A terapeuta da terapeuta

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Desde o início do ano tenho vivido a experiência de atender online no estágio em clínica psicanalítica uma estudante de psicologia de uma faculdade de Brasília. De estudante para estudante e de futura terapeuta para futura terapeuta nossa relação tem sido rica e amistosa, colecionando valiosos episódios de transferência positiva a despeito das inegáveis adversidades.

É preciso lembrar que em A Dinâmica da Transferência de 1912, Freud explica “como surge necessariamente a transferência numa terapia analítica e como ela chega a desempenhar seu conhecido papel no tratamento” (FREUD, 2010, p. 101).

Todo ser humano teria um modo característico de conduzir a vida amorosa, no que tange: às condições que estabelece para o amor, aos instintos que satisfaz e aos objetivos que coloca. E esse padrão é repetido diversas vezes em diferentes relacionamentos experimentados pelo sujeito. Contudo, somente parte do mencionado padrão, “impulsos que determinam a vida amorosa”, estaria acessível à personalidade consciente daquele que o pratica, outra parte está inconsciente. Ou seja, “foi detida em seu desenvolvimento, está separada tanto da personalidade consciente como da realidade, pôde expandir-se apenas na fantasia ou permaneceu de todo no inconsciente, de forma que é desconhecida da consciência da personalidade”  (FREUD, 2010, p. 101).

A teoria freudiana identifica tipos de transferência de ocorreriam no contexto da análise e deveriam ser manejados com destreza pois seriam significativamente capazes de interferir nos resultados dela.

Fonte: encurtador.com.br/emyNP

Contudo, o desafio não para por aí, no manejo dos investimentos libidinais que a colega, potencialmente conhecedora dos conceitos e teorias de psicologia e psicanálise, endereçaria a minha pessoa. Mas, acima de tudo, a angústia gerada pela responsabilidade de conhecer o papel e os efeitos da minha contratransferência na relação com ela.

Confesso que este componente, terapeuta da terapeuta, não tem impedido nosso trabalho de alcançar alguns frutos valorosos, colhidos do relato pessoal da paciente nas sessões. E, acima de tudo, da permanência dela nas sessões validando o desejo da futura analista que vos fala acerca da continuidade da análise.

Mas, não é possível ignorar que o mencionado componente caracteriza nossa relação terapêutica e causa repercussões nas relações transferenciais e contratransferências num esforço conjunto de medir as palavras, acertar os conceitos e demonstrar uma segurança teórica e técnica no decorrer das sessões.

Destaco especialmente a sessão em que a paciente dedicou-se a uma fala longa e detida para explicar como tinha compreendido parte dos apontamentos que eu fizera nas sessões, bem como o uso de algumas técnicas de pontuação do discurso dela a partir do texto as “Cinco lições de psicanálise” escrito por Freud em 1909.

Fonte: encurtador.com.br/nKL58

Noutro momento, ainda, foi marcante para mim, enquanto terapeuta em formação, as precisas observações que a colega fizera sobre meu hábito, nada correto de anotar as falas dela na sessão e das minhas notas coletar apontamentos. De tal modo que ela confessou fixar sua atenção nas minhas expressões e no que eu poderia estar anotando para antever aquilo que poderia ser pontuado e, defender-se ou preparar-se para aquilo.

De pronto devo dizer que, após o choque da fala da paciente e do coerente feedback da minha orientadora/supervisora, abandonei o hábito de anotar nas sessões. Passei a dedicar meus esforços ao exercício da atenção flutuante.  

Tal situação, de fato, consiste em verdade na mais pura resistência da minha parte a ser vencida ou ressignificada em cada nova sessão como terapeuta em formação. E a ser trabalhada tanto na supervisão técnica quanto em minha análise pessoal de modo a garantir a qualidade mínima exigida pelo tripé psicanalítico.

Fonte: encurtador.com.br/cjwzJ

Porém, a despeito do caráter especialmente desafiador de atender uma futura colega de profissão que conhece bem as técnicas que estão sendo utilizadas no setting e que aponta na minha fala a percepção que teve sobre o manejo destas durante a sessão, trata-se de uma experiência riquíssima e um exercício ímpar que tem me permitido experimentar e treinar, sob qualificada supervisão, a arte de estar no lugar de objeto resto a despeito de quem seja aquele que ocupa a poltrona à minha frente.

Referências:

FREUD, Sigmund, 1856-1939. Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia: (“O caso Schreber”): artigos sobre técnica e outros textos (1911-1913) / Sigmund Freud ; tradução e notas Paulo César de Souza. — São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

FREUD, Sigmund, 1856-1939. Cinco lições de psicanálise, Leonardo da Vinci e outros trabalhos (1909) / Sigmund Freud ; file:///C:/Users/User/AppData/Local/Temp/freud11.pdf.

