Pandemia avança e negócios voltam a ser impactados

Compartilhe este conteúdo:

Estrategista em Marketing Digital dá dicas para empreendedores manterem seus negócios lucrativos por meio da internet

É sabido que a primeira onda da pandemia do novo coronavírus causou um estrago em pequenos, médios e grandes negócios por todo o mundo. Alguns empreendedores se viram em uma situação difícil por conta de todas as restrições, e foi neste momento que muitos fecharam as portas para nunca mais abrir.

Por outro lado, vimos que a experiência de quem se adiantou e acompanhou a tendência mundial de ocupar o mercado da internet foi extremamente positiva em meio ao caos da pandemia. Algumas empresas que já vinham investindo em negócios digitais aumentaram muito o faturamento durante a crise. Ao longo do período mais crítico de isolamento social, também cresceu o número de pessoas em busca de aprender novas técnicas e das que tentavam correr atrás do prejuízo, correndo para a internet.

 – Eu vivi essa experiência na pele, quando foi anunciado o fechamento dos comércios e meus clientes começaram a ligar para cancelar o serviço. Mas, logo em seguida, tivemos um aumento exponencial de interessados que precisavam criar seu posicionamento na internet. Estamos à beira de uma situação semelhante agora e o que se espera é que tenhamos aprendido com o passado e estejamos bem posicionados nas redes desde já – alerta o estrategista em Marketing Digital, Alexandre Simões.

Alexandre Simões

Dessa vez, estamos diante de um novo desafio: a doença volta a avançar de forma acelerada, resultando em novas medidas restritivas, por parte dos governos locais, para o trânsito de pessoas e funcionamento de estabelecimentos. Para quem ainda não apostou na internet, ainda está em tempo. Criar uma estratégia de marketing digital, seu e-commerce ou começar a se posicionar na web são fundamentais. Existem muitas ferramentas para auxiliar os negócios, muitas delas são gratuitas e indispensáveis para quem está começando.

 – Criei uma série de conteúdos, sobretudo, no momento de pandemia, para auxiliar quem está procurando por soluções para os negócios online. Decidi ajudar os pequenos empreendedores a se posicionarem bem na internet oferecendo dicas e compartilhando o conhecimento que adquiri na minha carreira pelas redes sociais, uma das principais ferramentas para Marketing Digital nos dias atuais – relata Simões.

 Confira alguns tópicos abordados pelo consultor:

 1- Tanto para quem vende produtos quanto para quem oferece serviços, a grande estratégia é a diversificação. Para estar bem posicionado, é preciso estar em todos os lugares possíveis. Apostar em uma única forma de divulgação é extremamente arriscado. Alertei, no ano passado, sobre a proibição do TikTok nos EUA. Imagina se isso acontece com sua rede social favorita?

2- O seu negócio precisa estar no Google Meu Negócio, Instagram, Facebook, YouTube, Linkedin, Twitter e em todos os lugares virtuais possíveis. Logicamente, é importante avaliar qual desses lugares é o melhor para se concentrar e também se tem condições de manter todos os canais bem alimentados;

 3- Sempre falo das redes sociais como ferramenta de criar estratégias de marketing, pois sei que muitas pessoas não têm condições de injetar dinheiro em divulgação e grande parte das redes são gratuitas. Ou seja, não é preciso investir rios de dinheiro para se posicionar bem na internet. O que é necessário é uma boa estratégia;

 4- Não espere que esses problemas aconteçam com você. É necessário, neste momento, pensar em estar bem posicionado no mundo digital, pois o raio pode cair duas vezes no mesmo lugar. E quem não estiver preparado pode sofrer graves consequências.

 Mais da metade da população brasileira utiliza as redes sociais

 Ao longo do último ano, os acessos à internet bateram recorde no Brasil. Com as pessoas em casa na quarentena, a internet se tornou o meio mais forte de comunicação e de trabalho. O panorama de crescimento de acesso veio junto com o crescimento de uso das redes sociais; quase todo mundo que acessa internet no Brasil está presente nas redes. Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, mais de 50% da população brasileira utiliza as redes sociais, dado que as reforça como lugares privilegiados para fazer campanhas de marketing.

