Os cuidados éticos da/o psicóloga/o na Avaliação Psicológica

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Ocorreu no dia 25/05 o 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica, que contou com uma mesa redonda para a abertura do evento

No dia 25 de Maio (25/05) ocorreu o 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica no CEULP/ULBRA. O evento, que durou o dia todo, contou com uma mesa redonda, oficinas, apresentação cultural e uma palestra de encerramento. O simpósio teve como pauta os diversos aspectos da avaliação psicológica nos âmbitos da prática profissional da Psicologia.

Como abertura do evento, foi realizada uma mesa redonda às 09h30. Essa mesa redonda contou com as psicólogas convidadas: Keila Barros Moreira, Ana Beatriz Dupré Silva, e com Ester Borges de Lima Dias como representante da Psicotestes, apoiadora do evento. A mediadora foi Ruth do Prado Cabral, docente de Psicologia da CEULP/ULBRA. O foco da mesa redonda foram as diversas técnicas e métodos utilizados na avaliação psicológica, e também como ela se dá na prática de cada uma das convidadas.

No início da mesa redonda, logo depois da apresentação de cada uma das convidadas, a psicóloga Ana Beatriz Dupré abriu levantando a Resolução 09/2018, que foi estabelecida pelo Conselho Federal de Psicologia como as diretrizes para a Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos.

Foram levantadas por Ana Beatriz Dupré também questões sociais como o fato de o psicólogo está como alguém que sempre está sendo avaliado socialmente, por ser uma pessoa que “sempre avalia”. A avaliação é o ponto de partida para as intervenções, e não a ‘chegada’, e não há a obrigatoriedade de entregar um laudo que possua um diagnóstico com DSM-V e CID-10. Ana Beatriz também frisa que é necessário focar no que é demandado, e não no que você vê além disso, por conta de isso gerar muitas ramificações dentro do processo de avaliação psicológica.

Fonte: Acervo da Autora

A psicóloga Keila Barros Moreira complementou a fala da psicóloga Ana Beatriz, levantando também questões da complexidade do percurso histórico. Existe algo de fundamental em entender a história que trouxe a sociedade ao momento presente, e os impactos que esses percursos geram nos avaliandos. Ela também levantou os questionamentos sobre como o psicólogo atua em relação aos fracassos escolares e as diferenças individuais, pois existem vieses diferentes. O psicólogo atua em uma forma de rotular e excluir, descontextualizar, ou de inclusão e compreensão? Tal contextualização é algo importante na formatização da avaliação.

Keila levantou também a necessidade de se trabalhar pela Avaliação Terapêutica, proposta por Stephen Finn, Constance Fischer, e colaboradores. Nessa proposta dos autores, é feita uma avaliação psicológica colaborativa entre o avaliando e o avaliador, no qual o teste psicológico é usado como centro de uma intervenção terapêutica de um tempo limitado, de uma forma que os testes servem para dar luz e incentivar o processo de melhora e/ou cura. Outra questão questionada por Keila Barros é a necessidade de se entender as diferenças nas vivências pessoais dos avaliandos, lembrando a todos os que assistiam a mesa redonda de eventos como a Apartheid, a supremacia branca, questões históricas e de gênero que trazem diferenças nas lentes das quais a pessoa que é avaliada vive, e os percursos feitos. Existe a necessidade na avaliação de enfatizar as potencialidades do avaliando, e não as dificuldades.

A psicóloga representante da Psicotestes, parceira do evento, trouxe como ponto importante a evolução do processo de avaliação psicológica por conta da possibilidade de avaliação e testagem de forma online, situação que foi necessária durante a pandemia e o isolamento social. A pandemia de COVID-19 tirou o psicólogo de sua zona de conforto, colocando-o para criar e inovar. Também tem a necessidade de atenção às orientações da APA (American Psychological Association) para a aplicação de testes.

A mesa redonda teve encerramento com perguntas por parte da plateia, que perguntaram sobre a adaptação para a modalidade online, assim como questões políticas.

Fonte: Acervo da Autora
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Psicologia Jurídica em pauta durante Simpósio

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Na tarde de quarta feira, vinte cinco de maio foi realizada a oficina  “Avaliação Psicológica no Contexto Forense: Um Olhar para Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência”, como parte da programação do 3° Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica, realizado nas dependências do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA.

