Desafios da formação em ensino superior na rede de ensino pública

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O ato de aprender carrega singularidades e desafios que devem ser considerados no processo de formação, aspectos econômicos, sociais, culturais e geográficos são alguns dos elementos que podem estar diretamente associados ao nível de escolaridade alçado e à valorização da formação acadêmica como estratégia de superação da realidade. Fica a pergunta: como se formar em meio a tantos desafios?

Em prol dessa escuta e da compreensão da realidade atual, o (En)Cena convidou diferentes estudantes, da rede pública e privada para falarem sobre os desafios da formação acadêmica no Brasil. Nesta série de entrevistas eles falam sobre trajetória acadêmica, os aprendizados e os desafios que ainda precisam ser superados. As narrativas nos mostram o cenário atual de precarização não só das estruturas de formação, mas também do baixo índice de criticidade e autonomia dos alunos sobre seu processo de formação. Precisamos (re) aprender a aprender.

Visando preservar a identidade de nossos convidados e pensando na potência do ato de aprender livre de pressões institucionais, optamos por manter em sigilo o nome de todos os entrevistados e das instituições de ensino. Entendemos que suas falas alcançam, contemplam e priorizam, ainda que de modo particular, estudantes da rede pública e privada de nosso país.

A entrevistada de hoje cursa Pedagogia, no estado do Tocantins. De forma clara, a mesma relatou abertamente sobre a sua trajetória até a graduação. Percebe-se a importância que a estudante atribui ao ensino, mas também deixa claro que existem pontos negativos, que podem afetar diretamente na saúde dos estudantes.

Segue a entrevista na íntegra abaixo:

(En)Cena: Qual a importância da graduação na sua vida?

Estudante: Eu considero uma vitória, pois na minha casa estou sendo a primeira a fazer uma graduação, meus pais não tiveram essa oportunidade e eles me apoiam e celebram muito a cada semestre graduado. Além de uma realização pessoal, sei do valor que há um curso de nível superior nesse processo de competitividade no mercado de trabalho. Quero ocupar um espaço onde profissionalmente eu me sinta preparada para exercê-lo e também dê continuidade a formação após esse ciclo atual.

(En)Cena: Como você acha que a universidade te auxilia para alcançar seus objetivos de vida?

Estudante: Acredito que o conhecimento abre portas e nos conduz aos lugares que almejamos, entendo que a faculdade seja uma facilitadora, um “degrau”  para o futuro que desejo, então, sim, a universidade me auxilia nesse processo de conquista pessoal..

(En)Cena: O que você acha do modelo de ensino vigente?

Estudante: Acho que poderia ser melhor, no sentido de ser mais dinâmico e prático, acredito  também que tem outras maneiras de “medir” o aprendizado de alguém sem necessariamente fazer uma prova para isso. Tenho aprendido sobre isso nesse processo de formação com professores que estabelecem uma prática para além daquilo que é o comum e esperado, e isso me inspira como futura profissional na área da educação. O modelo pode e precisa ser expandido, e isso não invalida o processo, pelo contrário, enriquece-o.

(En)Cena: Você enxerga o contexto acadêmico como inclusivo?

Estudante: Sendo sincera, poderia ser bem melhor, ainda existe um grande desequilíbrio a respeito de quem consegue ter acesso a universidade comparado aqueles que não conseguem entrar por vários fatores e contextos, é visível a “desigualdade” nesse sentido, e quando se consegue essa inserção ainda há inúmeros desafios desde a pessoas que portam alguma necessidade específica a também os universitários que não possuem condições econômicas mínimas para que dêem continuidade ao processo de graduação..

(En)Cena: Você acha que a universidade pode afetar a saúde mental dos estudantes?

Estudante: Sim, particularmente já vivi algumas situações não tão legais, com professores que acabam sendo bem autoritários e tem a questão do excesso de atividades, esses pontos acabam gerando um desgaste emocional e mental.

(En)Cena: Como foi seu trajeto até chegar na Graduação?

Estudante: Eu estudei em escola pública a vida inteira, tive inúmeras experiências boas e também ruins, algumas dessas experiências foram limitantes,  mas também tiveram aquelas que foram potencialmente validantes, e quando chegou a hora de pensar em ingressar no Ensino Superior eu me vi diante de algumas opções de instituição de ensino e entendi que antes de pensar em qual entrar eu precisava me preparar muito para o ENEM,  realmente tinha a necessidade de passar numa faculdade pública ou conseguir alguma bolsa, se fosse de outra forma não conseguiria estar na graduação no momento, foi um desafio, está sendo um desafio, mas olho para todo esse trajeto e celebro, pois apesar de tudo o ensino público nos oportuniza espaços em lugares onde podemos sim realizar nossos sonhos.

