Ansiedade entre crianças e adolescentes tem superado a de adultos

Compartilhe este conteúdo:

Casos impactam diretamente a criatividade dos jovens

A ansiedade entre crianças e adolescentes tem superado a de adultos, aponta uma pesquisa do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2022, foram registrados 103.619 procedimentos relacionados ao transtorno em pessoas de até 19 anos. Em 2023, esse número aumentou para 140.782. Nos casos mais graves, as internações também subiram de 447, em 2022, para 512, no ano seguinte.

Os dados apontam um aumento alarmante da ansiedade entre os jovens, muitos deles ainda em fase escolar. Vitor Azambuja, um dos criadores do programa De Criança Para Criança e que desenvolve projetos em escolas, destaca esse cenário e alerta para as consequências da negligência desse tema, que pode levar ao desenvolvimento de outras doenças. “Hoje, não só eu, mas muitos estudos sobre doenças contemporâneas, apontam a ansiedade como uma das mais preocupantes. Isso porque o transtorno afeta tanto o corpo quanto a mente de forma interligada”, afirma.

A ansiedade também atinge o processo criativo, que já enfrenta desafios no Brasil. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mais da metade (54,3%) dos alunos brasileiros de 15 anos apresentou baixo nível de criatividade em uma avaliação internacional, ficando na 44ª posição entre 56 países.

Fonte: Pixabay

Diante desse cenário, Vitor destaca a importância de as escolas estimularem a criatividade dos alunos, de forma ampla e sem limitações. “Normalmente, o estudante aprende que a resposta certa é o único caminho. Com isso, ele acaba desaprendendo o que é criatividade, outras possibilidades, o conceito de errar e o que pode ser aprendido a partir do erro”, explica.

Ele também destaca que o sistema educacional, muitas vezes, não valoriza a criatividade e a curiosidade natural das crianças, algo que precisa ser repensado. “A criança chega à escola cheia de curiosidade, querendo aprender, explorar e ter novas ideias. Mas, no fim, muitas vezes sai sem criatividade, desaprendendo alternativas. Quando entra na escola, ela tem pontos de interrogação, quando sai, sai com frases feitas”, afirma.

Atenção aos conteúdos

Vitor alerta para o excesso de conteúdo circulando nas redes sociais, como dicas sobre saúde, organização e padrões de vida, além da pressa das pessoas em buscar soluções imediatas para tudo. “Quando vejo todo mundo ali, olhando o celular, isso para mim é uma farsa brutal. As pessoas estão projetando sua ansiedade, girando a câmera para ver o que acontece com os outros. Elas se concentram tanto no dia a dia, mas se esquecem de parar, meditar, ouvir algo simples, como uma música, por exemplo”, destaca.

A seguir, quatro pontos que contribuem no processo de criatividade:

  • Valorizar o erro: encoraje a exploração e o aprendizado a partir dos erros, sem medo de errar;
  • Praticar o autocuidado: tire pausas para atividades simples, como ouvir música ou meditar, para reduzir a ansiedade;
  • Repensar as expectativas educacionais: focar mais em criatividade e curiosidade do que em respostas rápidas e perfeitas;
  • Usar as redes sociais com consciência: limite o consumo de conteúdos que geram ansiedade e foque em um uso mais reflexivo.

Uma animação produzida pelo programa De Criança Para Criança destaca a série “Sentimentos e Emoções, que utiliza uma linguagem lúdica e ilustrações criadas por alunos, transformando-as em material educativo. O episódio está disponível para visualização no seguinte link.

Vitor Azambuja, do DCPC
Divulgação

Sobre Vitor Azambuja

Vitor Azambuja é brasileiro, nascido no Rio de Janeiro. Especialista em criação, é diretor de arte e artista plástico. Formado em publicidade e piano clássico, trabalhou em diversas agências de propaganda, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, criando filmes e anúncios para grandes anunciantes. Foi premiado em festivais de propaganda, tais como Figueira da Foz, Colunistas, Clube de criação de São Paulo, Art Directors em Londres e New York Festival. Realizou exposições de pinturas em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque, Miami e Paris. Um dos criadores do programa De Criança Para Criança, Vitor é o diretor criativo da empresa. Seu propósito é fazer com que as crianças do mundo inteiro aprendam desenvolvendo a sua criatividade.

Sobre o De Criança para Criança

O programa De Criança para Criança (DCPC) oferece um leque de metodologias de educação híbrida para escolas de todo o mundo. Do futuro para a escola, a proposta é oferecer às crianças a oportunidade de serem protagonistas, colocando-as no centro da aprendizagem. Através de uma plataforma simples, os professores são orientados a serem mediadores, fazendo com que os próprios alunos desenvolvam conhecimento sobre temáticas diversas. A partir de discussões, constroem coletivamente histórias, fazem desenhos e gravam locuções relativas às narrativas criadas, que posteriormente serão transformadas em animações feitas pelo DCPC, expandindo os horizontes educacionais. 