Com mediação da psicóloga Janinne Costa Rodrigues (CRP 23/1861), e colaboração da psicóloga convidada  Ana Flávia Drumond, a oficina trouxe inicialmente um panorama a respeito da psicologia jurídica. Especialidade da psicologia reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia por meio da resolução N.º 013/2007, a psicologia jurídica se desenvolve no âmbito da justiça “colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção” (CFP, 2007, p.19). 

Foram apresentadas as diferentes áreas de atuação dentro da psicologia jurídica, a psicologia criminal, penitenciária, investigativa e psicologia forense. A avaliação psicológica no contexto forense tem o objetivo de dar respostas  a questões legais com requerimento realizado por parte de um magistrado, tal como dos órgãos de justiça (GUILLAND; LABIAK; CRUZ, 2021). Foi ressaltado a importância do profissional de psicologia forense em conhecer os aspectos relacionados à legislação, uma vez que a avaliação psicológica forense corrobora para produção de provas.  

As demandas de avaliação psicológica encaminhadas ao psicólogo forense são em grande parte de alta complexidade. independente da instituição de justiça que solicite a avaliação psicológica é necessário um olhar “altamente qualificado e de responsabilidade para que o operador do direito tenha a chance de ampliar seu entendimento sobre o dilema a ser julgado” (SILVA, 2020, p.52). Essas solicitações de avaliação psicológica costumam acontecer em um contexto de vulnerabilidade, disfuncionalidade e violência, sendo fundamental um posicionamento ético, que resguarde a dignidade dos avaliados.  

A oficina gerou provocações, um espaço de debate e conhecimento a  respeito da avaliação psicológica no contexto forense. Com essas e outras questões, foi promovido um espaço de interação e aprendizado entre os participantes. 

Referências

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP N.º 013/2007. Institui A Consolidação das Resoluções Relativas Ao Título Profissional de Especialista em Psicologia e Dispõe Sobre Normas e Procedimentos Para Seu Registro.. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/Resolucao_CFP_nx_013-2007.pdf. Acesso em: 27 maio 2022.

GUILLAND, Romilda; LABIAK, Fernanda Pereira; CRUZ, Roberto Moraes. Avaliação psicológica de crianças vítimas de violência nas Varas Criminal e Infância e Juventude. Revista Plural, Florianopolis, v. 3, n. 2, p. 6-18, dez. 2021. Disponível em: https://crpsc.org.br/ckfinder/userfiles/files/Revista%20Plural_v1_n3_dezembro_2021_ok.pdf. Acesso em: 26 maio 2022.SILVA, Evani Zambon Marques da. Avaliação e perícia psicologica no contexto forense. In: HUTZ, Claudio Simon; BANDEIRA, Denise Ruschel; TRENTINI, Clarissa Marceli; ROVINSKI, Sonia Liane Reichert; LAGO, Vivian de Medeiros (org.). Avaliação Psicológica no Contexto Forense. Porto Alegre: Artmed, 2020. Cap. 4. p. 43-54. Disponível em: https://play.google.com/books/reader?id=KmXDDwAAQBAJ&pg=GBS.PT53.w.5.0.10_79&hl=en. Acesso em: 26 maio 2022.

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Avalição Neuropsicológica do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

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O 3º Simpósio de Avalição Psicológica Tocantinense ocorreu no dia 25/05/2022 e expôs temas extremamente atuais e relevantes para a sociedade moderna no quesito psicossocial.

Dentre os temas abordados, destaca-se a Avalição Neuropsicológica do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que foi ministrado pela Psicóloga Karlla Garcia Ferreira, egressa do Curso de Psicologia do CEULP/ULBRA.

Por ser um transtorno que tem ganhado grande visibilidade, graças às redes sociais e a internet, discutir sobre o TDAH neste simpósio se mostrou muito assertivo, pois acrescentou grande conhecimento para os futuros profissionais da saúde mental.

Karlla mostrou dominância sobre o tema, expondo com maestria os fatos que rodeiam o TDAH, aqueles que são falsamente disseminados e os que realmente possuem embasamento científico.

Expor o que é o TDAH é um desafio para aqueles que desconhecem o tema, fazer entender para o paciente que sua falta de concentração não está ligada com preguiça ou desanimo é um papel fundamental do psicólogo.