 Mais informações em www.alexandresimoes.com   

Compartilhe este conteúdo:

Criativas e dinâmicas, mulheres se reinventaram com mais facilidade para manter seus negócios vivos durante 2020

Compartilhe este conteúdo:

Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de Novembro, marca a força e táticas das mulheres para se manterem à frente de seus próprios negócios

O Brasil tem a 7ª maior proporção de mulheres entre os empreendedores iniciais, ou seja, até 42 meses, e foram responsáveis por 34% dos empreendimentos criados no Brasil em 2018, segundo o último estudo divulgado pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), maior e principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, que contou com dados de 49 países. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, mostrou que atualmente cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil, o que representa 34% deste universo do empreendedorismo.

A pandemia ocasionada pelo coronavírus deixou seus lastros principalmente entre elas e estimativas dão conta que cerca de 52% tiveram que fechar suas empresas, seja temporariamente ou de vez. Mas, embora as mulheres tenham sentido mais os efeitos, foram elas também quem tiveram as melhores reações para se restabelecer. A capacidade de diversificar os pontos de vista na tomada de decisão foi essencial para oxigenar o negócio e definir uma nova relação entre cliente e prestador de serviço. Não é de se espantar, portanto, que o estudo do McKinsey Global Institute projetou o impacto financeiro de um cenário com participação plena das mulheres no mundo dos negócios: os ganhos no PIB mundial chegariam a US$ 28 trilhões até 2025.

Histórias de mulheres empreendedoras inspiram, como é o caso da Rosana Braem, que deixou a carreira estável em uma emissora de televisão brasileira para se tornar freelancer e ressuscitar uma paixão: produzir brownies e cookies. De pequenas e médias encomendas, logo Rosana sentiu a necessidade de alugar um espaço que funcionou como seu ateliê. Com o ritmo fluindo, inaugurou o Bendito em 2009, em Copacabana. Com apenas 28m², a simpática loja já funcionava com sua marca bem formatada, unindo estética à qualidade excepcional. Em 2014, instalou-se em um espaço maior, de 150m² no mesmo bairro e, num intervalo de apenas quatro anos, abriu mais quatro lojas. Foi ao abrir a quinta, que a empresária decidiu entrar no franchising, unindo-se à rede Espetto Carioca.

Fonte: Rosana Braem
Divulgação

Quem também abdicou de uma carreira estável no setor público para se lançar ao empreendedorismo foi Regina Jordão, CEO da rede de depilação Pello Menos. O começo na área, quando auxiliava um amigo médico, parecia mais tranquilo, até o marido ser desligado do trabalho e a necessidade bater a porta. Foi então que criou um centro de depilação em 1996, contrariando as projeções pessimistas de quem dizia que as mulheres no Rio de Janeiro não precisavam do serviço. De boca em boca e muita panfletagem, Regina mostrou às cariocas o produto de excelente qualidade que desenvolveu com uma amiga e que ameniza a dor e agiliza todo o processo. Não é a toa que o negócio que começou com investimento de R$ 40 mil alcançou um faturamento de R$ 46 milhões em 2019 e hoje tem mais de 50 lojas.

Fonte: Regina Jordão
Divulgação

E foi a necessidade que fez o negócio da Paula Machado sair do papel. Dentista por formação, precisava de uma solução segura e eficaz de esterilização do consultório odontológico que, em meio a pandemia do coronavírus, continuava operando. Foi então que a startup Meister Safe ganhou vida por meio das mãos dela e de mais dois amigos. Através de raios UV-C, aliada ao uso de tecnologia, a empresa desenvolve soluções customizadas e individuais de esterilização de ambiente. O que a princípio seria apenas para utilização própria, tornou-se uma ideia de negócio. Hoje, eles também oferecem uma solução para ser acoplada aos aparelhos de ar condicionado e reduzir a transmissão do Sars-Cov-2.

Fonte: Paula Machado
Lina Kyara

Camila Miglhorini criou o Mr Fit em 2013, a primeira rede de alimentação saudável a utilizar o conceito de fast food no Brasil. Saindo de uma reunião após o almoço, percebeu a dificuldade de encontrar um local com comida saudável e viu aí uma lacuna no mercado. Já experiente no ramo, formatou o negócio para operar por meio de franquias, com valores acessíveis e rentáveis. Vendeu o carro e apostou no sonho do negócio próprio. Hoje, comanda bem de perto as mais de 376 unidades distribuídas em 17 estados brasileiros. Durante a pandemia do coronavírus, para ganhar capilaridade, reduziu em cerca de 75% o valor de investimento dos modelos de negócios oferecidos pela sua rede e vendeu cerca de 190 novas franquias.

