Sobrecarga Materna: A importância de cuidar de quem cuida

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A maternidade é uma fase em que a grande maioria das pessoas aguarda para viver intensamente, mas o que é comum encontrar são mães esgotadas, sobrecarregadas, exaustas, sem saber como fazer para viver uma maternidade mais leve, sem tantas cobranças da sociedade, da família, das redes sociais. 

Quando o assunto é sobrecarga materna, as mães compreendem com facilidade, pois muitas vivem essa sobrecarga todos os dias, desde o planejamento familiar até a execução das demandas, tudo isso gera uma carga, e gasta energia física e mental.  

Existem mães que se cobram além do que até seu próprio corpo aguenta, e não valida os alertas psíquicos emitidos diariamente. Não conseguem priorizar um tempo para um autocuidado, não possuem uma rede de apoio e nem mesmo buscar fazer o que conseguem, sempre tentam superar seus limites na escala do cansaço.

A maternidade quando começa ficar sobrecarregada emite alguns sinais que muitas das vezes, diante de tanta correria, não são percebidos pela mãe e por quem convive com ela. Tais como: Fraqueza, vontade de desistir de tudo, pois tenta resolver as demandas, mas se torna quase impossível.

Algumas começam a ficar esquecidas, ao ponto de não se lembrar da consulta com o pediatra, data das vacinas, tornando-se exaustas, com a sensação de estar sempre esgotada. Quando dorme não consegue descansar, outras nem conseguem dormir um sono de qualidade, pois geralmente a criança na fase inicial troca o dia pela noite.

A maternidade sobrecarregada pode gerar uma ansiedade, devido ao acúmulo de tarefas, não consegue fazer hoje e vai deixando para amanhã tentando resolver tudo sozinha e quando percebe já está uma bola de neve, todas as roupas sujas, as louças da casa também, comendo na hora que conseguir fazer, pois está com o físico e mente cansada. 

Se não consegue cuidar das demandas da casa, imagina a sua imagem pessoal. Então começa a viver com uma autoestima baixa, influenciando nas relações pessoais e muitas das vezes conjugais. Não consegue administrar o tempo, organizar o que é prioridade e tentar sobreviver a tudo de uma só vez.

Pessoas vivem diariamente em meio uma sociedade patriarcal, onde o cuidado com os filhos, organização do lar, ir à reunião escolar, levar a criança ao médico, na maioria das vezes envolve diretamente a mãe. Mesmo que demande alguma tarefa para que alguém ajude, no primeiro momento a deixa muito cansada.

Delegar funções, mesmo que seja apenas o gerenciamento de tais tarefas, como: já estar no horário da reunião escolar, faça tais perguntas ao pediatra, em determinado horário dê uma fruta à criança, e toda essa gestão envolve uma energia psíquica que pode contribuir para um esgotamento materno. 

Quando uma pessoa torna-se mãe, inicia-se uma nova rotina que muitas das vezes não é o esperado. Acontece uma mudança em sua vida, desde amamentação, banho no bebê, muitos trocam o dia pela noite e tudo isso vai acarretando uma sobrecarga a essa mãe.

Frequentemente mães relatam seus variados sentimentos, apontando sinais de alerta do seu esgotamento, onde a grande maioria além de cuidar do bebê, ainda tem sua demanda com as atividades do lar, relacionamento conjugal, tarefas externas, ocasionando até mesmo autoestima baixa, cansaço e ansiedade.

A rotina de todos muda, principalmente da mãe. Algumas mães são autônomas e responsáveis por as despesas do lar. Então no período de licença maternidade torna ainda mais difícil ficar à disposição das necessidades apenas da criança. As mães que desenvolvem esse papel de trabalhadoras, com filhos menores, atuando em suas carreiras profissionais, e com as demandas do lar, sentem-se afetadas no trabalho e na maternidade (BRUSCHINI, 2006).

Muitas pessoas ficam sem saber por onde começar, ajudando uma mãe sobrecarregada. Outros ajudam quando essa mãe não aguenta mais e adoece fisicamente e muitas das vezes mentalmente. Porém existem mães com uma sobrecarga tão grande que não conseguem nem mesmo pedir ajuda. 

Quando uma mãe está sofrendo, cansada, angustiada e adoecida são diversos fatores que envolvem tal situação. É uma noite mal dormida, não possui tempo para fazer uma unha, tomar um banho com maior tranquilidade, comer uma comida quente, pois geralmente alimenta a criança primeiro.          