(En)Cena: Há algum ensinamento que você aprendeu em sala de aula e que leva para vida?

Estudante: Sem dúvidas, aprendi muito sobre perseverança, sobre acreditar em mim, e sobre respeito a mim e aos meus limites, como também aprendi e aprendo sobre respeito ao outro e sua história de vida e particularidades no processo. Entendo que esse entendimento supera qualquer um outro, pois é onde baseiam os demais saberes, precisamos olhar para quem éramos, quem somos, e quem desejamos ser, e isso precisa passar também pelo próximo. O mercado de trabalho precisa ser pautado pela ética profissional, e isso é possível quando me vejo e enxergo o outro como um ser humano em seu processo de contínua formação.

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Desafios da formação em ensino superior na rede de ensino privada

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O ato de aprender carrega singularidades e desafios que devem ser considerados no processo de formação, aspectos econômicos, sociais, culturais e geográficos são alguns dos elementos que podem estar diretamente associados ao nível de escolaridade alçado e à valorização da formação acadêmica como estratégia de superação da realidade. Fica a pergunta: como se formar em meio a tantos desafios?

Em prol dessa escuta e da compreensão da realidade atual, o (En)Cena convidou diferentes estudantes, da rede pública e privada para falarem sobre os desafios da formação acadêmica no Brasil. Nesta série de entrevistas eles falam sobre trajetória acadêmica, os aprendizados e os desafios que ainda precisam ser superados. As narrativas nos mostram o cenário atual de precarização não só das estruturas de formação, mas também do baixo índice de criticidade e autonomia dos alunos sobre seu processo de formação. Precisamos (re) aprender a aprender.

Visando preservar a identidade de nossos convidados e pensando na potência do ato de aprender livre de pressões institucionais, optamos por manter em sigilo o nome de todos os entrevistados e das instituições de ensino. Entendemos que suas falas alcançam, contemplam e priorizam, ainda que de modo particular, estudantes da rede pública e privada de nosso país.

A entrevistada de hoje cursa Psicologia na rede privada, em uma instituição situada no estado do Paraná. De forma clara, a mesma relatou abertamente sobre a sua trajetória até a graduação. Percebe-se a importância que a estudante atribui ao ensino, mas também deixa claro que existem pontos negativos, que podem afetar diretamente na saúde dos estudantes.

Segue a entrevista na íntegra abaixo:

(En)Cena: Qual a importância da graduação na sua vida?

Resposta: Primária, a graduação é meu foco principal atualmente.

(En)Cena: Como você acha que a universidade te auxilia para alcançar seus objetivos de vida?

Resposta: Sem a faculdade eu não conseguiria realizar o sonho de me tornar psicóloga, pois só se pode  atender pacientes em clínica com domínio técnico e claro, o número no Conselho Regional. Portanto, a faculdade é o principal passo para que eu consiga atingir minhas metas profissionais.

(En)Cena: O que você acha do modelo de ensino vigente?

Resposta: Necessita de mudanças. A graduação de psicologia no Brasil ainda é atrasada em comparação aos outros países (especialmente EUA, Canadá e Inglaterra). Temos aqui uma grade horária antiga e que não recebe a atualização que deveria.

(En)Cena: Você enxerga o contexto acadêmico como inclusivo?

Resposta: Para pessoas privilegiadas socialmente, sem dúvida. Mas para aqueles que fazem parte de uma minoria, infelizmente a faculdade é um ambiente exclusivo, hierárquico e intelectualizado.

(En)Cena: Você acha que a universidade pode afetar a saúde mental dos estudantes?

Resposta: Sem dúvidas. Considerando a faculdade como algo que toma a maior parte da vida dos graduandos, seria impossível ela não afetar diretamente a saúde mental deles. Em cursos com carga horária alta e exigências desumanas, muitos estudantes sofrem com problemas sérios de saúde mental.

(En)Cena: Como foi seu trajeto até chegar na universidade?

Resposta: Fiz parte do ensino médio num intercâmbio nos EUA, depois voltei e finalizei o 3ao aqui no Brasil. No outro ano eu fiz cursinho e aí entrei na graduação com 18 anos.

(En)Cena: Há algum ensinamento que você aprendeu em sala de aula e que leva para vida?

Resposta: Seja sempre humilde. Independente do nível de conhecimento que você adquirir, mantenha a humildade e a compaixão pelas pessoas. Ajude as pessoas através do conhecimento que você tem.

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Desafios da formação em mestrado na rede de ensino pública

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O ato de aprender carrega singularidades e desafios que devem ser considerados no processo de formação, aspectos econômicos, sociais, culturais e geográficos são alguns dos elementos que podem estar diretamente associados ao nível de escolaridade alçado e à valorização da formação acadêmica como estratégia de superação da realidade. Fica a pergunta: como se formar em meio a tantos desafios?