Santos, Manoel Antônio. A transferência na clínica psicanalítica: a abordagem freudiana. Temas psicol. vol.2 no.2 Ribeirão Preto ago. 1994.

ISOLAN, Luciano Ransier. Transferência erótica uma breve revisão. 189. Transferência erótica – Isolan Rev Psiquiatr RS maio/ago 2005;27(2):188-195

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Dinâmica inovadora em Psicologia da Aprendizagem

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No dia 21 de setembro, a professora Ana Letícia Odorizzi, propôs uma dinâmica muito diferente do que os alunos estão acostumados em sala. A ideia foi fazer uma revisão para fixação do conteúdo antes da prova de G1. Na Disciplina de Psicologia da Aprendizagem, aprendemos que ela se caracteriza por aquele que aprende ou dá os primeiros passos em uma atividade, arte ou ofício. É o ato de aprender ou adquirir conhecimento através da experiência ou de um método de ensino. Além disso, pode ser entendida como um processo de mudança de comportamento, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Durante as aulas, foram discutidas as diferentes formas de conceber a aprendizagem na visão da Psicanálise, Behaviorismo, Aprendizagem Social, Humanismo e Gestalt, deixando claro o paradigma de cada teoria.

A dinâmica se chama “Lego” e procedeu-se da seguinte forma: os alunos dividiram-se formando cinco grupos e receberam uma caixinha com várias peças de lego. Cada grupo deveria discutir sobre o seu tema, dos 5 que foram sorteados, e levantar os assuntos abordados durante a aula. Feito isso, deveriam criar algum objeto/ situação com as peças que foram entregues de modo que fizesse sentido com a Teoria da Aprendizagem que o grupo ficou responsável e ao final explicar para toda a turma o produto dessa atividade. Para os acadêmicos, a atividade foi muito divertida e através dela perceberam que a própria interação no grupo fez sentido com as teorias da aprendizagem estudadas.

Acervo fotográfico

Processo de montagem

Psicanálise

Humanismo

Aprendizagem Social

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Os papéis que se formam no grupo à luz de Pichon-Rivière

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Pichon-Rivière era um psicanalista francês, teve suas primeiras experiências com grupo em Rosário na Argentina, onde por volta de 1958, dirigiu grupos heterogêneos através de uma didática interdisciplinar. Onde seguia os conceitos da psicologia social, afirmava que o homem desde seu nascimento encontrava-se inserido em grupos, o primeiro deles a família, podendo ampliar esse raciocínio a amigos, escola, trabalho e sociedade. Pensava ser impossível conceber uma interpretação de ser humano sem levar em conta seu contexto, ou a influência do mesmo na constituição de diferentes papéis que se assume nos diferentes grupos pelos qual os indivíduos passam (CASTANHO, 2012).

Fonte: encurtador.com.br/duvLX

Pichon estabeleceu inicialmente que, ao se pensar o que ocorre em um grupo, deverá se ter em mente duas perspectivas nomeadas e definidas da seguinte forma: a) vertical: assinala tudo aquilo que diz respeito a cada elemento do grupo, distinto e diferenciado do conjunto, como, por exemplo, sua história de vida e seus processos psíquicos internos; b) horizontal: refere-se ao grupo pensado em sua totalidade.

Ao apresentar os dois eixos propostos por Pichon, Castanho (2012) enfatiza que em sua experiência didática, o eixo horizontal descrito acima, cria estranheza e muitas dúvidas aos profissionais ou alunos que se iniciam no campo dos estudos grupais pela primeira vez.

O autor entende que não é fácil introduzir esse paradigma fora da dimensão individual, e que o grupo é diferente da soma das partes dos indivíduos que o compõem. Continua explicando que os pesquisadores do campo, sem dúvida alguma, encontraram um “achado” (grifo do autor) com essa noção de horizontalidade; a concepção de que o grupo é diferente da soma dos seus membros, é tão contundente que teorias psicanalíticas de grupo incorporaram em seus estudos esse conceito.

Adentrando ao contexto dos estudos de Pichon, foi desenvolvida a técnica do “grupo operativo” (grifo nosso), concebendo grupo operativo como aquele centrado em uma tarefa de forma explícita, como: aprendizado, cura, diagnóstico etc.; além de outra tarefa implícita à primeira, ou seja, inconsciente, conforme Castanho (2012).

Dentro desta concepção, acima descrita, esse conceito foi se desenvolvendo de forma a possibilitar a compreensão do campo grupal como estrutura em movimento, o que deixa claro o caráter dinâmico do grupo, que pode ser vertical, horizontal, homogêneo, heterogêneo, primário ou secundário, segundo Baremblitt (1986).

