Alerta aos pais e professores sobre bullying nas escolas

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Uma ofensa disfarçada de brincadeira, assim é o bullying que tem afetado a vida de muitas crianças e adolescentes durante o período escolar. O termo oriundo da língua inglesa pode ser definido como atos de violência de cunho intencional e repetitivo, que podem ocasionar sérios problemas psicológicos para sua vítima.  O ato da agressão não precisa de motivação, em alguns casos são físicas também. Entre os exemplos mais comuns estão os xingamentos e apelidos, disfarçados de supostos brincadeiras inofensivas, como consequências problemas de cunho psicológico, como insegurança e ansiedade.

Sobre o assunto foi publicada a Lei 13.185/2015, denominada Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) a qual obriga escolas a identificarem e combaterem os casos de agressão entre os alunos.  Conforme artigo 2º, ataques físicos, insultos pessoais, isolamento social consciente e premeditado, e expressões preconceituosas são características bullying.  Para evitar esse tipo de ação, as escolas precisam realizar atividades de conscientização e mudança comportamental. 

Mesmo com a Lei, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense) 2019 revelam que 23% dos estudantes se sentiram humilhados pelos colegas mais de uma vez, 30 dias antes da aplicação do questionário.  A pesquisa aponta que as reclamações sobre sofrer bullying foi maior entre as meninas com 26,5%, enquanto os meninos o percentual ficou em 19,5%. Foram entrevistados estudantes de 13 a 17 anos de idade, em todos os Estados brasileiros. 

Segundo o IBGE, os motivos mais frequentes relacionados ao bullying estão relacionados com a aparência do corpo com 16,5%, sem segundo aparência do rosto com 11,6% e por último cor ou raça com 4,6%.  Os números são preocupantes, porque essas agressões refletem no desempenho escolar, bem como interferem na saúde emocional, o que pode provocar uma baixa autoestima, além de sintomas de ansiedade. A pesquisa ainda informa que 21,4% dos escolares sentiam que a vida não valia a pena.

Fonte: Freepick

 

Neto (2005) analisa que condições familiares adversas são favoráveis ao desenvolvimento da agressividade nas crianças. “Pode-se identificar a desestruturação familiar, o relacionamento afetivo pobre, o excesso de tolerância ou de permissividade e a prática de maus-tratos físicos ou explosões emocionais como forma de afirmação de poder dos pais”. Para o autor, a criança e o adolescente que crescem em lares desestruturados tendem a praticar o bullying contra os colegas, uma forma de jogar para fora toda toxidade oriunda de seu lar, ou somente reproduzir o que foi aprendido com seus responsáveis. 

O bullying não pode ser negligenciado e minimizado. Não existem pessoas “mimimi”, uma expressão usada para dizer que não se pode mencionar nada, porque o outro já se sente ofendido. Lembre-se a sua dor é diferente da dor do outro. Nesse contexto, é preciso que os pais e professores fiquem atento aos sinais que seu filho possa apresentar caso esteja sendo vítima de bullying nas escolas, bem como nas redes sociais com o cyberbullying. Cuidar da saúde emocional das crianças e adolescentes é projetar um adulto seguro, bem como saudável em suas emoções. Fiquem atentos!

Fonte: Freepick

Referência 

Planalto, Lei de Nº 13.185, Programa de Combati a Intimidação Sistemática (Bullying) 2015. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm> Acesso: 14, de nov. de 2021.

Neto, Aramis A Lopes. Bullying comportamento agressivo entre estudantes (2005). Disponível < https://www.scielo.br/j/jped/a/gvDCjhggsGZCjttLZBZYtVq/?format=pdf&lang=pt> Acesso: 14, de nov. de 2021.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) 2019. Disponível < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9134-pesquisa-nacional-de-saude-do-escolar.html?=&t=resultados> Acesso: 14, de nov. de 2021.

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Fixação pela imagem e bullying impacta a saúde mental da juventude nas redes sociais

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O aceno é espontâneo, deitado na cama, ao abrir os olhos quando acorda, a mão prontamente tende a ir em busca do celular. A tela destravada submerge os olhos, e o cérebro com mensagens, relatos, figuras e elucidações. Em um contexto gradualmente mais acoplado, sobretudo em tempos de pandemia, o celular se transformou em quase uma parte do nosso corpo. Pesquisas na atualidade apontam que, em média, os seres humanos olham seu celular 80 vezes por dia. Entretanto, o uso em descomedido pode ocasionar detrimentos à saúde e também a qualidade de vida.

Como o episódio é atual, as perturbações relacionadas as redes sociais sobre a saúde mental até o presente momento não são totalmente percebidas, porém os indicativos mais categóricos à disposição dão o indicativo para o elo dessas tecnologias relacionado aumento do risco de transtornos mentais, sobretudo a ansiedade e depressão. Paciência, não se sabe se as redes sociais sejam a origem capital desses transtornos, de modo que alguns querem fazer nossa cabeça. Mas sua função de alavanca ecoa indiscutivelmente.

Os indivíduos mais sujeitos a terem depressão têm a destreza limitada para mensurar as emoções, têm pouca resiliência e pendem a ter pouca autoestima. Nessa ocasião, as redes sociais são um achado grande para bagunçar a saúde mental. A utilização antes de dormir atrapalha o sono; as mensagens interruptas influenciam na concentração; os likes estimulam a carência por aprovação e a procura pela selfie impecável colabora com a busca insaciável pela perfeição. Um estudo feito recentemente mostrou que 88% dos entrevistados revelaram casos de ansiedade e pânico de imagens que eles não conseguiam reprisar em seu cotidiano.

Fonte: Google Imagens

Além do que, o espaço virtual é povoado pelos haters, que exercem cyberbullying. Celebridades como as cantoras Luísa Sonza e Ana Vilela já verbalizaram em público assuntos: ódio nas redes sociais pode ser fator para depressão. A atual publicação da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar salientou que um em cada dez estudantes já foi insultado nas redes sociais.

O uso exagerado da internet é singularmente inquietante na juventude, quando o cérebro é mais suscetível ao aparecimento de transtornos mentais.  Provenientes de um ciclo hiperconectado, a adolescência, com a intelectualidade ainda imatura, é mais suscetível a desenvolver déficit de atenção, fobia social, depressão e compulsão com esses hábitos.

Antes da pandemia, os brasileiros se colidiam como uma das nações que ficam mais tempo na internet: na média, nove horas diárias. A média global é de seis horas. O cenário certamente declinou na pandemia, por ora quando o trabalho, a escola e as relações sociais se transformaram previamente remotas. Um artigo publicado em 2017 pela Universidade de Seul, na Coreia do Sul, apontou que a utilização exagerada de telas como a de celular cria alterações químicas no cérebro que conduzem até reações idênticas às da síndrome de abstinência.

Contudo, de que forma compreender se esse vínculo é sadio ou passou dos limites? Uma das diferenças está no nível de inquietação quando o dispositivo não está por perto. Outra dica é notar se o uso exagerado do smartphone está interferindo no rendimento no trabalho ou no decurso oferecido à família, aos amigos ou a outras atividades. A premissa para tudo na vida vale para as redes sociais também: use com moderação.

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Mônica: entre quebra de paradigmas e vestidos vermelhos

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“Quem inventou a garota típica?

Quem está trazendo o novo e melhorado modelo?

E aí está outra jogada de marketing.”

– The Skits – Typical Girls

A dona da rua mais conhecida do mundo infanto-juvenil, Mônica, inicialmente foi coadjuvante de Cebolinha, mas, com seu típico atrevimento, toma os holofotes e lidera sua primeira revista em 1970. O cartunista Mauricio de Sousa, inspirado em sua filha, desafia a opinião pré-concebida da mulher como sexo frágil ao criar Mônica.

Cheia de marra e atitude, sua principal característica é sua força sobre-humana, geralmente atribuída a personagens masculinos, enquanto o intelecto pertence as mulheres, mas contradizendo novamente, esse último pertence ao Cebolinha e seus planos infalíveis. A personalidade de Mônica é claramente uma oposição à essa forma de pensar, já que a força não precisa estar presente em detrimento da feminilidade, Mônica prova isso ao manter trejeitos relacionados ao feminino como gostar de ursinhos e vestidos.

Fonte: encurtador.com.br/dfRS4

Uma “sacada de mestre” de Mauricio de Sousa em 1970 ao iniciar uma ideia que ultimamente vem tomando força na literatura e cinema mundial. O novo modelo feminino que sai de par romântico à protagonista e salvadora da própria história, quebrando paradigmas das limitações impostas para a mulher. Representando para várias gerações a independência e capacidade para ser o que quiser, inclusive a dona e garota mais forte da rua, mas que chora ao perder seu coelhinho de pelúcia.

Mas Mônica não é só força! Muito poder pode transformar ou revelar um sujeito abusivo, mas ela permanece altruísta, sem sua força subir à cabeça, usando-a para defender os oprimidos e a si mesmo do bullying, para conquistar seu espaço na turma.

Fonte: encurtador.com.br/bsQUY

Por isso que para mim, Mônica é uma personagem inspiradora para várias gerações, ela faz mesmo todos achando que não é capaz, é resiliente, autêntica e líder nata. Espero que todas as garotas que cresceram com ela, incluindo eu, e as que ainda irão conhecê-la, encontrem em si mesmas a maior beleza que há: ser sua própria fortaleza.

Além de um personagem, Mônica se tornou marca e referência. O seu legado vai desde brinquedos e macarrão instantâneo, até ser a primeira personagem de histórias em quadrinhos do planeta a receber o título de Embaixadora do UNICEF, por ensinar crianças sobre educação, amizade e família. A dona da rua que conquista o mundo!

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