Em prol dessa escuta e da compreensão da realidade atual, o (En)Cena convidou diferentes estudantes, da rede pública e privada para falarem sobre os desafios da formação acadêmica no Brasil. Nesta série de entrevistas eles falam sobre trajetória acadêmica, os aprendizados e os desafios que ainda precisam ser superados. As narrativas nos mostram o cenário atual de precarização não só das estruturas de formação, mas também do baixo índice de criticidade e autonomia dos alunos sobre seu processo de formação. Precisamos (re)aprender a aprender.

Visando preservar a identidade de nossos convidados e pensando na potência do ato de aprender livre de pressões institucionais, optamos por manter em sigilo o nome de todos os entrevistados e das instituições de ensino. Entendemos que suas falas alcançam, contemplam e priorizam, ainda que de modo particular, estudantes da rede pública e privada de nosso país.

O entrevistado nessa oportunidade é um estudante de Mestrado da  Rede Pública onde o mesmo conta um pouco do seu trajeto até o mestrado, pontuando a formação atual como uma oportunidade não só de apenas mais um passo dado, mas relata sobre a satisfação pessoal na área da pesquisa e no quanto isso pode facilitar outros estudantes em seus processos. Essa é uma entrevista rica de experiências que vale a pena conferir.

Segue a entrevista na íntegra abaixo:

(En)Cena: Qual a importância da graduação na sua vida?

Estudante: Eu vejo a pós-graduação por dois lados: no primeiro, ela é importante pois é um dos passos na carreira acadêmica que desejo prosseguir, enquanto consigo trabalhar na minha área de formação e com algo que eu me interesso. Apesar de surgir dúvidas relacionadas aos próximos passos, ainda mais considerando que o trabalho de pesquisador do Brasil não é tão valorizada (ao mesmo tempo que é exigido dedicação integral, a bolsa paga pelo Estado é bem baixa e está sem reajuste a quase 10 anos), o plano de seguir no Doutorado e lecionar se mantém. Caso deseje seguir uma carreira no mercado de trabalho geral, o título oferecido pela graduação também será fundamental para me validar. Pelo segundo lado, me sinto mais útil desenvolvendo pesquisa que ajudará pessoas fora da Universidade, me faz sentir que esteja fazendo alguma diferença, e retornando ao meu país o investimento dado a mim.

(En)Cena: Como você acha que a universidade te auxilia para alcançar seus objetivos de vida?

Estudante: Agradeço muito ao meu orientador pelo suporte e confiança que ele me dá e ao meu trabalho. Considero isso um dos maiores auxílios da universidade, pois me ajuda a me organizar em alcançar meus planos futuros e também como exemplo de conduta e gerenciamento de tempo, pesquisa e networking. Obviamente, o título também auxiliaria como uma forma de validação externa da minha pesquisa para os próximos passos, porém adiciono que algumas disciplinas mudaram um pouco como eu via o fazer ciência em um modo geral, e isso é importante para ser um bom pesquisador no geral. Na graduação eu não tinha essa visão tão clara como tenho agora na pós; nunca por exemplo me passaria na cabeça que uma pesquisa que não tenha um resultado melhor do que o presente no estado da arte tem a mesma importância que uma que avance o conhecimento atual, mas saber que algo não funciona (caso ninguém nunca tenha tentado) também é importante para poupar os próximos pesquisadores da sua área.

(En)Cena: O que você acha do modelo de ensino vigente?

Estudante: Um lado bom e ruim ao mesmo tempo é que tanto para o mestrando quanto para o doutorado é comum você fazer boa parte do trabalho por si mesmo, sem cobranças cotidianas e podendo escolher o seu próprio ritmo. Por um lado bom, esse modelo de ensino no mestrado é bem mais flexível, as matérias obrigatórias ocupam bem menos tempo da semana pois seu foco deve ser justamente na defesa de que você sabe fazer uma pesquisa (a partir da minha experiência pessoal e individual). Porém, ao mesmo tempo, você fica sem guia e tem que aprender algumas coisas na base da tentativa e erro, dependente da sorte de ter um orientador mais presente ou não. Apesar de eu ter tido a sorte de ter um que caso eu queira marcar uma reunião abre um espaço na agenda para mim, já ouvi casos de mestrandos que estavam a mais de 2 meses sem conseguir se comunicar mesmo mandando e-mail e mensagens. E no mestrado, o senso de comunidade entre os discentes é bem menor do que durante a graduação, já que as pessoas com que você faz as poucas aulas necessárias estão em projetos diferentes do seu e o convívio conjunto é menor.

(En)Cena: Você enxerga o contexto acadêmico como inclusivo?