Existem diversas maneiras que os familiares podem cooperar para que a maternidade seja mais leve. A rede de apoio sólida é essencial durante esse processo, essa mãe que cuida necessita também de cuidados. Podendo ser através de diversas fontes como a família, profissionais, ajuda financeira e auxílio emocional.

As pessoas que auxiliam uma mãe, não estão somente ajudando, mas sim, promovendo saúde mental, melhorando a qualidade de vida, e consequentemente reduzindo o peso materno, para que se torne possível uma maternidade com maior leveza. É fundamental que a mãe entenda que não é necessário fazer todas as coisas de uma só vez, procure dar importância às coisas essenciais, priorizando um tempo por menor que seja para ter um autocuidado com a saúde mental e física.

Muitas mães atualmente, vivem ainda uma sobrecarga devido ao que sobreviveram no período pandêmico em decorrência a COVID-19. Mães autônomas, funcionárias de serviço público em diversas áreas, de empresas particulares que tiveram seus trabalhos em home office. Haviam mães que trabalhavam na saúde diante de um cenário assustador. 

Todas essas vivências contribuíram de maneira severa ao cansaço, acumulando funções e deixando diversas mães em meio ao caos. Os desígnios enfrentados por mães de várias classes, afetou diretamente o psicológico, ainda é possível encontrar mães que vivem estressadas, devido às demandas que viviam como mães, professoras, cuidando do lar.

Rede de apoio, é necessário cuidar de quem cuida
Fonte: imagem retirada em Pixabay

Umas das maneiras que é superimportante para as mães lidarem com a sobrecarga e amenizar um pouco esse fardo é aprender uma palavra pequena, mas que possui um grande efeito: “não”. Após um dia exausto, se permita fazer algo que lhe traga alegria, uma mãe não é obrigada a dar conta de todas as coisas sozinha e o tempo todo.  

A rede de apoio é um caminho fundamental para redução da sobrecarga materna. O auxílio nas demandas maternas, promove bem-estar para a mãe, o bebê e todos que fazem parte do convívio. Assim torna-se possível uma busca por um autocuidado com a saúde física e emocional (CARNEIRO, 2021).

Desse modo, é primordial a informação, o olhar para evitar possíveis sofrimentos psíquicos às mães, pois a prevenção sempre é um dos melhores caminhos. A maneira mais fácil para que isso não ocorra é a atenção dos que convivem diretamente com essa mãe, observando suas limitações e sua sobrecarga, e fazendo algo que deixe mais leve esse processo. 

Entender que não existe receita para exercer uma maternidade como uma receita de bolo, é importante, pois uma maternidade envolve seres que possuem características diferentes, e cada um possui sua singularidade. O que é correto para uma mãe, talvez a outra não julgue assim. 

Nesta relação mãe-filho, não se cobre tanto, você também está aprendendo. Busque priorizar um tempo, por menor que seja, e desenvolver um autocuidado, com a saúde física, e emocional. Descansar faz bem para o corpo e para a mente, reduzindo a carga materna também é cuidado, consigo mesma e com o próximo, principalmente com o seu filho (a). 

REFERÊNCIAS

BRUSCHINI, C. (2006). Trabalho doméstico: Inatividade econômica ou trabalho não remunerado? Revista Brasileira de Estudos de População

CARNEIRO, Rosamaria Cansaço e violência social: sobre o atual cotidiano materno. Cadernos Pagu [online]. 2021.

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Uma filha diante da luta da mãe contra um câncer

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Em setembro de 2021, minha mãe sentiu um nódulo na panturrilha, desde então, foi detectada que havia algo que não estava dentro dos padrões normais e então, o especialista solicitou exames de biópsia e imunohistoquímica, e essa notícia já nos atemorizou. Quando o resultado chegou, e foi constatado que a minha mãe encontrava-se com câncer, essa noticia foi devastadora. A princípio pensamos que tínhamos recebido uma sentença de morte, mas ao longo do tratamento tivemos o privilégio de conviver com pessoas que tiveram uma excelente recuperação, vivenciando a “cura do câncer”. 

Uma das frases que mais ouvimos foi que cada caso é um caso. Nesse processo foi importante compreendermos que cada pessoa é única, que o organismo reage de maneiras diferentes, que a doença é classificada por grau, e se a lesão está localizava em um único órgão ou se havia disseminação, conhecida como metástase. Para isso foi necessário um mapeamento do tumor, que foi realizado através de exames como a ressonância magnética, tomografia, cintilografia óssea. 

Após os resultados dos exames, o médico especialista fez uma análise para verificar qual o protocolo seria mais viável, atentando-se as condições clínicas. O caso a principio era cirúrgico, onde minha mãe foi submetida em dezembro de 2021 a uma cirurgia para retirada de um sarcoma em alto grau. Logo após, ela foi encaminhada ao setor oncológico para realização quimioterapia, onde descobrimos que existia uma diversidade de quimioterapia e maneiras de serem administradas. Mas acreditamos no trabalho da equipe, buscamos nos identificar com eles, pois foi de suma importância acreditar no tratamento recomendado. 

Foram necessários novos exames, onde foi diagnosticada uma lesão na fíbula, tendo que passar por outra cirurgia em agosto de 2022, onde está sendo submetida a vários procedimentos para cicatrização, e darmos início as radioterapias.

Diante de um prognóstico ruim, o mais importante foi entender que a vida da minha mãe não foi interrompida, e que seria necessário vivermos um dia de cada vez, buscando desenvolver uma qualidade de vida. 

Em busca da cura de um câncer, tem sido fundamental não comparar com o tratamento de outras pessoas, mas acreditando no protocolo desenvolvido para minha mãe, e mantendo a esperança viva, pensamento positivo apesar de o processo ser longo e muitas das vezes doloroso. 

A rede de apoio tem sido primordial em nossa caminhada, e ela tem sido desenvolvida através dos familiares, amigos, colegas de trabalho, igreja, profissionais da saúde. Portanto foi necessário nos permitir sermos acolhidos, e a rede de apoio tem nos motivado, encorajado, suprido as necessidades físicas, emocionais e muitas vezes financeiras. E essa segurança tem nos proporcionado um caminhar mais colorido, e trazendo saúde mental, enquanto lutamos em busca da cura.

 

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Hometown Cha-Cha-Cha: sobre trauma, simplicidade, cura e rede de apoio

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Série sul-coreana retrata de uma forma calorosa o recomeçar, as formas das quais uma pessoa lida com seus traumas, e a criação de novos laços.

Você está destinada a encontrar situações inesperadas na sua vida. Mesmo que você use um guarda chuva, você vai acabar encharcada. Só coloque suas mãos pra cima e dê boas vindas à chuva (Hong Du Sik)

Fonte: encurtador.com.br/myA09

Esse texto contém spoilers sobre a série e o final de alguns personagens, então tenha cuidado ao ler caso não goste de spoilers e essa série esteja na sua lista de para assistir.

Hometown Cha-Cha-Cha é uma série sul-coreana que foi lançada em Agosto de 2021, exibida no canal coreano TVN e distribuída internacionalmente pela Netflix. Com uma história contada de forma sensível, acolhedora e divertida, o k-drama foca na adaptação de uma dentista de Seul que se muda para o interior, para abrir uma clínica e um faz-tudo (literalmente) que viveu a sua vida inteira nesse vilarejo.

Yoon Hye Jin (Shin Min-a) é uma mulher adulta, dentista que perdeu a sua mãe quando era jovem. Ela atende em uma clínica popular de Seul, porém ao entrar em conflito com a sua chefe antiética (que fazia procedimentos nos pacientes sem necessidade, e cobrava a mais pelos procedimentos), ela pede demissão e vai parar em Gongjin, um vilarejo à beira do mar. O vilarejo é de certa forma significativo para Hye Jin, já que ela costumava ir lá com os seus pais antes de sua mãe morrer. Ela decide abrir uma clínica lá, como uma forma de ganhar dinheiro e ter independência empregatícia.

Já em Gongjin, Hong Du Sik (Kim Seon-Ho) é literalmente um faz-tudo no vilarejo, e possui licença para praticar quase todas as funções possíveis (desde barista à engenheiro). Extremamente atencioso, principalmente com os idosos, Du Sik trabalha ajudando todos do vilarejo, e tira folga um dia por semana. Du Sik foi abandonado pelos seus pais e criado por seus avós, mas um dia durante a sua infância o avô dele acaba falecendo e Du Sik se culpa pelo resto da vida por ter perdido.

Na análise do comportamento, nossos comportamentos são ditados por regras, contingências e consequências. De acordo com De-Farias (2010) e Skinner (1969/1984), regras são estímulos discriminativos verbais que descrevem ou especificam uma contingência. Contingências são relações do tipo “se… então…”.

Hong Du Sik, ao perder seu avô e ser abandonado pelos seus pais, desenvolve um repertório de contingências que representa um padrão de fuga de emoções e de se ter uma real proximidade com alguém através de qualquer tipo de amor. Se ele amar alguém, então essa pessoa definitivamente irá morrer ou irá abandoná-lo. Essa contingência se intensifica quando, ao já estar emocionalmente envolvido com Hye Jin, sua avó Kim Gam Ri morre dormindo. Du Sik é mais uma vez atingido pelo luto e suas contingências de abandono se intensificam.

Como telespectadores, é claro para nós que estamos de fora o quão distorcida a realidade é através das autorregras e contingências de Du Sik.

Um dos pontos mais calorosos sobre a série se trata dos moradores do vilarejo. Um trio de senhoras idosas (em que uma delas inclui sua avó) que ao mesmo tempo que demonstram sua idade e conhecimento, são como três melhores amigas adolescentes. Um cantor que só fez sucesso com uma música, e sua filha fã de um grupo de k-pop (grupo do qual mais tarde vai gravar um programa de TV no vilarejo). Uma mãe divorciada do seu marido que é prefeito do vilarejo, no qual ambos possuem uma amiga que na verdade é apaixonada pela mãe divorciada, quebrando assim estereótipos de heterossexualidade e nos apresentando de uma forma quase dolorosa a realidade de muitas mulheres lésbicas maduras. O melhor amigo de Du Sik e sua esposa que está grávida do segundo filho, da qual se sente negligenciada pelo marido por estar grávida e não ser tão bonita como antes.

Fonte: encurtador.com.br/bdmvB

A série é a demonstração mais clara de quão importante é uma rede de apoio. Cada personagem apresentado, mesmo que seja apenas por alguns minutos de cada episódio, serve como apoio para o outro ao praticar cuidados e atenciosamente ajudar uns aos outros a superar seus traumas e dificuldades. Du Sik, sendo o ponto em comum em todos eles ou não, tem dificuldade em aceitar apoio da sua rede quando está em sofrimento, mas aos poucos compreende que sozinho não consegue lidar com tudo, da mesma forma que as pessoas que ele ajuda.

“Você pode chorar se quiser. Deve ter sido tão difícil pra você. Você deve ter escondido a dor tão profundamente. Você carregou um fardo tão pesado. Você pode se sentir triste quando estiver comigo. Você pode me mostrar a sua dor. Você pode chorar.” (Yoon Hye Jin)

O drama nos faz refletir nos traumas e nos efeitos deles no presente, da mesma forma em que nos trás o calor ao ver o funcionamento de uma rede de apoio funcional, além de relacionamentos familiares funcionais e disfuncionais que refletem a realidade em uma abordagem não punitiva e não agressiva.

REFERÊNCIAS

Análise comportamental clínica: aspectos teóricos e estudos de caso. Ana Karina C. R. de-Farias & colaboradores. Porto Alegre : Artmed, 2010.

Hometown Cha-Cha-Cha: Série sul-coreana de drama aposta na simplicidade e serendipidade. Disponível em: <http://www.benoliveira.com/2022/01/hometown-cha-cha-cha-serie-coreana-drama-simplicidade-serendipidade.html>. Acesso em 26 de Fev. de 2022.

HOMETOWN CHA-CHA-CHA | ANÁLISE PSICOLÓGICA – YouTube. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=X7Y5M-gwcEc>. Acesso em 26 de Fev. de 2022.

The Best Quotes From The Korean Drama, ‘Hometown Cha-Cha-Cha’. Disponível em: <https://www.cosmo.ph/entertainment/hometown-cha-cha-cha-best-quotes-a4575-20211024>. Acesso em 26 de Fev. de 2022.

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Caos 2021: A importância de grupos familiares para usuário de álcool e outras Drogas

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Chegamos ao segundo dia do 6º Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS. Dentre vários minicursos propostos para os inscritos no evento, nessa manhã do dia 04 de novembro, quem ministrou um dos minicursos foi a Assistente Social, graduada pela Universidade Federal do Tocantins – UFT, Maísa Carvalho Moreira.  

O minicurso abordou o tema “A importância de Grupos Familiares para Usuário de Álcool e outras Drogas”, com transmissão pelo Google Meet, e interação com a formadora pelo chat e pelo microfone.  

A Assistente Social Maísa Moreira Carvalho iniciou o minicurso agradecendo pelo convite e que é sempre importante compartilhar o conhecimento, falou também das suas experiências e sua jornada como Assistente Social, e que hoje trabalha com consultório na rua onde trata diretamente com usuários de drogas e moradores de rua.

Durante o minicurso a formadora descreveu alguns conceitos importantes para abordar o tema, como por exemplo, o tipo e uso de drogas, tanto as lícitas quanto as ilícitas e do conceito da dependência química. Relatou a sua experiência do CAPS AD III- Centro de Atenção Psicossocial, que oferta um tratamento de portas abertas e voluntário trabalhando com o vínculo afetivo e nunca obrigando o usuário ao serviço prestado. Explanou que nem todos os casos são acolhidos pelo serviço do CAPS AD III, e que são direcionados para outros serviços da rede de apoio do Sistema Único de Saúde. 

Informou que dentro dos Grupos de Familiares é importante estimular e trazer para o grupo mais pessoas para participarem aumentando as chances de resultado positivo é melhor para o paciente. Disse que não é fácil para a família estar nessa situação em ver o sofrimento do usuário e que os familiares são essenciais no tratamento do usuário de droga e que sozinho não vai conseguir lhe dar com a sua doença. E que a internação compulsória pode atrapalhar o vínculo com a família 

 Os cursistas participaram e interagiram com interesse na explanação da formadora e a mesma respondeu com tranquilidade as perguntas e indagações locando à disposição como profissional de saúde atuante com esse público, dando a sua contribuição no esclarecimento de dúvidas em relação ao tratamento dos usuários em drogas e álcool. A ministrante falou que o objetivo do minicurso não é findar a discursão sobre o assunto, mas buscar na ciência a ajuda para solucionar ou amenizar o problema.   

O segundo dia de programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia só está começando e ainda dá tempo de se inscrever no CAOS, pelo site www.ulbra-to.br/caos/edicoes/2021/.

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Combatendo a violência contra a mulher

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Na pandemia, houve o triste aumento de casos de violência contra a mulher. Devemos reforçar que violência é qualquer tipo de agressão, seja ela física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral e deve ser combatida.

Alguns fatores como o aumento do consumo de álcool e drogas, problemas financeiros e com a saúde mental, podem ser gatilhos para revelar indivíduos agressivos ou expor mais o lado violento da pessoa. Temos que levar em consideração que o indivíduo não se tornou violento ou agressor durante a pandemia. A violência é um comportamento aprendido em casa ou na sociedade.

Muitos acreditam que no período pós-pandemia as agressões vão diminuir, caso isso ocorra, a queda não corresponde à realidade. Em lares que ocorrem essas agressões, as relações e os laços familiares já apresentam fragilidades, muitas vezes por conta de históricos de violência verbal e até física.

Fonte: encurtador.com.br/artOR

Para combater é importante dar voz e credibilidade a vítima. Muitas vezes, ela fica desacreditada, pois parte dos agressores são sociáveis, bons amigos e prestativos. Isso faz com que estejam acima de suspeitas, mas em seu lar são opressores, violentos e agressores. Também é importante que vizinhos não se calem ao perceber algo, porque a vítima, em geral, sente vergonha ou medo de buscar ajuda.

Alguns serviços acessíveis são a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) com atendimento voltado para demanda da violência doméstica, dando o suporte e encaminhando a vítima para a rede de apoio, também às medidas protetivas e aos abrigos sigilosos. Além disso, tem a campanha “sinal vermelho”, que a mulher pode receber auxílio em farmácias imediatamente ao exibir um “X” na mão.

Fonte: encurtador.com.br/gnvI7

No artigo 35 da Lei nº 11.340/06 prevê que a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite de suas competências, centros de educação e de reabilitação para os agressores; e o artigo 45 estabelece que nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor aos programas de recuperação e reeducação. Para casos urgentes, existem o Disque 180, da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, e o 190, da Polícia Militar.

Dedico parte do meu tempo divulgando esses serviços em minhas redes sociais, sendo voluntária do Projeto Justiceiras, acolhendo, auxiliando, empoderando e fazendo com que essa vítima perceba que pode estar em situação de violência. Para combater a violência precisamos de uma rede de apoio, com medidas e ações educacionais, sociais e jurídicas. Denuncie qualquer tipo de violência contra a mulher.

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