Fonte: Camila Miglhorini
Divulgação

A necessidade também foi o motivo que impulsionou a criação da Casa de Bolos. Aos 74 anos, Sônia Maria Napoleão Ramos, ou simplesmente ‘Vó Sônia’, como é carinhosamente chamada, hoje colhe os frutos de uma atitude tomada em 2009. Quando Rafael Ramos, o filho caçula, perdeu o emprego, a família viu-se obrigada a encontrar uma maneira urgente de complementar a renda e fechar as contas do mês. A ideia de fazer os bolos caseiros e sair vendendo pela redondeza ganhou não só as ruas de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, como pessoas que passaram a encomendar as iguarias e fazer o “boca a boca”, a propaganda mais eficaz do mundo. Hoje são 370 unidades e 10 anos de história.

Fonte: Vó Sônia
Divulgação

Há 10 anos construindo sua própria história está Melina Alves, fundadora e CEO da DUXcoworkers. A jovem que saiu de Passos, interior de Minas Gerais, aos 17 anos com vontade de transformar vidas, adentrou no universo do UX, que significa User Experience, por meio da publicidade, quando veio estudar em São Paulo. Encantada com o poder do ‘bom uso’ da tecnologia, Melina rapidamente se destacou na área digital e, envolvida com o tema, desenvolveu junto com a agência em que trabalhava o primeiro app de realidade aumentada. Estudando e investindo todo o tempo possível em sua capacitação e consolidando seu nome no mercado, tornou-se pioneira no Brasil a profissionalizar o tema, criando a primeira consultoria e coworking de UX.

Fonte: Melina Alves
Jhonatan Chicaroni

Enquanto umas transformam vidas de pessoas, outras transformam vidas de bichos. Foi assim com a Alexandra Gimenez, que sonhava em ter um espaço bem grande para poder socorrer os pets de rua e outros animais que precisassem de ajuda. O sonho de infância a motivou a criar um negócio: a AmahVet, uma clínica veterinária que reúne consultórios, centro cirúrgico, laboratório próprio com tecnologia de ponta e farmácia. Com boa gestão e controle de estoque, as consultas são realizadas por um preço acessível e podem ser parceladas em até 12 vezes, para proporcionar um atendimento digno a um número maior de animais de estimação. A clínica funciona há três anos, no bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista e conta com mais de 10 diferentes especialidades veterinárias.

Fonte: Alexandra Gimenez
Divulgação
Compartilhe este conteúdo:

CAOS 2020: Avaliação Psicológica no desenvolvimento de pessoas e organizações

Compartilhe este conteúdo:

Em suas falas, Fernanda frisou sobre o compromisso ético do psicólogo em utilizar testes originais, folhas de teste e todo o material original.

Na última quarta-feira, 4 de novembro, ocorreu o minicurso “Avaliação Psicológica no contexto organizacional: aspectos práticos para processos seletivos com foco no desenvolvimento de pessoas e organizações” ministrado pela psicóloga especialista Fernanda Gomes de Oliveira (CRP 23/1476).

Fernanda Oliveira é psicóloga organizacional na multinacional Bunge, Pedro Afonso Açúcar e Bioenergia, que está localizada no munícipio de Pedro Afonso – TO a 252km de Palmas. A ministrante apresentou aspectos práticos de como é realizada a avaliação psicológica no âmbito organizacional, onde ela exibiu e explanou sobre testes que são utilizados.

Fonte: encurtador.com.br/depGZ

Em suas falas, Fernanda frisou sobre o compromisso ético do psicólogo em utilizar testes originais, folhas de teste e todo o material original. De forma a evitar quaisquer tipos de cópias ou materiais impróprios ou não originais para que a avaliação seja congruente, ética e científica. Ela apontou também sobre o teste palográfico, abordando em sua fala sobre como ele pode ser utilizado nesse processo de avaliação psicológica e a sua imensa contribuição.