Estudante: Não. Apesar de que o ingresso na universidade em si não ser exclusiva, permitindo que pessoas das mais diversas origens possam entrar no curso, acho que falta um suporte para os alunos e um auxílio de permanência estudantil. Tive colegas de turma que por exemplo não tiveram uma base teórica e matemática forte em suas graduações, e alguns ficaram desanimados por não estarem compreendendo bem as aulas e decidiram largar o mestrado. Acho que aliado a isso, após o ingresso é comum o aluno não encontrar muito com o orientador até as disciplinas obrigatórias serem cumpridas (eu tive a sorte que tinha feito meu estágio com o meu orientador, mas vi casos de colegas que ficaram quase um ano perdidos). Acho que falta um pouco que o corpo docente entenda que às vezes a presença e auxílio são importantes para evitar a exclusão dos alunos, ainda mais para ajudar os com mais dificuldades de aprendizado, pelo menos recomendando material para estudo.

(En)Cena: Você acha que a universidade pode afetar a saúde mental dos estudantes?

Estudante: Sim, pois aliado a essa falta de acompanhamento, os prazos para entrega estão sempre como uma nuvem beirando os mestrandos, incluindo uma baixa remuneração neste conjunto de preocupações universitárias. Caso o aluno esteja com dificuldades, essa pressão constante pode até alimentar um ciclo de estar nervoso demais para produzir, porém o nervosismo vem pela falta de produção de resultados. Para alunos que conseguem trabalhar e publicar muito (como no caso de um amigo), o problema toma outra dimensão: os orientadores deles podem achar que esse ritmo é saudável e o aluno menos assertivo, e em uma relação menor de poder, acaba submetendo-se a uma carga de trabalho que ocupa até mesmo as noites e os finais de semana. A UFSCar oferece plantão psicológico até, porém acho que o horário é limitado e não daria conta caso todos os estudantes fossem atrás de tal serviço.

(En)Cena: Como foi seu trajeto até chegar na Pós Graduação?

Estudante: Após me formar no Ensino Médio, eu entrei em seguida num curso superior de 5 anos. Tive a sorte do meu eu adolescente não ter feito uma escolha fora dos meus gostos ao ponto de não ter me decepcionado com o curso em si. Apesar de ser formado em Engenharia Elétrica, consegui me manter na mesma área no mestrado (processamento de imagens digitais e visão computacional). Tive bastante dificuldade de encontrar estágio na área e o estresse gerado na época até atrapalhou no desenvolvimento do meu TCC. Assim, finalizei meu curso com 7 anos. Tive a sorte de conseguir o estágio com meu orientador atual no final do 6º período de faculdade, e a partir daí consegui desenrolar o processo final de graduação. Após formado, meu orientador me convidou para continuar o trabalho do estágio com ele na pós, e aproveitei um ano para me desestressar enquanto cursava disciplinas como aluno especial e me preparava para o processo de inscrição do mestrado (no caso de Ciências da Computação, existe uma prova anual e nacional chamada POSCOMP que tem sua nota usada para ingresso em diversas faculdades).

(En)Cena: Há algum ensinamento que você aprendeu em sala de aula e que leva para vida?

Estudante: Acho que um dos ensinamentos que mais me marcaram foram os relacionados à metodologia científica, de como olhar algo no mundo, mesmo fora da sua área de pesquisa e conhecimento, e ter esta ferramenta que lhe permite analisar melhor os argumentos apresentados. Como conseguir analisar algo por estudos, e que acaba evitando por exemplo que caia em golpes em que é ofertado algo sem nenhuma comprovação de fato ou em até jogadas de marketing, que dizem que tal produto faz mal sendo que não há nenhum experimento que conclua isso. Para não ficar muito vago, cito a questão do parabeno, que muitos dizem que fazem mal em shampoos e condicionador, que deixa o cabelo mais “plastificado”, mas com esta ferramenta eu percebo que não há nenhum estudo que colabore com tal afirmação, e acaba me deixando menos preocupado no mercado. Eu me considero mais racional de natureza, mas a metodologia científica aprendida na faculdade me deu um guia, que até ajuda a manter a calma neste mundo atual com manchetes alarmistas.

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Desafios da Docência no Ensino Superior: atuação de professores na rede pública

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O ato de ensinar carrega singularidades e desafios que devem ser levantados, para assim ser possível entender o processo de aprendizagem e o contexto em que ocorre esse movimento. Levando em consideração o mundo volátil em que vivemos, faz-se necessário dar voz àqueles que fazem parte de ambientes escolares e acadêmicos, sendo essa uma forma de fomentar melhorias e constantes reflexões.