O objetivo da técnica é abordar, através da tarefa, da aprendizagem, os problemas pessoais relacionados com a tarefa, levando o indivíduo a pensar; o indivíduo “aprende a pensar” (grifo do autor), passando de um pensar vulgar para um pensar científico. Sendo assim, a execução da tarefa implica em enfrentar alguns obstáculos que se referem a uma desconstrução de conceitos estabelecidos, desconstrução de certezas privadas adquiridas (zona de conforto), conforme Baremblitt (1982).

O autor enfatiza que o grupo implica em trabalhar sobre o objeto-objetivo (tarefa explícita) e sobre si (tarefa implícita), buscando romper com estereótipos e integrar pensamentos e conhecimentos. Assim, entrar em tarefa significa o grupo assumir o desafio de conquistar o desejo na produção e a produção no desejo.

Fonte: encurtador.com.br/dyKUY

Antes de entrar em tarefa o grupo passa por um período de “resistência”, chamado por Pichon (1988) de Pré-tarefa, onde o verdadeiro objetivo, da conclusão da tarefa, não é alcançado. Essa postura paralisa o prosseguimento do grupo, realizam-se tarefas apenas para passar o tempo, o que acaba por gerar uma insatisfação entre os integrantes.

Geralmente ocorrem neste período tarefas sem sentido, onde fica faltando a revelação de si mesmo. Para o autor, somente passado este período, o grupo, com o auxílio do coordenador, entra em tarefa, onde serão trabalhadas as ansiedades e questões do grupo.

A partir dessa primeira etapa, elabora-se o que Pichon (1988) chamou de “projeto”, onde aplicam-se estratégias e táticas para produzir mudanças. A intersecção entre a verticalidade e a horizontalidade, elencada em parágrafo anterior, permite aparecer os primeiros diferentes papéis que os indivíduos assumem no grupo.

Os papéis se formam de acordo com a representação que cada um tem de si mesmo que responde as expectativas que os outros têm para com o indivíduo. Constata-se a manifestação de vários papéis no campo grupal, destacando-se: porta-voz, bode expiatório, líder e sabotador, conforme enunciado pelo autor (PICHON, 1988).

Porta-voz: é aquele que expressa as ansiedades do grupo, a qual está impedindo a tarefa; Bode expiatório: é aquele que expressa a ansiedade do grupo, mas diferente do porta-voz, sua opinião não é aceita pela grupo, pode-se entender que esse papel  assume caráter depositário de todas as dificuldades do grupo, sendo culpado de cada um de seus fracassos; Líder: A estrutura e função do grupo se configuram de acordo com os tipos de liderança assumidos pelo coordenador, apesar de a concepção de líder ser muito singular e flutuante. O grupo corre o risco de ficar dependente e agir somente de acordo com o líder e não como grupo; Sabotador: é aquele que conspira para a evolução e conclusão da tarefa podendo levar a segregação do grupo (PICHON, 1988).

Fonte: encurtador.com.br/fpJWX

Portanto a observação e análise dos papéis e a forma em que se configuram, constitui uma das operações básicas, tendentes à constituição de um “ecro grupal”, conforme Pichon (1998). Cada um dos participantes de um grupo constrói seu papel em relação aos outros; assim, de uma articulação entre o papel prescrito e o papel assumido, surge a atuação característica de cada membro do grupo.

O que tem que ser observado é que este papel se constrói baseado no grupo interno, representação que cada um tem dos outros membros, onde se vai constituindo o outro generalizado do grupo. O autor enfatiza que na relação do sujeito com este “outro generalizado” ocorre a constituição do rol operativo diferenciado, que permitirá a construção de uma estratégia, tática, técnica e/ou logística para a realização da tarefa (PICHON, 1988).

No início do grupo, os papéis tendem a ser fixos, até que se configure a situação de lideranças funcionais. Na maior parte das vezes, todo grupo denuncia, mesmo na mais simples tarefa, um “emergente grupal”, isso é aquilo que numa situação ou outra se enche de sentido para aquele que observa, para quem escuta (PICHON, 1988).

O observador observa o existente segundo a equação elaborada por Pichon: EXISTENTE >> INTERPRETAÇÃO >> EMERGENTE >> EXISTENTE.

O existente só ocorre se fizer sentido para o observador, a partir de uma interpretação, se tornando o emergente do grupo. Assim este novo emergente leva à um novo existente, o qual por sua vez, requer uma nova interpretação, que levará à outro emergente, conforme Bastos (2010).

O coordenador toma um papel muito importante, à medida que é dele que faz a mediação das interpretações, dando sentido ao grupo, orientando para a comunicação intergrupal para evitar se possível a discussão frontal. É esse sentido todo que mobilizará uma aprendizagem, uma transformação grupal segundo Bastos (2010).

