Gênio indomável – a genialidade sufocada pelos traumas

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Gênio Indomável (Good Will Hunting) é uma obra de arte sem precedentes. Lançado em 1997, o filme tem como personagem principal o hoje renomado ator Matt Damon no papel de Will Hunting. Além de Damon, outros nomes de pesos são Ben Affleck (Chuckie Sullivan) e Robin Williams (Sean Maguire).

O filme aborda a vida do humilde Will, um rapaz que leva uma vida simples, fazendo coisas simples, sendo mais um na multidão de todos que vivem na grande Boston.

Will é apresentado quase como um “faz-tudo”, possui empregos distintos e nunca busca chamar a atenção, inclusive como um mecanismo de defesa, dada sua história. Acontece que Will é, por eufemismo da palavra um gênio da matemática. Tudo isso fica nítido quando este estava realizando a limpeza do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e resolveu uma questão matemática deixado pelo professor de Pós-graduação, Professor Gerald Lambeau (Stellan Skarsgárd), para que seus alunos resolvessem, mas quem acaba desvendando é o próprio Hunting.

Intrigado, o Professor Gerald começa a observar o jovem rapaz e percebe um comportamento nada adequado a sua genialidade. Will, apesar de brilhante, vivia se metendo em encrencas, brigas e problemas além da conta, por último entrou em uma briga e acabou agredindo um policial e foi determinada sua prisão com fiança estipulada em US$ 50,000.00 (cinquenta mil dólares).

Fonte: encurtador.com.br/kuCP5

Gerald então resolve intervir, buscando reingressar o jovem rapaz em uma nova vida, porém o jovem apresenta diversos gatilhos defensivos resultantes de traumas da sua infância e com isso busca diversas ajudas com terapeutas, mas todos desistem do caso, até que reencontra seu velho amigo Sean, que decide ajudar com o tratamento de Will.

Sean tem diversos embates confrontando Will, que demonstra uma extrema dificuldade em se abrir, de aceitar que as pessoas entrem na sua vida.

Tudo é demonstrado no final do filme quando Will conta que sofria agressões do seu padrasto na infância, dizendo para escolher entre os objetos que seriam utilizados para apanhar. Sean tem um diálogo muito duro com Will, onde é dito repetida vezes que não era culpa do Will tudo que aconteceu com ele na infância, o momento é de grande impacto para Will, sendo o momento de quebrantamento das barreiras do jovem e seu ponto de ignição para uma vida melhor.

O filme reflete a realidade vivenciada por diversas pessoas, especialmente no Brasil, que sofreram com o estresse pós-traumático e situações críticas na infância o que impede assim destas pessoas de alcançarem seu potencial máximo.

Gênio Indomável, como dito é uma obra prima cinematográfica que demonstra uma superação de uma pessoa traumatizada que, mesmo sendo um gênio, tinha um extremo medo de se abrir.

Ficha Técnica

Título: Good Will Hunting

Ano produção: 1997

Dirigido por: Gus Van Sant

Duração: 126 minutos

Classificação: 16 anos

Gênero: Drama

País de Origem: Estados Unidos da América

REFERÊNCIAS

BATISTA, Alícia; FAVORETTO, Bruna; TIEPPO, Lucas. Resenha crítica do filme “gênio indomável”. Disponível em <https://februtieppo.blogspot.com/#:~:text=Como%20visto%2C%20%E2%80%9CG%C3%AAnio%20Indom%C3%A1vel%E2%80%9D%20trabalha%20em%20torno%20do,vazio%2C%20n%C3%A3o%20sabe%20como%20lidar%20com%20seus%20sentimentos.> acesso em 26 mar 2022.

HABIGZANG, Luísa Fernanda et al. Avaliação psicológica em casos de abuso sexual na infância e adolescência. Psicologia: Reflexão e Crítica [online]. 2008, v. 21, n. 2 [Acessado 31 Março 2022] , pp. 338-344. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-79722008000200021>. Epub 01 Out 2008. ISSN 1678-7153. https://doi.org/10.1590/S0102-79722008000200021.