Em prol dessa escuta e da compreensão da realidade atual, o (En)Cena convidou diferentes professores da rede pública de diferentes níveis de ensino (maternal, fundamental, médio e superior) para falarem sobre os desafios de ensinar. Nestes espaços as professoras e os professores puderam relatar suas experiências pessoais e profissionais. As realidades narradas em cada entrevista são um convite para pensarmos sobre a educação, sua constituição, sua disseminação e em como ela pode ser aperfeiçoada para ser significativa a todos e todas: “O educador se eterniza em cada ser que ele educa” (Paulo Freire).

Visando preservar a identidade de nossos convidados e pensando na potência do ato de ensinar livre de pressões institucionais, optamos por manter em sigilo o nome de todos os entrevistados. Entendemos que suas falas alcançam, contemplam e priorizam, ainda que de modo particular, professores e professoras da educação pública e privada de nosso país.

A entrevistada de hoje é com uma professora do Ensino Superior na Rede Pública de nosso país, mais especificamente na região norte. Observamos ao longo da entrevista reflexões a respeito da prática e atuação dessa profissional, suas expectativas e anseios em torno da realidade da educação no Brasil,  e como é importante considerar as singularidades de cada indivíduo que está inserido e dentro do contexto de uma universidade pública.

Segue a entrevista na íntegra abaixo:

En(Cena): Como foi a sua trajetória até se tornar professor (a)? Por que você escolheu a docência?

Resposta: A minha primeira experiência na docência ocorreu muito cedo, ainda adolescente quando cobri uma licença saúde de uma professora numa turma de alfabetização. Muitos anos depois, já formada e exercendo outra atividade, fui convidada a ministrar disciplinas que guardavam correlação com a minha atuação profissional em uma Universidade, adorei a experiência e  passei a exercer a docência. Por isso afirmo, que a atividade como docente ocorreu de uma forma muito natural, sem que eu planejasse seguir uma carreira como professora. Acredito ter sido escolhida pela docência.

En(Cena):  Qual o seu principal objetivo como professor? Você diria que alcança tal objetivo a cada ano?

Resposta: O meu principal objetivo na docência é buscar estabelecer com os alunos e alunas um processo de troca de aprendizagens e vivências. Difícil afirmar se esse objetivo é alcançado na sua inteireza, mas é muito gratificante a busca para alcançá-lo.

En(Cena):  Levando em consideração que a escola é um ambiente repleto de pessoas com características singulares, de que forma você lida com a diversidade subjetiva de cada estudante? Você percebe a escola como um ambiente inclusivo?

Resposta: Para lidar com a diversidade subjetiva de cada acadêmico e acadêmica busco respeitar as suas singularidades, ou seja, o modo de ser, estar no mundo e relacionar-se de cada pessoa. Percebo que o ambiente universitário se torna cada dia mais inclusivo, apesar de várias barreiras sociais e culturais a serem rompidas.

En(Cena): Como é ser professor (do ensino maternal/ fundamental/ médio/ superior) na (rede pública/rede privada) atualmente?

Resposta: Desafiador, em vários sentidos. Os períodos de pandemia e pós-pandemia trouxeram vários desafios que levaram a repensar práticas, a questionar modelos postos e a alterar o processo de aprendizagem e a relação aluno/professor.

En(Cena): Como você avalia a escola nesse processo de formação de indivíduos e de que maneira, dentro da sua profissão, você consegue perceber que está contribuindo com esse movimento?

Resposta: Acredito que traçar um diagnóstico de como as faculdades influenciam e contribuem na formação profissional do indivíduo esteja muito relacionado com a proposta e os objetivos da instituição para lidar com as diferentes realidades que permeiam o espaço universitário e como as universidades buscam e possibilitam ao universitário o descolamento de barreiras e preconceitos, capacitando-os para um exercício profissional para além do individualismo, mas na consecução do bem comum.

En(Cena): Como está a saúde mental dos professores na atualidade?

Resposta: A atividade docência é uma das únicas que o profissional trabalha antes, durante e depois do horário tido como de trabalho, num ciclo contínuo. Antes, ministrando a aula no planejamento; durante, transmissão do conhecimento durante as aulas; e após, com a correção de trabalhos e avaliações.  Ciclo que requer dedicação e capacidade relacional que podem tanto gerar um sentimento de satisfação com o êxito; como de fracasso e adoecimento nos menores insucessos.

En(Cena): A educação é capaz de mudar vidas? De que forma? Como os professores podem influenciar esse processo?

Resposta: A educação muda vidas na medida em que capacita o sujeito às transformações pessoais e sociais, rompe ciclos e possibilita ao sujeito um desenvolvimento pessoal criativo. Os professores influenciam nesse processo não apenas compartilhando conhecimento, mas principalmente incentivando um pensar crítico, inovador e propositivo.

En(Cena): Na sua opinião, para onde a educação está caminhando? O que podemos esperar de nossas crianças no futuro enquanto sociedade e qual o papel da escola na formação dessas crianças?

