Reinventando no Caminho… 1

As múltiplas definições do termo Reinventar-se nos conduz a um passeio pelo mundo da (re)criação, (re)produção, (re)composição, (re)instituição, dentre outros conceitos. Percebe-se então que reinventar-se faz parte do mundo dos seres vivos em qualquer dimensão. Nós os humanos temos o privilégio de nos reinventarmos a cada dia ou a cada situação em que seja necessário o desenvolvimento de novas habilidades, nos permitindo viver novas experiências, saindo de zonas de conforto que nem de longe nos ajudam a crescer. Logo, reinventar-se significa crescer na forma de pensar, agir e promover mudanças significativas para a vida.

A experiência de ter que me reinventar ou me reconstruir começou para mim num período muito cedo da vida. Aos 15 anos, tive que sair da casa paterna para um mundo novo e distante da minha realidade até aquele momento, com a finalidade de buscar conhecimento através do estudo. Nova cidade, novos amigos, nova família para conviver, tudo novo e assustador para uma adolescente do interior de Goiás, que nada sabia da vida e do que a aguardava no futuro.

Fonte: encurtador.com.br/zAJQ2

O primeiro choque adaptativo foi cultural. Fui morar com uma família de amigos americanos, com costumes diferentes, língua diferente, hábitos diversos dos meus, e para sobreviver a este primeiro momento, precisei adaptar os meus costumes e cultura familiar aos que estavam sendo apresentados a mim naquele instante. Meu primeiro desejo era voltar para o meu berço anterior. Correr novamente ao útero protetor da minha mãe. Não queria me expor a uma nova realidade. Com o tempo, fui percebendo que esta era a forma como a vida iria me ensinar a ser quem eu sou. Uma mulher forte, destemida e capaz de me adaptar às diversas situações que me fossem apresentadas. Era necessário crescer. Reinventar-me. Tornar-me outra pessoa sem me destituir dos valores, crenças e modos de pensar a vida e a fé.

Assim sendo, resolvi não sobreviver mas, viver a vida em toda a sua plenitude, aproveitando cada oportunidade que estavam me oferecendo naquele momento, para tornar-me alguém em quem eu mesma pudesse confiar.  Reinventar-se dói e cura a própria dor.

Carpe Diem