nos índices de desemprego, acidentes, comportamento criminoso, problemas com a justiça, pagamento recorrente de honorários a advogados, penas de prisão e outros tipos de sentenças, envolvimento com entorpecentes e crises que culminam em separação conjugal.

– A intenção de escrever este livro surgiu da vontade de materializar o conhecimento sobre TDAH com as devidas atualizações e amplificar determinados temas relacionados ao assunto que merecem maior atenção – conclui.

Sobre o autor

Dr. Clay Brites, MD, PhD, é Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical Science); Membro da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil e Profissões Afins (ABENEPI-PR) e Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); e cofundador do Instituto Neurosaber.

 

Serviço:

Livro: “Como lidar com mentes a mil por hora”

Autor: Dr. Clay Brites

Editora Gente

Páginas: 192

Dimensão: 23×16

Link para comprar:

https://www.amazon.com.br/Como-lidar-com-mentes-hora/dp/6555441496

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Avaliação neuropsicológica precoce pode evitar o aparecimento de Alzheimer em idosos

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No Brasil, cerca de 1,2 milhão vivem com a doença

Segundo o Fundo da População das Nações Unidas – UNFPA, a população acima dos 30 anos, especialmente os idosos, vem aumentando em relação a novos nascimentos. Por conta desse  contexto demográfico se faz necessária a avaliação neuropsicológica constante de idosos para evitar problemas como Alzheimer. A Neuropsicóloga, Pós Graduada em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Marcella Bianca, dedica – se ao processo de envelhecimento humano. A neuropsicologia trata com atenção as necessidades físicas, emocionais e sociais que surgem com a idade. “A avaliação neuropsicológica é um processo que avalia as funções cognitivas e emocionais dos idosos, com o objetivo de detalhar lesões com comprometimento neurológico. A utilização de avaliações neuropsicológicas tem se mostrado eficiente na confirmação de diagnóstico precoce. ” relata Marcella Bianca.

Os idosos são propícios a desenvolverem doenças neurológicas, pois as conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, eventualmente destruindo a memória e outras funções mentais importantes. Alguns sintomas analisados são a perda de memória e confusão em ações do dia a dia.  As avaliações neuropsicológica são imprescindíveis para a mudança de hábitos, alterações de comportamentos para que ajudem a retardar o estado crítico das doenças neurológicas.

Fonte: https://goo.gl/J5ytf8

Idosos com Alzheimer que contam com acompanhamento das terapias neuropsicológicas possuem grandes relatos de melhorias do modo interdisciplinar, trazendo um conjunto de mudanças ao indivíduo, que são neuropsicológicas, morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, psicológicas/psiquiátricas, sociais e culturais.

Sobre a Neuropsicóloga Marcella Bianca:

Graduada em 2012 na faculdade Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP  em Ribeirão Preto, Pós graduada em Gerontologia, entre outras especializações em Psicologia, a Dra. Marcela atende em um conceituado consultório, na cidade de São Paulo.

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