Site: https://www.decriancaparacrianca.com.br/pt/

Instagram: https://www.instagram.com/decriancaparacrianca/

YouTube: https://www.youtube.com/user/decriancaparacrianca

Facebook: https://www.facebook.com/DeCriancaParaCrianca/

Compartilhe este conteúdo:

Casa das estrelas: O mundo narrado pelo olhar das crianças e uma perspectiva psicológica da experiência infantil

Compartilhe este conteúdo:

Casa das estrelas: o universo pelo olhar das crianças

“Casa das Estrelas” é uma obra cativante escrita por Javier Naranjo que nos transporta para um mundo de imaginação e criatividade. O livro, composto por neologismo, é um convite para explorar o universo da linguagem de forma lúdica e poética. Naranjo brinca com as palavras e as ideias de maneira única, criando uma atmosfera mágica e nos convida a ver o mundo com olhos de criança. Com sua escrita envolvente e criativa, o autor nos presenteia com um livro que celebra a magia da linguagem e a capacidade sincera das crianças de se expressarem.

Javier Naranjo, um professor e poeta colombiano, ao longo dos anos, coletou definições dadas por seus alunos do primário a palavras, objetos, ideias, lugares e sentimentos. Reunidos no grande sucesso “Casa das Estrelas”, esses pequenos neologismos oferecem uma ampla perspectiva de interpretações, variando entre o poético, o lúdico, o melancólico e o revelador.

A obra apresenta definições singelas, porém profundas, como por exemplo, “poesia”, que é descrita como “É como estar cantando”, ou “amor”, definido como “É quando batem em você e dói muito”. Além disso, os neologismos abordam questões sociais e políticas, como a definição de “guerra” que diz: “Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz”.

“Casa das Estrelas” também revela uma visão crítica e perspicaz das crianças, como na definição de “adulto”: “Pessoa que, em toda coisa que fala, vem primeiro ela.” Através dessas definições, Naranjo nos lembra da desenvoltura e da simplicidade das crianças ao abordar temas complexos, oferecendo uma obra que nos convida a refletir sobre a natureza da linguagem e da sociedade.

                                                                                                                           Fonte:www.delivroemlivro.com.br

Adulto: Pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro de si. (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)

“Casa das Estrelas” é uma obra que encanta leitores de todas as idades. É um convite para nos perdermos nas palavras e nos deixarmos levar pela beleza das histórias que habitam o céu noturno. Naranjo nos lembra que a literatura tem o poder de nos transportar para mundos desconhecidos e nos fazer questionar a realidade que nos cerca. É um livro que nos convida a olhar para o céu com uma perspectiva renovada e a encontrar estrelas cadentes em nossos próprios pensamentos; uma obra poética e inspiradora que nos convida a explorar as maravilhas da linguagem e da imaginação.

Em uma perspectiva psicanalítica, a nomenclatura de palavra se dá pela técnica de associação livre, desenvolvida por Freud para que seus pacientes expusesse sem influência do terapeuta seus pensamentos a respeito de uma palavra, dessa forma conteúdos vinha à tona; Já segundo a teoria de Jean Piaget do  desenvolvimento psicossocial,  as crianças passam por estágios de desenvolvimento cognitivo, cada um com características psicossociais específicas. Durante a segunda infância, a criança está no estágio operacional concreto, onde desenvolve habilidades de pensamento lógico e começa a interagir com os outros de maneira mais cooperativa. Piaget acreditava que o desenvolvimento moral e social se baseia na capacidade cognitiva da criança para compreender as regras e normas sociais. Assim, o desenvolvimento psicossocial na visão de Piaget está fortemente relacionado ao desenvolvimento cognitivo e à interação com o ambiente social.

Parafraseando o conceito de estímulo e resposta em Análise do Comportamento, as palavras são estímulos e sua significação as respostas, que surgem a partir do repertório das crianças, a partir de suas experiências e comunidade verbal, que  auxiliam os indivíduos na nomeação de seus eventos privados e sensações corporais. Assim fica possível ver que ao expressar o significado das palavras, as crianças expressam assim como citou Skinner “O fato da privacidade não pode, é claro, ser questionado. Cada pessoa está em contato especial com uma pequena parte do universo contida dentro de sua própria pele.” (1963/1969)

Sites consultados

https://www.planetadelivros.com.br/livro-casa-das-estrelas/282464

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452005000200009

http://www.delivroemlivro.com.br/2018/10/resenha-casa-das-estrelas-de-javier.html

Compartilhe este conteúdo:

O que é a Primeira Infância?

Compartilhe este conteúdo:

Lei que institui o Mês da Infância é aprovada. Fase do desenvolvimento deu nome a Lei n° 14.617. Por que investir nessa fase é lucrativo para o futuro?