Fonte: encurtador.com.br/mzMZ1

Adentrando a teoria do vínculo, ela é concebida em forma de espiral contínua, no contexto clínico, o que se diz ao paciente, determina uma certa reação desse paciente, que é assimilada pelo terapeuta, que por sua vez a reintroduz em uma nova interpretação. Para Pichon (1998), isto constitui um aprendizado, tanto do ponto de vista teórico, como do ponto de vista objetivo, pois à medida que conhece se conhece, ou à medida que se ensina, se aprende.

Esta série de pares dialéticos deve ser considerada para qualquer operação. Neste sentido, todo vínculo é bicorporal e tripessoal, ou seja, em todo vínculo há uma presença sensorial corpórea dos dois, mas há um personagem que está interferindo sempre em toda relação humana, que é o terceiro (PICHON, 1998).

Seguindo adiante com os conceitos de Pichon (1998), é necessário compreender teoricamente o “cone invertido” (grifo nosso), constituindo-se em um esquema formado pôr vários vetores na base dos quais se fundamenta a operação no interior do grupo. A partir da análise inter-relacionada destes vetores se chega a uma avaliação da tarefa que o grupo realiza. A explicitação do desenho do cone invertido (figura 01), diz respeito em sua parte superior, aos conteúdos manifestos e, em sua parte inferior, as fantasias latentes grupais.

Pichon (1998) propõe que o movimento de espiral que vai fazer explícito o que é implícito, atua ante os medos básicos, permitindo enfrentar o temor à mudança. Para tanto os vetores envolvidos no processo, são:

  1. Filiação e Pertenência – a filiação se pode considerar como um passo anterior à pertenência, é uma aproximação não fixa com a tarefa. Seriam aqueles que estão interessados pelo trabalho grupal, sendo exemplificado da seguinte forma: “os torcedores e não os jogadores”. Pertenência é quando os participantes entram no grupo, na cancha (em campo). Na dinâmica grupal, tradicionalmente é medida em relação à presença no grupo, à pontualidade do seu início, às intervenções, etc.
  2. Aprendizagem – se faz existir através da tarefa, permite novas abordagens ao objeto e o esclarecimento dos fantasmas que impedem sua penetração, permitindo a operação grupal. Para Pichon (1998), o indivíduo nos momentos de intensa resistência à mudança, voltaria regressivamente mais que a comportamentos próprios da etapa libidinal onde está predominantemente fixado (os chamados pontos de fixação da psicanálise), a repetir atitudes mal aprendidas, ou infantilizadas, que dificultaram sua passagem a uma etapa posterior.
  3.  Pertinência – é um terceiro vetor que surge da realização dos dois anteriores. Se mede pela quantidade de suor que tem a camiseta ao final da partida, é a realização da tarefa estratégica. O autor utiliza a metáfora do gol contra, seria o cúmulo da falta de pertinência. Cabe explicar que o alcance da pertinência grupal não é proposta como um ato de vontade, mas sim, como a expressão do desejo grupal, revelado na análise dos medos básicos.
  4. Comunicação – o lugar privilegiado pelo qual se expressam os transtornos e dificuldades do grupo para enfrentar a tarefa. Na medida em que cada transtorno da comunicação remete-se a um transtorno da aprendizagem, veremos os sujeitos grupais tratarem de desenvolver velhas atitudes, em geral mal aprendidas (infantilizadas), com a intenção de abordar os objetos novos de conhecimento. Este objeto pode ser nos grupos operativos, indistintamente, desde a compreensão de um conceito ao desenvolvimento de um processo terapêutico. Entendendo a aprendizagem, então, como a ruptura de certos estereótipos de comunicação e a obtenção de novos estilos, o que implica sempre reestruturações e redistribuirão dos papéis desempenhados pelos integrantes do grupo.
  5. Cooperação – é dada pela possibilidade do grupo fazer consciente a estratégia geral do mesmo. No movimento grupal, se manifesta pela capacidade de se colocar no lugar do outro.
  6. Tele – este vetor se refere ao clima afetivo que prepondera no grupo em diferentes momentos. É um conceito tomado da sociometria de Moreno, para assinalar o grau de empatia positiva ou negativa que se dá entre os membros do grupo. A fundamentação deste conceito parte da base de que todo encontro é na realidade um reencontro, ou como gostava de dizer o próprio Pichon (1998): “Todo amor é um amor à primeira vista” (grifo nosso). Isto quer dizer que o afastamento e a aproximação entre as pessoas de um grupo, não tem que ver com essa pessoa real presente, más, com a recordação de outras pessoas e outras situações que ela evoca.

CONE INVERTIDO E SEUS VETORES

Fonte: encurtador.com.br/wJW08

REFERÊNCIAS

BAREMBLITT, G. Grupos: Teoria e Técnica. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1986.

BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicol inf., São Paulo,  v. 14, n. 14, p. 160-169, out.  2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092010000100010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso: 12.09.2018.

CASTANHO, Pablo. Uma Introdução aos Grupos Operativos: Teoria e Técnica. Vínculo, São Paulo,  v. 9, n. 1, p. 47-60, jun. 2012. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-24902012000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso: 12.09.2018.

PICHON-RIVIÈRE, E. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

__________________. O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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Genograma: relações familiares que comovem

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Na manhã desta quarta feira 18, ocorreram, na sala 219 do Ceulp, as apresentações dos genogramas da turma 0865 de Teorias e Técnicas Psicoterápicas IV, sob docência de Wayne Francis Mathews. Cada aluno produziu seu próprio genograma e o apresentou individualmente. Essa etapa é essencial para a disciplina e gera grandes expectativas nos acadêmicos.

Um genograma é uma espécie de mapa com símbolos padronizados que descrevem relacionamentos, eventos importantes e a dinâmica de uma família ao longo de várias gerações. Durante a primeira parte do semestre, Wayne apresentou esses símbolos e conceitos para a turma e enfatizou a importância do instrumento em terapia familiar, no que tange em conhecer as ligações e dinâmicas familiares dos clientes, compreendendo suas histórias e influências em suas vidas.

Fonte: https://goo.gl/PFHdLY

Em depoimento, a acadêmica Cândida Pereira da Silva diz que “fazer o genograma foi uma experiência única. Dentre as várias emoções no decorrer do curso, esta foi especial. Me proporcionou reviver sentimentos com a família que estavam adormecidos”.

Já para a acadêmica Émila Silva F. Castro, “a elaboração do genograma foi tarefa difícil. Tocar nas feridas, bem como nos pontos positivos que giram em torno de minha família foi algo que mexeu bastante com minhas emoções. No entanto, me fizeram refletir e ressignificar as relações intrafamiliares, bem como o meu olhar diante das situações que ocorreram e que possam vir a ocorrer no meio familiar”.

Por fim, o acadêmico Fernando Ribeiro Veloso diz que “a experiência de realizar o genograma favorece diversas reflexões e uma delas concerne à identificação do nível de proximidade estabelecido com membros da família e tem potencial de servir como mecanismo de transformação das relações familiares”.

Acadêmica apresentando genograma

As apresentações dos genogramas continuarão na próxima semana, dia 25, na mesma sala e no mesmo horário.

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Dinâmica das relações abusivas é pauta para Grupo de Estudos Feministas

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O encontro tratará das formas patológicas de amar e do Vínculo Tantalizante.

Lançado recentemente, o Grupo Acadêmico de Estudos Feministas é um projeto de extensão ligado ao curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, sob a coordenação da Profa. Me. Cristina D’Ornellas Filipakis e participação de vários acadêmicos do curso. Os encontros ocorrem a cada 15 dias, às segundas-feiras, 17h, na sala 203. O objetivo é discutir e ampliar a discussão sobre feminismo no âmbito acadêmico, tendo em vista que o tema ainda gera muitos mal-entendidos.

O encontro dessa segunda-feira (09) terá como tema “A Dinâmica das Relações Abusivas” e será conduzido pela acadêmica de psicologia Gabriela Gomes. A discussão será embasada no livro de Zimerman, “Manual de Técnica Psicanalítica”, mais especificamente no capítulo sobre o vínculo tantalizante, no qual o autor estabelece tipos de personagens e tipos de vínculos nos relacionamentos abusivos.

A imagem faz parte da exposição “Hemma Thomas”, de autoria de Michel Pereira, Neuracy Pedra e Carlos Bosquê, sobre violência doméstica. Fonte: https://goo.gl/qLafKF

Segundo Gabriela é importante tratar esse tema no grupo de estudos pois “a maior incidência de vítimas de violência física e psicológica ocorre com mulheres, e em decorrência disso vem o feminicídio. Por isso deve-se despertar as mulheres para reconhecer esse tipo de relacionamento, seja consigo mesmas ou com outras pessoas, independente da orientação sexual.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas através do telefone 3219-8068 com a profa. Me. Cristina Filipakis.

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Reflexões sobre as novas relações de trabalho

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No dia 05 de maio de 2017 aconteceu na sala 203, a partir das 8h o Psicologia em Debate com o seguinte tema “Relações de trabalho e corrosão do caráter em Sennett” apresentado pelos acadêmicos de Psicologia do CEULP Erismar Araújo e Fabrício Veríssimo. A princípio foi abordada a definição de corrosão, ou seja, o ato ou efeito de corroer que segundo o dicionário genérico é o desgaste gradual de um corpo qualquer que sofre transformação química e/ou física, proveniente de uma interação com o meio ambiente. Foi abordada também a definição geológica: destruição de rochas devido à decomposição química realizada por água salina ou doce; química: transformação química de metais ou ligas em óxidos, hidróxidos etc., por processos de oxidação pelo contato com agentes como o oxigênio, umidade.

Fonte: http://zip.net/bstKtb

Em seguida foram explanadas questões biológicas, religiosas e psicológicas a cerca do caráter (formação moral) sendo respectivamente: aspecto morfológico ou fisiológico utilizado para distinguir indivíduos em uma espécie ou espécies entre si (marca a mesma espécie), indicadores gerais sobre condutas (deveres) e conjunto coerente de respostas dadas por um indivíduo a uma série de testes e que permite, por comparação estática, situá-la numa categoria determinada.

Adentrando mais ao tema vimos sobre a dinâmica entre capitalismo versus rotina versus natureza flexível, onde o trabalhador disciplinado é aquele que se preocupa com o trabalho, têm uma rotina a seguir, relações duráveis devido à maior estabilidade no ambiente de trabalho e gosta de estar inserido nesse meio, já o trabalhador flexível tem uma visão de articular melhor com o outro, diante das mudanças no mundo de trabalho, sendo passível de mudança e estabelecendo relações menos duráveis.

Assim, tal dinâmica remete a questão de como se podem buscar objetivos de longo prazo numa sociedade de curto prazo? O que nos leva a seguinte conclusão, de que os dois modelos (disciplinado e flexível) se encaixam ao modelo de vida que levamos hoje (capitalismo). Ou seja, temos uma “certa” rotina, porém buscamos uma flexibilidade no trabalho, como por exemplo, o flexitempo, que é quando procuramos criar tempo e alimentar as demais áreas da nossa vida, criando assim uma dinâmica favorável.

Fonte: http://zip.net/bctJ3T

Por fim, entramos na ética do trabalho em que tal dinâmica: disciplina e flexibilidade diante do capitalismo podem levar a uma desorganização do tempo, o trabalho em equipe quando não bem estruturado é afetado, a autodisciplina e automodelação dentro das empresas acarretam na individualidade do sujeito e uma competição a fim de atingir metas impostas, o ambiente de trabalho visto como polivalentes e adaptáveis as circunstâncias (sujeito passivo) e a ética protestante levando o indivíduo a ter o trabalho como foco principal na sua vida. Logo, a relação de trabalho que é toda essa dinâmica vista, pode influenciar na corrosão do caráter do sujeito, moldando-o para operar junto ao capitalismo, toda essa corrosão pode levar o sujeito ao adoecimento psíquico, adquirindo algum tipo de psicopatologia ao longo da vida.

REFERÊNCIA:

SENNET Richard. A Corrosão do Caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999.

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Escritores da Liberdade e as dinâmicas de grupo

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“Freedom Writers”- Escritores da Liberdade, filme lançado em 2007, tendo Richard LaGravenese como diretor. O enredo retrata um cenário baseado em fatos reais, permeado pela agressividade, violência e ideais sociais. Expõe ainda o cotidiano de Gruwell (Hilary Swank), uma jovem professora com princípios igualitários no que se refere inclusão social e qualidade de ensino para todos. Instigada por esta ideologia, decidiu-se por iniciar sua carreira de docência numa escola de um bairro pobre, pois nesta instituição foi efetivado o programa de integração voluntaria.

Os alunos desta instituição vivenciam constante tensão racial, observa-se claramente a divisão por raças. Os estudos não são algo de preocupação imediata, outros âmbitos da vida requerem uma atenção preferencial. Ir à escola é uma “perda de tempo”. Gruwell, indaga a um integrante do conselho no decorrer do longa-metragem: qual é o intuito do programa de inclusão? Pois a instituição finge que ensina e os alunos fingem que aprendem. Portanto esta estratégia é apenas um paliativo, um modo para aliviar a consciência social.

No entanto, Gruwell não fica abatida com os empecilhos que surgem, a mesma lança mão de métodos diferentes de ensino-aprendizado para conseguir “ensinar seus alunos”, os mesmos, aos poucos retomam a confiança em si, vão aceitando novos conhecimentos e por meio desta nova vivência passam a reconhecer valores com tolerância e o respeito ao outro.

Ao analisar o filme “Escritores da Liberdade” compreende-se que num primeiro momento existem vários subgrupos na sala, estão atrelados a etnia dos integrantes do grupo, subdividindo-o em diversas “gangues”. Observa-se a divisão dos subgrupos no primeiro contato da professora com os alunos, os mesmos adentram a sala e agrupam-se nos seus lugares, com suas tribos.

Fonte: http://migre.me/vFuvH

Zimerman e Osório (1997) salientam que os sujeitos vivem em grupos desde o nascimento, o primeiro grupo que o indivíduo faz parte é a família. A identificação com os grupos posteriores ocorre pela busca da “identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social” (p. 26).

Eva, uma das personagens do longo inicia sua narrativa corroborando com a afirmativa supracitada, visto que, a identificação com o seu “povo” a faz parte do grupo e a incita a lutar pelo mesmo, e por suas convicções, por orgulho e respeito. Ver na figura paterna o líder do grupo, visto que, este é respeitado pelos demais, o mesmo a ensinou a amar o grupo.

Zimerman e Osório (1997) ao falar sobre os atributos desejáveis de um líder- coordenador do grupo apresenta alguns itens importantes, dentro quais se destacam o respeito, gostar de grupos e ser coerente. Todavia Andaló (2001) contrapõe alguns destes postulados, indaga se o mesmo, o líder- coordenador é apenas um mediador ou um super-homem.

Fonte: http://migre.me/vFuwp

Eva considera o pai um herói, um super-homem, por este motivo é esquiva e hesitante para adentrar em outro grupo ou fazer algo que o desagrade.

Eva e os demais alunos são resistentes com a nova professora, não veem sentido para estarem frequentando a escola, pois acreditam serem inferiores e excluídos. Mas Mrs. Gruwell não desiste, e com o objetivo de aproximação utiliza-se de dinâmicas para demonstrar que todos têm algo em comum, passam por experiências similares, possuem gostos parecidos, portanto, são iguais.  Pouco a pouco, vai vencendo as resistências do grupo através do manejo das mesmas. Propiciou ainda, o encontro, o convívio com outros fora do subgrupo quando optou por separá-los.

Escritores da Liberdade 4Fonte: http://migre.me/vFux3

As resistências de um grupo referem-se a tudo que ocorre no grupo que dificulta atingir o objetivo, no caso do filme a aprendizagem (ZIMERMAN e OSÓRIO, 1997).  Ao se incluir no processo, descer do pedestal de professora, Mrs. Gruwell vai ganhando a confiança e começa a ser uma referência para seus alunos e desempenha o papel de coordenadora do grupo. Andaló (2001) enfatiza que o professor deve ter um diálogo com seu aluno, deve ser um mediador e não um herói, mas alguém que compreenda e o incentive ao processo de ensino-aprendizado.

Os papéis desempenhados pelos integrantes do grupo se evidenciam no filme quando a professora presenteia os discentes com cadernos que vão lhes servir como diários, quando convida os alunos para buscá-los na mesa, por uma pequena parcela de tempo se entreolham e então um deles toma coragem para tal ação.

Sabe-se que todos têm um papel no grupo, esse papel não é fixo, até mesmo quem não fala nada, interfere e participa da dinâmica grupal, pois o sujeito influencia o grupo e é por ele influenciado (ZIMERMAN e OSÓRIO, 1997). Vale ressaltar que, é possível que o papel que a pessoa assume no grupo é o mesmo que vivencia em outras áreas da sua vida, fixar-se em apenas um papel não é saudável, o ideal é que o sujeito assuma diferentes papéis.

Com a aproximação dos alunos e confiança que depositaram na docente, visto que, permitiram que a professora visualizasse o seu mundo através da leitura dos diários, este movimento eliciou a formação do grupo. Berstein (1989) postula que o grupo se caracteriza por um conjunto limitado de indivíduos, em prol da realização de uma tarefa-objetivo, atrelados por pelo tempo e espaço, de forma interdependente.

Fonte: http://migre.me/vFuAm

Bastos (2010) cita que para Pichon-Rivière o grupo:

Apresenta-se como instrumento de transformação da realidade, e seus integrantes passam a estabelecer relações grupais que vão se constituindo, na medida em que começam a partilhar objetivos comuns, a ter uma participação criativa e crítica e a poder perceber como interagem e se vinculam (p. 164).

No longa metragem o grupo nasce do encontro da professora com os alunos, o espaço que dividem é a sala de aula, no qual a líder é a Mrs. Gruwell. Na perspectiva de Zimerman e Osório (1997) a mestra desempenha o papel de coordenador ativo, uma vez que, ela administra e elabora as dinâmicas, mas, vale ressaltar que, a mesma é flexível, observa-se tal postura no momento em que seus alunos concebem a ideia de convidar a mulher que abrigou Anne Frank, ela os apoia, dar-lhes o incentivo e corrobora para que o objetivo seja alcançado.