Resposta: Difícil apontar a direção em que a educação está caminhando, mas é importante que possibilite às pessoas um desenvolvimento intelectual e criativo. Acredito na nossa juventude e sua capacidade transformadora. Num país como o Brasil, de grande contradições e fortes diferenças sociais, a faculdade tem o importante papel de tornar o processo de conhecimento um espaço de construção e respeito das diferentes subjetividades,  de fomento à liberdade de pensamento que amplifique o contato com a consciência e busque inovações sociais que aproximem as pessoas e diminuam as diferenças.

Autora: Eliene Alves Resende

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Desafios da Docência no Ensino Superior: atuação de professores na rede privada

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O ato de ensinar carrega singularidades e desafios que devem ser levantados, para assim ser possível entender o processo de aprendizagem e o contexto em que ocorre esse movimento. Levando em consideração o mundo volátil em que vivemos, faz-se necessário dar voz àqueles que fazem parte de ambientes escolares e acadêmicos, sendo essa uma forma de fomentar melhorias e constantes reflexões.

Em prol dessa escuta e da compreensão da realidade atual, o (En)Cena convidou diferentes professores da rede pública de diferentes níveis de ensino (maternal, fundamental, médio e superior) para falarem sobre os desafios de ensinar. Nestes espaços as professoras e os professores puderam relatar suas experiências pessoais e profissionais. As realidades narradas em cada entrevista são um convite para pensarmos sobre a educação, sua constituição, sua disseminação e em como ela pode ser aperfeiçoada para ser significativa a todos e todas:  “O educador se eterniza em cada ser que ele educa” (Paulo Freire)

Visando preservar a identidade de nossos convidados e pensando na potência do ato de ensinar livre de pressões institucionais, optamos por manter em sigilo o nome de todos os entrevistados. Entendemos que suas falas alcançam, contemplam e priorizam, ainda que de modo particular, professores e professoras da educação pública e privada de nosso país.

O entrevistado de hoje atua na área de Educação Física. Há mais de 15 anos está na docência, sendo assim, suas respostas carregam uma imensa bagagem profissional e pessoal, contribuindo ricamente para a série. Apesar de relatar certas dificuldades, seu desejo hoje é continuar trilhando seu caminho como professor e trazendo bastante motivação para confiarmos na força da educação.

Segue a entrevista na íntegra abaixo:

(En)Cena: Como foi a sua trajetória até se tornar professor? Por que você escolheu a docência?

Resposta: Trajetória da maioria da população com renda baixa, ou seja, achava muito distante a possibilidade de frequentar uma faculdade. Mesmo assim, criei oportunidades e fui trabalhar em uma universidade no corpo administrativo, o que me permitiu estudar e trabalhar. O desejo pela docência iniciou no primeiro semestre do curso e de lá para cá, mesmo com altos e baixos, o desejo é dar aula até eu ficar velhinho.

(En)Cena: Qual o seu principal objetivo como professor? Você diria que alcança tal objetivo a cada ano?

Resposta: No primeiro semestre da faculdade esta pergunta me foi realizada e a resposta foi: ” ser referência na área”. Alcancei sim o que desejava, mas ainda não me vejo como referência na área, entretanto, a cada ano os objetivos e metas para este fim são realizados.

(En)Cena: Levando em consideração que a escola/faculdade é um ambiente repleto de pessoas com características singulares, de que forma você lida com a diversidade subjetiva de cada estudante? Você percebe a escola como um ambiente inclusivo?

Resposta: É um trabalho árduo e acredito que, eu alcance o “sonho da inclusão” com menor proporção. Quando me deparo com tal situação, tenho a tendência a ajudar muito e deixar de lado o restante, o que não é bom para ambos os lados. Criar estratégias para um ambiente inclusivo não é fácil, mas precisamos pensar juntos. Ademais, dependendo da diversidade subjetiva é necessário um maior número de profissionais na relação ensino-aprendizagem.

(En)Cena: Como é ser professor do ensino superior na rede privada atualmente?

Resposta: Atualmente grande parte dos professores amam dar aula e com certeza gostariam de continuar ministrando aulas, no entanto, a atual situação do Brasil em geral para o ensino superior está muito complexa, tanto para federais como para as redes privadas. Mudanças intensivas nos “regramentos” para oferta e forma de acesso às vagas fez diversas instituições a serem obrigadas a adequar número de disciplinas, professores e valores. A pandemia trouxe avanços, mas os mesmos impactaram demasiadamente a oferta e qualidade do ensino.

(En)Cena: Como você avalia a escola nesse processo de formação de indivíduos e de que maneira, dentro da sua profissão, você consegue perceber que está contribuindo com esse movimento?

Resposta: Ainda no sentido da discussão das mudanças atuais, acredito que a forma de ensinar está mudando e a escola não está entendendo esta mudança, entretanto, existe um movimento na oferta de capacitações e reflexões aos professores. Percebo também que para a formação houve um aumento da parcela (esforço) individual considerável devido ao crescimento das redes sociais e comportamentos de consumo digital, o que direciona para uma certa independência do aprendizado, ou seja, o professor não é mais o detentor do conhecimento absoluto. Tento acompanhar as mudanças, mas elas estão rápidas e constantes, o que torna para mim o processo de amadurecimento mais lento e consequentemente a abrangência da contribuição menor.

(En)Cena: Como está a saúde mental dos professores na atualidade?

Resposta: Resiliência sempre. Acredito que esteja próxima de um descontrole.

(En)Cena: A educação é capaz de mudar vidas? De que forma? Como os professores podem influenciar esse processo?

Resposta: A educação permite mudar vidas pois possibilita acesso a um universo maior, permite autonomia, capacidade crítica, liberdade de propósito, criatividade, domínio de capacidades e habilidades as quais irão fomentar a cultura, pois a cultura importa. Os professores podem influenciar incentivando por meio de situações reais, aplicar o conhecimento.

(En)Cena:  Na sua opinião, para onde a educação está caminhando? O que podemos esperar de nossos jovens no futuro enquanto sociedade e qual o papel da escola na formação dessas crianças/jovens/indivíduos?

Resposta: A educação está caminhando para uma maior autonomia e a escola precisa proporcionar. Ademais, não deve se entregar a tendência do conhecimento raso e rápido. Várias profissões lidam com vidas e é necessário ética, compromisso, seriedade e excelência, características que são conquistadas com diversidade de experiências, sejam elas atuais ou “velhas”. Sobretudo, vejo que a capacidade crítica como a chave para um futuro melhor. Neste momento, temo pelo futuro por todo panorama que expressei aqui.

 Autora: Maria Laura Máximo Martins

 

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Procuram-se professores universitários

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Marcele Tonet, psicóloga social e institucional e doutoranda em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul precisa entrevistar professores universitários vinculados a instituições privadas, com fins lucrativos.

Figura 1 foto Marcele Tonet

O objetivo da pesquisa é identificar os impactos da financeirização do ensino superior, com enfoque na saúde e nas relações de trabalho.

Em tempos de pandemia, as ferramentas de tecnologia e comunicação oportunizam encontros e facilitam as coletas de dados. Neste caso, as entrevistas serão realizadas por meio remoto e eletrônico, utilizando plataformas como WhatsApp, zoom, meet, conforme a conveniência do entrevistado.

Segundo Marcele Tonet, a participação dos docentes nesta pesquisa é importante para “dar visibilidade ao trabalho do professor (a) universitário (a)”.

Inscreva-se – whatsapp (51) 99776468.

Figura 2 imagem fornecida pela Marcele Tonet
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O curso superior e seus desafios

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Ingressar numa instituição de ensino superior é algo que gera muita expectativa para as pessoas que sonham em construir uma vida profissional ou obter uma melhor qualidade de vida. Porém o “êxtase” que as instituições de ensino superior demonstram ao iniciar um curso acaba por gerar uma “falsa expectativa”, que posteriormente se torna na realidade um processo de amadurecimento acompanhado de frustrações diante a real realidade (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 363).

A alegria de completar o curso em 4 ou 5 anos se torna a realidade dos 6, 7 ou mais anos que perduram cada vez mais a depender do estado físico, emocional, pessoal, financeiro e mental de cada um. Com a vivência acadêmicas passa a ser percebido pelos estudantes que não apenas a estabilidade financeira é necessária para conclusão do curso, mas também o desenvolvimento de um bom relacionamento interpessoal, habilidade sociais para trabalhos em grupo e adaptação a diversas situações e dificuldades, o que torna essa jornada um momento potencializador de desenvolvimento humano (CRISTO et al, 2019, p.487 e 488).

Embora potencializadora de amadurecimento, a jornada acadêmica traz consigo também dificuldades a serem enfrentadas, que podem decorrer em vivências negativas que ocasionam vários fatores, dentre estes, baixo desempenho, desistência, troca de curso etc., mas, o oposto também pode ocorrer também em demais casos, podendo ser alçado daí por diante um crescimento pessoal e profissional significativo durante o percurso. Nos dias atuais, as dificuldades de conciliar trabalho, os papéis sociais, a vida pessoal, as dificuldades financeiras e tantas outras variáveis dificultam e vão de encontro aos motivos que prejudicam a saúde mental de estudantes universitários.