 Talita Marques Teixeira: talitampsi@rede.ulbra.br

 

A primeira infância é uma fase crítica no desenvolvimento humano, que compreende desde o nascimento até os seis anos de idade. Durante esse período, o cérebro das crianças passa por um crescimento e desenvolvimento acelerados, estabelecendo as bases para a aprendizagem, saúde emocional, habilidades sociais e cognitivas ao longo da vida. Portanto, investir na primeira infância é fundamental para garantir o pleno desenvolvimento das crianças e para promover uma sociedade mais justa e igualitária, pautada nos princípios dos direitos humanos.

Surge aqui a necessidade de garantia de direitos, visto que o não incentivo e déficit no investimento na primeira pode acarretar em baixos índices de desenvolvimentos futuros. A intervenção precoce, que consiste em oferecer suporte e estimulação adequados às crianças desde os primeiros anos de vida, desempenha um papel crucial nesse processo. A pesquisa científica tem demonstrado repetidamente que as experiências vividas pelas crianças na primeira infância têm um impacto profundo em seu desenvolvimento futuro. Isso inclui sua capacidade de aprender, tomar decisões, resolver problemas, manter relacionamentos saudáveis e contribuir de maneira positiva para a sociedade.

Diante disso, é sancionada a lei a Lei nº14.617, que fica instituído o mês de agosto como o Mês da Primeira Infância, para promoção de ações de conscientização sobre a importância da atenção integral às gestantes e às crianças de até 6 (seis) anos de idade e a suas famílias, em todo o território nacional. A lei vem como forma de garantir os direitos de 20,6 milhões de crianças de 0 a 6 anos que no último DataSUS de 2021 foram registradas nos informes de saúde, a iniciativa conta com poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. São medidas como oferta de atendimento integral e multiprofissional, promoção dos vínculos afetivos, da nutrição, imunização, direito de brincar e prevenção de acidentes e doenças.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/criancas

Congresso aprova projeto de lei que cria o Mês da Primeira Infância

Quando os investimentos públicos são direcionados para programas de intervenção precoce, uma série de benefícios se desdobra. Primeiramente, esses programas ajudam a identificar e tratar precocemente qualquer problema de desenvolvimento, como atrasos na fala, déficits cognitivos ou questões emocionais, que, quando não tratados a tempo, podem se agravar e causar dificuldades ao longo da vida. Isso não apenas reduz o sofrimento das crianças, mas também economiza recursos a longo prazo, uma vez que o custo de intervenções tardias é muito maior.

Além disso, ao investir na primeira infância, estamos fortalecendo os alicerces da igualdade de oportunidades. Crianças que recebem apoio adequado desde cedo têm maior probabilidade de atingir seu potencial máximo, independentemente de seu contexto socioeconômico ou étnico. Isso é essencial para promover os direitos humanos, que incluem o direito à igualdade de oportunidades para todas as crianças, independentemente de sua origem.

Os investimentos públicos na primeira infância também têm o potencial de reduzir as desigualdades sociais. Crianças que crescem em ambientes desfavorecidos muitas vezes enfrentam barreiras adicionais ao seu desenvolvimento. Portanto, programas que oferecem educação de qualidade, serviços de saúde acessíveis, creches de qualidade e apoio emocional podem ajudar a nivelar o campo de jogo, permitindo que todas as crianças tenham a chance de prosperar.

Além disso, investir na primeira infância é uma estratégia eficaz para a prevenção de violações dos direitos humanos, como o abandono, abuso e negligência infantil. Quando as famílias recebem apoio e recursos para cuidar de seus filhos desde cedo, as chances de problemas graves de proteção à criança são reduzidas significativamente.

Em resumo, os investimentos públicos na primeira infância, com foco na intervenção precoce e na promoção dos direitos humanos, são fundamentais para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Ao proporcionar às crianças as condições necessárias para o desenvolvimento pleno, estamos investindo em um futuro mais promissor para elas e para a sociedade como um todo. Isso não é apenas um imperativo ético, mas também uma estratégia inteligente que gera benefícios duradouros para todos.

Fonte:https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes 

Pacto Nacional pela Primeira Infância

De acordo ao PNPI (Plano Nacional pela Primeira Infância) junto da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, o investimento direcionado à primeira infância representou 0,41% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,92% do Orçamento Geral da União (OGU). A análise das despesas por área temática revelou que quase 94% do GSPI se concentraram em saúde, assistência social e educação, enquanto menos de 1% foi alocado em habitação, saneamento, proteção e defesa dos direitos humanos, esporte e cultura.

A disponibilidade de recursos também desempenhou um papel importante, já que áreas como saúde e educação têm repasses obrigatórios, enquanto a cultura pode sofrer contingenciamentos sem grandes consequências. A assistência social enfrentou desafios devido a não aprovação da dotação inicial e à insuficiência de créditos adicionais. Portanto, a análise destaca a necessidade de repensar a alocação de recursos e a implementação de políticas específicas para a primeira infância no Brasil.

