Coletivo Junguiano promove palestra sobre “Separação amorosa e Individuação”

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18O coletivo Quíron promoverá uma palestra aberta ao público com o tema: Separação amorosa e individuação. O evento será no dia 27/09/2022 às 20h. A palestrante convidada é a Psicóloga Silvana Parisi. Silvana é formada em psicologia pela PUC/SP e é mestre e doutora em Psicologia escolar e do desenvolvimento humano pela USP. É candidata a membro do IJUSP, vinculado à AJB e à IAAP. Supervisora clínica e profa. de pós-graduação Latu Sensu em Psicoterapia Junguiana na UNIP. Autora do livro: “Amor e separação: reencontro com a alma feminina”.

As inscrições ocorrem pelo link no formulário do Google Forms. Os interessados podem se inscrever no link: https://forms.gle/4rdPbDTSXQGb6J6Z6. O evento terá Certificação pelo Ceulp/Ulbra e o mesmo será gratuito. O link será enviado no dia do evento, por e-mail.

O Quíron – Coletivo Junguiano do Tocantins, é formado por alunos de Psicologia do Ceulp/Ulbra e egressos de Psicologia da Ulbra e de outras instituições adeptos da abordagem junguiana. No momento, é composto por cerca de 30 integrantes (entre alunos e psicólogos). Realiza atividades semanais, como grupos de estudos sobre as obras junguianas históricas e atuais, além de palestras e mesas-redondas. As palestras e grupos de estudos do Quíron são abertas e gratuitas, e recebem em média 150 pessoas por evento. O objetivo do coletivo é ser referência estadual nos estudos e produção de pesquisa científica tendo como base a Psicologia Analítica/Junguiana.

O coletivo Quíron mantém uma parceria com o curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, rede de livrarias Leitura, Editora Vozes (RJ) e alunos do Instituto de Psicologia Social da USP (IPUSP), além de professores do IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa – SP), e professores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Analítica da UNIP (Universidade Paulista).

As atividades do Quíron são realizadas a partir de mediações rotativas, em que cada integrante tem uma função no coletivo. Além dos parceiros supracitados, está em andamento a efetivação de novas parcerias, sobretudo com professores de Psicologia Analítica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

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Reinventando no Caminho… 2

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No mundo real, somos preparados para viver com os pais até certa idade e depois tomar asas e voar rumo ao seu destino, porém é confortante saber que se tem para onde voltar caso necessário. Assim vivi por 15 anos da minha caminhada neste mundo.

Indo e vindo, bebendo da água da sabedoria de meus pais, abastecendo-me para seguir em frente novamente. Até que, ao ser tomada de susto, percebo que não tenho mais um ninho pra onde voltar… e agora, o que fazer?

Desesperar-me? Desistir? Fugir para uma aldeia longínqua?

Não eram as opções viáveis…

Fonte: encurtador.com.br/eFGTX

A única coisa possível a se fazer naquele momento era novamente me reinventar. Sem o conforto do lar paterno, sem um ombro pra me apoiar, tive que vivenciar o luto pela perda dos pais, administrar a vida que agora se descortinava sabendo que dali para frente não teria mais como voltar para casa.

O único recurso era criar meu próprio lar. Minha casa de passagem. Meu espaço de consolo. Juntei as forças novamente na reconstrução da vida solitária, porém desejosa de fazer dela celebres encontros, novas amizades, novos convívios, novos amores, novo futuro, novo presente.

Carpe Diem.

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Museu da República recebe Encontro de Poetas da Língua Portuguesa

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EPLP chega a sua quinta edição com antologia comemorativa

A poesia celebra mais uma vez a língua portuguesa. A partir do dia 31 de agosto, será realizada a quinta edição do Encontro de Poetas da Língua Portuguesa (V EPLP). A abertura do evento será no Museu da República – Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Depois do Rio, as cidades de Olinda, Recife, Lisboa (Portugal) e Luanda (Angola) sediarão a edição. O evento é gratuito,aberto ao público e com classificação livre.