O TDAH afeta uma gama imensurável de pessoas, vez que grande parte da população sequer sabe que porta tal condição, levando a vida, muitas vezes, como pessoas fracassadas ou sem propósitos.

Fonte: encurtador.com.br/jtQSY

Durante sua apresentação, expôs inclusive sobre os subtipos do TDAH, que são: a) predominantemente desatento; b) predominantemente hiperativo/impulsivo, ou combinado; e, c) uma combinação de ambos, tendo sintomas de desatenção e hiperatividade.

Explicou ainda que tanto os fatores genéticos quanto ambientais estão implicados e conferem vulnerabilidade ao transtorno. Um indivíduo não necessariamente carregará consigo as duas condições do TDAH, desatenção e hiperatividade.

Interessante ainda mencionar que Karlla trouxe um vídeo de uma rede social que publica recorte de entrevistas, ou, como são conhecidos, podcasts. Neste vídeo é explicado que, apesar de muitas vezes ser associado como alguém desatento, uma pessoa que possua o transtorno, na verdade, possui um grande nível de atenção, porém, não consegue sustentar sua atenção em uma única coisa. No vídeo ainda é indicado uma região do cérebro, o tálamo, que possui o papel de filtrar as informações sensoriais.

A palestrante ainda explicou a importância do diagnóstico, posto que mediante este será possível adequar o tratamento para minimizar os sintomas do TDAH no cotidiano do indivíduo portador deste transtorno, vez que é uma condição biológica que o acompanhará por toda vida.

Em suma, a convidada apresentou um tema extremamente importante, relevante e que pode atingir os profissionais da psicologia em geral para alcançar diversos pacientes que se sentem deprimidos por não possuírem a atenção que lhes são cobradas no ambiente de trabalho, familiar ou socialmente. Aquilo que muitas vezes é chamado de preguiça pela sociedade pode ser, na verdade, um transtorno que a pessoa que sofre sequer tem conhecimento e necessita de tratamento psicológico.

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Simpósio aborda Avaliação Psicológica no Contexto Forense

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Estão abertas as inscrições para o 3° Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica, que acontece no próximo dia 25 de maio, nas dependências do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA. O evento é aberto a acadêmicos, egressos e profissionais da área, e têm o intuito de abordar as nuances da aplicação da avaliação psicológica nos mais diversos contextos de atuação do profissional de psicologia.

As vagas são limitadas, e as inscrições para o evento devem ser realizadas por meio do site:  https://ulbra-to.br:8051/sig/extensao/acoes/629/detalhes/. A inscrição dá acesso a mesa redonda, 1 (uma) oficina, ao momento cultural e a palestra de encerramento.  A programação do evento terá início às 08h da manhã, com o credenciamento, a ser realizado no Hall do auditório central. Às 9h da manhã no auditório central ocorrerá a mesa redonda que abordará os “Métodos e Técnicas da Avaliação Psicológica”.

Às 14h serão realizadas oficinas, com temáticas que permeiam a Avaliação Psicológica, dentre elas a oficina de “Avaliação Psicológica no Contexto Forense: Um Olhar para Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência”. A oficina contará com mediação da psicóloga Janinne Costa Rodrigues (CRP 23/1861)

Fonte: encurtador.com.br/aghjA

A oficina apresentará as nuances da avaliação psicológica aplicada na área forense, voltada para crianças e adolescentes vítimas de violência. Importante na atuação do psicólogo, a avaliação psicológica é definida como “processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o objetivo de prover informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou institucional, com base em demandas, condições e finalidades específicas” (CFP, 2018). No contexto forense o profissional de psicologia pode colaborar com seus métodos e técnicas para melhor compreensão de casos que tramitam no judiciário.

De acordo com Chianca e Amorim-Gaudêncio (2019) é fundamental ressaltar que o processo de avaliação psicológica no contexto forense se desenvolve de uma forma específica desde a chegada da demanda, a condução do caso, o tempo disponível para avaliação, os objetivos, entre outras particularidades inerentes a esse tipo de avaliação. O objetivo da avaliação psicológica forense não está voltado para um diagnóstico ou embasamento para tratamento clínico, mas prioriza dar respaldo às demandas legais, respondendo processos solicitados pelo poder judiciário (GUILLAND; LABIAK; CRUZ, 2021).