Em conclusão, a primeira infância é uma fase crucial no desenvolvimento humano, com um impacto profundo no futuro das crianças e da sociedade como um todo. Investir nessa fase da vida é essencial para garantir o pleno desenvolvimento das crianças, promover a igualdade de oportunidades e prevenir violações dos direitos humanos. A recente instituição do Mês da Primeira Infância no Brasil é um passo importante nessa direção, buscando conscientizar sobre a importância da atenção integral às gestantes e crianças até seis anos de idade.

Os investimentos públicos na primeira infância devem ser direcionados com sabedoria, considerando a eficiência na execução e a priorização de áreas que impactam diretamente o desenvolvimento infantil, como saúde, assistência social e educação. Além disso, esses investimentos têm o potencial de reduzir desigualdades sociais e garantir que todas as crianças, independentemente de seu contexto, tenham a oportunidade de prosperar. Em suma, investir na primeira infância não é apenas uma questão ética, mas também uma estratégia inteligente para construir um futuro mais promissor para a sociedade como um todo, e a garantia de economia futura.

SITES CONSULTADOS:

https://revistacrescer.globo.com/fique-por-dentro/noticia/2023/07/agosto-passa-a-ser-o-mes-da-primeira-infancia-define-lei.ghtml

https://www.unicef.org/brazil/relatorios/medicao-do-gasto-social-com-primeira-infancia-em-2021 

https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/pacto-nacional-pela-primeira-infancia/

Compartilhe este conteúdo:

Os perigos da exposição de telas para crianças

Compartilhe este conteúdo:

Os estudos ainda são embrionários quanto aos perigos da exposição de telas para as crianças, sejam celular, iPad, televisão, computador, videogame, os denominados nativos digitais.

Estamos na geração dos “nativos digitais”, contudo, a ciência já declinou que nosso cérebro desenvolve-se paulatinamente após nosso nascimento, são as experiências e vivências da vida em curso que o “define”. Não há registros científicos de que crianças nasçam com habilidades digitais. O que ocorre é que os pais, acabam por (des)encaminharem as crianças, cada vez com idades mais tenras, para esse universo. No entanto, quem possui autoridade para conduzir e limitar seu acesso são seus genitores, porém, nota-se que estes buscam respostas frágeis, para justificarem a liberação do uso digital. 

Aduzem, ter sido a pandemia da Covid-19, no seu ápice de propagação, a responsável em normatizar o uso de mídias pelos pequenos infantes, pois, na impossibilidade das crianças cumprirem com seus compromissos sociais, ficaram ociosos dentro de casa sendo a liberação de uso de telas, o recurso mais plausível.

Será que antes da pandemia as crianças eram menos expostas às telas? Um diálogo um tanto controvertido, pois bem, não muito raro, os genitores sempre justificaram suas ausências em casa em virtude do trabalho, razão dos filhos serem viciados em telas. Há o pressuposto então que já usavam. Contudo, no período pandêmico mais crítico, para muitas famílias, fora declinado o teletrabalho, oportunizando a permanência dos genitores nos lares, ensejo para estarem mais presentes na vida de seus filhos. Momento oportuno para compensar dias, meses, anos de ausência, nos termos das justificativas das ausências retromencionadas.  E, diante dessas justificativas simplistas, ignoram os prejuízos já evidenciados na vida de seus rebentos e ainda dizem, que as crianças nascidas na era digital, são mais espertas, já nascem sabendo manusear um celular. 

Fonte: Imagem de Adnan Photography por Pixabay

Irrefutável que para os pais, seja mais cômodo deixar os pequenos terem acesso ao entretenimento digital, pois, eles se distraem de forma quieta. Bem como, embora adultos, os pais também sentem a necessidade de fazerem uso dessa distração.

Neste diapasão, não muito raro, deparamos com famílias juntas, fisicamente, onde cada um dos membros, isola-se, mesmo que aparentemente estejam juntos, com seus aparelhos, individualmente, sem trocarem uma palavra, um afeto ou mesmo um olhar entre si, atitude esta, denominada atualmente de “distração parental”.  

Fonte: Imagem de StartupStockPhotos por Pixabay

No entanto, pode-se dizer que (in)conscientemente esses pais já evidenciam prejuízos causados pela exposição exacerbada e precoce,  pois, as queixas desses mesmos pais ocorrem de forma recorrente e avolumam-se nos consultórios médicos e clínicas psicológicas, que seus filhos estão cada dia mais agitados, nervosos, irritados, choro fácil, não dormem bem, possuem sonos agitados, comportamentos idem, estão com retardos na fala, na aprendizagem escolar, deficiência intelectual, estão sedentários  e concomitantemente,  obesos.

Um fator gravoso, os pais diagnosticando seus filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)- Segundo o DSM-5 — Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos  e Transtorno  do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)- o qual classifica -se entre os transtornos do neurodesenvolvimento, que são caracterizados por dificuldades no desenvolvimento que se manifestam precocemente e influenciam o funcionamento pessoal, social, acadêmico ou pessoal. 