Verifica-se no momento supracitado a dinâmica grupal, a interação entre seus componentes, pois trabalham em equipe para obtenção da verba para que consigam conhecer Miep Gies, mulher que abrigou Anne.

Escritores da Liberdade 7
Fonte: http://migre.me/vFuCk

A oportunidade de vivenciar novas experiências, conhecer novos lugares, adquirir mais conhecimento e integra-se no grupo de colegas de sala fomentou a quebra de preconceitos, de etnocentrismo e oportunizou aceitar o outro através da identificação com esse (ZIMERMAN e OSÓRIO, 1997). Mailhiot (1991) enfatiza que o grupo propicia transformações relevantes nos integrantes através das múltiplas interações que o sujeito experiência em âmbito social, isto caracteriza o clima grupal.

Ao decorrer do filme os alunos se apropriam do espaço da sala, o grupo passa a ser família, e professora consegue o respeito e admiração. Nesse novo cenário mudanças são perceptíveis, os discentes adotam novas posturas, e quebram com o instituído. A exemplo nota-se a conduta de Eva que desobedeceu às regras do seu antigo grupo para fazer o “certo”. Bastos (2010) assegura que objetivo originário do grupo operativo é a mudança, na qual os componentes dos grupos passam a assumir outros papéis diferentes do habitual.


Fonte: http://migre.me/vFuDn

Os outros discentes mudam ao decorrer do longa, buscam nova forma de ser e estar, passaram a valorizar os estudos e ansiavam por novas conquistas. O trabalho da Mrs. Gruwell é apreciado pelo conselho, no entanto, outro conflito surge, ela não tem licença para ministrar aula nas turmas avançadas (3 e 4 anos), sendo assim, é eminente o termino do grupo. Porém os estudantes não comungam de tal decisão, por isto, se juntam e buscam sensibilizar o conselho através de várias ações para que então a professora possa lecionar nas turmas posteriores.

Zimerman e Osório (1997) salientam que o grupo pode ser aberto ou fechado, sendo o grupo aberto quando o sujeito sai e o grupo acaba apenas para ele, no fechado o grupo termina pelo tempo, o tempo de duração já foi previamente discutido na etapa de planejamento. No que se refere ao filme o grupo é fechado, pois os alunos vão para a turma avançada, a professora fica e um novo grupo será formado, ou seja, o tempo de duração do grupo é baseado no calendário letivo. Mas, no mesmo tempo o grupo é aberto, visto que, se um aluno desistir do ano letivo as aulas continuarão sem ele.

O objetivo acima citado é alcançado, a professora consegue continuar no grupo, e no final do filme, fica subentendido que a mesma os acompanha até a faculdade, uma vez que, ela passa dar aulas na Universidade. Por meio do filme “Escritores da Liberdade” pode-se analisar a dinâmica grupal. Pode-se observar a formação de um grupo, compreendo como se deu a integração dos seus membros e as potencialidades de mudanças que o grupo fomenta no indivíduo, uma vez que, o grupo é propagador de mudanças, influência o sujeito, e este é também é influenciado.

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O grupo eliciado no longa metragem serviu como facilitador na busca por conhecimento, e foi relevante na quebra de velhos estigmas, preconceito e discriminação. Mesmo o grupo não tendo mudando o cenário de violência e agressividade que os seus intrigantes fazem parte, conseguiu operar mudanças significativas no jeito de ser e de viver dos mesmos. Por fim, a mudança percebida no filme foi em âmbito micro, mas para atingir em proporção macro, a transformação perpassa essencialmente pela esfera micro.

REFERÊNCIAS:

ANDALÓ, C. S. A. O papel de coordenador de grupos. Psicol. USP vol.12 no.1 São Paulo,  2001.

BASTOS, A. B. B. I.  A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicólogo inFormação ano 14, n, 14 jan./dez. 2010.

BERSTEIN [et.al.]. Compêndio de psicoterapia de grupo/ Harold I. Kaplan e Benjamin J. Sadock … [ET.al.]; trad. José Octávio de Aguiar Abreu e Dayse Batista. 3.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

EYGO, H. O Clube dos Cinco – sobre grupos em Kurt Lewin. Disponível em:< http://ulbra-to.br/encena/2013/12/27/O-Clube-dos-Cinco-sobre-grupos-em-Kurt-Lewin>. Acesso em: 11 de novembro de 2015.

MAILHIOT, G. B. Dinâmica e Gênese dos Grupos. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1991.

ZIMERMAN, D; OSÓRIO, L.C. & Colaboradores. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

Escritores da Liberdade cartaz

ESCRITORES DA LIBERDADE

Direção: Richard LaGravenese
Elenco: Anh Tuan Nguyen, Blake Hightower, David Goldsmith, Deance Wyatt
Ano: 2007
País: EUA
Classificação: 12

 

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