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Estresse Universitário: a hesitação entre a reta final e o início de um novo ciclo no cenário atual

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A incerteza sobre o futuro é uma das causas associadas ao estresse universitário que foi intensificada com a crise sanitária ocasionada pela pandemia da Covid-19, que modificou o ano letivo de muitos estudantes. Apesar da elaboração e distribuição em massa da vacina contra o vírus, muitos universitários ainda assistem aulas online, em suas residências, situação que levou muitos jovens a terem crise de ansiedade e estresse. A constatação foi obtida pelo estudo denominado “Global Survey Student”.

Conforme a pesquisa realizada e divulgada pela organização internacional Chegg 2021, quase 80% dos brasileiros entrevistados disseram que sofreram algum tipo de impacto relacionado à saúde mental.  De acordo com os dados, do total de brasileiros, 87% falaram que houve um aumento de estresse e ansiedade e 17% declararam ter pensamentos suicidas. Mesmo com esses dados alarmantes, somente 21% buscaram ajuda por um profissional da área de saúde mental.

Maia e Dias (2020) explicam que “as alterações rápidas a que os estudantes universitários foram sujeitos, da suspensão das aulas ao decreto do estado de emergência, podem ter desencadeado dificuldades de adaptação e estados emocionais menos positivos, importa explorar as implicações psicológicas dessas circunstâncias.”. É importante ressaltar que diversos estudantes não dispõem de computadores e notebooks, em suas residências, sendo que muitos tiveram que assistir as aulas, pelo celular. Situação que estendeu aos discentes do ensino médio e fundamental da rede pública de ensino, como noticiado pelos veículos de comunicação.

Apesar do aumento dos números de estresse e ansiedade entre estudantes universitários, em especial, no último período da graduação, com a Covid- 19, o assunto já estava em discussão pelos meios acadêmicos, com a elaboração de obras, palestras e seminários. Sobre o assunto, Carvalho, Bertoline, Milane e Martins (2015) destacam que “os sintomas psicológicos da ansiedade entre os estudantes incluem sentimentos de nervosismo antes de uma aula, pânico, esquecimento durante uma avaliação de aprendizagem, impotência ao fazer trabalhos acadêmicos, ou a falta de interesse em uma matéria difícil”.

Fonte: encr.pw/aoLZh

Monteiro, Ribeiras e Freitas (2007) acrescentam ainda que o ambiente acadêmico deveria colaborar na aquisição e construção de conhecimentos, no sentido de ser a base para as experiências de formação profissional, como um projeto piloto. No entanto advertem que este ambiente se torna um “desencadeador de distúrbios patológicos, ocorrendo assim uma exacerbação da problemática do estresse acadêmico nos estudantes”. Fator que prejudica o rendimento, o processo criativo em determinados cursos, bem como o desinteresse.

Rossetti (2008) observa que o “estresse se torna excessivo e produz consequências psicológicas e emocionais que resultam em cansaço mental, dificuldade de concentração e perda de memória imediata, bem como crises de ansiedade e de humor”.  Nesse sentindo é preciso que o estudante procure ajuda profissional, podendo ser na própria universidade que disponibiliza atendimento psicológico com os estudantes em final de curso desta graduação.

Schleich (2006) aponta que o “ingresso na vida acadêmica é caracterizado pela expectativa e mudanças que exigem adaptações a uma nova realidade, interferindo no desenvolvimento pessoal, cognitivo, profissional, afetivo e social dos estudantes. Para ele, essa nova realidade pode gerar ansiedade e estresse a ponto de interferir no seu desempenho acadêmico.

Por fim, a universidade é uma etapa da vida de muitas pessoas, e passar por esse estresse será inevitável, em especial, nos finais de semestre, bem como nos cursos. O ideal para vencer esse momento, é procurar descansar e fazer uma atividade física no sentindo de aliviar o estresse ocasionado pelo dia a dia.  Caso os sintomas de ansiedade persistam, procure um profissional de saúde para ajudar a trilhar o caminho.

Referências

CARVALHO, E. A.; BERTOLINI, S. M. M. G.; MILANI, R. G.; MARTINS, M. C. Índice de ansiedade em universitários ingressantes e concluintes de uma instituição de ensino superior. Ciência, Cuidado e Saúde, 2015

Global Survey Student(2021)- Disponível em < https://www.chegg.org/global-student-survey-2021> Acesso: 07, de dezembro de 2021.