Vale elencar que, a exposição, o excesso e a velocidade de informações geradas pelas mídias digitais, estas ações sofridas, promovem excitações e agitações desnecessárias e prejudiciais ao processo cognitivo de uma criança, uma vez que não conseguem assimilar e/ou processar tantas informações. Haja vista, que seus olhinhos pululam inquietamente quando no uso de telas.

Fonte: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

A construção da aprendizagem de uma criança merece atenção e zelo e, os genitores são os engenheiros, arquitetos e decoradores dessa nova construção projetada por eles, sendo que as primeiras experiências de vida afetam a arquitetura estrutural do pequeno infante, definindo-se , se positiva ou negativa. 

Ao permitir o uso de telas sem controle, é expor o cérebro da criança a uma dose imensurável diariamente de dopaminas e, estando o organismo, ainda “in natura” e ávido pelo novo, acaba sempre exigindo mais, pois, este neurotransmissor está ligado diretamente ao sistema de recompensa do cérebro, quando na verdade, o custo benefício do contato da criança com novas informações e experiências, para que haja aprendizagem real, necessário sejam elas apresentadas de forma moderada e gradativa, respeitando a velocidade individual. É uma construção diária que ser-lhe-ão o alicerce para as fases subsequentes a cada etapa da vida. Atropelá-las, por certo os prejuízos serão percebidos, quiçá a curtíssimo prazo, como já pode ser observado pela agitação e inquietude de uma criança quando distante de suas telas.

Fonte: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Muitas dessas crianças desconhecem as brincadeiras mais pueris, não conseguem criar brincadeiras a partir do nada nas mãos. Nossas crianças estão perdendo a criatividade do improviso, do criar da infância do pretérito. Crianças necessitam socializar para criarem vínculos e trocarem experiências, interagirem e desenvolverem a comunicação responsiva, fundamental para o desenvolvimento de funções executivas. Eis uma estratégia, exequível para os pais retirarem-nas da rota cibernética.  

Percebe-se uma movimentação científica para a situação de risco cibernético para com as crianças. Para alguns estudiosos, classificam-na como saúde pública. A Sociedade Brasileira de Pediatria, não recomenda uso algum, até os 2 anos de idade. E, dos 2 aos 5, com exposição controlada de 1 (uma) hora diária, no máximo. 

Para Michel Desmurget, contrariando os pais (que sustentam que as crianças digitais já nascem sabendo usar uma mídia digital), versa que não há dados científicos os quais credencia que crianças nascem com habilidades digitais, os ditos nativos digitais, na verdade são crenças coletivas, onde os pais validam o uso de telas como autojustificativa para a liberação do uso das mesmas. As crianças estão ávidas pelo conhecimento, cheias de interrogações, adaptando-se ao mundo em que estão experienciando seus desejos e vontade, construindo- se.

Fonte: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Alerta sobremaneira, que as crianças expostas a ambiente digital, sofram com prejuízos cognitivos, inclusive, assevera que crianças expostas a uso de telas antes de 1(um) ano ,  período este em que as sinapse de uma criança, aumentam mais de 10 vezes, têm maior risco de autismo aos 3  ( três) anos de idade. 

Ainda prematuro, talvez este fato ocorra em virtude do processo acelerado do próprio cérebro infantil, o qual ocorre entre 2 e 3 anos, quando a criança tem cerca de 15 mil sinapses por neurônio,  sendo que nos 3 primeiros anos  o cérebro aumenta seu tamanho e desenvolve , em média de 3 vezes  seu tamanho, são as sinapses mais altas da vida de um ser humano em “ construção” cognitiva.

Esse alto índice de produção neural nos primeiros anos de vida, pode ser a resposta para o conflito entre a tecnologia e o biológico, podendo ser a causa do “colapso” cognitivo de uma criança exposta às telas digitais. 

Contudo, ratificando o que fora dito, alguns pais digitais, não cogitam a hipótese de todos esses problemas de ordem psiconeurológica  elencados,  estejam  vinculados  e gerados a partir do mau uso e/ou uso exacerbado e inadequado de mídias digitais. Assim sendo, pode-se aferir que um dos primeiros prejuízos em que os “nativos digitais” estejam experienciando, seja a interação/educação familiar, um vez que a primeira sociedade, a base para um adulto seguro, menos problemático e uma sociedade mais empática, esteja sendo terceirizada às telas e, quando os genitores perceberem, já terão perdido seus filhos para o processo digital.

Referências

CARVALHO, Rafaela e Roberta Ferec- Tela com Cautela. Um guia prático para criar filhos na era digital ( sem perder a sanidade). Editora Matrescência: 2019.

DESMURGET, Michel. A fábrica de cretinos digitais- os perigos das telas para nossas crianças. Editora Vestígio-2021.

