Já imaginou descobrir que tudo o que você conhece, vê e interage não passa de um simples programa de computador? Essa foi uma discussão levantada depois do pronunciamento de Elon Musk, da Tesla e SpaceX, em uma conferência de tecnologia nos Estados Unidos, chamada de Code Conference. Ele foi direto ao ponto ao afirmar que é possível que estejamos vivendo em uma simulação, com chances de “um em bilhões”.
Musk explica que, se olharmos para a indústria de games no passado, cerca de 40 a 50 anos atrás, o que tínhamos de mais avançado era Pong, um jogo que não possuía gráficos bons ou jogabilidade excelente, pois se tratava apenas de dois “palitos”, um em cada lado da tela rebatendo um quadrado. Já nos dias atuais temos milhares de jogos online com vários jogadores simultâneos, projetos de realidade virtual e aumentada e até mesmo simulações de ecossistemas [1].
Continuando com suas explicações, Musk afirma que “mesmo se levarmos em consideração qualquer proporção de evolução, os games vão se tornar indistintos da realidade, mesmo se essa proporção cair mil vezes comparada o que temos agora” [1]. Com isso, lidamos com a seguinte situação: ou a humanidade conseguirá evoluir a ponto de conseguirmos fazer simulações indistinguível da realidade, ou a humanidade deixará de existir, por uma força maior, como uma guerra nuclear ou um evento cataclísmico.
Alguns entusiastas do assunto, como Max Tegmark, cosmólogo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que força a teoria de Musk ao afirmar que quanto mais aprendemos sobre o nosso Universo, mais ele parece ser baseado nas leis da matemática, “Se fôssemos personagens de videogame, também descobriríamos que as leis são completamente rígidas e matemáticas. Elas apenas refletiriam os códigos de computadores em que foram escritas” [2].
Outro ponto que reforça também tais teorias e que de acordo com a física teórica Zohreh Davoudi, também do MIT, os raios cósmicos são evidências e que deveríamos prestar mais atenção nesse fenômeno, eles seriam como assinaturas deste tipo de simulação, uma espécie de limite do que poderia ser medido pela nossa compreensão. Ou seja, um limite estabelecido pelo programador, “Estes raios cósmicos são as partículas mais energéticas que podemos observar. Eles sequer podem ser fabricados em laboratório”[2].
Levando em consideração que não sabemos se existe ou não um teto para evolução tecnológica, podemos esperar que em algum futuro próximo, ou não, possamos realmente simular realidades indistinguível da nossa. Mas “relaxa” caro leitor, isso iria nos trazer grandes avanços em várias áreas, poderíamos simular como algumas doenças se propagam ou nascem e ter capacidade de desenvolver algo para amenizar ou simplesmente acabar com a essa doença, já pensou como seria se descobríssemos a cura do Câncer?
Poderíamos sair um pouco do campo da ética e simular como surgiu a própria vida desde os seus primórdios e recriar isso em laboratório, ou criar uma vida totalmente artificial. Existem várias possibilidades do que poderíamos fazer se conseguíssemos simular uma realidade igual a nossa.
Referências
[1]:https://hypescience.com/ha-chances-de-estamos-vivendo-uma-simulacao-diz-elon-musk/
Nota: Texto produzido na disciplina Gestão Tecnológica II, professora Parcilene Fernandes de Brito.