Curso de extensão da UNILA completa 8 anos de formação sobre história e cultura indígena

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Realizado em parceria com o Conselho Indigenista Missionário, objetivo do projeto é capacitar multiplicadores para abordar de maneira abrangente e respeitosa as temáticas indígenas em diversos contextos

Mais de 400 participantes já passaram pelo curso de extensão em Histórias e Culturas Indígenas, ofertado desde 2016 pela UNILA, em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Em novembro de 2023 foi encerrada a oitava turma do curso, que tem o objetivo de formar multiplicadores qualificados para a abordagem da história e cultura dos povos indígenas e estabelecer novas relações com esses povos a partir do campo de atuação de educadores e profissionais.

Desde 2020, o curso é ofertado na modalidade virtual, o que ampliou ainda mais a sua abrangência. Anualmente, são ofertadas 60 vagas, porém em 2023 foram quase 600 inscritos de todas as regiões do país e com formações acadêmicas diversas.

“Nesses 8 anos, o curso tornou-se um espaço de aprendizado não apenas para acadêmicos, mas para profissionais de diversas áreas, solidificando sua importância no cenário educacional. Participar dessa formação é uma oportunidade de rever conceitos equivocados deixados pelo colonialismo, contribuir para a desconstrução de preconceitos e criar relações respeitosas com as sociedades indígenas”, salientou o coordenador do curso, professor Clovis Brighenti.

O curso surgiu de uma demanda apresentada à UNILA pelo Cimi, que via a necessidade de criar espaços de formação para a implementação qualificada da Lei 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade do estudo de história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas públicas e privadas do país. Com o tempo, o projeto de extensão acabou chamando a atenção não apenas de educadores, mas também de jornalistas, operadores do direito, psicólogos, professores universitários e estudantes interessados em ampliar abordagens voltadas aos povos originários em suas áreas de atuação. Até 2019, o curso era ofertado presencialmente em Luziânia (GO).

Uma jornada transformadora
Entre os participantes da turma de 2023 do curso, está a cineasta Inês Castilho. “O curso de extensão Cimi/UNILA é um curso de excelência que nos presenteou com um amplo espectro de conhecimento. O maior presente foi nos colocar em contato direto com a voz de cinco mulheres indígenas, com seus corpos-territórios carregados de ancestralidade. Todos choramos diante da beleza que elas nos entregaram do coração, ao contar como escutam a Mãe Terra e resistem à violência há 500 anos”, lembra.

Já a advogada Ana Carolina Magnoni descreve o curso como uma jornada transformadora. “A diversidade de perspectivas e a profundidade das discussões proporcionaram uma compreensão mais ampla das riquezas das culturas indígenas. Sinto-me agora não apenas informada, mas comprometida em contribuir para a preservação dessas culturas e luta por seus direitos”, declarou Ana Carolina, que é advogada popular de Curitiba (PR).

A assistente social e acadêmica de Antropologia paraense Adriana de Souza destacou a qualidade do curso. “O curso deu uma noção introdutória ampla, mas incentiva que a gente se aprofunde. O legado importante foi abrir os olhos, os ouvidos e o coração para ouvir o que essas populações têm a dizer”, contou Adriana, que é de Marabá (PA).

Seleção é sempre no segundo semestre
A próxima seleção do curso de extensão em Histórias e Culturas Indígenas deve ser realizada no segundo semestre de 2024. Os participantes são selecionados por meio de edital público divulgado pela UNILA e pelo Cimi.

A carga horária total do curso de extensão é de 180 horas, distribuídas em 150 horas de aula na modalidade remota e outras 30 horas dedicadas ao trabalho final. Entre os tópicos abordados no curso, estão Educação para a Diversidade; História e Resistência Indígena; Antropologia Indígena; Bem Viver; Terra, Território e Territorialidade; Direitos indígenas e Conjuntura Política Indigenista.

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Ministério da Saúde lança assistente virtual no WhatsApp com informações oficiais sobre a vacinação

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Na Palma da Mão

Ferramenta vai disponibilizar conteúdos sobre imunização, alertas das fake news mais frequentes e informações complementares sobre saúde

 

Um novo canal de comunicação vai ajudar a esclarecer dúvidas de brasileiros e brasileiras sobre vacinação. O chatbot, que é um assistente virtual no WhatsApp, foi lançado nesta segunda (4) pelo Ministério da Saúde e vai disponibilizar conteúdos diversos sobre imunização, alertas das fake news mais frequentes e informações complementares na área da saúde. A ferramenta faz parte do programa Saúde com Ciência, ação inédita e interministerial que tem foco na valorização da ciência e na disseminação de informações confiáveis, além de ações educativas e voltadas a responsabilização.

A plataforma também vai oferecer conteúdos como o horário de funcionamento de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e de que forma os serviços do SUS facilitam o acesso à vacina. As interações com o chatbot são gratuitas e estão disponíveis a qualquer hora. Para acessar o novo canal, basta adicionar o número (61) 99381- 8399 à lista de contatos do telefone.

Acesse o novo chatbot do Ministério da Saúde 

Na prática, o assistente virtual tem o papel de facilitar o acesso a informações confiáveis sobre a vacinação e iniciativas do governo federal na área da saúde. Após adicionar o contato na agenda, será possível interagir pelo WhatsApp. Quando o usuário enviar a primeira mensagem, um menu vai disponibilizar quatro opções para escolha:

  1. Vacinação: informações sobre campanhas, públicos-alvo e calendário das doses;
  2. Informações sobre as vacinas: principais características, benefícios e importância;
  3. Combate à desinformação: para desmentir fake news sobre vacinas; além de perguntas e respostas, o chatbot também disponibiliza um quiz para quem quiser testar os conhecimentos.

O assistente virtual trará, então, conteúdo explicativo na tela para o usuário. Para de evitar a propagação de fake news ou, ainda, que o cidadão se informe por meio de canais não oficiais, todas as informações e dados disponibilizados pelo chatbot terão como fonte o Ministério da Saúde.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, vacina e água potável são os grandes responsáveis pelo aumento da expectativa de vida e pela redução da mortalidade infantil. “De que adianta o grande desenvolvimento científico, tecnológico e o avanço que representa a vacina se junto não tivermos uma política de vacinação? Essas são políticas integradas, que caminham juntas. Estamos unindo esforços, gestores, parceiros, ministros de estado, conselheiros, comunidade, academia, cidadão, jovens, lideranças religiosas, numa frente única e forte de combate à desinformação para fazer Saúde com Ciência”, ressalta.

O programa Saúde com Ciência uma iniciativa inédita do governo federal em defesa da vacinação e voltada ao enfrentamento da desinformação. A proposta faz parte da estratégia para recuperar as altas coberturas vacinais do Brasil diante de um cenário de retrocesso, principalmente nos últimos dois anos, quando foram registrados os piores índices. A propagação de fake news é um dos fatores que impacta na adesão da população às campanhas de imunização.

Com o objetivo de fortalecer as políticas de saúde e a valorização do conhecimento científico, o Saúde com Ciência é composto por cinco pilares, que envolvem cooperação, comunicação estratégica, capacitação, análises e responsabilização. O programa prevê, ainda, ações para identificar e compreender o fenômeno da desinformação, promover informações íntegras e responder aos efeitos negativos das redes de desinformação em saúde de maneira preventiva.

Nesse contexto, o novo chatbot é um importante espaço para que os usuários enviem temas e dúvidas. A partir das informações recebidas, o Ministério da Saúde vai emitir alertas e análises sobre desinformações identificadas, que serão publicadas no portal do programa, nos perfis de redes sociais do governo federal e atualizadas no próprio chatbot.

                           Fonte: Divulgação/MS
ChatBot MS.jpg
Foto: divulgação/MS

 

Acessibilidade na palma da mão para todas as idades

A Robbu foi a empresa responsável pela tecnologia de estruturação do bot – ponto estratégico para que a ferramenta pudesse chegar à população de maneira democrática. A solução foi criada especialmente para a iniciativa, o que resultou em uma interface simples, dinâmica e direta, visando atingir o maior número possível de cidadãos.

“É um chatbot pensado para contribuir com a inclusão digital da sociedade, garantir que a população tenha as melhores orientações e, principalmente, entenda a importância das campanhas de vacinação para o bem-estar social. As pessoas terão acesso na palma da mão a informações verdadeiras e de qualidade. Podendo, assim, se manterem protegidas e evitar a disseminação de diversas doenças”, afirma Francisco Dabus, diretor comercial da Robbu.