Fernanda apontou sobre a importância do desenvolvimento de pessoas e como a avaliação psicológica pode auxiliar nesse processo, visto que, a partir da avaliação é possível traçar de forma mais ampla o perfil do trabalhador e encaixá-lo no cargo onde suas habilidades possam ser aproveitadas da melhor forma possível. Ela apresentou argumentos que sustentam a ideia de que a partir da avaliação psicológica tanto o trabalhador quanto a empresa podem se beneficiar, pois o trabalhador irá ocupar uma função confortável para o seu perfil e a empresa terá melhores rendimentos.

Fonte: encurtador.com.br/opuFU

Além disso, Fernanda argumentou sobre a importância de o psicólogo manter-se firme e ético diante de possíveis situações onde a empresa não queira arcar com os custos da avaliação psicológica, ou queira utilizar materiais copiados ou de origem não adequada e recomenda pelos órgãos regulamentadores. Ela apresentou argumentos que podem ser utilizados em diálogos com os gestores da empresa, de modo que eles possam compreender o porquê da utilização de materiais corretos e legais, e como a avaliação psicológica pode contribuir para a empresa.

Compartilhe este conteúdo:

Diversidade de gênero nas empresas favorece inovação e melhor desempenho de funcionários, diz pesquisa

Compartilhe este conteúdo:

Análise da Willis Towers Watson mostra que mulheres em cargos de liderança proporcionam maior engajamento dos empregados.

As empresas com maior número de mulheres em cargos executivos oferecem experiências mais positivas aos empregados em termos de carreira, equiparação salarial, desenvolvimento de habilidades, confiança na liderança e apoio gerencial. É o que afirma uma pesquisa realizada pela consultoria e corretora Willis Towers Watson em parceria com a Bloomberg (GEI).

Torna-se cada vez mais necessário estabelecer uma força de trabalho verdadeiramente diversificada em todos os níveis organizacionais. Segundo a líder de Employee Insights da Willis Towers Watson, Erika Graciotto, as empresas estão descobrindo que, ao apoiar e promover um ambiente de trabalho diverso, estão obtendo benefícios que vão além da ótica de imagem da empresa no mercado. “O argumento moral tem peso suficiente, mas também há o impacto financeiro, já que a diversidade demonstrou impactar positivamente nos níveis de engajamento e de experiência dos funcionários em geral, levando a empresa a ter um desempenho melhor”, afirma.

Fonte: Erika Graciotto

A pesquisa mostra que empresas que possuem mais mulheres entre os colaboradores mais bem remunerados, acabam tendo mais empregados que sentem pertencer a uma organização inovadora e líder de mercado. As companhias com pelo menos um quinto das mulheres entre seus executivos apresentam 12 pontos percentuais a mais do que as demais na percepção sobre crescimento de carreira (73% contra 61%), 10 pontos percentuais a mais no sentimento de remuneração justa (62% contra 52%), além de apresentarem melhores índices de intenção de permanecer na empresa (71% contra 61%).

As empresas com um líder em diversidade (CDO), ou executivo equivalente, têm uma vantagem de 11 pontos percentuais nas questões sobre inclusão (84% favorável contra 73% favorável) em comparação com empresas sem essa função. “Empresas com executivos focados na diversidade, e com planos de ação voltados à liderança para mulheres, são vistas pelos empregados como mais eficazes em proporcionar um ambiente de trabalho inclusivo, com maior clareza sobre propósito e objetivos”, afirma Erika.

Fonte: encurtador.com.br/bijoK

Sobre a pesquisa

A análise vincula as práticas de diversidade com a opinião de 1,3 milhão de empregados entrevistados pela Willis Towers Watson, e 39 empresas participantes do Índice de Igualdade de Gênero Bloomberg 2020 (GEI). Este é o segundo ano em que a Willis Towers Watson conduz esta análise com referência cruzada de dados GEI. Os dados sobre o comportamento dos empregados são integrados aos da Bloomberg sobre programas e práticas relacionadas a gênero, que examinam as conexões entre políticas de diversidade de gênero e opinião dos empregados.

