O Papel do Terapeuta em Terapia Familiar

A ideia de ética relacional é relevante, já que é necessário que se tenha claramente a ideia do lugar estabelecido do terapeuta na terapia, na relação profissional com o outro. O que consegue sintetizar esse primeiro momento é a ideia da legitimação do cliente no que tange ao aspecto da humanidade, o ser humano. Já a sua diferença consiste na singularidade, no conjunto de características que o torna único.

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Para uma maior efetivação do “se encontrar” como profissional, o terapeuta deve ainda adquirir a apropriação do pertencimento relacionado à história humana e, tendo consciência da importância da sua existência, torna-se possível confirmar a de outro indivíduo.

O encontro humano, constituído pela interação entre vozes internas, externas e escuta especial traz a possibilidade do espaço de si e do outro, o que retira do terapeuta a responsabilidade de ser dono de um saber tão grande que vai além do que o próprio cliente possui. O que, para a autora, consequentemente, é de enorme alívio. Concordo com tal ideia, pois, tal evento traz, de forma implícita, a confiança que o terapeuta tem na fala do cliente, o que é capaz de trazer autonomia a quem está compartilhando as dores e aflições do seu atual momento de vida.

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O terapeuta familiar ainda é convidado a assumir seu papel de ser humano, a possibilidade de reflexões a partir do seu contexto de vida. Como o profissional lida diretamente com dor, disputa, raiva, ódio, ansiedade, amargura, angústia, abuso e luto, ele deve desenvolver recursos psíquicos para suportar o impacto que esse contato pode gerar. Vale ressaltar ainda que sua postura não pode ser a de salvador, mas de colaborador. Até porque quem vivencia o ambiente permeado por problemas são os familiares, os membros da família que está no processo terapêutico.

Para abordar um outro aspecto, gostaria de iniciar o parágrafo com a frase: “só hospeda a dor do outro quem hospeda a própria dor. ” A aflição, esgotamento, desgaste do profissional não devem, jamais, ser desprezados. O terapeuta também precisa ser ouvido! Pois não se pode ignorar que ele possui a incumbência de se tornar protagonista de sua própria história.

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E isso ocorre com o terapeuta se submetendo à terapia; dedicando tempo a atividades prazerosas; passando por estudos em grupo; meditando; fortalecendo vínculos por meio do processo de socialização; sendo ouvido, amado e compreendido; e tudo aquilo que, para o indivíduo, funcionar como terapêutico.