Fonte: encurtador.com.br/joLS6

Não podemos deixar de mencionar no que tange a esse mundo acadêmico que muitos estudantes moram sozinhos e, devido à carga pesada da diminuição do contato familiar, autocobrança, a relação de hierarquia que há entre professores e alunos, os pesados fardos de aprendizagem, bem como o excesso de trabalho, os leva a um processo de adoecimento psicológico como ansiedade, depressão, uso ou abuso de álcool e outras drogas, ou mesmo, a ideação suicida.  Tudo isso está relacionado às pressões do mercado de trabalho sob o contexto histórico, político, social e cultural que vivemos (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 361).

Atrelados a esses fatores, o cotidiano dos alunos do ensino superior é caracterizado por uma variedade de exigências de uma típica vida acadêmica que acarretam estresse, cansaço físico e danos à saúde mental, prejudicando imensuravelmente o rendimento acadêmico, e ocasionando o esgotamento decorrente de toda uma pressão recebida, seja dos pais, do trabalho e da faculdade acumulados (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 363).

Apesar dos cenários e contextos do ensino superior com variáveis e situações estressoras que dificultam o processo de aprendizado e de vida dessa classe estudantil, algumas instituições de ensino já  adotam um sistema que  acolhe os acadêmicos, oferecendo espaços de escuta psicológica que contribuem com o início de um processo terapêutico para acadêmicos tanto em fase de adoecimento ou adoecidos, ou com um espaço para orientação profissional (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 364). Essa prática visa respaldar os discentes dentro e fora desse ambiente, contribuindo de forma bastante significativa na sua formação.

REFERÊNCIAS

PEREZ, K.V., BRUN, L.G., RODRIGUES, C.M.L. Saúde mental no contexto universitário: Desafios e práticas, 2019. Disponível em: <https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/encena/article/view/8093/16182>. Acesso em 08/11/2010.

CRISTO, F. et al. O ensino superior e suas exigências: Consequências na saúde mental dos graduandos, 2019. Disponível em: <https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/encena/article/view/7447/16189>. Acesso em 08/11/2010.

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Professores da Psicologia atualizam demandas em Semana Pedagógica

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Os docentes da Psicologia se dividiram em grupos para participar de todas as ações desenvolvidas na Semana. 

 

Os professores do colegiado de Psicologia estão participando da Semana Pedagógica 2020.1 do Ceulp/Ulbra, que teve início no último dia 22 e segue até o dia 31/01.

Neste semestre, a semana irá abordar a “Reestruturação Pedagógica: novas práticas e cenários no Ensino Superior”, cujo objetivo é preparar os docentes e coordenadores para a profunda mudança pedagógica que o Ceulp irá conduzir nos próximos semestres.

Durante a abertura do evento, que foi marcado por muita emoção, o prof. Adriano Chiarani da Silva, que agora irá assumir a vice-reitoria da Ulbra-Canoas, passou o cargo para o prof. Marcelo Müller. Os discursos de ambos enfocaram, sobretudo, o lugar de excelência ocupado pelo Ceulp/Ulbra no cenário tocantinense e regional, tendo em vista que a instituição ocupa o primeiro lugar no Estado, de acordo com o índice IGC do MEC (Índice Geral dos Cursos). Na mesma noite, a profa. Adriana Ziemer Gallert palestrou sobre a necessidade de repensar constantemente as práticas pedagógicas. Adriana também conduziu todas as reuniões com o NDE – Núcleo Docente Estruturante.

No decorrer da semana os professores se debruçaram sobre dispositivos a serem usados para reestruturar o trabalho pedagógico da instituição, além de planejar estratégias metodológicas articuladas com o processo de avaliação da aprendizagem. “Também é importante destacar que, neste semestre, voltamos a debater os cenários de mudanças e adversidades que impactam alunos e professores, cientes da nossa responsabilidade na criação de ambientes mais saudáveis e acolhedores”, comentou a coordenadora do curso, profa. Dra. Irenides Teixeira.

encurtador.com.br/aBHT2

Os docentes da Psicologia se dividiram em grupos para participar de todas as ações desenvolvidas na Semana. Além dos que integraram as reuniões do NDE, que debateu as principais mudanças metodológicas e do processo de Aprendizagem e Avaliação, outros participaram de oficinas sobre estresse entre acadêmicos, uso adequado de ferramentas digitais, orientações sobre o Comitê de Ética, além de demandas sobre ENADE.

“Todo semestre temos a possibilidade de reavaliar nossas práticas e reestruturar nosso posicionamento, do ponto de vista da aprendizagem, avaliação e o sentido que tudo isso tem na vida dos docentes, dos alunos e da comunidade. Trata-se de um movimento necessário e enriquecedor para todos nós”, finalizou Irenides. As aulas retornam no próximo dia 3 de fevereiro. Já as mudanças estruturais na dinâmica pedagógica irão entrar em vigor dentro de um ano.

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