DSM-5: autism spectrum disorder diagnosis, 2021. Disponível  em: https://raisingchildren.net.au/autism/learning-about-autism/assessment-diagnosis/dsm-5-asd-diagnosis. Acessado em: 25 fev.2023.

Compartilhe este conteúdo:

Apresentação cultural com palhaços e mágica leva o tema do Trabalho infantil para feiras livres de Palmas

Compartilhe este conteúdo:

Campanha teve início no mês de junho e traz informações sobre o combate a esse crime 

Com mágicas, danças e muitas brincadeiras os palhaços Batatinha Frita e Juju conversaram com os visitantes da Feira 307 Norte sobre a campanha ‘Infância Protegida: Diga Não à Exploração do Trabalho Infantil’. A abordagem aconteceu na noite deste sábado, 17, e é a terceira apresentação do espetáculo que irá percorrer  feiras e escolas da Capital.

“Eu amei brincar de mágica com o Batatinha.  Quando eu crescer vou ser professora e também vou ensinar que criança não pode trabalhar”, contou a pequena Serena Carreiro de 10 anos de idade que estava na feira na companhia de seu pai, Alessandro Martins.

A equipe do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) da Secretaria de Desenvolvimento Social  (Sedes) é responsável pelas ações que trazem apresentações culturais para a criançada, slideshow e distribuição de material informativo.

Fonte: encurtador.com.br/twzEH

De acordo com a chefe da Unidade de Atendimento do Peti, Joanete Barbosa dos Santos, a aceitação e a resposta da comunidade à campanha tem sido muito positiva. “Começamos pelas praias, agora as feiras e em breve estaremos nas escolas. Já falamos com um grupo muito grande de pessoas e sentimos que as famílias estão mais conscientes da importância de se combater o trabalho infantil”, afirmou.

No dia 29 o palhaço Batatinha Frita e a palhaça Juju, junto a equipe do equipe do Peti, estarão na Feira da Arse 112 e no dia 30 a turma toda vai alegrar a criançada na Feira da 304 Sul, sempre a partir das 18 horas.

Compartilhe este conteúdo:

18 de maio: Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual

Compartilhe este conteúdo:

O dia 18 de maio nos traz inúmeros aspectos positivos acerca da sua efetivação em âmbito nacional mediante a temática do abuso e exploração sexual na infância e adolescência, efetivamente possibilitando ocasionar uma maior discussão sobre a questão, promovendo maior enfoque quanto à participação profissional e social, peças que se fazem fundamentais na área social ao se falar na garantia dos direitos e promoção de melhorias à vida humana.

O dia alusivo desencadeia expressamente contextuar os perigos e dificuldades enfrentadas no cotidiano de crianças e adolescentes abusadas sexualmente, intencionando alertar tanto a sociedade, quanto os demais atores sociais, para a gravidade da questão e as diversas formas de violência que se faz presente na vida de crianças e adolescentes, atentando-se para o importante trabalho de prevenção que o psicólogo desenvolve neste contexto.

Fonte: encurtador.com.br/fEGK9

Torna-se plausível destacar ainda a possibilidade de evidenciar o fato de que, o abuso sexual de crianças e adolescentes se caracterizam uma importante expressão da questão social da qual necessita ser tratada primeiramente em sua base familiar, local onde ocorre a maior parte desses abusos, tendo este como um motivo fundamental para elevar a importância da atuação profissional e social dentro desta esfera, mostrando este fator como uma grande barreira que necessita com urgência e cautela ser rompida.

Abuso sexual infantil é o envolvimento de uma criança em atividade sexual que ele ou ela não compreende completamente, é incapaz de consentir, ou para a qual, em função de seu desenvolvimento, a criança não está preparada e não pode consentir, ou que viole as leis ou tabus da sociedade. O abuso sexual infantil é evidenciado por estas atividades entre uma criança e um adulto ou outra criança, que, em razão da idade ou do desenvolvimento, está em uma relação de responsabilidade, confiança ou poder (World Health Organization – WHO -, 1999, p. 7).

A discussão gerada mostra-se como uma ferramenta a mais no intuito de promover e divulgar a temática, sendo o contexto enriquecido com a participação de outros autores, os quais também abordam discursões envolvendo a problemática, imprescindivelmente fazer notar o quanto se faz fundamental e necessário à divulgação e o debate de questões como da atuação social no combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes, na intenção de se ocasionar melhorarias no contexto familiar e consequentemente social, e possivelmente reduzir esse tipo de problema social que acomete crianças e adolescentes.

Referência:

World Health Organization (WHO). (1999). WHO Consultation on Child Abuse Prevention. Geneva: WHO.