A oficina será realizada na sala 221, no dia 25 de maio de 2022, o evento contará ainda com momento cultural às 17h e palestra de encerramento às 19h.

Referências

CHIANCA, Lizandra Leiva de Lima; AMORIM-GAUDêNCIO, Carmen. A participação do setor psicossocial em processos de guarda e interdição judicial. In: JURÍDICA, Associação Brasileira de Psicologia. Cadernos de Psicologia Jurídica : Psicologia na prática jurídica. São Luís: Associação Brasileira de Psicologia Jurídica Uniceuma, 2019. p. 220. Disponível em: http://www.abpj.org.br/downloads/8d630e36afd6c80f898b84a222598dd6.pdf. Acesso em: 16 maio 2022.

GUILLAND, Romilda; LABIAK, Fernanda Pereira; CRUZ, Roberto Moraes. Avaliação psicológica de crianças vítimas de violência nas Varas Criminal e Infância e Juventude. Revista Plural: Avaliação psicológica, Florianópolis, v. 3, n. 2, p. 6-18, dez. 2021. Disponível em: https://crpsc.org.br/ckfinder/userfiles/files/Revista%20Plural_v1_n3_dezembro_2021_ok.pdf. Acesso em: 15 maio 2022.

Resolução N° 009, de 25 de abril de 2018 Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI e revoga as Resoluções n° 002/2003, n° 006/2004 e n° 005/2012 e Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia. Disponível em: https://satepsi.cfp.org.br/docs/ResolucaoCFP009-18.pdf. Acesso em: 15 maio 2022

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Dra. Ana Beatriz Dupré é convidada do 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica

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No dia 25/05 o 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica irá contar com a psicóloga Ana Beatriz Dupré

O 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica contará com uma mesa redonda como abertura do evento, tendo como convidadas as psicólogas Ana Beatriz Dupré Silva e Keila Barros Moreira, e a psicóloga Ruth Prado Cabral como mediadora. O tema a ser abordado é “Métodos e Técnicas da Avaliação Psicológica”.

Através da estagiária Giovanna Gomes, foi feita uma entrevista para o (En)Cena com a psicóloga Ana Beatriz Dupré, psicóloga que será uma das duas convidadas a participarem da mesa redonda do 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica. Como uma forma de aproximar os inscritos dos convidados, a psicóloga respondeu algumas perguntas do (En)Cena.

Ao ser perguntada sobre a sua área e tempo de atuação, a psicóloga respondeu:

Sou psicóloga Analista do Comportamento, Acreditada pela ABPMC (012/2018), com Doutorado em Ciências do Comportamento, Mestre em Psicologia, com Formação em Terapia Comportamental e Especialista em Avaliação Psicológica”.

A Psicologia é minha segunda formação; a primeira é Administração de Empresas. Em Psicologia estou formada há 24 anos e tenho atuado em clínica e na docência.

Ao falar sobre como é a caracterização da avaliação psicológica no país, ela referencia a resolução Nº 9, de 25 de Abril de 2018 publicada pelo Conselho Federal de Psicologia, que diz:

“Art. 1º – Avaliação Psicológica é definida como um processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o objetivo de prover informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou institucional, com base em demandas, condições e finalidades específicas.”

Acervo da entrevistada

Ela pontua também:

A partir destas Diretrizes e de outros documentos publicados pelo CFP, nota-se que a atuação do profissional segue certos critérios que devem ser resguardados, tanto com relação aos procedimentos, quanto com relação aos cuidados com seu preparo para atuação.