Sobre a Willis Towers Watson

A Willis Towers Watson (NASDAQ: WLTW) é uma empresa global líder em consultoria, corretagem e soluções, que auxilia os clientes ao redor do mundo a transformar risco em oportunidade para crescimento. Com origem em 1828, a Willis Towers Watson tem 45.000 colaboradores apoiando nossos clientes em mais de 140 países e mercados. Desenhamos e entregamos soluções que gerenciam riscos, otimizam benefícios, desenvolvem talentos, e expandem o poder do capital para proteger e fortalecer instituições e indivíduos. Nossa perspectiva única nos permite enxergar as conexões críticas entre talentos, ativos e ideias – a fórmula dinâmica que impulsiona o desempenho do negócio. Juntos, desbloqueamos potencial. Saiba mais em willistowerswatson.com.

Compartilhe este conteúdo:

Comunismo primitivo e a força do trabalho

Compartilhe este conteúdo:

De acordo com o Dicionário do Pensamento Marxista (2012), “comunismo primitivo” é uma expressão que se refere ao direito coletivo aos recursos básicos, a ausência de direitos básicos ou de domínio autoritário e as relações igualitárias que antecederam a exploração econômica e a sociedade de classes na história humana.

Essa forma social de produção existiu durante milênios, na vida de muitos povos, sendo a mais remota etapa de evolução da sociedade. Foi nesse período que começou o desenvolvimento da sociedade, o que para Morgan representada o estado selvagem. Nesse período os homens permaneciam nos bosques tropicais ou subtropicais e se alimentavam do que encontravam ao acaso: legumes, frutas silvestres, raízes. A variação do hábito alimentar só foi possível com o domínio do fogo, quando passaram a empregar peixes, crustáceos, moluscos e outros animais aquáticos.

Os primeiros instrumentos usados pelos homens foram o machado e pedras toscas sem polimento. A invenção da lança com ponta de pedra e, logo depois, a do arco e das flechas, permitiu-lhes procurar novo alimento: a carne dos animais. Paralelamente à procura de alimentos vegetais e à pesca, tornou-se a caça um novo meio de subsistência. Posteriormente, deu-se um passo considerável para a frente, pela introdução de instrumentos de pedra lascada, que permitiram trabalhar a madeira para construir habitações.

Dadas às condições precárias de habitabilidade e pouco domínio de tecnologia, o que criava uma vulnerabilidade em relação às forças da natureza, a população mantinha condição predominantemente nômade. Mais tarde, os homens viveram em tribos (condição possibilitada principalmente pelo domínio do fogo), o que viera a se constituir em clãs. Estes compreendiam centenas de pessoas e englobavam grandes famílias aparentadas entre si. Não havia propriedade privada dos meios de produção. A vida econômica do clã era dirigida por todos em comum, coletivamente. Tanto a caça como a pesca, como a preparação e o consumo dos alimentos, tudo se fazia em comum. Nessa sociedade não existia nem poderia existir a exploração do homem pelo homem. O trabalho era dividido entre homens e mulheres. No clã conviviam membros mais fortes e membros mais fracos, mas não existia a exploração de uns pelos outros.

Fonte: encurtador.com.br/vBHSW

O regime comunista primitivo foi, afirma Engels (1945), necessário para a sociedade humana naquela época de desenvolvimento. Numa vida isolada, dispersiva, teriam sido impossíveis a invenção e o aperfeiçoamento das armas e dos instrumentos primitivos.

Os fatores determinantes na decomposição do regime comunista primitivo foram: a domesticação dos animais e a substituição da caça pela criação, a divisão do trabalho e troca regular entre as tribos e o desenvolvimento da agricultura (primeiro a horticultura e logo depois o cultivo dos cereais).

Como consequência do desenvolvimento de todos os ramos da produção (gado, agricultura, serviços manuais), a força “trabalho humano” foi se tornando capaz de criar mais produtos do que os necessários para o sustento de cada produtor. O desejo de produtividade maior fez com que aumentassem, ao mesmo tempo, a soma de trabalho quotidiano que correspondia a cada membro de clã, a cada comunidade doméstica ou família isolada. A ambição estimulou a procura de novas “forças de trabalho” e a guerra as forneceu: os prisioneiros foram transformados em escravos. Aumentando a produtividade do trabalho, por conseguinte, dando origem à riqueza; estendendo-se o campo da produção, a primeira grande divisão do trabalho, por força mesmo das condições históricas determinaria necessariamente a escravidão, para fazer face a tal produção. Da primeira divisão social do trabalho nasceu a primeira grande divisão da sociedade em duas classes: senhores e escravos, exploradores e explorados (ENGELS, 1964).

Segundo Lessa & Tonet (2011), com o desenvolvimento das forças produtivas somos levados surgimento da propriedade privada, da família patriarcal e do Estado (reprodução que pode ocorrer com base na exploração do homem pelo homem), a organização da produção e de toda a vida social era a tarefa histórica da classe dominante de cada período. O autor ainda destaca que “para possibilitar essa exploração dos trabalhadores pela classe dominante, foi necessária a criação de novos complexos sociais. Entre estes, os mais importantes foram o Estado e o Direito” (2011, p. 54).

Assim, na perspectiva do materialismo histórico dialético, o Estado se configura como a organização da classe dominante em poder político. Tal poder apenas pode existir apoiando-se em um conjunto de instrumentos repressivos (exército, polícia, sistema penitenciário, funcionalismo público, leis etc.). Independentemente da forma que ele assuma e das formas de exercer o poder, segundo Marx, o Estado é, essencialmente, um instrumento de dominação de classe. Vale notar que, na comunidade primitiva, também existia a autoridade, mas não existia o Estado. Nela, a autoridade, baseada na idade, na sabedoria, na experiência de vida, nos dotes físicos etc. não estava a serviço da exploração do homem pelo homem, ao contrário das sociedades de classes, nas quais a autoridade tem por função social o domínio de uma parte da sociedade sobre outra (LESSA & TONET, 2011).

Fonte: encurtador.com.br/frvQ0

Referências

BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Marxista. Disponível em: http://sociologial.dominiotemporario.com/doc/DICIONARIO_DO_PENSAMENTO_MARXISTA_TOM_BOTTOMORE.pdf. Acessado em: 10 de outubro de 2017. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2012.

ENGELS, Friedrich; et al..  Introdução ao Estudo do Marxismo. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/estudo/index.htm. Acessado em: 10 de outubro de 2017. Editorial Calvino Ltda, Rio de Janeiro, 1945.

______. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/marx/1884/origem/index.htm. Acessado em: 10 de outubro de 2017. Editorial Vitória Ltda., Rio de Janeiro, 1964.

KIRCHHEIN, Augusto Frederico. Estado Moderno: o poder organizado sob o domínio da lei. In: Fundamentos da Ciência Política. Canoas-RS: ULBRA EAD, 2017. (Material didático para o curso de Ciências Sociais a distância).

LESSA, Sergio; TONET, Ivo. Introdução à filosofia de Marx. São Paulo: Expressão Popular, 2011.

Compartilhe este conteúdo:

A importância da inclusão no mercado de trabalho

Compartilhe este conteúdo:

Falar sobre inclusão nas empresas nos dias de hoje, pode parecer algo muito simples. Porém, não é algo tão fácil assim. Quando falamos sobre inclusão não falamos apenas das cotas que as empresas precisam, por lei, preencher para pessoas Portadoras de Necessidades Especiais.

Quando faço consultorias e ministro minhas aulas, questiono se a empresa possui ou não estrutura de pessoal e física também para fazê-lo. Pois, somente contratar não quer dizer que sendo feito realmente o trabalho de inclusão. É importante incluir verdadeiramente e fazer com que a sociedade, como um todo, respeite e saiba que essas pessoas são muito capazes.

Fonte: https://bit.ly/2DHvmsx

Inclusão é bonito de se falar. Mas hoje ainda é pouco falada e debatida nas empresas. Hoje, muitos profissionais ainda possuem dificuldades e estão às cegas nesta questão.

A questão de inclusão de forma verdadeira é um outro ponto que podemos e devemos começar a falar e discutir nas empresas, em congressos, em sala de aula. Em minha monografia de MBA falei sobre o ” Preconceito e o Racismo nos Processos de Recrutamento e Seleção”. Sim, isso existe e é muito triste.

Fonte: https://bit.ly/2xYcteL

Na época em que fiz este trabalho, estava acontecendo das pessoas processarem empresas por conta de não terem passado no processo seletivo. Lembro que algumas pessoas descobriram que não passaram na entrevista por conta de serem obesas, negras, homossexuais e não por uma lacuna a ser preenchida em alguma competência técnica para a vaga. Isso deve ser debatido por nós.

Assim acontece com outras situações. Uma empresa deseja uma recepcionista. Mas ela não pode pelo fato de ser negra, moradora de comunidade, ter cabelo afro. Mas será que fazem essas solicitações nas requisições de vagas? Fazem, infelizmente. Já passei por situações assim. Em que até o número da roupa da pessoa era solicitado. Felizmente, consegui mostrar que isso não era interessante no processo. E em processo algum.

Fonte: https://bit.ly/2Radzga

Quando falamos de inclusão precisamos rever nossos conceitos e nos despirmos de muitas questões. Precisamos trabalhar com Recursos Humanos. Fazer com que a empresa entenda que hoje contratamos talentos e que a marca da instituição precisa ser trabalhada de forma verdadeira para o mercado de trabalho e para seus colaboradores.

Empresa que deseja crescer, ter visibilidade, produção e colaborador satisfeito precisa entender que, hoje, vivemos em outros tempos. Essas pessoas, antes à margem da sociedade, estão ocupando espaços e devem ser respeitadas e possuem grande capacidade. Devemos sempre contextualizar, explicar a vaga, falar de forma clara. Para nosso candidato e, também, para o nosso cliente (externo ou interno).

Drumond Assessoria de Comunicação

Site: http://imagemdevalor.info/

Redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/drumondcom

Twitter: https://twitter.com/DrumondAC

Instagram: https://www.instagram.com/drumondac

Compartilhe este conteúdo:

O Endomarketing na produção da Sustentabilidade Ambiental em empresas

Compartilhe este conteúdo:

Não é atual a preocupação acerca da preservação ambiental, no entanto, é absolutamente perceptível o crescente número de propagandas nas mídias de massa, ações voluntárias e/ou mutirões que chamem a atenção para a questão ambiental. Nesta maratona, as empresas também voltaram seus olhos para esta demanda, utilizando de estratégias cada vez mais sustentáveis e vendendo ideias econômicas para seus clientes e, é claro, para seus funcionários. Ora, para convencer os consumidores, é preciso contar com o apoio de seus próprios integrantes e, para isto, estes também devem comprar a ideia.

 

 

O que é o marketing ambiental?

Para Melo e Campos (2009), o marketing ambiental é voltado para a venda da ideia ou cultura sustentável da empresa através de mensagens sustentáveis e os benefícios decorrentes do uso de determinado produto ou serviço de caráter sustentável. A aplicabilidade do endomarketing visando a conscientização ambiental está voltada para a disseminação de uma cultura interna das empresas que produza estratégias que reduzam o desperdício e gerem educação ambiental. “Enfim, o endomarketing busca trabalhar de forma eficaz atos que necessitam de informação para se concretizarem” (MELO; CAMPOS, 2009).

Por que as empresas utilizam-se de estratégias para promover a sustentabilidade ambiental?

Conforme a Lei Nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que possui em seu Capítulo I, do Objetivo e do Campo de Aplicação:

§ 1º Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos (Presidência da República, Casa Civil, 2010).

Por definição, entende-se por lei que os geradores de resíduos sólidos são aqueles que gerem resíduos sólidos por meio de suas atividades, incluindo o consumo, e seu gerenciamento se dá através do conjunto de ações que incluem a coleta, o transporte, tratamento e destinação final dos rejeitos, de acordo com o plano de gerenciamento de resíduos sólidos exigidos nesta mesma lei. Vale mencionar ainda a definição de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, citado na mesma lei, que diz:

[…] conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta lei (Presidência da República, Casa Civil, 2010).

 

O que é o endomarketing?

Segundo definição de Bekin (2005) o endomarketing “é o marketing voltado para dentro das organizações, o qual auxilia a venda não somente de produtos e serviços oferecidos pela empresa ao primeiro cliente – o empregado, como também a venda da cultura, objetivos e metas” (apud MELO; CAMPOS, 2009). Desta forma, este pode ser meio, também, de divulgação de ideias sustentáveis e conscientização ambiental dentro da empresa, utilizando-se de simples argumentos como, por exemplo, a redução de desperdícios dos recursos físicos oferecidos aos funcionários, como papel, luz elétrica, água. Podemos inferir, pois, que “vender” um produto ou ideia para os próprios funcionários é tão ou quanto mais importante quanto vendê-lo para o cliente externo.