Compartilhe este conteúdo:

CAOS 2021: Efeitos psicossociais da pandemia na vida escolar das crianças

Compartilhe este conteúdo:

Chegamos ao segundo dia do 6º Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS. Dentre vários minicursos propostos para os inscritos no evento, nessa manhã do dia 04 de novembro, um dos minicursos foi ministrado por Ladislau Ribeiro do Nascimento, professor no Curso de Psicologia e no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciência e Saúde da Universidade Federal do Tocantins. Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo – USP, com estágio doutoral na Division of Health Research – Lancaster University (Reino Unido).

O minicurso abordou o tema “Efeitos Psicossociais da Pandemia na Vida das Crianças”, com transmissão pelo Google Meet, e mediado pela acadêmica de Psicologia Gabriela Alves de Oliveira.

Fonte: Divulgação CAOS

O ilustre convidado iniciou sua fala com duas perguntas norteadoras: Quais são os principais efeitos psicossociais da pandemia na vida escolar das crianças? Como devemos agir para enfrentarmos as sequelas da pandemia nesta população? Ladislau Ribeiro também promoveu duas dinâmicas, a primeira referente às emoções sentidas no início da pandemia, e a palavra MEDO predominou. A segunda dinâmica referente às emoções sentidas atualmente, e a palavra ESPERANÇA definiu bem o atual cenário.

Também foi explorado os impactos da pandemia na vida escolar das crianças, tamanha lacuna que foi gerada no desenvolvimento escolar. Com o fechamento das escolas, foi evidenciado a desigualdade social, muitos alunos que não tinham acesso à internet e celulares, tiveram grandes perdas no aprendizado. Ladislau Ribeiro também explicou sobre a ambivalência de sentimentos por parte das crianças durante a pandemia, hora de alegria por estarem mais próximos dos pais, hora de tristeza e medo por absorverem o drama do caos instaurado.

Fonte: Imagem no Freepik

Crianças longe dos seus espaços necessários para um bom desenvolvimento, rupturas com seus pares, e invisibilidade destas pequenas pessoas também foram temas visitados no minicurso. Mais de 1,6 bilhões de crianças sofreram algum dano relacionado com a educação (UNICEF, 2021), foram dados trazidos ao evento desta manhã. O convidado ainda explicou sobre a importância de promover espaços de comunicação de emoções para as crianças e finalizou com os três princípios fundamentais para lidar com a saúde mental das crianças, sendo eles: Compromisso, Comunicação e Ação.

O segundo dia de programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia só está começando e ainda dá tempo de se inscrever no CAOS, pelo site.

Compartilhe este conteúdo:

Os desafios de crianças e adolescentes durante a pandemia de Covid 19

Compartilhe este conteúdo:

A crise sanitária ocasionada pela pandemia da Covid 19 trouxe um novo cenário para toda a humanidade, além de uma mudança repentina de hábitos. Os abraços foram interrompidos, as aulas escolares presenciais passaram a ser on-line, e de repente as pessoas tiveram que usar máscaras, como medida de prevenção, além do distanciamento social. Tantas transformações repentinas, mexeram com o emocional de muita gente, em especial dos adolescentes, que tiveram que fazer de suas casas, uma extensão da escola. 

Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP,2020), foi necessário preparar uma cartilha para a promoção de saúde mental das crianças e adolescentes, como uma forma de orientar os pais em relação aos filhos, nesse período, que ainda está para ser vencido.   Estabelecimento de rotina, organização do uso de celulares com a limitação de tempo e o acesso sobre notícias, no que tange a pandemia deveriam ser restritos, em prol do bem-estar, estas foram algumas sugestões feitas pela SBP (2020). “5. É crucial que os pais ouçam seus filhos e acolham suas angústias”.

Apesar das ondas mais duras da pandemia terem passado e a disseminação do vírus ter diminuído com a imunização em massa, com as vacinas, as consequências ficaram, o que provocou uma desordem emocional em muitos adolescentes. Nesse sentido, que (MATA, DIAS, SALDANHA, PICANÇO, 2020) abordam sobre as sequelas na saúde mental que a Covid 19 trouxe à criança e ao adolescente. “Dificuldade de concentração, alteração no padrão do sono e da alimentação, maior apego aos pais ou aos responsáveis, irritabilidade, medo, solidão, tédio e maior tempo de exposição às telas” (MATA, DIAS, SALDANHA, PICANÇO, 2020).  

Fonte: Freepick

 

A falta de contato físico foi um grande desafio para o adolescente, que é acostumado estar inserido em grupos que compartilham dos mesmos valores e percepções.  Geralmente, estes são formados com os colegas de escolas. Fegert (2020) aponta que com o isolamento social, muitos serviços básicos, relacionados a educação, assistência à saúde e lazer, foram interrompidos, além de não oferecerem suporte a saúde mental da criança e do adolescente. Estes, mantidos em casa, precisaram reorganizar suas rotinas, fator que pode ter forte impacto em seus aspectos psicológicos e emocionais “(FEGERT JM, et al., 2020).

