Insegurança na escolha profissionalizante

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Escolher um caminho que pode definir seu futuro é um grande desafio. Muitas pessoas, ao concluírem o ensino médio, se sentem perdidas sobre qual curso de ensino superior seguir. Outras, já matriculadas, podem enfrentar inseguranças por não se identificarem com a formação escolhida, que muitas vezes foi pela falta de opções em sua cidade e pela pressão familiar ou financeira, e, com isso, podendo gerar dúvidas sobre o futuro e como a orientação profissional pode ser em certas situações.

De acordo com Tozzi (2004) e Oliveira (2003), é visível que há uma pressão da sociedade, dos familiares e de si, para ser alguém no futuro, junto com a pressa para escolher algo que nem sabe, ou tem uma ideia do que poderia ser lá na frente, e assim, por maioria das vezes, escolhendo uma profissão que poderia ser mais agradável financeiramente, sabendo que essas escolhas podem ser a longo prazo e, por vezes, incertas. Essa é uma possível realidade brasileira, não são todos que aparentam estar em algo que gostam, e como há também pessoas que demoram anos para fazer o que realmente querem, ou por questão financeira, oportunidade, ou porque era o único curso com disponibilidade para se ter um diploma.

Outra realidade é a falta de cursos nas faculdades de sua cidade natal, havendo a necessidade de se deslocar para uma universidade em outro estado ou cidade. Entretanto, nem sempre as pessoas têm essas condições de arcar financeiramente com os gastos, assim podendo desistir de um curso que sonhou em fazer na época da escola e, consequentemente, fazendo algo que é ofertado em sua cidade, sendo assim tendo um possível “futuro adiado” e fazendo um curso que “era o que tinha na época, ou disponível”.

Além de toda a dificuldade do acesso a seu curso desejado, da não identificação e de outras pressões, se encontra a orientação profissional, que, segundo Araújo (2003), é um processo onde se constrói a consciência crítica e cidadã, onde o indivíduo é introduzido ou reinserido nas relações produtivas. Fazendo, assim, uma escolha profissional, na qual, no âmbito escolar, sendo uma prática para preparar o jovem no mercado de trabalho.

Desse modo, uma orientação profissional passa a ser uma ajuda para esses momentos de dúvidas, tanto de escolha futura, ou quando já escolheu e quer mudar seu posicionamento em relação a seu curso. Trazendo, assim, uma provável segurança do que seguir futuramente e enfrentar seus desafios estudantis, mas com uma boa escolha profissionalizante.

REFERÊNCIAS

CLÁUDIA, M.; PINTO, R. G.; ALESSANDRA. Perspectivas de futuro entre adolescentes: universidade, trabalho e relacionamentos na transição para a vida adulta. Temas em Psicologia, v. 11, n. 1, p. 16–27, 2024. Acesso em: 8 set. 2024.
ARAÚJO, Cristina Pereira de; MELO, Maria de Oliveira, Márcia. Orientação profissional no Ensino Médio: da concepção à prática. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4803. Acesso em: 8 set. 2024.


TOZZI, M. Escolha da profissão. Revista Engenharia e Construção, n. 88, jan. 2004. Acesso em: 8 set. 2024.
SANTOS, M. et al. Perspectivas de estudantes do ensino médio para o ingresso no ensino superior. [S.l: s.n.]. Disponível em: https://mail.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_SA21_ID2443_29082020220026.pdf. Acesso em: 8 set. 2024.

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