O endomarketing vem a ser uma estratégia muito válida ao pensarmos que o ambiente de trabalho, no caso da maior parte da população, torna-se o local onde passamos a maior parte de nosso tempo, e é também o lócus de produção dos nossos valores enquanto cidadãos. Conforme elucidado por Brum (2000), “sempre que uma empresa começa a fazer endomarketing, deve colocar-se diante do empregado da maneira como ambiciona ser percebida por ele” (apud MELO; CAMPOS, 2009).

 

 

Como o endomarketing pode ser trabalhado nas empresas?

Orientar quanto à compatibilidade dos processos produtivos da empresa, aplicar campanhas institucionais com destaque a ações de conservação e preservação da natureza, disponibilizar materiais informativos que demonstrem o empenho e compromisso empresarial com a área ambiental (MELO; CAMPOS, 2009).

Desde ferramentas de divulgação como, por exemplo, a utilização do e-mail corporativo para enviar a todos os integrantes mensagens ambientais, além de não gerar desperdícios (no caso de divulgação em panfletos impressos), é útil na ocupação das turbulentas atividades cotidianas, a estratégias mais criativas e dinâmicas, tais como intervenções em forma de teatro. A fim de exemplificar, podemos citar a empresa de saneamento do Estado do Tocantins, a Foz Saneatins, que realiza os Diálogos Diários de Segurança (DDS’s), e neste espaço os integrantes abrangem diversos temas pertinentes ao ambiente de trabalho, dentre eles a preocupação com a sustentabilidade ambiental.

Em entrevista com Diogo (segunda-feira vou procurar saber o sobrenome dele e demais informações), responsável socioambiental da empresa FOZ Saneatins, do grupo Odebrecht Ambiental, ao ser perguntado sobre a preocupação da empresa com o meio ambiente: “A Foz Saneatins preocupa-se em dar a destinação ambientalmente correta aos resíduos aqui produzidos. Encaminhamos o que pode ser reciclado para a empresa de reciclagem parceira.” Outrossim, podemos exemplificar esta preocupação com uso do e-mail corporativo como ferramenta de divulgação de mensagens com caráter sustentável, a fim de produzir a educação ambiental de seus funcionários.

 

 

 

E o que é a educação ambiental?

Desde a criação da lei Nº 9.795 de 1999, a educação ambiental tornou-se exponencialmente um elemento crucial na educação de forma geral.

Educar tem por caráter geral a definição de ser a partilha do conhecimento com o propósito que o recebedor ou educando aplique este conhecimento na vida real como forma de progressão da humanidade, de modo a melhorar a sociedade através do desenvolvimento do ser humano (MELO; CAMPOS, 2009).

 

Através da educação ambiental busca-se tornar o ser humano como responsável direto na preservação do meio ambiente, tornando-o parte deste. Objetiva promover uma reflexão nos indivíduos, levando-o a repensar conceitos e comportamentos destrutivos que ocasionam os desastres “naturais” que, na verdade, são consequência da ação humana. A lei supracitada institui, ainda, em seu Capítulo I:

V – às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente (Presidência da República, Casa Civil, 1999).

Em suma, entende-se que a preservação ambiental é responsabilidade de todos, pessoa física ou jurídica, e cabe às empresas a educação ambiental de seus funcionários através de estratégias criativas e interessantes, que despertem a atenção para a importância de realizar a coleta seletiva, bem como a destinação correta dos resíduos sólidos produzidos no ambiente de trabalho, visto que deve ser o lócus de disseminação de determinadas práticas cruciais para nossa sobrevivência, enquanto espécie pertencente à natureza, haja vista o tempo que nos dedicamos ao labor para proporcionar bens à nossa família. A proposta é, pois, chamar a atenção para a importância do endomarketing no trabalho como ferramenta para mudança de hábitos e conscientização ambiental, bem como educar os funcionários das maneiras corretas de servir a este fim.

 

Para saber mais:

MELO, J. G.; CAMPOS, I. S. Conscientização Ambiental nas Empresas através do Uso do Endomarketing.

PLANALTO, Presidência da República, Casa Civil. Lei Nº 12.305 Política Nacional de Resíduos Sólidos. 2 de agosto de 2010.

PLANALTO, Presidência da República, Casa Civil. Lei Nº 9.795 Política Nacional de Educação Ambiental. 12 de fevereiro de 1999.

Compartilhe este conteúdo: