Mayara Formiga: Boa alimentação e exercícios físicos para combater a ansiedade

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Mayara formiga é psicóloga há mais de 10 anos, formada na faculdade Anhanguera de Anápolis GO, pós-graduada em psicologia organizacional, coaching, pós-graduada em psicopedagogia, fez pós-graduação em gerontologia, nesse momento está terminando uma especialização em neuropsicologia. Atualmente faz atendimento com crianças, adolescentes, adultos e idosos. Também atende em domicílio realizando cuidados paliativos para idosos.

Essa entrevista com a psicóloga Mayara é focada na ansiedade, visando que, hoje em dia, as pessoas estão muito ansiosas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país em que há um dos maiores níveis de ansiedade do mundo, devido ao alto nível de preocupação das pessoas, altos índices de desemprego, a não existência de educação relacionada à saúde mental, saúde pública fragilizada, a pandemia que isolou as pessoas, o medo em meio a essa pandemia, as grandes exigências das empresas e fábricas que prejudicam muito os funcionários com as altas metas, excesso de tarefas, o ritmo das cidades grandes, entre outros são os motivos para o Brasil ocupa essa posição.

A ansiedade diferente do que muitos pensam não é um exagero mas sim um transtorno que vai se agravando gradualmente e que a pessoa precisa muito de apoio e também é necessária a ajuda de um profissional. Referente a isso é possível constatar que esse assunto é de bastante relevância na atualidade.

(En)Cena: Hoje em dia se fala muito de ansiedade, mas o que seria a ansiedade em si?

Mayara: A ansiedade em si, é uma reação natural do corpo relacionada ao medo e a preocupação. Ela se torna uma patologia a partir do momento que se torna um excesso e passa a atrapalhar as atividades de rotina podendo desencadear um transtorno.

(En)Cena: Como que a ansiedade se torna maligna?

Mayara: A partir do momento em que a ansiedade é considerada como patológica. Quando é exagerada e desproporcional em relação ao estímulo, desencadeando sofrimento emocional e comprometendo negativamente a qualidade de vida, e o desempenho diário da pessoa. Sendo assim ela se torna perigosa.

(En)Cena: A partir de quando ela se torna maligna, como podemos combatê-la?

Mayara: Não é uma forma definitiva para combater a ansiedade, pois a partir do momento em que ela é considerada como um transtorno, ela se torna para alguns uma batalha diária, ela pode ser controlada e reduzida com meditação, sono de qualidade, uma pausa para cuidar de si, boa alimentação, exercícios físicos, redução de cafeína e açúcares, terapia e medicações.

(En)Cena: Como podemos prevenir essa ansiedade sendo que temos tantos estímulos para a mesma?

Mayara: Podemos prevenir a ansiedade como descrito na pergunta anterior, praticando exercícios físicos, alimentação e sono de qualidade, evitar se isolar, concentrar na respiração, ficar longe das redes sociais, se afastar de notícias negativas.

(En)Cena: Quais os tipos de ansiedade?

Mayara: São definidos como os transtornos:

  • Transtorno do pânico.
  • Agorafobia.
  • Fobias específicas.
  • transtorno de ansiedade social ou fobia social.
  • Transtorno de ansiedade generalizada.
  • Transtorno de ansiedade de separação.

(En)Cena: Existem medicamentos para essa ansiedade?

Mayara: Sim, os quais só podem ser prescritos por um psiquiatra, dentre eles os mais conhecidos são: Alprazolam, Diazepam, Buspirona, Lorazepam.

(En)Cena: Qual dica você pode dar para as pessoas quando começam a sentir ansiedade? O que pode-se fazer quando começar a sentir os sintomas da ansiedade?

Mayara: A dica que sempre costumo dar é que faça exercícios de respiração, pois no momento de uma crise o maior aliado é a respiração, aos poucos ela vai oxigenar a mente e fazê-la menos agitada. Procure sempre fazer esses exercícios para se sentir melhor.

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Sônia Rocha: quando o sonho de ser psicóloga supera qualquer desafio

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O (En)Cena entrevista a acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, Sônia Cecília Rocha, 66 anos, mineirinha, casada, mãe e avó. Sônia é uma mulher extrovertida, amorosa, comprometida com a excelência em tudo que se propõe a executar. Em uma breve apresentação pessoal a entrevistada pontua que já viveu uma fase onde se via guerreira de levantar bandeiras, gritar, brigar, chorar; era destemida e acreditava que poderia mudar o mundo. 

O tempo passou, ela então se casou, vieram os filhos, eles cresceram e se foram, e nessa fase quando se viu sozinha e com a coragem se esvaindo entendeu que precisava reagir e iniciou o processo de graduação em psicologia. “Entreguei-me a este projeto, foi um imenso desafio, saí de um supletivo de um ano e meio, fiquei quarenta anos sem estudar, sem preparo fiz o Enem, e ingressei na faculdade. Teve momentos de extrema dificuldade, mas uma mulher forte ainda residia em mim. Como disse, dei a minha alma e aqui estou, vencendo esta etapa, que entre mortos e feridos, salvaram-se alguns, inclusive eu (risos)”, disse Sônia.

Confira este e outros detalhes na entrevista a seguir:

(En)Cena – O que te motiva a fazer psicologia já em uma fase mais amadurecida da vida? 

Sônia Rocha – A síndrome do ninho vazio e a teimosia em não querer parar. O desafio de ir além. E Psicologia porque acreditava que faria sentido pra mim.

(En)Cena – Qual a área de atuação você pretende focar depois da formação?

Sônia Rocha- Pretendo explorar a área da psicologia forense, ainda não me decidi, mas a tendência é que seja como Psicólogo Perito Oficial Criminal.

(En)Cena – Qual dica você deixa para quem pretende cursar psicologia?

Sônia Rocha – Sonhe menos e estude mais. Só mudamos algo em nós mesmos e no mundo através de conhecimento.

Fonte: Imagem por rawpixel.com no Freepik

(En)Cena – Que aspectos internos foram mobilizados em sua vida a partir do curso? 

Sônia Rocha – A busca por conhecimento transforma nosso olhar em relação a tudo que nos cerca, nos faz ver não só as partes, mas o todo das questões que nos envolve. Hoje tenho mais segurança em quem eu sou, do que quero e de quando eu quero. O outro continua sendo importante para mim, respeito-os a todos, desde que respeitem a mim. Diria que aprendi a me bastar, a me gostar.

(En)Cena – Como é a experiência de conviver no curso com pessoas de diferentes idades e perspectivas?

Sônia Rocha – Esta troca foi bastante positiva em minha vida, diversidades me encantam, pensamentos diferentes, atitudes, posturas, culturas. É uma roda viva que nos motiva de várias formas. Quanto à idade, o tempo todo ela só foi um número, tanto a minha quanto a dos colegas.

(En)Cena – Quais os maiores desafios enfrentados na pandemia relacionado à formação acadêmica?

Sônia Rocha – Não senti grandes percalços, de verdade. Sempre gostei muito de casa, sou igual gato, amo meu canto, minhas escritas, minha privacidade. Que eu me lembre a tecnológica, a conexão sempre caindo foram sim, desafiadores. Quanto ao ensino, achei super de boa, nunca pesquisei tanto e consequentemente aprendi muito com isso.

(En)Cena – Qual mensagem você deixa para os nossos leitores?

Sônia Rocha – Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás para atravessar o rio da vida, ninguém, exceto tu, só tu. Em referência a Friedrich Nietzsche: “construa, de qualquer forma no início, vá aprimorando com o tempo, mas comece, não pare no tempo, senão ele te consome. Te engole. Apenas não pare”.

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Ser Mãe Empreendedora

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Sou Livia Marques, Psicóloga Clínica e Organizacional, Palestrante, Escritora, Professora Universitária e empreendedora. Mas tenho como principal função: Ser Mãe de duas crianças lindas que amo muito.

Quando decidi, realmente, empreender eu já tinha meu filho mais velho e tinha acabado de passar por um forte assédio moral na empresa em que trabalhava. Decidi fazer algo que eu já gostava e era minha área. A Psicologia, que eu conciliava a clínica com o RH, trabalhando com carteira assinada. Então, fui, mesmo com o maior medo. Logo depois, no Brasil veio na tal crise e as pessoas me perguntavam: “Você é louca?! Faz um concurso!”

Eu simplesmente fingia que não ouvia e continuava. Ser empreendedora não é fácil, aliás empreender não é nada fácil no nosso país. Mas eu faço isso e gosto muito do que realizo, tenho paixão real pelo meu trabalho. E o principal, mostro isso para meus filhos. O que faz com que eles entendam o meu trabalho e me admirem. Por mais que tenha dias que sentimos muita falta uns dos outros.

Fonte: encurtador.com.br/fBZ16

Eu como mãe e psicóloga (a pessoa é psicóloga e tem filhos) sou bombardeada, sim! E sou muito. Por exemplo: “Essa mãe não liga para os filhos, só trabalha”. E os julgamentos continuam: “Ela não tem tempo para os filhos, trabalha todos os dias e em todos os horários”. Essas frases ouço com muita frequência.

Por mais que eu seja psicóloga, sei que precisamos nos ater às coisas boas, mas os julgamentos doem muito. Pessoas, não julguem mães que trabalhem e nem que empreendam! Aliás, vamos parar com esse julgamento de que essa mãe é ruim ou não dá atenção necessária. Crianças e mães não nascem com manuais. E outra, vamos levar em consideração que mães podem gostar do que fazem e podem trabalhar e não perderem seu amor materno. Essa ideia de que se a mulher estiver trabalhando é péssima mãe deve ser deixada de lado. Será que hoje falam dos pais que trabalham? Que você acha?

Ser mãe, empreender é muito bom, para mim é. Eu realmente me canso muito mais do que com a CLT. Mas a minha satisfação, a alegria de estar fazendo a minha agenda, por mais que, às vezes, ela possa não bater com a da família, é muito bom. Outra grande questão é a importância de quando se tem apoio, seja da família, de amigos, companheiro(a). Isso é um grande diferencial. Se você tem medo e/ou passa por julgamentos, acredite, as pessoas falam. Mas apenas você pode ir atrás do que sonha.

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Os diversos papeis das mulheres e a importância da empatia

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Em pleno século XXI, ainda temos um longo caminho a percorrer quando o assunto é o papel da mulher na sociedade. Por um lado, temos uma gama de conquistas realizadas pelos esforços dos movimentos feministas de décadas atrás, por outro vivemos ainda em uma sociedade machista onde ainda existem alguns papéis delimitados exclusivamente para mulheres, enquanto os homens continuam em sua jornada intimista de ser qualquer coisa que deseje ser, sem as cobranças sobre o que deveria ou não estar fazendo.

Ainda que tenha iniciado o texto dessa forma, minha intenção aqui não é criticar o homem, mas valorizar e acolher a mulher, qualquer que seja o papel que ela desempenhe em sua jornada atual de vida.

Sou mãe, esposa, empreendedora, psicóloga, escritora, esposa, filha, irmã, amiga, mas quem não é a maioria dessas coisas? Ser psicóloga e ser mãe foram escolhas minhas, ponderadas com muito cuidado e pautados em sonhos de vida. Com a psicologia veio o empreendedorismo, afinal não dava para viver apenas de consultório e eu queria mais. Nunca fui dessas pessoas que fazem apenas uma coisa, sempre gostei de explorar minhas possibilidades, o que me levou a empreender à escrever.

Fonte: https://bit.ly/2rhSoN2

O que não havia pensado antes era o nível de dificuldade que incluía me dividir em todas essas versões de mim, pois comecei a acreditar que estava sempre falhando em alguma coisa e a não ficar tão feliz assim comigo mesmo ou com algumas das escolhas que fiz. Cheguei até mesmo a questionar se ser mãe agora foi a melhor escolha, meu filho hoje com três anos de idade é meu maior incentivador, mas também minha maior fonte de desespero e sensação de fracasso a cada “não posso ir”, a cada “mamãe precisa trabalhar”, a cada “mamãe está cansada”. Não é fácil, porque passo bastante tempo dentro de casa, algo que o empreendedorismo me permite. Imagine, então, para as mães que trabalham em regime CLT ou são concursadas e passam a maior parte do seu tempo longe de seus filhos?

Agora imagine todo esse cenário que descrevi e acrescente a ele, além da autocobrança de cada uma de nós em relação a nós mesmas, a cobrança da sociedade que lhe questiona como pode você estar trabalhando no dia da apresentação de esporte do seu filho, ou que não possa ir numa reunião escolar porque estava em uma importante reunião no seu trabalho. Isso sem mencionar o fato de que precisamos estar bem arrumadas, com o cabelo feito, as unhas pintadas, maquiagem escondendo os sinais do cansaço proveniente dos desdobramentos.

Fonte: https://bit.ly/2UN7yYz

Sim, ser mulher tem um “Q” a mais que envolve ainda todo um lado hormonal que nos faz surtar em algumas fases da vida, mas isso ninguém quer enxergar ou compreender. Somente uma mulher para entender outra mulher e ainda assim muitas vezes isso também não acontece, pois o julgamento se sobrepõe à empatia, não permitindo que que tenhamos uma postura acolhedora, mas, sim, majoritariamente crítica.

Sendo assim, proponho a você um exercício diário: sempre que visualizar uma situação com uma outra mulher, seja esta conhecida ou não, procure se colocar no lugar dela. Tente pensar em como ela se sente ao invés de julgar e piorar com comentários inúteis a culpa que provavelmente ela já está depositando sobre si mesma. Portanto, tenhamos mais empatia e que possamos compartilhar mais amor.

Fonte: https://bit.ly/2Ev50JL
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Psicóloga lança livro “Ontologia do sagrado feminino”, na Biblioteca da Univali

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Evento ocorre dia 12, às 18h30, no Campus Itajaí

Itajaí – A psicóloga Patricia María Igrasiotano, egressa da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), lança na próxima quarta-feira, dia 12 de setembro, às 18h30, na Biblioteca Central Comunitária, o livro “Ontologia do sagrado feminino: a outra história precisa ser contada”, publicado pela Editora Appris.

O livro mostra, de que modo ostensivo, o rebaixamento infringido à mulher afetou também à humanidade, assim como a todos os seres que coabitam o planeta Terra, inclusive, à própria Terra.

Para a autora, na atualidade, os seres humanos ainda são prisioneiros de histórias mal contadas. Arrastam-se, ingenuamente, amarras simbólicas que adoecem o corpo, embotam as emoções e paralisam as forças da vida. Entretanto, Patricia acredita que homens e mulheres não são vítimas deste processo, o ruim só permanece até se compreender que é possível transformá-lo. É essa a libertação que se busca atingir com a obra.

 Patricia apresenta uma renovada compreensão do humano a partir do reposicionamento da mulher como ser sagrado no mundo. As reflexões propostas não se restringem à mulher, mas a todos, tanto ao público leigo quanto a educadoras e educadores.

Sobre a autora

Patricia Ingrasiotano é argentina, Brasileira naturalizada, e chegou a Brasil junto com sua família, no ano 2000, para desenvolver um projeto no ramo do turismo e hotelaria. Morou em Bombinhas durante 15 anos. Estou Yoga e especializou-se em Yoga para crianças, graduou-se em Psicologia e fez Mestrado em Educação na Univali. Atualmente mora em Itajaí e é CEO e fundadora da empresa Psicologia & Educação.  Atua em clínica particular e promove palestras e cursos.

Mais informações: (47) 3341-7599, na Biblioteca Central Comunitária da Univali.

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Os desafios de Ser mulher – (En)Cena entrevista a Psicóloga Michelle Zukowski

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Em entrevista ao Portal (En)Cena, a Psicóloga Michelle Sales Zukowski, que é bacharel em Psicologia pelo Ceulp/Ulbra e cursa especialização em Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar na UNB, clarifica seu posicionamento quanto aos desafios e conquistas das mulheres em relação à Psicologia.

Psicóloga Michelle Zukowski. Foto: Studio 5.

Atualmente, Michelle atua na área da psicologia da educação realizando palestras e treinamentos sobre o assunto.

(En)Cena – Qual a sua avaliação da integração da mulher no cotidiano da psicologia?

Michelle Zukowski – Creio que hoje podemos falar que a psicologia é uma profissão solidificada por mulheres. Não sei ao certo qual o motivo que leva grande parte das pessoas inseridas nessa profissão serem mulheres, mas sei o quanto essa profissão faz diferença na vida das mulheres. Podemos observar facilmente a diferença da mulher que entra no curso para a que sai. O conhecimento obtido, o entendimento do eu-outro, a aceitação incondicional entre outros fatores, com certeza geram um empoderamento físico, psicológico e social em cada mulher que tem contato com a psicologia. Seja esse contato durante a formação profissional ou durante a atuação de alguma profissional.

(En)Cena – A psicologia ainda tem poucas mulheres teóricas. Que mudanças poderiam ser feitas para alterar esse quadro?

Michelle Zukowski – Acredito que as mudanças já estão sendo feitas. Cada vez mais vemos mais mulheres se formando em psicologia, se envolvendo com pesquisas, escrevendo livros e crescendo em teorias dentro e fora do país. Até grande parte do grupo docente do CEULP é feito por mulheres. O curso é coordenado por mulheres. E isso é um grande avanço dentro de uma ciência fundada por homens. Vejo que a tendência hoje é continuar crescendo o nome de mulheres com novas teorias, ou reformulando teorias, na psicologia.

Corpo de docentes do Ceulp/Ulbra – Fonte: https://goo.gl/1nKmKP

(En)Cena – Quais são seus principais desafios na atuação profissional? E as conquistas?

Michelle Zukowski – Infelizmente meu maior desafio muitas vezes é ser levada a sério. Sou mulher, com 22 anos, com cara de 17 e recém formada. Houve uma situação em particular que precisei me dirigir a certo estabelecimento para resolver uma questão de trabalho. Era uma empresa de engenharia. Me atenderam como se eu não tivesse credibilidade e falaram para fazer uma determinada solicitação por e-mail. Meu pai quis me ajudar. Foi lá, se apresentou como também engenheiro que é, homem, mais velho e na mesma hora enviaram o que me mandaram solicitar, para o e-mail dele. Fui como psicóloga, me apresentei como psicóloga, porém não fui tratada como uma. Outras vezes em atendimentos e palestras ouvi sentenças como “nossa você tem cara de novinha hein?” e isso fazia, ainda faz, eu me sentir pressionada a não apenas fazer meu natural trabalho, mas surpreender e mostrar que sou tão capaz como qualquer outro de ser boa no que faço. Felizmente, cada vez que me senti insegura por comentários ou olhares, me motivei com eles e dei a volta por cima. Recebi reconhecimentos que nunca imaginei receber. Mas sei que recebi dúvidas que nunca deveria ter recebido apenas por ser mulher e nova. Apesar de levar isso como motivação para ser melhor, isso me incomoda. E é aquele ditado popular, a gente ri para não chorar.

(En)Cena – O que você tem a dizer para as mulheres que precisam ser empoderadas para ampliar suas perspectivas profissionais e de vida?

Michelle Zukowski – Não deixe alguém, ou a pressão social, estigmas, ou qualquer coisa ditar a sua vida. Você consegue ser quem você quiser e o que você quiser. Dê o tempo ao tempo, se explore, se conheça e não se limite por nada ou ninguém. E não desista! Estude, pesquise, sonhe, viva e reviva. Não negue experiências novas, porquê podem ser elas que te promovam as maiores descobertas sobre você. Obviamente tudo que falei aqui está ligado diretamente a experiências pessoais minhas. Você pode pensar “e tudo deu certo para você?”, talvez sim, talvez não. Mas tudo foram experiências me que fizeram a mulher empoderada e feliz com quem eu sou hoje.

Encena – Como se deu a sua inserção no ramo educacional dentro da psicologia?

(En)Cena – Costumo dizer que não fui eu que escolhi a educação, mas ela que me escolheu e eu aceitei! Experiências diretas com o professor Pierre Brandão, meu orientador do PROICT e do TCC, e com a professora Fabiana Curado, mentora e supervisora na educação, foram essenciais para essa atuação. Coincidentemente ou providencialmente ambos me incentivaram à pesquisa, escrita científica, TCC e atuação na educação. Hoje participo de palestras e treinamentos em instituições de ensino com temas relacionados a educação, como bullying, tema principal da minha pesquisa e dificuldades de aprendizagem. Também realizo uma especialização pela UNB em Desenvolvimento, Educação e Inclusão Escolar, que novamente foi ou uma coincidência ou providência, mas aqui estou eu me descobrindo cada dia mais na psicologia da educação!

Palestra preparatória para os acadêmicos do curso de licenciatura em Educação Física do CEULP/ULBRA sobre o tema bullying para o ENADE. Foto: arquivo pessoal.

(En)Cena – O que o desenvolvimento de pesquisas científicas durante a graduação está te proporcionando agora no mercado de trabalho?

Michelle Zukowski – Falar tudo, seria clichê? – Risos – Minhas maiores experiências profissionais hoje, as que mais me agradam e fortalecem eu com certeza devo a pesquisa científica.  Através dos meus 3 anos e meio envolvida com pesquisas obtive 3 trabalhos premiados, 5 artigos em anais de eventos, diversas palestras e a participação em um artigo que foi publicado em uma revista de destaque. E também ao passar um ano na monitoria. Meu crescimento pessoal e profissional na pesquisa fez e faz toda a diferença na minha postura e atuação como psicóloga. Tive experiências maravilhosas, gratificantes e que me proporcionaram um olhar diferenciado em diversas situações. Me sinto extremamente privilegiada e honrada por ter tido essa oportunidade. Aconselho a todos a participarem de pesquisas científicas, pois é legal estudar teorias, mas vivenciá-las e até testá-las é uma emoção sem igual.

Premiação na XVII Jornada Científica. Foto: arquivo pessoal.
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