A participação da Meta no projeto com o Ministério da Saúde é outro atrativo. Segundo dados da pesquisa Opinion Box, o WhatsApp é o aplicativo mais utilizado no Brasil, instalado em 99% dos celulares no país. Por funcionar em áreas de baixa conectividade de internet, o app se torna um importante aliado para conectar pessoas a informações confiáveis.

“Essa iniciativa é mais um exemplo de como podemos potencializar o uso do WhatsApp para conectar a população aos serviços públicos de forma segura, privada e acessível. Os brasileiros terão no WhatsApp, um aplicativo com familiaridade, um novo canal com informações oficiais sobre as campanhas de vacinação do Ministério da Saúde. Estamos orgulhosos de fazer parte do projeto e gerar impactos positivos em grande escala”, diz Guilherme Horn, Head do WhatsApp para Mercados Estratégicos.

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Brasil registra queda de óbitos por aids, mas doença ainda mata mais pessoas negras do que brancas

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Dezembro Vermelho

Ministério da Saúde divulga boletim epidemiológico sobre HIV/aids nesta quinta (30). Houve aumento de casos entre pretos e pardos, representando mais da metade das ocorrências desde 2015

Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou aids como causa básica, 8,5% menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado. Do total, de acordo com o novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde, 61,7% dos óbitos foram entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos.

Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações chave e prioritárias esquecidas pelas políticas públicas nos últimos anos. Nesta quinta-feira (30), a pasta também lança na TV aberta, nas redes sociais e em locais de grande circulação de pessoas em todo país a campanha de conscientização com o tema “Existem vários jeitos de amar e vários de se proteger do HIV”, reiterando a importância do cuidado.

Ainda segundo o boletim, na análise da variável raça/cor, observou-se que, até 2013, a cor de pele branca representava a maior parte dos casos de infecção pelo HIV. Nos anos subsequentes, houve um aumento de casos notificados entre pretos e, principalmente, em pardos, representando mais da metade das ocorrências desde 2015.

Estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino. De acordo com o Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, na análise considerando o sexo atribuído no nascimento, as mulheres apresentam piores desfechos em todas as etapas do cuidado. Enquanto 92% dos homens estão diagnosticados, apenas 86% das mulheres possuem diagnóstico; 82% dos homens recebem tratamento antirretroviral, mas 79% das mulheres estão em tratamento; e 96% dos homens estão com a carga viral suprimida – quando o risco de transmitir o vírus é igual a zero – mas o número fica em 94% entre as mulheres.

Para acabar com a aids como problema de saúde pública, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu metas globais: ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; ter 95% dessas pessoas em tratamento antirretroviral; e, dessas em tratamento, ter 95% com carga viral controlada. Hoje, em números gerais, o Brasil possui, respectivamente, 90%, 81% e 95% de alcance. O Ministério da Saúde reafirma que possui os insumos necessários e já aumentou, neste ano, 5% a quantidade total de pessoas em tratamento antirretroviral em relação a 2022, totalizando 770 mil pessoas.

Em 2022, entre os casos de infecção pelo HIV notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 29,9% ocorreram entre brancos e 62,8% entre negros (13% de pretos e 49,8% de pardos). No mesmo ano, entre os homens, 30,4% dos casos notificados ocorreram em brancos e 62,4% em negros (12,8% de pretos e 49,6% de pardos); entre as mulheres, 28,7% dos casos se verificaram em brancas e 64,1% em negras (13,8% de pretas e 50,3% de pardas). Para os casos notificados de aids, o cenário também preocupa: dos 36.753 diagnosticados, 60,1% estão entre a população negra.

Para aprimorar os indicadores de saúde e guiar políticas públicas de combate ao racismo, redução das desigualdades e promoção da saúde ao longo dos próximos anos, o Ministério da Saúde tornou obrigatório o preenchimento do campo raça/cor no Cartão Nacional de Saúde, o cadastro do cidadão no SUS. A partir de 2023, os sistemas não permitem mais o registro ‘sem informação’, em mais um passo pela igualdade racial no país, uma das prioridades do governo federal.

Confira a apresentação de slides na íntegra

Uso da Profilaxia Pré-Exposição no Brasil

Uma das formas de se prevenir contra o HIV é fazendo uso da PrEP, método que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Entre os avanços conquistados no primeiro semestre de 2023, também está a disponibilização da profilaxia nos ambulatórios que acompanham a saúde de pessoas trans. Em todos os estados há serviços de saúde ofertando a PrEP.

De acordo com o boletim epidemiológico, a Profilaxia Pré-Exposição é mais acessada pela população branca (55,6%), em comparação com as pessoas pardas (31,4%), pretas (12,6%) e indígenas (0,4%), dado que reforça a importância do detalhamento dos registros no SUS e a necessidade de ampliação de acesso para pessoas pretas e pardas. Nesse contexto, a pasta garantiu que 5.533 novos usuários entrassem em PrEP até outubro de 2023, 77% a mais do que em outubro de 2022. Com isso, 73.537 usuários estão em PrEP atualmente, o que representa aumento de 45% comparado com o ano anterior. Entre os usuários de PrEP em 2023, há somente 12,6% de população preta, 3,3% de mulheres transexuais, 2% de homens trans, 0,4% de população indígena e 0,3% de travestis.

Recorte raça/cor também preocupa entre as gestantes

Em 2022, houve um predomínio de casos de gestantes com infecção pelo HIV entre pardas (52,1%), seguidas de brancas (28,5%). As gestantes pretas corresponderam a 14% nesse mesmo ano. O diagnóstico do HIV em gestantes é muito importante para que as medidas de prevenção possam ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão vertical do vírus. A maior parte das gestantes notificadas já é sabidamente HIV positiva antes do pré-natal e, em 2022, essas mulheres representaram quase 60% dos casos. É importante que essas gestantes estejam em uso regular de terapia antirretroviral (Tarv) e tenham suas cargas virais indetectáveis no momento do parto.

O percentual de realização de pré-natal é elevado entre as gestantes/parturientes/puérperas com HIV e tem se mantido em torno de 90% em todo o período analisado. No entanto, em 2022, o uso de Tarv durante o pré-natal foi relatado em apenas 66,8% dos casos. Essa informação é importante e necessária para a certificação de eliminação da transmissão vertical do HIV, cuja meta é atingir cobertura de Tarv igual ou superior a 95%. O percentual de gestantes/parturientes/puérperas sem uso de Tarv foi de 13,5%, e em 19,7% a informação sobre o uso da terapia era ignorada em 2022, segundo dados do Sinan.

Ações de resposta do Ministério da Saúde

Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, 900 mil pessoas vivendo com HIV conhecem seu diagnóstico, ou seja, aproximadamente 100 mil pessoas ainda precisam ser diagnosticadas para que, então, iniciem tratamento. Para ampliar essa linha de cuidado, o Ministério da Saúde garantiu, em 2023, R$ 27 milhões na compra de 4 milhões de unidades de um teste rápido que detecta, simultaneamente, sífilis e HIV. A inclusão do teste inédito no SUS fortalece o rastreio e tratamento mais ágil para a população.

Inicialmente, o duo teste será direcionado para o rastreio em mulheres grávidas, trabalhadoras do sexo e homens que fazem sexo com homens. As demais pessoas serão testadas com a tecnologia que já é ofertada atualmente. Entre as vantagens do novo teste, estão a simplificação do processo de execução, que exige apenas um reagente, e a redução do espaço necessário para armazenamento nos postos de atendimento. Assim como o rastreio que já é feito, a leitura de resultado do duo teste será de até 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial.

Outro importante anúncio do governo federal neste ano foi a diminuição da quantidade de comprimidos ingeridos diariamente para as pessoas que vivem com o vírus. Em vez de dois, será um. O medicamento combina dois antirretrovirais, ambos fornecidos pelo SUS: lamivudina e dolutegravir. O remédio facilita a vida do usuário, evita efeitos colaterais e mantém a carga viral controlada. A troca desse esquema terapêutico será realizada de forma gradual.

Como demonstração de compromisso com a causa, o Ministério da Saúde publicou, ainda, um novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Manejo da Infecção pelo HIV. O documento é uma espécie de guia de cuidado e assistência.

O Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS) também integra as novidades anunciadas durante 2023. Coordenado pelo Ministério da Saúde, o grupo é inédito e vai funcionar até janeiro de 2030. Dados da pasta apontam que, entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. O plano de trabalho inicial inclui enfrentar 11 dessas enfermidades. A meta é que a maioria das doenças sejam eliminadas como problema de saúde pública. Para o HIV e a aids, o objetivo é atingir as metas operacionais de eliminação pactuadas internacionalmente, incluindo a eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, quando a infecção é passada de mãe para filho.

Para o início de 2024, como ação de incremento, o Ministério da Saúde prevê investir mais R$40 milhões em um edital nacional com o objetivo de envolver a sociedade civil na ampliação da prevenção e diagnóstico, chamando movimentos sociais, universidades, fundações, sociedades científicas e Organizações Não-Governamentais (ONGs) em uma grande mobilização de saúde.

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Vera Colson aborda os Direitos Humanos em um panorama histórico no CAOS 2023

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Nesta sexta-feira, 24, foi realizada uma palestra durante o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS. A temática foi sobre Direitos Humanos e Complexos Culturais transmitido via meet.

Laura Beatriz Alves Rocha (Acadêmica de Psicologia) – laura.beatriz@rede.ulbra.br

 

Vera Colson Valente é psicóloga (Univ. São Marcos/SP), analista junguiana, membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA). Professora aposentada de História Contemporânea (com formação na UFRJ) e mestre em Psicologia pela PUC-SP. A Psicóloga abordou aspectos da história, considerando toda a sua experiência de estudo nessa área, correlacionando com a Psicologia, com foco nos complexos culturais e os Direitos Humanos.

                                                                                                                              Fonte: Arquivo Pessoal 

A partir da fala da Psicóloga foi possível compreendermos melhor os complexos culturais, a partir de experiências em comum que a sociedade vivencia. O Brasil, sendo consequência da expansão do capitalismo corrobora com marcas na psique coletiva, assim, por mais que a escravidão tenha sido abolita há anos, continua sendo um país elitista com pensamento de que as coisas ainda se resolvem na força o que contradiz totalmente com os Direitos Humanos.

O Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS, é promovido pelo curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp/Ulbra, e o  tema desta edição é Psicologia e Direitos Humanos. O evento iniciou no dia 20 e foi até o dia 25 de novembro.

 

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Ação do TRE-TO e parceiros garante direito ao voto do povo Krahô e a regularização de documentos pessoais

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As atividades ocorreram na Aldeia Pedra Branca, em Goiatins, nesta quinta-feira, 23.

O voto é facultativo para os jovens com 16 e 17 anos, para as pessoas com mais de 70 anos e para os analfabetos. Ou seja, de acordo com a Constituição Federal, o voto no Brasil é obrigatório para todo cidadão, nato ou naturalizado, alfabetizado, com idade entre 18 e 70 anos.

Valcir Kayrã Krahô, de 20 anos, morador da Aldeia Campos Limpos, em Goiatins, sabe da importância do voto para o exercício da democracia, mas não conseguiu ter seu direito garantido, devido às dificuldades de acessibilidade encontradas para emissão do seu primeiro título. “Eu já poderia ter feito o documento desde os 16 anos, mas com as dificuldades para se locomover da aldeia até a cidade a gente vai deixando para depois”, justificou Valcir.

                                                                                                                                          Fonte:ascom.tre.to

O circuito do Programa Permanente de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) foi realizado na Aldeia Pedra Branca, nesta quinta-feira, 23, e possibilitou que situações como estas fossem solucionadas. Mais de 600 moradores da Aldeia Pedra Branca e demais indígenas de aldeias vizinhas foram atendidos para tirar seu primeiro título e tiveram acessos a vários outros serviços.

Com o documento em mãos, Valcir Kayrã Krahô quer votar pela primeira vez já nas próximas Eleições Municipais de 2024. “É importante exercer nosso direito ao voto e escolher quem vai administrar nosso município, estado ou país, para podermos cobrar melhorias para nossas aldeias”, afirma. 

Cidadania

Quem também sabe da importância do voto, é o senhor Martin Zezinho Ikrehôhtat Krahô, que tem 78 anos de idade, e é morador da Aldeia Cachoeira, também em Goiatins. Ele conta que há muito tempo perdeu sua certidão de nascimento e precisava atualizar outros documentos como carteira de identidade, CPF e alistamento eleitoral.

“Nem sei há quanto tempo perdi esses documentos e, como é difícil sair da aldeia, vim aqui para fazer novamente”, afirma Martin.

Ele conta que, por causa da falta dos documentos, nunca conseguiu fazer cadastros em programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. “Quero pegar esses documentos para me inscrever no Bolsa Família e também para encaminhar minha aposentadoria e votar”, argumenta.

                                                                                                                                             Fonte: ascom.tre.to

Atendimento ao artesão

Outro indígena que procurou atendimento é o artesão Levir Tepjêt Krahô. Ele queria fazer seu cadastro como artesão para poder comercializar seu trabalho em feiras e eventos. “O artesanato é muito importante para nós indígenas e a carteirinha de artesão vai facilitar nossas vendas”.

Levir conta que produz artesanato de madeira, como arco e flecha de pati e tiririca. “Quando fiquei sabendo que o TRE-TO estava oferecendo a confecção dos documentos aproveitei também para fazer a minha carteirinha, já que é muito difícil sair da aldeia e ir para a cidade só para isso. Agora quero fazer uma boa quantidade de artesanato e viajar para vender”

Objetivos Estratégicos:

1- Aprimorar mecanismos de atendimento ao cidadão;

3- Fomentar a educação política da sociedade.

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Ministra Sonia Guajajara e lideranças Avá-Guarani debatem reparações e direitos indígenas na UNILA

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Na abertura do Seminário Internacional Mundo Guarani, ministra anunciou acordo para a restauração de direitos das comunidades indígenas afetadas com a construção da usina de Itaipu


Lideranças e integrantes de comunidades indígenas lotaram o auditório do Jardim Universitário na quarta-feira (22) durante a abertura do Seminário Internacional Mundo Guarani. O evento, promovido pelo Observatório da Temática Indígena na América Latina da UNILA, contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que realizou um diálogo sobre as reivindicações dos Avá-Guarani na região, principalmente no que se refere às reparações às violações de direitos. A participação da ministra e da comitiva do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) no Seminário faz parte da caravana “Participa, Parente”, que está percorrendo diversas regiões do país para ouvir as demandas das comunidades indígenas e apresentar as políticas que estão sendo construídas pelo MPI.
                                                                                                                           Fonte: imprensa.unila

 Ministra Sonia Guajajara: Demarcação de terras indígenas é prioridade

Na UNILA, Sonia Guajajara recebeu documentos com reivindicações da aldeia Tekoha Añetete, de Diamantes do Oeste; da Comissão Guarani da Verdade, que é formada por lideranças guaranis da região Oeste do Paraná; e do Comitê Gestão Étnica, grupo formado por indígenas brasileiros e paraguaios da área da usina Itaipu Binacional. Representantes do povo Xetá também tiveram a oportunidade de entregar uma carta para a ministra. “Os Xetá são um povo que habitava a região da Serra dos Dourados que teve praticamente toda sua população dizimada na década de 50. Hoje, restam apenas cinco indígenas Xetá, que foram afastados de suas comunidades ainda na infância pelo antigo Serviço de Proteção ao Índio. Hoje, eles vivem em diferentes pontos da região Sul do país e requerem um pequeno espaço de terra para que possam viver junto com seus descentes”, explicou o professor Clóvis Brighenti, enquanto o grupo entregava o documento com suas reivindicações para a ministra.

Reparação e visibilidade
Em sua fala, Sonia Guajajara disse que a retomada dos processos demarcatórios das terras indígenas é uma das prioridades do Ministério. “Sei que aqui na região tem uma situação bem delicada e bem complexa com os Avá-Guarani, mas hoje nós temos uma presidência da Itaipu que está se dispondo a conversar com as lideranças indígenas, com o ministério e com a Funai. Hoje a Itaipu reconhece que há uma dívida histórica com o povo Avá-Guarani, que foi duramente impactado com a construção da usina. E nós estamos acompanhando essa discussão para garantir que essa política de reparação aconteça”, declarou a ministra. Em junho de 2023 a Itaipu Binacional reconheceu, pela primeira vez, a violação de direitos do povo Avá Guarani impactado pela construção e funcionamento da usina a partir dos anos 1970.

Durante o seminário, a ministra anunciou que o Ministério dos Povos Indígenas irá tratar de um termo de cooperação com a presidência de Itaipu para o planejamento desta reparação. “Eu sei que nada que se fizer vai reparar a perda de um território e recompor para vocês toda essa relação que existia com o território. Mas nós precisamos, pelo menos, amenizar essa situação e garantir que o povo Avá-Guarani tenha suas terras e tenha também liberdade e segurança”, salientou Sonia Guajajara.

A secretária de Direitos Ambientais e Territoriais Indígenas do MPI, Eunice Kerexu, disse que o momento histórico que o Brasil vive hoje é propicio para dar visibilidade às lutas dos povos indígenas. “Por muito tempo os povos indígenas foram invisibilizados, principalmente os que moram em região de fronteira ou no interior, que historicamente são mais afetados pela negação de direitos. Então, estar aqui em Foz do Iguaçu e falar com o povo Guarani dessa região é dar também visibilidade para a realidade dessas comunidades”, destacou.

                                                                                                                                        Fonte: impresa.unila 

Considerado histórico, evento reuniu indígenas do Paraná e do Paraguai 

Seminário Mundo Guarani
Promovido pelo Observatório da Temática Indígena na América Latina da UNILA, o 1º Seminário Internacional Mundo Guarani reuniu acadêmicos e indígenas paranaenses e do Paraguai em torno de temas como ecologia e bem viver, cosmologia Guarani, territorialidade transfronteiriça, além das reparações às violações de direitos dos indígenas Avá Guarani por agentes corporativos e estatais.

Além da ministra Sonia Guajajara e a secretária Eunice Kerexu, estiveram presentes no evento a secretária de Articulação e Promoção de Direitos dos Povos Indígenas, Joziléia Kaingang; o gestor dos Programas de Sustentabilidade Indígena da Itaipu, Paulo Porto; a chefe de gabinete da Reitoria da UNILA, Senilde Guanaes; além de representantes da Anistia Internacional do Brasil e do Paraguai.

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Psicologia em Debate aborda a psicologia nas comunidades rurais no CAOS 2023

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Nayara Batista de Araújo (Acadêmica de Psicologia) –  nayaraaraujo@rede.ulbra.br

Nesta quarta-feira, 22, foi realizado mais um Psicologia em debate durante o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS. A temática foi sobre A Psicologia nas Comunidades Rurais de Palmas com os estudantes que se encontravam no miniauditório 543.

                                                                                                                                  Fonte: Arquivo Pessoal

 

O egresso Fabrício Veríssimo da Silva, Psicólogo CRP 23/1850, especialista em psicologia social e comunidade, residente em saúde da família e comunidade palestrou juntamente com Keilliane Tavares Silva, Assistente Social CRESS 3603-25, especialista em saúde da família e comunidade, residente em saúde mental. Ambos destacaram os desafios encontrados durante a intervenção rural realizada no Distrito de Buritirana, ao se depararem com a realidade do acesso aos serviços de saúde de Palmas disponibilizados para a população.

                                                                                                                             Fonte: Arquivo Pessoal

Por meio do debate, os palestrantes trouxeram dados que apontam que, quando comparada à população urbana, a situação da saúde rural é bem mais precária, com baixa cobertura de saneamento básico, além da maior parte das pessoas acabarem captando água sem tratamento ou com condições insalubres, dentre outros.

O Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS, é promovido pelo curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp/Ulbra, e o  tema desta edição é Psicologia e Direitos Humanos. O evento iniciou no dia 20 e vai até o dia 25 de novembro. Está acontecendo nas dependências do Ceulp/Ulbra, localizado na Avenida Teotônio Segurado em Palmas – TO.

 

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(En)Cena realiza intervenção sobre Novembro Azul na avenida JK em Palmas

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Nayara Batista de Araújo (Acadêmica de Psicologia) – nayaraaraujo@rede.ulbra.br

(En)Cena realizou nesta terça-feira, 14,  uma intervenção pública na avenida JK em Palmas. A temática da intervenção foi pautada no cuidado a respeito do Câncer de Próstata com indivíduos que estavam na avenida.

                                                                                        Fonte: Arquivo Pessoal 

As estagiárias do portal (EN)Cena Alexia Regina e Nayara Araujo conscientizaram os indivíduos sobre a importância de se prevenir, dado que, o câncer de próstata é o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele, ressaltando o cuidado que devem ter conhecendo fatores de risco e alguns dos principais sintomas. Em apenas dez segundos de exame é possível ter uma segunda chance de lutar contra a doença.

                                                                                                             Fonte: Arquivo Pessoal

Por meio da ação, as estagiárias puderam dialogar com os indivíduos que passavam pela avenida ao entregarem os panfletos informativos, interrogando-os acerca de hábitos que são prejudiciais para o cuidado com o corpo e que não auxiliam na prevenção da doença. Para mais, alertaram os sujeitos com o intuito de estarem atentos caso apresentem dificuldades para urinar, percebam presença de sangue na urina, disfunção erétil, dores ósseas, dentre outros sintomas, procurarem um médico.

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SES-TO participa de palestra com o tema ‘Saúde Mental e Saúde do Homem’

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A ação é em alusão a campanha Novembro Azul em parceria com a SECAD e SEDUC

Por Ananda Santos/Governo do Tocantins

 

A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) participou na sexta-feira, 10, de uma ação em alusão a campanha Novembro Azul, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) e Secretaria da Administração (SECAD). Com o tema “Saúde Mental e Saúde do Homem” a ação contou com palestra sobre “O silêncio dos homens, um olhar sobre a saúde mental masculina”.  Além disso, foram disponibilizados aos participantes auriculoterapia, massagens e ventosas, coordenadas pelo Centro de Práticas Integrativas e Complementares (CEPIC) da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

                                                                                                                                            Fonte: secom.to.gov.br

A ação campanha Novembro Azul conscientiza sobre o câncer de próstata.

“Foi uma palestra maravilhosa para a gente, sobre saúde mental. Nós vamos ter a sensibilidade de nos cuidar mais, cuidar da saúde, não somente no novembro azul. Foi uma palestra que trouxe muitos benefícios, tanto para a saúde mental, quanto na familiar. As doenças mentais vêm causando muito transtorno na vida do ser humano, na vida de homens, é muito importante que cada homem se cuide cada dia”, afirmou o Analista II da SES-TO, Messias Batista da Silva.

O Secretário Executivo da SES-TO, Luciano Lima Costa, afirmou que “vamos nos cuidar gente, cuidar da nossa saúde mental e física. Estamos no mês de conscientização ao câncer de próstata e sabemos que existe um preconceito dos homens em relação ao toque retal. Algo que as mulheres nos ensinam com o câncer de mama é que elas sofrem tanto, e isso veio pra quebrar a gente, pra ter sensibilidade, buscar ajuda também. Se sintam abraçados pela Secretaria de Saúde”.

                                                                                                                           Fonte: secom.to.gov.br

Os servidores da SES-TO puderam fazer sessão de auriculoterapia, massagens e ventosas.

O psicólogo da Junta Médica da SECAD, Flávio Barros, afirmou que “o homem tem dificuldade de se mostrar frágil, chorar, mostrar problemas, se abrir. A minha crítica hoje, escolhendo esse tema do silêncio, é para fazer o questionamento porque motivo a gente se cala. O silêncio impacta diretamente na saúde mental quando se trata de emoções. Apenas 3 a cada 10 homens têm o hábito de conversar sobre medos e dúvidas com seus amigos.  Os homens se suicidam quatro vezes mais que as mulheres. Então, é preciso conversar, se abrir pra poder mudar isso”.

A gerente de Atenção ao Bem-Estar dos Profissionais da SEDUC, Cristiane Pina, afirmou que “o principal objetivo é mobilizar o nosso público masculino, os servidores das secretarias parceiras, que são a Saúde e a Administração. A equipe da Junta Médica tem nos apoiado para fazer essa ação educativa de informar a respeito da prevenção dos cuidados que os homens precisam ter com relação à saúde. E a gente tem sempre passado nos setores informando que cuidar da saúde também é coisa de homem, porque isso geralmente a gente vê somente nas mulheres. O homem tem um pouco de dificuldade, nós estamos aqui pra mudar isso”.

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