Ao ser perguntada sobre como é realizada a avaliação psicológica na prática de trabalho atual, novamente a psicóloga Ana Beatriz pontua os quesitos que são inerentes a uma avaliação, pois a mesma já tem a definição apresentada em forma de diretrizes:

  1. A Avaliação é uma investigação que parte de uma demanda (e ao final, deve dizer algo sobre essa demanda, dando encaminhamentos, num dos vários tipos de documentos que o profissional de psicologia pode emitir);
  2. Essa investigação vai partir dos estudos que compõem os materiais da Psicologia, os quais o profissional pode pesquisar a qualquer momento mas, espera-se, que já façam parte dos materiais estudados ao longo do tempo pelo profissional, afinal, a formação é contínua e não pode ser negligenciada;
  3. A partir destes pontos o profissional vai levantar algumas hipóteses sobre o que está acontecendo na situação a partir que será avaliada (que não necessariamente será de uma única pessoa), escolhendo a(s) forma(s) como vai levantar as informações necessárias para poder se manifestar;
  4. Essas escolhas vão levar a escolhas como a de se vai ou não usar testes psicológicos ou outros materiais e essas escolhas serão influenciadas por muitas variáveis;
  5. Daí parte-se para o levantamento dos dados, a análise desses dados e, posteriormente a integração desses resultados, a ponto de se poder falar algo daquela demanda, fazendo encaminhamentos.

“Então, em minha prática, de forma geral, sigo esses passos.

Também foi dessa forma que procurei ensinar os discentes que fizeram disciplina comigo desse tema, sempre enfatizando questões éticas, a necessidade de não perder de vista a pessoa em si e se preocupar muito com a produção do documento e sua entrega, que podem gerar um impacto muito grande na vida da pessoa.”

Sobre existir algum aspecto da avaliação psicológica da qual ela considera mais importante de ser praticado com habilidade e/ou cautela, a psicóloga responde:

“Acho que tudo que tentei passar até agora é de suma importância. Mas pensando do lado do profissional que faz a avaliação, acredito que o mais importante é que entenda que o documento que ele produzir vai ter muito impacto e que, por isso, ele precisa fazer tudo com cuidado, responsabilidade e muito estudo.”

Dentro da avaliação psicológica, existe sempre uma divergência entre a utilização ou não de testes. Por conta disso, foi levantada a pergunta entre a relação de vantagem e desvantagem da não utilização de testes, e ela respondeu:

Não gosto de colocar as coisas nestes termos. Se eu considerar apenas a minha abordagem, a observação da pessoa em várias situações daria conta de responder muito. Mas tudo é importante e são muitas variáveis que interferem nas decisões. Às vezes o profissional gostaria de um teste para avaliar certo aspecto mas não há um disponível para a faixa etária do avaliando, e ele terá que arrumar uma forma para investigar o que está sendo solicitado. Então, o mais importante é o profissional se preocupar em avaliar. Gosto muito da combinação das duas formas, principalmente porque o teste acaba corroborando com o que você observa, dando força para o documento final.

Existe sempre a expectativa de que a avaliação psicológica deve fornecer respostas ou hipóteses de uma forma diretiva. Em relação a isso, Ana Beatriz responde:

“A ideia é que, ao final do processo, o profissional consiga elementos que descrevam e expliquem o que foi demandado, dando encaminhamentos para ajudar na situação. A avaliação pode ser um momento para uma linha de base, ou um momento inicial antes de intervenção, ou pode ser um momento de acompanhamento de intervenções que estão ocorrendo. Em cada um desses casos, ao final, o profissional produzirá documentos diferentes.”

No final da entrevista, foi feito o seguinte questionamento: Que competências um psicólogo necessita para realizar avaliação psicológica?. Do qual a nossa psicóloga entrevistada respondeu:

“Ser ético, ser bom ouvinte, ser bom observador, ser estudioso, ser criativo, escrever bem, pois produzirá muitos documentos.”

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3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica

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No dia 25 de Maio (25/05) ocorrerá o 3º Simpósio Tocantinense de Avaliação Psicológica. O evento, que irá durar o dia todo, contará com uma mesa redonda, oficinas, apresentação cultural e uma palestra de encerramento. O simpósio terá como pauta os diversos aspectos da avaliação psicológica, como oficinas sobre a avaliação psicológica para manuseio de armas de fogo, pré e pós-operatório da cirurgia bariátrica, e incluindo também oficinas que englobam os aspectos das avaliações neuropsicológicas em diferentes contextos.

O evento irá ocorrer presencialmente, no prédio do CEULP/ULBRA. Como realizadores do projeto, serão contadas as instituições: Serviço Escola de Psicologia (SEPSI), Laboratório de Medidas e Avaliação Psicológica (LAMAP), Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), Educação Continuada, e o curso de Psicologia do CEULP/ULBRA. Além dessas instituições, será contado também o apoio do Conselho Regional de Psicologia do Tocantins, e da Psicotestes, loja que trabalha com a venda de materiais e testes psicológicos e neuropsicológicos.