Para Stvenson (2009), o planejamento estratégico de tempo para manter a saúde física e mental seria uma estratégia utilizada pelos pais, para ocuparem o tempo dos adolescentes, de uma forma inteligente. Nunn (2020) coloca que oferecer um ambiente seguro emocional para as crianças e adolescentes foi o grande desafio para os pais.  Colizzi (2020) observa que apesar dos esforços, a Covid 19 trouxe um aumento da ansiedade em resposta ao estresse que aumentou consideravelmente.

Ferget (2020) reforça que as crianças e adolescentes que tiveram a doença são as mais suscetíveis a terem sequelas emocionais, por isso é necessário um acompanhamento com o especialista para ressignificar essa etapa. Nunn (2020) e orienta que para vencer esse momento, os pais devem estar mais próximos dos filhos estabelecer atividades para a produção de estímulos positivos. Diante disso, é importante que os pais fiquem atentos aos comportamentos dos filhos, mas é preciso que os primeiros busquem ajuda também. A Covid 19 afetou a vida de todas as pessoas, por isso é necessária uma rede de apoio, como forma de fortalecer os relacionamentos e construir espaços seguros.

Fonte: Freepick

Referência

FEGERT JM, et al. Challenges and burden of the Coronavirus 2019 (COVID ‑19) pandemic for child and adolescent mental health: a narrative review to highlight clinical and research needs in the acute phase and the long return to normality. Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health.

(MATA,I;  DIAS,L; SALDANHA,C; PICANÇO  M) As implicações da pandemia do COVID-19 na saúde mental e no comportamento das crianças.(2020). Disponível em <  https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/pprint377.pdf>. Acesso: 22,  de out. 2021.

NUNN K. Keeping our children safe and calm in troubled times. Journal of Paediatrics and Child Health, 2020.

Sociedade Brasileira de Pediatria(SBP). Pandemia de COVID-19: guia prático para promoção da saúde mental de crianças e adolescentes(2020) . Disponível em < https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/v10n2a21.pdf > Acesso: 22, de out, de 2021.

STEVENSON E, et al. Pandemic influenza planning: Addressing the needs of children. American Journal of Public Health, 2009.

Compartilhe este conteúdo:

Caos 2021: Intervenções frente à violência infantil no contexto pandêmico

Compartilhe este conteúdo:

O curso de Psicologia da instituição de ensino Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), oferece aos alunos o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS e, nesse ano de 2021 o tema central é “A Psicologia e Atuação Psicossocial em Situações de Emergência”. O evento ocorrerá de forma online, pelas plataformas digitais da instituição, no mês de novembro, com duração de quatro dias (dia 03 ao dia 06) e, o mesmo conta com a organização dos acadêmicos matriculados na disciplina Intervenções em Grupos, junto à coordenação do curso. Tal congresso apresenta em seu cronograma diversas oficinas, dentre elas a mesa redonda com o tema “Intervenções frente à violência infantil no contexto pandêmico”.

A mesa redonda acontecerá no dia 05 de novembro das 09h às 12h, conta com a mediação da professora/psicóloga Izabela Querido, junto à mesma profissionais renomados como as psicólogas Raphaella Pizani Castor Pinheiro, Gabriela Fernandes Maximiano, Anitta Coêlho dos Santos Teixeira, e o assistente social Raimundo Carlos. O evento será realizado através da plataforma online Google Meet, no qual possui como capacidade máxima de participação de 100 usuários. Vale destacar que todos os profissionais convidados, em que irão compor a mesa, apresentam em seus currículos, experiência no âmbito de atuação acerca da temática.

Fonte: encurtador.com.br/dGKR3

Em decorrência da pandemia da Covid-19, no mês de março de 2020 as instituições de ensino de todo país, como medidas preventivas, foram fechadas devido à necessidade do isolamento social para a colaboração da contenção da disseminação do vírus. Grande parte das escolas do Brasil, ainda encontra-se sem o ensino presencial. Diante do tema, violência infantil, nota-se que o número de subnotificações apresentou queda, porém não significa que tais agressões não estejam ocorrendo. Isto porque, as crianças estão limitadas em seu ambiente domiciliar, no qual diminui a possibilidade de identificação de violência por outros.

Conforme os casos registrados, percebe-se que as agressões vêm apresentando um nível de gravidade alto. Isto porque há uma crescente nos números de casos de crianças que chegam ao hospital em estado crítico, muitas vezes quase mortas. Uma exemplificação disso é o caso do menino Henry Borel, 4 anos, morto em março de 2021, após ser violentado pelos responsáveis.

Portanto, diante do cenário atual, a mesa redonda propõe apresentar dados informativos a respeito da violência infantil, como também apresentará pautas sobre sua intervenção. O evento tem como objetivo trazer aos acadêmicos reflexões acerca dessas agressões, instigando nos mesmos um olhar dentro da psicologia em relação à intervenção. Por fim, para participar da mesa redonda, assim como demais oficinas basta se inscrever no site do CAOS, http://ulbra-to.br/caos/.

Compartilhe este conteúdo: