Os desafios à alfabetização da população brasileira

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Comemorado no dia 14 de novembro, o Dia Nacional da Alfabetização, celebra a criação do Ministério da Educação e Cultura, na década de 30. Um fato que foi um divisor de águas à alfabetização de milhões de brasileiros. No entanto, dados da pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que existem 11 milhões de brasileiros que ainda não sabem ler e escrever.  Conforme o instituto, apesar do número ainda ser alto houve uma queda discreta de 2018, que era 6,8% dos analfabetos e passou para 6,6%, em 2019.

Segundo o IBGE, a Região Nordeste detém a maior taxa de analfabetismo no país, o que representa 13,9% da população, quatro vezes maior se comparado ao Sul e ao Sudeste. A região Centro- Oeste obteve a taxa de 4,9%, enquanto o Norte com 7,6 %, estando apenas à frente da Nordeste.  Ainda de acordo com a pesquisa realizada em 2019, o nível de instrução das pessoas com 25 anos ou mais, que completaram o ensino médio é de 27,4%, sendo o ensino médio incompleto 4,5%. Já o ensino superior completo 17,4% e incompleto 4%. Os números revelam um desafio, no sentido de diminuir a evasão escolar, e oferecer meios para o término dos estudos.

Nesse sentido, Viegas e Rebouças (2018) afirmam que analfabetismo é um dos mais custosos e permanentes problemas educacionais no Brasil. Enquanto o processo de alfabetização institucionalizada na infância tem sido um dos principais desafios do sistema educacional brasileiro. Viegas e Rebouças (2018) dizem que “o que acarreta um grave prejuízo ao desenvolvimento individual, social e humano”. Situação agravada pela pandemia da Covid-19, já que muitos alunos não tiveram um aparato tecnológico apropriado para as aulas online, ocasionado pelo fechamento temporário das escolas, para evitar a propagação do coronavírus. 

Fonte: Freepick

 

Segundo dados da PNAD (IBGE, 2018), 20,9% dos domicílios brasileiros não têm acesso à internet, o que equivale a 15 milhões de lares, além disso, 79,1% das residências que têm o celular como o meio mais utilizado, sendo que muitas famílias compartilham um único aparelho. Foi nessa realidade, que muitos estudantes se encontraram, quando as aulas passaram a ser à distância, confirmando as desigualdades sociais e de oportunidades no país. 

Souza (2020) relata que as casas das classes médias e alta têm uma estrutura privilegiada para o desenvolvimento de atividades escolares, enquanto “as residências das classes populares se configuram, em geral, com poucos cômodos onde convivem várias pessoas, tornando-se difícil a dedicação dos alunos às atividades escolares”. (Souza, 2020). Situação essa que foi relatada por diversas reportagens feitas pelos veículos de comunicação, alertando sobre as diferentes condições. 

A transformação social que o Brasil precisa, inicia pela educação, por isso é necessário oferecer um ensino público e gratuito de qualidade, para todas as regiões do país. “A educação é um ato de amor, por isso um ato de coragem” Paulo Freire (1968).  Para isso, é preciso engajar a sociedade, no sentindo, que o analfabetismo não é somente um problema do Estado, mas sim de toda sociedade brasileira.

Fonte: Freepick

 

Referência bibliográfica

Freira, Paulo. Pedagogia do Oprimido (1968)

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa. Pesquisa Nacional para Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) (2019). Disponível em < https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101736_informativo.pdf> Acesso: 02, de nov, de 2021

Souza, Elmara Pereira de (2020) Educação em tempos de pandemia: desafios e possibilidades Disponível em < file:///C:/Users/Daniel/Downloads/7127-Texto%20do%20artigo-13846-3-10-20200904.pdf> Acesso: 02, de nov, de 21.

Viegas. E. R dos S, Rebouças, V,M. As políticas de alfabetização no Brasil no contexto de  ensino fundamental: aspectos normativos-legais(2018).

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Dificuldades de aprendizagem na Educação Infantil do Povo Akwê-Xerente

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O processo educacional nos anos iniciais de escolarização é o desafio da maioria das crianças, em que muitos encontram dificuldades de aprendizagem nas escolas, no qual as estruturas oferecidas, a tendência é de maior dificuldade. Com isso surgem questões a saber: O que fazer para ajudar crianças com dificuldades de aprendizagem? Como devem ser as infraestruturas das escolas que recebem as crianças com dificuldades de aprendizagem? As diferenças entre as crianças que não apresenta dificuldades e aquelas com dificuldades de aprendizagem?

As dificuldades de aprendizagem nas series iniciais torna-se para as crianças indígenas como desafio a ser enfrentado na escola. Onde a criança indígena tem o seu contato com a realidade totalmente diferente do que antes já vivido, com isso, pode ocorrer da criança indígena enfrentar barreiras com contato direto dentro de uma sala de aula. As dificuldades que podem levar as crianças a terem menos rendimento na escola são constatadas quando elas apresentam o desempenho baixo diante das tarefas exigidas. O processo de ensino e aprendizado envolve toda a sociedade, tanto a rural quanto a urbana.

Diante desse exposto, é importante identificar que dificuldades são estas e como os professores que atuam na educação escolar indígena pode se posicionar a fim de amenizar os impactos sentidos por crianças ao terem contato com novos elementos de ensino até então nunca vistos na cultura tradicional indígena.

Esses desafios encontrados por crianças indígenas, geralmente aparecem quando elas têm o contato direto com outra cultura diferente da sua, esse contato, por sua vez, pode acabar influenciando no desempenho dentro da sala de aula, desencadeando em problemas de aprendizagem.

Fonte: encurtador.com.br/oqs03

Conforme a pesquisa realizada por Melo e Giraldin (2012) as crianças indígenas têm mais de dificuldades de aprendizagem em língua portuguesa, pois estas são alfabetizadas na língua materna, uma criança da sociedade urbana tem mais facilidade por que já aprende desde pequeno a sua língua, já as crianças indígenas não, o primeiro ensinamento que elas recebem, vem dos pais, que são ensinamentos da própria cultura, passado de geração a geração. Durante cinco anos a criança indígena não recebe o conhecimento de fora, elas são livres, esses anos as crianças não têm contato com a escola. Melo e Giraldin (2012) afirmam ainda que as escolas indígenas xerente tende mais na valorização da cultura, da identidade cultural, na conservação da língua e ensinamentos ligados à sua cultura.

Um aspecto peculiar que Melo e Giraldin (2012) enfatiza é o fato das escolas xerente reelaboram constantemente o cotidiano dos moradores, pois os afazeres domésticos, as incursões no cerrado, a confecção de artesanato, o trabalho na roça, são mais privilegiados que os afazeres escolares em determinados períodos do ano.

Corrêa e Sarmento (2015) destacam que a educação assume um papel importantíssimo na vida da criança, sendo um dos maiores desafios de educadores e pais. Porém a mesmas autoras propõem que têm a possibilidade de tornar esta criança um sujeito autônomo, adquirindo sua liberdade moral e intelectual, isto é possível por meio da criatividade o que torna suas experiências significativas de satisfação, de autoria de pensamento e de fala, sendo sujeitos autores das suas próprias produções e personalidades.

Corrêa e Sarmento (2015) dizem que “a criança precisa encontrar significados e o porquê aprender a ler e escrever, sendo o princípio norteador para ocorrer esta aprendizagem” o professor deve auxiliar no encontro com esse sentido, para que o aprendizado não seja apenas algo imposto e uma prática vazia.

Fonte: encurtador.com.br/uBM08

REFERÊNCIAS:

CORRÊA, Juliana Queiroz Matos. SARMENTO, Tatiane Da Silva. Dificuldades de aprendizagem no processo de Alfabetização. Rio Grande do Sul: Revista pós-graduação: desafios contemporâneos v.2, n. 2. 2015.

GIRALDIN, Odair e MELO, Valéria M. C. de. Os Akwe-Xerente e a busca pela domesticação da escola. Campo Grande, MS: Tellus, 2012.

Mini Currículo: MAILSON WAIKAZATE XERENTE, acadêmico de pedagogia na Universidade Federal do Tocantins – UFT.

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Brincadeiras para fazer no Dia Mundial da Alfabetização

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O Dia Mundial da Alfabetização foi criado pela ONU/Unesco, em 8 de setembro de 1967, para destacar a importância social da alfabetização. A alfabetização infantil é uma etapa extremamente importante para o desenvolvimento dos pequenos e é um direito universal. A Alfabetização define-se como o processo de aquisição e de apropriação do código alfabético, ou seja, um processo de percepção do som e da grafia da letra.  

Para que o processo de alfabetização ocorra, as crianças precisam se conscientizar dos sons das palavras, ou seja, compreender que as palavras são compostas de sons (fonemas). Por esse motivo, a consciência fonológica é fundamental na alfabetização. Consciência fonológica é a habilidade que temos em manipular os sons da nossa língua. É a capacidade de percebermos que uma palavra pode começar ou terminar com o mesmo som.  

Algumas brincadeiras são simples e podem ser feitas em casa ajudando no desenvolvimento da consciência fonológica e na alfabetização. Indico que os pais brinquem com jogos da memória que possuam rimas, assim as crianças podem distinguir e identificar sons similares. Por exemplo: Utilize cartões com figuras de animais ou frutas e os deixe virado para baixo, como um jogo da memória normal. Mas aqui, o par deverá ser formado por palavras que rimam e não por serem iguais. Ex: o par de “leão” deverá ser “cão”, o par de “foca” deverá ser “porca”.

Os responsáveis podem aproveitar o tempo que tem com os filhos para brincar de história Sonora. Essa brincadeira envolve a aliteração, onde o foco está em identificar diferentes palavras que começam com o mesmo som. Inventem juntos uma história com muitos sons iguais, treinando a repetição e estimulando a percepção dos sons. Exemplo: “Havia um CAvalo dentro do CAstelo enquanto a CAmareira arrumava a CAma!” . Troque os sons e deixe a criatividade fluir. 

Fonte: encurtador.com.br/jlorW

A Consciência de Sílabas pode ser desenvolvida em brincadeiras como “Que bicho é esse?”. Por exemplo, apresente imagens de animais para a criança e peça para que ela repita o nome do animal em voz alta, após você. Agora repita o nome do animal realizando a divisão silábica e peça para a criança fazer o mesmo. “Esse bicho é o CA-VA-LO”, “Esse bicho é o E-LE-FAN-TE”.

Já a Consciência de Palavras pode ser desenvolvida com a brincadeira “Quantas palavras eu falei?”. Comece com frases curtas e depois vá aumentando o número de palavras na frase de acordo com o desempenho da criança. Diga: “João está feliz” e pergunte “quantas palavras eu falei?”. A criança deverá responder “três”.  Capriche na entonação para que a criança consiga distinguir. 

Os pais também podem ajudar no desenvolvimento da consciência fonêmica, brincando de Manipulação Fonêmica. Apresente uma palavra para a criança e manipule os sons individualmente. Comece pelas vogais e apresentando palavras curtas, depois vá aumentando conforme o progresso da criança. Peça para que a criança repitir o som de cada letra individualmente da palavra “FOCA”. Agora, peça para que ela diga outras palavras que comecem com essas letras! “Formiga, Ornitorrinco, Cachorro e Abelha.” 

Essas brincadeiras podem parecer simples, mas trazem inúmeros benefícios e facilidades para que a criança desenvolva a leitura e escrita. Além disso podem ser feitas em qualquer lugar ou tempo livre em que as crianças estejam entediadas. Assim elas aprendem brincando e se desenvolvendo.

Fonte: encurtador.com.br/ftJQU
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Evento gratuito ensina a alfabetizar com eficácia

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Para pais, professores e profissionais da educação, aulas ensinam como potencializar o desenvolvimento das crianças e adolescentes

Dados coletados pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), em parceria com o Ministério da Educação, mostram que 22,21% das crianças brasileiras, em idade de alfabetização, não conseguem ler uma frase inteira. Pensando nisso, o Instituto NeuroSaber vai realizar a “Jornada do Alfabetizador – Da teoria à prática”. Online e gratuito, o evento vai acontecer dos dias 10 a 13 de maio. A inscrição é feita pelo link: https://lp.neurosaber.com.br/cadastro-jornada-do-alfabetizador/ 

A proposta é capacitar pais, professores e profissionais para potencializar o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Nas aulas, o público vai entender melhor o processo de alfabetização com inúmeras fontes neurocientíficas em linguagem acessível e atividades práticas.  

A mentoria ficará a cargo de Luciana Brites, Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem e uma das fundadoras do Instituto NeuroSaber. A programação conta com tópicos inéditos e exclusivos para que os interessados conheçam os processos da alfabetização e como estimular, por exemplo, a consciência fonológica e a noção espaço-temporal nas crianças.

Luciana Brites

Sobre o Instituto NeuroSaber

Fundado pelo neuropediatra Dr. Clay Brites e pela psicopedagoga Luciana Brites, o Instituto NeuroSaber tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre comportamento e neurodesenvolvimento da infância e adolescência, com o intuito de capacitar pais, professores e profissionais para desenvolver e otimizar o potencial de cada criança.

Serviço: 

Jornada do Alfabetizador 

Realização: Instituto NeuroSaber 

Inscrições pelo link: https://lp.neurosaber.com.br/cadastro-jornada-do-alfabetizador/ 

Aulas acontecem do dia 10 a 13 de maio 

Totalmente online e gratuito 

Joyce Nogueira – Drumond Assessoria de Comunicação
Assessora de Imprensa

(21) 98102-2441- whatsapp

(21) 2143-1094

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Congresso online discute alfabetização mais eficiente

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A pandemia trouxe um dos maiores distúrbios nos sistemas educacionais prejudicando o processo de aprendizagem de milhões de estudantes. Pensando em contribuir para a educação, o Instituto NeuroSaber irá promover a primeira edição do “Congresso de Alfabetização: da Ciência Cognitiva à Prática Escolar”, dos dias 26 a 28 de novembro. Ao vivo e online, o evento, que conta com importantes especialistas do setor, vai discutir condutas educativas a partir de evidências científicas e refletir sobre métodos de ensino que possibilitem uma alfabetização mais eficiente.

Segundo Luciana Brites, CEO do Instituto NeuroSaber, o congresso vai promover treinamento qualificado para profissionais da educação, pais e interessados. Durante as palestras, vão ser analisados métodos de ensino que de fato contribuam para aprendizagem e que levem em consideração as etapas e o desenvolvimento, desde as dificuldades de aprendizagem às habilidades cognitivas e comportamentais.

Brites ressalta ainda que o evento irá debater a importância da Ciência Cognitiva da leitura. Segundo ela, trata-se de uma análise dos processos linguísticos, cognitivos e cerebrais que ajudam a compreender sobre como funciona o cérebro de quem está aprendendo a ler e como se dá o aprendizado da leitura.

– Entendendo bem esses fatores e como eles acontecem dentro da mente, é possível pensar em melhores maneiras para auxiliar no desenvolvimento da leitura e da escrita das crianças. E diante de toda essa defasagem da educação, será fundamental que profissionais e pais possam estar melhor habilitados para reverter o atual cenário provocado pela pandemia – observa.

Fonte: Luciana Brites

Palestras e elaboração de livro

As palestras também serão gravadas e disponibilizadas para serem assistidas posteriormente pelos participantes. Além disso, haverá um local digital que servirá como espaço para interação, com o objetivo de tirar dúvidas e compartilhar experiências entre os profissionais, pais e familiares interessados em alfabetização.

Também será elaborado um livro sobre o congresso, com o apoio de especialistas e pesquisadores participantes, que vai analisar os estágios e o desenvolvimento desde as dificuldades de aprendizagem às habilidades cognitivas e comportamentais.

Inscrições pelo link: https://neurosab.com/campaign/ai-congresso-de-alfabetizacao

Confira a programação completa do evento:

Dia 26/11, quinta-feira

18h: Dra. Alessandra Seabra inicia o congresso falando sobre a Política Nacional de Alfabetização (PNA) e Ciências Cognitivas.

19h: Dra. Maria Regina Maluf conversa com os participantes sobre a Formação de Professores e Alfabetização.

20h: Dra. Rochele Fonseca encerra o primeiro dia de congresso com um bate-papo sobre Literacia emergente: fatores neuropsicológicos pró-prontidão escolar e aprendizagem significativa.

Dia 27/11, sexta-Feira

18h: Dra. Alessandra Seabra abre o segundo dia de palestras com o tema Princípio alfabético, Consciência Fonêmica e Instrução Fônica

19h: Dra. Ana Luiza Navas fala sobre a importância da Fluência de leitura

20h: Dra. Ana Luiza Navas segue no encontro, com o tema Compreensão de leitura

Dia 28/11, sábado

9h: Dr. Clay Brites abre o último dia de congresso falando sobre os Aspectos Biológicos e Neurológicos da Linguagem Escrita

10h: Dra. Camila Leon discute Autorregulação e Funções Executivas na Alfabetização

11h: Dra. Cíntia Salgado palestra sobre a Identificação precoce de dificuldades de leitura e escrita em contextos de vulnerabilidade.

13h: Me. Gabriel Brito fala sobre a Leitura e escrita no Ensino Fundamental II

14h: Dra. Rosângela Gabriel abrange a Alfabetização de Adultos

15h: Me. Roselaine Pontes de Almeida fala sobre A BNCC e a alfabetização na Educação Infantil

16h: Luciana Brites encerra o congresso em palestra sobre os Aspectos Psicomotores da Escrita

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Matilda e os processos de aprendizagem e alfabetização

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‘’A inteligência não começa nem pelo conhecimento do eu nem pelo conhecimento das coisas enquanto tais, mas pelo conhecimento de sua interação e, orientando-se simultaneamente para os dois polos desta interação, a inteligência organiza o mundo, organizando-se a si mesma’’.

O filme Matilda é uma comédia lançada em 1996 interpretada pela atriz Mara Wilson que retrata uma criança com múltiplas inteligências. Desde pequena a menina foi mal compreendida pelos pais (Harry e Zinnia) e pelo irmão (Michel). Eles chegaram ao ponto de serem mal-educados e rudes com ela, pois eles nunca souberam trabalhar com as altas habilidades da filha, assim acabam mandando a pequena para uma escola que é coordenada por uma diretora (Agatha Trunchbull) altamente autoritária que não simpatiza com crianças.

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Desde pequena a personagem demonstrou a sua incrível capacidade de aprendizado, com isso acaba desenvolvendo seu senso de independência muito cedo por acabar ficando sozinha em casa todos os dias, pois seu pai trabalha, a mãe vai ao bingo e o irmão à escola. E para passar o tempo a personagem descobre o caminho até a biblioteca pública, onde lá pode se aventurar no fantástico mundo da leitura.

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Ao passar do tempo Matilda descobre que possui poderes psicocinéticos e acaba usando-os para ‘’acertar a conta’’ com todos aqueles que fizeram mal ou magoaram tanto ela quanto seus amigos. A criança é apoiada por sua professora (Srta. Honey) uma mulher que trata todos seus alunos com carinho e que adora mudar o ambiente de sua sala para que os alunos se sintam mais à vontade e que ela saia da posição de detentora do saber conquista a personagem principal a cada aula presente, pois era o sonho da mesma poder ir à escola.

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Entende-se que o processo de aquisição da linguagem falada se relaciona com diversos fatores e pode ser dinâmico, ou seja, tem influências culturais, costumes sociais, relacionamento com o outro, ambiente, etc. Para Piaget o desenvolvimento da inteligência surge por reorganizações mentais, para que se possa obter a maior possibilidade de assimilação, ocorrendo empiricamente e de maneira reflexiva, onde a criança entra no processo de pensar sobre o mundo e como ela age no mesmo.

Para entender o processo educativo de Matilda é necessário perceber que as inteligências múltiplas consistem em um potencial intelectual autônomo, nota-se que a personagem tem sede de conhecimento o que acaba contribuindo para uma alfabetização eficaz, pois ela não foi motivada nem pelos pais nem pela escola.

Embora Ana Teberoski e Emília Ferreiro (1985) acreditem que para o sujeito concluir o processo de alfabetização é necessário passar pelas quatro fases (pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético) todo o processo de construção da aprendizagem da menina ocorreu de maneira rápida por causa de seu interesse e sua curiosidade, onde facilitou e acelerou os quesitos leitura e escrita.

Contudo deve-se respeitar o ritmo especial de cada criança durante os processos de aprendizagem e principalmente o de alfabetização, pois cada indivíduo tem um contexto particular e único que é formado por uma estrutura psicológica, social, cultural e biológica.

Danny Devito Bow GIF

FICHA TÉCNICA:

MATILDA

Direção: Danny DeVito
Elenco: Mara WilsonDanny DeVitoRhea Perlman
País: EUA
Ano: 1996
Gêneros: Comédia, Fantasia

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Evento gratuito ensina a alfabetizar de maneira eficaz

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O Instituto NeuroSaber promove dos dias 22 a 28 de outubro o workshop gratuito e online “Alfabetização: da Teoria à Prática”. Ministradas pela psicopedagoga Luciana Brites, as aulas vão ensinar de maneira descomplicada técnicas de alfabetização.

Ensinar técnicas de alfabetização cientificamente comprovadas e com resultados imediatos. Esse é o objetivo principal do workshop “Alfabetização: da Teoria à Prática”, que acontece dos dias 22 a 28 de outubro. Totalmente gratuito e online, as aulas são ministradas pela psicopedagoga Luciana Brites, do Instituto NeuroSaber. O programa é voltado para familiares, pais, professores e educadores.

Luciana Brites

Segundo a especialista, além de apresentar de maneira descomplicada o funcionamento Neurocognitivo dos Processos da Alfabetização, as aulas vão mostrar como estimular as áreas fundamentais para uma alfabetização eficaz: consciência fonológica, percepção visual, psicomotricidade, noção espaço-temporal entre outros.

– Durante o programa, o público terá acesso a um conteúdo com fundamentação neurocientífica, numa linguagem acessível e prática. Vamos ensinar também os pré-requisitos mais importantes, as formas de apresentar as letras, as junções, o que funciona e o que não funciona, o porquê das apresentações da sequência das letras – destaca.

Sobre Luciana Brites

Luciana Brites é cofundadora do Instituto NeuroSaber. É especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação Ispe – Cae São Paulo. Além disso, é coordenadora do Núcleo da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil e Profissões Afins (Abenepi) em Londrina (PR).

Sobre a NeuroSaber

A inciativa tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre aprendizagem, desenvolvimento e comportamento da infância e adolescência.

Serviço:

Workshop NeuroSaber: Alfabetização da Teoria à Prática

Online e gratuito

Data: De 22 a 28 de outubro

Aulas ministradas por: Psicopedagoga e psicomotricista Luciana Brites

Link para inscrição: https://neurosaber.com.br

Joyce Nogueira
Assessora de Imprensa
(21) 3518-5521
(21) 98102-2441

Drumond Assessoria de Comunicação

Site:http://imagemdevalor.info/

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Experiências Culturais: os instrumentos e instituições da cultura

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Em relação ao texto “Pensando com os instrumentos e com as instituições da cultura” de Barbara Rogoff (2005), reflete-se a respeito da constituição do pensamento, ressaltando que o pensar é um processo interpessoal no qual envolve muito mais do que ações privadas e individuais, pois de acordo com a pesquisa voltada para o desenvolvimento cognitivo, as pessoas constroem seus pensamentos e entende seu mundo a partir da interação com o meio participando de atividades socioculturais (ROGOFF, 2005, p.196).

Pesquisadores debruçaram-se em aportes teóricos, para compreender a relação existente entre a formação do pensamento das pessoas decorrentes das suas experiências culturais. Assim, muitos deles consideraram os estudos de Vygotsky, pois este considera que as habilidades cognitivas individuais são constituídas diante do auxílio de outras pessoas, ou seja, “o desenvolvimento cognitivo ocorre à medida que as pessoas aprendem a usar instrumentos culturais do pensamento (como alfabetização e a matemática) com a ajuda de outras, mais experientes com tais instrumentos e instituições” (ROGOFF, 2005, p.196).

Fonte: http://zip.net/bvtHDX

O ponto de vista sócio histórico contribui para um novo entendimento da cognição, sendo visto agora como processo ativo das pessoas e não mais individual e passivo. Jean Piaget, na sua teoria, também estudou aspectos cognitivos, porém ele analisava o processo de desenvolvimento intelectual da criança a partir dos estágios, desconsiderando as variâncias culturais. Pesquisadores, então, realizaram estudos aplicando as técnicas de Piaget em diferentes contextos culturais, e com isso, observaram que de acordo com a comunidade e cultura em que se vivem as pessoas apresentaram desempenho diferente na realização da atividade.

Diante desta situação, estudiosos começaram a perceber algumas questões, como a conceituação do objetivo e a familiaridade com o mesmo, conforme a localidade pode influenciar no resultado do teste, assim, os pesquisadores estudavam os tipos de atividades realizadas na comunidade e com isso adaptava-se as atividades para que avaliassem o desempenho da pessoa. Rogoff (2005) traz um exemplo de estudos realizado com crianças que demonstra essa experiência:

As crianças zambienses tiveram bom desempenho quando modelaram com pedaços de arame, uma atividade conhecida em sua comunidade, mas um desempenho ruim com os desconhecidos lápis e papel. Em comparação, crianças inglesas se saíam bem com lápis e papel, um meio conhecido para reproduzir padrões em sua comunidade, mas não com pedaços de arame (p.197).

A partir desses estudos, Piaget revisou seus conceitos, percebendo que os estágios de desenvolvimento cognitivo (principalmente o operatório-formal) dependiam da experiência pessoal de cada sujeito, conforme o seu contexto, e domínio.

Fonte: http://zip.net/bstHv0

Outro aspecto observado pelos pesquisadores em relação ao processo do pensamento era os testes cognitivos em similaridade com a formação escolar, percebendo a influência dos valores culturais na definição de inteligência considerando a situação em que este era analisado. Antigamente os testes eram usados para medir a cognição de forma muito crua, não havia um olhar humano que levasse em conta a experiência de vida da pessoa. Os pesquisadores então começaram a ver por outro ângulo e afirmaram que a testagem poderia ser vinculada aos valores e a experiência cotidiana. Os valores que se vinculam com os relacionamentos sociais, têm grandes influências nas respostas das pessoas quando submetidas a perguntas cognitivas (ROGOFF, 2005).

É importante ressaltar a relação entre o testador e a pessoa que será testada, “os modelos culturais de relações sociais, que fornecem, implícita ou explicitamente, a base para os comportamentos apropriados e formas de se relacionar de adultos e crianças não são suspensos em testes cognitivos” (SUPER e HARKNESS, 1977, apud ROGOFF, 2005, p.205). Isso está totalmente relacionado com o significado de maturidade e inteligência de cada cultura/comunidade. Cada cultura tem uma definição diferente do que seja inteligência e maturidade, enquanto que, para uma cultura inteligência seja definida como lento, cuidadoso e ativo, para outra cultura tem outro sentido e valor.

Fonte: http://zip.net/bytHD2

Em se tratando de generalização, a autora Rogoff (2005) retrata que nem sempre será uma coisa boa, e que executar no automático a mesma ação pode ou não ser apropriado a uma nova situação, o objetivo seria uma generalização adequada e para que este conhecimento (desenvolvido em uma situação quando se enfrenta uma nova) seja adequado Hatano (1988) apud Rogoff (2005) diz que tem de haver o entendimento conceitual, e, para que as pessoas e grupos façam uma generalização adequada entre as experiências/situações é importante o que foi chamado por alguns autores de capacidade adaptativa.

O desenvolvimento da capacidade adaptativa é apoiado pelo grau no qual as pessoas entendem os princípios e objetivos das atividades relevantes e ganham experiência ao variar os meios para atingi-los. As práticas culturais e a interação social sustentam a aprendizagem de quais circunstâncias estão relacionadas entre si e quais posturas são adequadas a diferentes circunstâncias. (ROGOFF, 2005, p.209).

No que diz respeito à visão da cognição, “vai muito além da ideia de que o desenvolvimento consiste em adquirir conhecimento e habilidades” (Rogoff, 2005, p.208), a pessoa cresce por intermédio da participação em uma atividade que traz transformação para assim ele se envolver em outras mais. Rogoff (2005) argumenta que o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos acontece no espaço de comunidades com o interesse de que as pessoas trabalhem em determinados lugares, como seres civilizados. Nós não somos donos do nosso próprio pensamento a respeito do mundo, mas é assim que acontece o início das habilidades nas parcerias desses diálogos. A partir disso percebe-se a importância dos aspectos históricos e culturais dessa conversação para cada pensador, influenciando outras pessoas a começarem novas linhas de pensamentos.

Fonte: http://zip.net/bwtGJ6

Em seus estudos com marinheiros, Ed Hutchins (1991) apud Rogoff (2005), o autor percebeu que eles trabalham em conjunto nos cálculos e nos planejamentos necessários para orientar a navegação de grandes navios. Diante disso é importante ressaltar que a cognição é distribuída na medida em que as pessoas colaboram e ajudam umas as outras, não apenas pensando em si próprio, mas, no que o outro pode está acrescentando com os instrumentos projetados para auxiliar no trabalho cognitivo. O processo coletivo mostra para o indivíduo que produzir em conjunto proporciona uma qualidade na produção tornando as informações claras e trazendo um conhecimento mais rico.

Arievitch (1995) et al. apud Rogoff (2005) enfatiza que o foco está na transformação ativa do conhecimento por parte das pessoas e em seu relacionamento com atividades que dinamizam. Levando-se em consideração esses aspectos, aprender e adequar com flexibilidade as posturas às circunstâncias é um fator importante para o desenvolvimento cognitivo que é imprescindível para tomada de decisão em várias áreas da inteligência. Muitas famílias ensinam suas crianças formas mais abertas de agirem e falarem, formas essas que se adequam a papéis e diversas situações. Percebe se em outras culturas que os adultos dão maior ênfase neste aspecto. Se as crianças souberem distinguir as posturas adequadas para cada ambiente evitarão problemas de comunicação.

Aprender a diferenciar as formas adequadas de agir em diferentes situações é uma conquista importante em todas as comunidades, seja para crianças, seja para adultos. Saber qual postura adotar na escola e em casa, junto com a determinação de qual estratégia usar em testes cognitivos e em outras situações de solução de problemas, equivale a aprender a fazer generalizações adequadas de uma situação para outra (ROGOFF, 2005, p. 211).

De acordo com Rogoff (2005), a teoria de Vygotsky redirecionou os estudos científicos sobre a cognição, visto que as funções mentais estão associadas à maneira como utilizam os instrumentos cognitivos na própria comunidade. Diante disso, percebe-se a extrema importância da empregabilidade de certas ferramentas culturais para o pensamento, tais como, a alfabetização, a matemática e a linguagem. A alfabetização está interligada às competências cognitivas por intermédio de aplicações peculiares comprometidas em seu uso. O aprendizado da leitura oferece várias habilidades dos processos mentais distintos de tal forma que, essas diversidades nos objetivos e nas aplicações da alfabetização parecem estar intrinsecamente interligadas as habilidades que as pessoas utilizam (ROGOFF, 2005).

Fonte: http://zip.net/bgtG9R

Ainda em concordância com a autora Rogoff (2005), no que consiste à alfabetização utilizada como instrumento, esta colabora com certos tipos de pensamentos, seja no contexto social, local, seja no contexto histórico. Como exemplo, no século XVIII nos Estados Unidos, a alfabetização era entendida como a habilidade de escrever o seu próprio nome em documentos legais. Já, no século XIX, a alfabetização estava relacionada com a capacidade de ler; mas sem a compreensão de leitura. Já, durante o século XX, a leitura estava associada com a funcionalidade dela, ou seja, a importância dela para eficiência da indústria.

Diante deste contexto, é notório que a utilização de instrumentos culturais como a matemática está profundamente associada às diversas características e aos princípios das comunidades. O manuseamento dessas ferramentas na matemática está interligado nas especificidades dos próprios utensílios, às atitudes das comunidades referentes à utilização desse instrumento e como este pode ser compreendido nas interações sociais. Esse instrumento também serve para o fortalecimento das relações sociais.

No que diz respeito à linguagem, este serve como instrumento cultural para o pensamento, uma vez que a língua conduz o modo de atuar e de pensar da comunidade, como por exemplo: ideias que são manifestadas no campo da linguagem de uma comunidade, de maneira que o sistema linguístico contribui com os pensamentos, como também, a utilização desses instrumentos pelos indivíduos e pelas gerações. Enfim colaboram com a organização narrativa, estruturas de cálculos matemáticos, isso de tal forma que os pensamentos interagem com os processos interpessoais e de comunidade.

Fonte: http://zip.net/bftG7Y

A alfabetização e a matemática são importantes instrumentos culturais do pensamento, logo, estudos sobre a matemática identificam como estas ferramentas são essenciais, como exemplo, o ábaco, as formas de cálculo ensinadas na escola, à formação dos preços de vendas dos utensílios. Os indivíduos utilizam esses dispositivos para facilitar o trabalho e a diminuição do esforço mental como uma maneira de se adequarem no contexto cotidiano.

Perante o exposto, foi possível perceber que as teorias socioculturais crescem constantemente por terem a compreensão de que o pensar está diretamente entrelaçada a situações específicas, essa relação não é automática, bem como a autora demonstrou, “em lugar disso, os indivíduos determinam suas posturas diante de certas situações com referência nas práticas culturais de que participaram anteriormente”. (ROGOFF, 2005. p.211). Cada ser humano tem uma visão diferente das coisas, esse processo faz com que tenhamos atividades socioculturais. Em concordância com o raciocínio de Rogoff (2005), entende se que, no momento que existem limites obrigatórios entre o indivíduo e o todo, se faz surgir complicações para melhor compreender, tanto os processos individuais, interpessoais e da comunidade.

REFERÊNCIAS:

ROGOFF, Barbara. A natureza cultural do desenvolvimento humano. Ed.1.Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2005.

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