Guarde essa data na sua agenda e venha aproveitar esse dia conosco! Logo serão lançadas mais informações, fique ligado no instagram do (En)cena (@encenasaudemental) e no instagram da Psicologia do CEULP/ULBRA (@psicologiaceulp) para saber mais sobre o cronograma do evento e as oficinas.

Para informações adicionais, entre em contato com o SEPSI pelo número: (63)3223-2016.

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Caos 2020: Avaliação Psicológica na criança e no adulto é debatida

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Durante o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS 2020), no dia 04 de novembro foi realizado minicurso das 19h às 22h, em que a psicóloga e professora Izabela Querido (CRP 023/506) conduziu a mediação sobre “Avaliação psicológica na criança e no adulto”, com a contribuição da psicóloga Geovanna Gomes (CRP23/1723) psicóloga (CEULP/ULBRA). Pós-graduanda em Neuropsicologia (NEPNEURO – GO. Atua no Life Center Hospital – Instituto de Neurociência de Palmas com Avaliação Neuropsicológica Infantil, Adolescente e Adulto. Atua, também, na Clínica Cuidare – Desenvolvimento Infantil com trabalhos na área da Neuropsicologia.

A psicóloga convidada iniciou sua fala diferenciando sobre avaliação psicológica e avaliação neuropsicológica, que esta é sua atuação atual. Na qual as duas avaliações serão aplicadas a depender da demanda e finalidade da investigação trazido ao profissional de psicologia. Onde o processo neuropsicológico avalia questões de cunho cognitivo, neuropsicológico, memória e raciocínio, já na avaliação psicológica procura analisar estado emocional, psicológico do paciente.

Geovanna ainda ressaltou aspectos éticos durante as avaliações que o profissional em psicologia precisa se atentar, visto que o processo avaliativo precisa ser aplicado de forma confortável e respeitosa para o paciente em questão. Ela mencionou ainda, o acompanhamento a cada atendimento e avaliação, para monitorar os efeitos do processo avaliativo no indivíduo, já que este pode acessar conteúdo próprios que gerem conflitos ou desconfortos.

Finalizou demonstrando as etapas para a elaboração dos laudos diante das avaliações, e a importância e responsabilidade que os psicólogos têm diante do resultado que o documento pode gerar na vida do paciente. Da mesma forma, quando este resultado influencia na decisão de uma equipe multiprofissional seja hospitalar, jurídica ou social. E do papel responsável que os psicólogos e psicólogas têm diante de vários cenários de atuação.

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Fundamentos: técnicas de entrevistas compõem Avaliação Psicológica

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As entrevistas fazem parte de um cabedal de possibilidades pertencente aos instrumentos da Avaliação Psicológica

Os acadêmicos de Psicologia na disciplina de Fundamentos das Medidas Psicológicas, lecionada pela professora Me. Ruth Cabral, conduziram recentemente uma série de simulações de entrevistas cujo objetivo era identificar a relação das técnicas com a estrutura geral da Avaliação Psicológica, que é erroneamente confundida apenas como a parte relativa aos testes psicológicos.

Neste sentido, as entrevistas fazem parte de um cabedal de possibilidades que, juntamente com os testes psicológicos, dinâmicas de grupo, observação, escalas e análise documental, compõem os instrumentos da Avaliação Psicológica.

Fonte: https://goo.gl/cA9vDg

Especificamente sobre a ação recente dos acadêmicos, houve a apresentação de vários cenários em que e poderia utilizar as entrevistas Estruturadas, Semi-Estruturadas e Abertas, sendo que ficou claro o local e circunstância que cada uma deve ser usada, de acordo com as demandas levantadas pelos clientes/pacientes ou pelo próprio sistema de saúde e/ou forense.

Durante as apresentações, demandas como transexualidade, homofobia, direitos humanos, racismo e violência foram os temas abordados, o que colaborou para estabelecer uma interface da disciplina de Fundamentos das Medidas Psicológicas com outros campos teóricos da profissão, como a Antropologia, a Ética em Psicologia e, também, com a disciplina de Técnicas de Entrevista Psicológica.

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