Segundo Mariza Sorriso, poeta e organizadora da iniciativa, o projeto, que teve seu princípio em 2013, visa integrar e reunir anualmente poetas de todos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), além de dar a conhecer a arte e a cultura de todo o mundo lusófono.

Fonte: https://goo.gl/SegE8k

Atividades

A abertura acontecerá no auditório do Palácio do Catete, a partir das 10h, no dia 31 de agosto. A programação da tarde vai contar com passeio literário guiado com visita à Associação Brasileira de Letras (ABL), Biblioteca Nacional e Real Gabinete Português de Leitura entre outros locais relevantes para a cultura.

No dia seguinte, 1º de setembro, será apresentada a palestra ‘A importância da integração dos poetas de língua portuguesa para a literatura’ pelo prof. Luiz Otávio Oliani. À tarde, haverá o lançamento da antologia comemorativa do encontro, intitulada ‘A Poesia do Fado e dos Tambores’ (Dowslley Editora).

– Apresentamos o fado representando o colonizador e os tambores as ex-colônias de Portugal. Ao todo, são 273 poemas de 135 poetas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – explica Mariza.

A mentora do encontro comenta também que o livro evidencia a diversidade cultural que compõe os países lusófonos e reforça ainda mais os laços. “Os ‘sentires poéticos’ cumprem o papel de profetizar a história e traduzir a sensibilidade humana”.

– Na edição deste ano, reverenciamos alguns poetas consagrados em cada país sede de realização do EPLP, pela sua contribuição à cultura lusófona. Homenageamos os brasileiros Gonçalves Dias e Castro Alves, a portuguesa Fernanda de Castro e o angolano A. Agostinho Neto – declara a mentora do projeto.

Mariza destaca ainda que o desejo é integrar o maior número de poetas lusófonos, incluindo alguns que, por questões socioeconômicas, não teriam chance de serem ouvidos ou lidos. “Por isso, unimos poetas das mais variadas idades e níveis de vivência poética, renomados e premiados, ao lado de estreantes na poesia”.

Fonte: https://goo.gl/vnRwPp

Programação nacional e internacional

Depois do Rio, em setembro, nos dias 14 e 15, quem recebe o projeto são as cidades de Olinda, no Artes & Serenatas, e em Recife, no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco.

Em seguida, os poetas se encontram em Lisboa (PT), que conta com ampla programação entre os dias 19 e 21, culminando, no dia 22, com a cerimônia na Biblioteca do Museu Nacional do Desporto-IPDJ. E, por último, o evento acontece em Luanda (Angola), nos dias 28 e 29, no Instituto Camões e no Memorial António Agostinho Neto (MANN).

 

Serviço:

Inscrições pelo e-mail 

Certificado de participação somente para poetas, professores e estudantes de letras.

Prazo até dia 26 de agosto

Grátis e Aberto ao Público

Classificação: Livre

Museu da República

Sexta-feira dia 31.08.18

De 10h – abertura do evento – Museu da República

Das 10h30 às 12h – sarau com convidados

Às 13h – Pausa para o almoço

Às 14hs – início do circuito literário guiado nos principais pontos da literatura e poesia do Rio de Janeiro (ABL, Gabinete Português de Leitura, Colombo, Biblioteca Nacional). Saída a partir da Confeitaria Itajaí, centro do Rio.

 

Sábado – Dia 01.09

De 10h às 12h – Atividades culturais e palestras

De 12h às 13h30 – pausa para o almoço

A partir das 14h – Apresentação dos poetas e lançamento da antologia comemorativa

Às 17h – Apresentação musical de ritmos lusófonos

Às 18h – Confraternização e encerramento do evento

 

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Encontros & Desencontros: a melancolia e a fragmentação de ser adulto na contemporaneidade

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O segundo filme de Sofia Coppola continua a explorar os meandros dos espaços infinitos que não permitem a aproximação e a completude das pessoas com elas próprias e com aqueles que as cercam. Depois da sensação de deslocamento e insegurança vista pelos olhos das adolescentes Lisbon, em Virgens Suicidas, agora temos como acréscimo a melancolia constante e o sentimento de fragmentação do adulto contemporâneo em Encontros e Desencontros.

 O filme estende as questões sobre a existência humana e parece brincar com elas, porque, independente de sermos jovens ou adultos, permanecemos com os mesmos medos e inseguranças, a diferença é que em uma fase temos todos os sonhos e esperanças que o mundo comporta e na outra só resta o pragmatismo contemporâneo para justificar a existência humana. Pode haver razões para a irracionalidade dos exageros e arroubos das emoções juvenis, no entanto, o amadurecimento do ser humano surge imposto em sua existência, lhe cobrando, muitas vezes, ações incongruentes com suas experiências… não lhe permitindo, simplesmente, experimentar essa vida em todas as suas possibilidades.

A história segue Bob Harris (Bill Murray), decadente ator que está gravando um comercial em Tókio e seu encontro com Charlotte (Scarlet Johansson), jovem recém-casada, negligenciada pelo companheiro, um fotógrafo workaholic. São estrangeiros em um país onde tudo que os cercam não reflete nem o seu exterior e, tão pouco, seu interior. Quando não obtemos eco do ambiente onde estamos, começamos a procurar segurança nas nossas lembranças e pensamentos. No entanto, se este é frágil, surge a insegurança, o medo e a questão: quem sou eu? O que estou fazendo da minha vida?

Bob, Bill Murray surpreendentemente sincero e frágil, não está somente deslocado externamente; o incômodo “interno” é visível em seu intenso olhar, uma mistura de insegurança e procura infantil. Nos primeiros minutos do filme, seus olhos cansados parecem buscar algo que perdeu em algum lugar ou tempo e seu semblante triste é de alguém que não tem esperanças em encontrar “isto” novamente, seus “anos dourados” estão distantes – e o seu emprego o lembra disso constantemente – e agora só existe a melancolia negra e profunda da espera do inevitável.

Já a solidão de Charlotte está na firmação do que construiu até aquele momento em sua vida, resultando no seu precoce casamento. Seus sonhos, desejos e até sua própria personalidade parecem não ter muito valor para o seu companheiro. Então o que vale realmente a pena? Ela está naquela bifurcação da vida onde suas escolhas moldarão o rosto que ela irá encarar todos os dias no espelho – pode ser de alegria, de satisfação, de fracasso ou de tristeza. Em ambos os casos, de Bob e Charlotte, existe uma necessidade latente de “se encontrarem”, mas essa percepção só será possível se ambos forem “encontrados” ou percebidos na sua verdadeira existência, sem máscaras. E em um cenário totalmente estranho, é mais fácil, em toda a sua fragilidade, alguém olhar para você, sem as máscaras de pai, marido ou esposa dedicada; sem essa “vestimenta”, o que resta para explorar é só a essência.

Os dois, apesar de casados, são solitários e seus relacionamentos são mais sociais que sentimentais – em que pese o tempo e o comodismo no que se refere ao casamento de Bob e as expectativas e o medo de fracasso no de Charlotte. Mas basta um momento onde as armaduras estão recolhidas, um estado de presença, sem palavras, na sutileza e a sensibilidade de um verdadeiro olhar, para eles se “perceberem”, no sentido figurado ou literal da expressão. Isso tudo sem apresentações e formalidades, só a naturalidade e a honestidade que surgem inerentemente de uma boa companhia, tão rara nos nossos dias.

