Lidando com pessoas destrutivas

Viver em sociedade é uma tarefa árdua, cada pessoa busca a satisfação de seus próprios interesses, poucos pensam em uma coletividade social. Tal situação é visivelmente percebida quando se faz uma análise no sistema de leis e normas que existem para o convívio social.

Normas que cuidam tanto de uma esfera penal, pautada em ações criminosas, quanto no âmbito civil, mais direcionada às relações comuns e o cumprimento das normas civis é o fator crucial para uma boa relação em comunidade.

Mas, como lidar com aquilo que não é, legalmente falando, uma conduta “dolosa” que viola o direito de outrem?

Como pessoas sociáveis, sempre buscamos estar em coletividade, mas no coletivo há diversas personalidades, traumas, condições extremas de pessoas que são comumente chamadas de pessoas tóxicas.

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Dentro desse grupo de “más companhias”, há aquelas que são consideradas como um abismo emocional, ou, até mesmo, como buracos negros emocionais, ou seja, são indivíduos que possuem um vazio descomunal dentro de si e buscam – não intencionalmente – sugar todo e qualquer resquício de “sanidade” das pessoas próximas.

Essas pessoas são como parasitas, instalam-se em nossas vidas como simbiontes, se apresentando inicialmente como pessoas solicitas, amigáveis, amáveis etc., e vão mostrando suas “garras” com o passar do tempo.

Tal condição é tão presente na sociedade que já foi romantizado em grandes sucessos da música brasileira, como em Segredos – Frejat, onde é dito “e eu vou tratá-la bem pra que ela não tenha medo quando começar a conhecer os meus segredos”. Pessoas tóxicas estão presentes em todos os ambientes e, muitas vezes, elas sequer percebem que causam mal para os que compartilham o mesmo ambiente que eles.

As principais dúvidas que surgem sobre esta questão são: como identificar essas pessoas; como se distanciar destas pessoas; e, como descobrir se é este tipo de pessoa?

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É importante frisar que o auxílio de um profissional da psicologia será sempre essencial para a identificação e tratamento destes casos.

Pessoas com este comportamento negativo possuem características um tanto quanto “eugênicas” em suas personalidades, o modus operandi destes indivíduos possuem padrões, em sua maioria são manipuladores que se fazem de vítimas psicológicas para conseguir aquilo que deseja, ou até mesmo um narcisista egocêntrico que usa as pessoas e suas emoções para satisfazer seus desejos pessoais.

Além dos manipuladores, existem aqueles que são psicologicamente instáveis, seja por traumas, viciados quimicamente em bebidas ou entorpecentes nocivos a saúde física e mental, estas pessoas também são consideradas como indivíduos com um buraco negro emocional que infecta àqueles ao seu redor com o negativismo de suas personalidades.

Se distanciar destes indivíduos não é uma tarefa fácil, tendo em vista que normalmente elas se instalam no ciclo mais íntimo das pessoas, instalam na psiquê do “hospedeiro” uma imagem de que são essenciais para suas vidas ou até mesmo de que, caso se desvinculem, não irão conseguir sobreviver muito tempo.

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Por isso, é necessário um desenvolvimento extraordinário da inteligência emocional, para conseguir enfrentar essas pessoas. A coisa se torna ainda mais complexa quando a pessoa tóxica é um familiar, o provedor do lar, os genitores, irmãos, cônjuges, aqueles que, dada as circunstâncias não se desvinculam facilmente, como lidar?

Sempre é importante frisar que nenhuma decisão precipitada deve ser tomada, principalmente aquelas irreversíveis, vez que não contribuirão em nada na melhoria ou resolução dos problemas, traria tão somente um agravo nas relações e mais poder para o indivíduo tóxico que possui alguma vantagem sobre a “vítima”.

A pessoa quando percebe que se encontra em um ambiente tóxico, se sente sufocada, em alguns casos similar a um cárcere privado, sem saída, sem escolhas, sem vontades. Mas com o tempo ela conseguirá perceber que possui o poder de escolha entre se manter naquele ambiente ou se retirar e buscar a resiliência de sua mente. Porém, caso seja impossível se excluir do convívio social/familiar/profissional que essas pessoas, a “vítima” deve buscar um aprimoramento de sua mente para não permitir que a negatividade do outro lhe afete, até porque o mal está no outro, não em si.

Por último, como identificar que o causador de todo o mal-estar ao seu redor é causado por você e não por terceiros? Uma situação indesejada que é muito comum quando se faz uma análise mais profunda sobre o tema pois, caso não seja o agente causador, mesmo que inconscientemente, você estará permitindo que alguém controle e manipule seu estado mental.

Neste cenário, o indivíduo deve realizar uma análise de cada aspecto de sua vida pessoal/profissional e verificar se são suas atitudes que lhe infligem agonia e dor psíquica.

Compreendida sua toxicidade como indivíduo, deve ser buscado imediatamente a ajuda profissional para tratar os maus traços de sua personalidade, não para agradar os outros, mas para buscar uma versão melhor de si mesmo.

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