Este elo forte entre Bob e Charlote é uma resposta à necessidade de uma conexão verdadeira e única que as pessoas procuram. E em um país estrangeiro esse sentimento pode ser ainda mais forte. Há, com isso, a percepção de que as pessoas que deveriam se importar, escutar e apoiar você – no caso de Charlotte há o marido e a irmã; e, no caso de Bob, a esposa – não atendem às expectativas, e quando tentam não se dão ao trabalho de entender ou simplesmente ouvir… só resta o julgamento e a incompreensão. Então, o sentimento interno é de realmente estar falando outra língua. É doloroso quando, ao telefone, a mulher de Bob indaga a ele – “eu preciso me preocupar com você?”, e ele responde – “só se você quiser”; resumindo, o relacionamento deles toma forma na praticidade de uma escolha, como o tipo de carpete do escritório – mais fácil essa decisão ao invés de procurar entender o comportamento de quem está do seu lado. No entanto,  é uma escolha o modo como construímos as relações e as mantemos.

No outro extremo, Charlote busca de todas as formas entender o que está acontecendo com seu casamento e um dos conselhos que ouve é de um “guru” de auto-ajuda que justifica os acontecimentos a nossa volta com um determinismo conformista, onde, segundo ele, a vida teria sido planejada anteriormente em outro plano. Este pensamento é momentaneamente acalentador por não apontar culpados e nem exigir uma ação de mudança. Mais à frente, em sua prática de Ikebana, ela encontra a resposta que procurava e sua maior lição: no final, é você que decide como “construir” tudo; a beleza está em pensar na melhor maneira de encaixar as peças, com paciência e coerência, para que o resultado seja o mais perto que você conscientemente buscou, mas sempre unindo sua sensibilidade com sua racionalidade.

Quando os dois personagens colocam em cheque suas experiências, é perceptível que ambos começam a caminhar para um estado de sujeitos de ação. Bob, na sua maturidade e amargura, diz – “Quanto mais você sabe quem você é e o que você quer, menos deixa que as coisas o perturbem”, e ela na sua insegurança e sabedoria responde – “Mas eu não sei quem eu sou”. Quando Bob definiu sua personalidade, ele colocou muros à sua volta, não permitindo a possibilidade que houvesse mudanças em sua personalidade. É como se tornar cobaia de algum experimento de Pavlov, sempre respondendo aos mesmos estímulos até a morte. Charlotte, desde o início, é inconformista, ainda existe aquela fagulha de esperança que a coloca em movimento e, conseqüentemente, tem forças para tirar ela e Bob do estado letárgico.

Ao final percebe-se a diferença no semblante de Bob, seu ar de satisfação não por ter tido aquela experiência, mas por permitir-se vivê-la. A última cena de intimidade de ambos, abraçados no meio da multidão, com o primeiro beijo e palavras ditas no pé do ouvido – onde só eles sabem o que foi dito, em uma escolha sábia da diretora – é um grande modelo do amor moderno. É esse o recado que Sofia Coppola deixa, com um pouco mais de esperança que em Virgens Suicidas… a vida é como uma ikebana. Outra pessoa que olhar vai enxergar algo estranho, meio sem nexo, uns vão achar bonito e muitos outros vão julgá-lo feio e desengonçado, mas só quem montou sabe como foi difícil harmonizar os detalhes e deixar todo o conjunto belo no final. Talvez, com sorte, alguém olhe para o que você construiu, pare e tenha o mesmo sentimento de completude e compreensão, e a mensagem que Encontro e Desencontros deixa é que sempre tem, é só dar uma olhada mais cuidadosa à volta.


FICHA TÉCNICA DO FILME

ENCONTROS & DESENCONTROS

Título Original: Lost In Translation
Gênero: Drama
Direção e Roteiro: Sofia Coppola
Elenco: Bill Murray, Scarlett Johansson, Giovanni Ribisi, Anna Faris
Produção: Sofia Coppola & Ross Katz
Fotografia: Lance Acord
Lançamento no Brasil:  23 de Janeiro de 2004
Duração: 101 minutos

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