Maia, Berta Rodrigues e Dias, Paulo César. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o impacto da COVID-19(2020). Disponível em < https://www.scielo.br/j/estpsi/a/k9KTBz398jqfvDLby3QjTHJ/?lang=pt&format=pdf> Acesso: 07, de dezembro de 2021.

MONTEIRO, C. F.; FREITAS, J. F.; RIBEIRO, A. A. P. Estresse no cotidiano acadêmico: o olhar dos alunos de enfermagem da Universidade Federal do Piauí. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 2007.

ROSSETTI, M. O. O inventário de sintomas de stress para adultos de lipp (ISSL) em servidores da polícia federal de São Paulo. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 2008.

SCHLEICH, A. L. R.. Integração na educação superior e satisfação acadêmica de estudantes ingressantes e concluintes. Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas. 2006

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O equilíbrio entre razão e emoção está na capacidade de reconhecer e avaliar os sentimentos

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A busca pela inteligência emocional tem tido novos adeptos; cansadas de terem o emocional como uma pedra de tropeço, em suas relações interpessoais, as pessoas têm procurado ajuda, para vencer este tipo de barreira, que se torna um conflito eterno. E para quem ainda não conhece sobre o assunto, a inteligência emocional é a capacidade do indivíduo em lidar com suas emoções diariamente. Goleman, Macke e Boyatzis (2018), explicam que a inteligência emocional pode ser entendida como “ser inteligente em suas emoções”. Ou seja, é preciso ter o controle de suas emoções para o desenvolvimento emocional saudável e colaborativo.

Os autores supracitados apontam que a inteligência emocional deveria ser cultivada na fase da infância, não somente dentro de casa, mas também nas escolas. “A educação deveria também incluir habilidades de inteligência emocional que incentivam a ressonância”. Para ele, quanto mais pessoas buscarem habilidades emocionais, maior será o ganho social, ou seja, uma haverá uma diminuição dos males sociais, e como consequência a redução da violência e do consumo de drogas. “As comunidades seriam beneficiadas por níveis mais altos de tolerância, bondade e responsabilidade pessoal.” Goleman, Macke e Boyatzis (2002).

Mayer e Salovey (1997) definem a inteligência emocional como a capacidade de perceber e avaliar, bem como gerar emoções facilitadoras de pensamentos, que possibilitam o seu controle para o desenvolvimento emocional e intelectual. Clareza emocional, conhecimento emocional e percepções das emoções são algumas das características que o indivíduo com inteligência emocional detém. (Mayer e Salovey, 1990).  Para os pesquisadores, as pessoas emocionalmente inteligentes escolhem melhor o caminho de suas ações quando inseridas em encontros sociais, justamente por saberem guiarem suas emoções. “Saber gerenciar as emoções pode ajudar as pessoas a nutrirem afetos positivos, e enfrentar o estresse.” (Mayer e Salovey, 1997)

Fonte: encurtador.com.br/eqA26

Goleman (2011) aponta que a inteligência emocional está relacionada com o autodomínio de suas emoções, e enfatiza que as pessoas quando bem humoradas possuem uma capacidade de reposta mais inteligente, por usarem uma parte do cérebro que auxilia nas boas tomadas de decisões.  Esse ponto de vista é fácil de observar, já que são nos momentos de estresse e nervosismo, que muitas decisões são tomadas de forma errônea, justamente pelo fato do indivíduo usar o calor do momento, ou seja as emoções afloradas de uma forma negativa. Por isso, ele enfatiza o estado do bom humor para estimular decisões assertivas. 

Por estar presente a maior parte do tempo na vida das pessoas, o trabalho ocupa um espaço significativo na existência de cada um, e por ser fonte de sustento, a atividade profissional precisa ser levada em consideração, para se tornar um momento prazeroso, apesar do estresse do cotidiano, que é inevitável. Nesse sentido, que Goleman (1999) aponta que além do conhecimento especializado, é imprescindível utilizar ferramentas que promovam a inteligência emocional, de uma forma, eficaz para obtenção do sucesso esperado, não somente em metas, mas também englobando o bem-estar interpessoal. 

Em sua obra Trabalhando com a Inteligência Emocional, Goleman (1999) narra que um executivo o contatou para que tivesse um atendimento de relacionamento à sua empresa, após conversa com o empresário, Goleman detectou que a feição ranzinza do empreendedor desmotivava os funcionários a darem resultados positivos, na empresa.  Ou seja, a mensagem que o empresário transmitia era de insatisfação com seus funcionários, fora que não havia um canal de comunicação saudável.  Ou seja, para ter bons resultados a transformação precisa começar, em quem deseja a mudança. Uma simples mudança, mudou toda a rotina da empresa, bem como melhorou a forma de tratamento. 

Fonte: encurtador.com.br/psAKR

Entre as características de um profissional de sucesso, Goleman (1999) destacou que a empatia é primordial, e por isso precisa ser trabalhada constantemente. Segundo ele, a inteligência emocional detém 12 características que são: autoconsciência emocional, autocontrole emocional, adaptabilidade, orientação ao sucesso, empatia, como mencionado, consciência organizacional, influência, orientação e tutoria, gestão de conflitos, trabalho em equipe e liderança inspiradora.  Espero que tenha se identificado com várias dessas habilidades.

Caso não tenha se identificado, não se desespere. Procure uma ajuda profissional que irá auxiliar no desenvolvimento da inteligência emocional, não somente no mercado de trabalho, mas para todas as áreas, que merecem atenção. Conforme Mayer e Caruso (2002), as pessoas com alto nível de inteligência emocional são capazes de terem relacionamentos, de uma forma mais profunda, bem como constituir uma rede social mais segura, além de desenvolver uma liderança mais coesa. 

Referências

Goleman, D; Macke, A e Boyatzis, R (2018). O poder da inteligência emocional. Como liderar com sensibilidade e eficiência. Tradução Berilo Vargas. Pág. 1 a 17. Disponível em < https://statics-shoptime.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/133620801.pdf >. Acesso 14, de out, de 2021.

Mayer, JD. & Caruso D. 2002. The effective Leader: Understanding and applying emotional intelligence.

Mayer, J. D. & Salovey, P. 1997. What is emotional intelligence? Em P. Salovey & D. J. Sluyter (Orgs.), Emotional development and emotional intelligence: Implications for Educators

Goleman, D. O Cérebro e a Inteligência Emocional Novas perspectivas. (2011).

Salovey, P. & Mayer, J. D. 1990. Emotional intelligence. Imagination, Cognition and Personality.

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Lidando com pessoas destrutivas

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Viver em sociedade é uma tarefa árdua, cada pessoa busca a satisfação de seus próprios interesses, poucos pensam em uma coletividade social. Tal situação é visivelmente percebida quando se faz uma análise no sistema de leis e normas que existem para o convívio social.

Normas que cuidam tanto de uma esfera penal, pautada em ações criminosas, quanto no âmbito civil, mais direcionada às relações comuns e o cumprimento das normas civis é o fator crucial para uma boa relação em comunidade.

Mas, como lidar com aquilo que não é, legalmente falando, uma conduta “dolosa” que viola o direito de outrem?

Como pessoas sociáveis, sempre buscamos estar em coletividade, mas no coletivo há diversas personalidades, traumas, condições extremas de pessoas que são comumente chamadas de pessoas tóxicas.

Fonte: encurtador.com.br/hyBDW

Dentro desse grupo de “más companhias”, há aquelas que são consideradas como um abismo emocional, ou, até mesmo, como buracos negros emocionais, ou seja, são indivíduos que possuem um vazio descomunal dentro de si e buscam – não intencionalmente – sugar todo e qualquer resquício de “sanidade” das pessoas próximas.

Essas pessoas são como parasitas, instalam-se em nossas vidas como simbiontes, se apresentando inicialmente como pessoas solicitas, amigáveis, amáveis etc., e vão mostrando suas “garras” com o passar do tempo.

Tal condição é tão presente na sociedade que já foi romantizado em grandes sucessos da música brasileira, como em Segredos – Frejat, onde é dito “e eu vou tratá-la bem pra que ela não tenha medo quando começar a conhecer os meus segredos”. Pessoas tóxicas estão presentes em todos os ambientes e, muitas vezes, elas sequer percebem que causam mal para os que compartilham o mesmo ambiente que eles.

As principais dúvidas que surgem sobre esta questão são: como identificar essas pessoas; como se distanciar destas pessoas; e, como descobrir se é este tipo de pessoa?

Fonte: encurtador.com.br/BH389

É importante frisar que o auxílio de um profissional da psicologia será sempre essencial para a identificação e tratamento destes casos.

Pessoas com este comportamento negativo possuem características um tanto quanto “eugênicas” em suas personalidades, o modus operandi destes indivíduos possuem padrões, em sua maioria são manipuladores que se fazem de vítimas psicológicas para conseguir aquilo que deseja, ou até mesmo um narcisista egocêntrico que usa as pessoas e suas emoções para satisfazer seus desejos pessoais.

Além dos manipuladores, existem aqueles que são psicologicamente instáveis, seja por traumas, viciados quimicamente em bebidas ou entorpecentes nocivos a saúde física e mental, estas pessoas também são consideradas como indivíduos com um buraco negro emocional que infecta àqueles ao seu redor com o negativismo de suas personalidades.

Se distanciar destes indivíduos não é uma tarefa fácil, tendo em vista que normalmente elas se instalam no ciclo mais íntimo das pessoas, instalam na psiquê do “hospedeiro” uma imagem de que são essenciais para suas vidas ou até mesmo de que, caso se desvinculem, não irão conseguir sobreviver muito tempo.

Fonte: encurtador.com.br/jlACR

Por isso, é necessário um desenvolvimento extraordinário da inteligência emocional, para conseguir enfrentar essas pessoas. A coisa se torna ainda mais complexa quando a pessoa tóxica é um familiar, o provedor do lar, os genitores, irmãos, cônjuges, aqueles que, dada as circunstâncias não se desvinculam facilmente, como lidar?

Sempre é importante frisar que nenhuma decisão precipitada deve ser tomada, principalmente aquelas irreversíveis, vez que não contribuirão em nada na melhoria ou resolução dos problemas, traria tão somente um agravo nas relações e mais poder para o indivíduo tóxico que possui alguma vantagem sobre a “vítima”.

A pessoa quando percebe que se encontra em um ambiente tóxico, se sente sufocada, em alguns casos similar a um cárcere privado, sem saída, sem escolhas, sem vontades. Mas com o tempo ela conseguirá perceber que possui o poder de escolha entre se manter naquele ambiente ou se retirar e buscar a resiliência de sua mente. Porém, caso seja impossível se excluir do convívio social/familiar/profissional que essas pessoas, a “vítima” deve buscar um aprimoramento de sua mente para não permitir que a negatividade do outro lhe afete, até porque o mal está no outro, não em si.

Por último, como identificar que o causador de todo o mal-estar ao seu redor é causado por você e não por terceiros? Uma situação indesejada que é muito comum quando se faz uma análise mais profunda sobre o tema pois, caso não seja o agente causador, mesmo que inconscientemente, você estará permitindo que alguém controle e manipule seu estado mental.

Neste cenário, o indivíduo deve realizar uma análise de cada aspecto de sua vida pessoal/profissional e verificar se são suas atitudes que lhe infligem agonia e dor psíquica.

Compreendida sua toxicidade como indivíduo, deve ser buscado imediatamente a ajuda profissional para tratar os maus traços de sua personalidade, não para agradar os outros, mas para buscar uma versão melhor de si mesmo.

Fonte: encurtador.com.br/fqACD
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Heal: o poder da mente para a autocura

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Para o documentário, o poder que cria o corpo, cura o corpo

Cada homem e cada mulher são os arquitetos de sua própria cura e de seu próprio destino (Buda)

Heal – O Poder da Mente’ (2017) é um documentário que apresenta histórias reais de pessoas que alcançaram a cura através do poder da mente. Existe uma inteligência que nos dá a vida, que mantém o coração batendo e que digere nossa comida. Segundo o documentário, para que isso seja possível é necessário primeiramente entrar em contato com a inteligência existente dentro de nós: uma mente superior interna que sabe como trazer a curar para o nosso corpo. Em um segundo momento, é necessário fazer o alinhamento do pensamento, que é o início do nosso querer, ter persistência para mentalizar e recomeçar todas as vezes que desconcentramos.

Existe uma conexão entre o corpo e mente, cada órgão do corpo humano tem uma habilidade de se curar sozinho dentro de um ambiente favorável e até mesmo órgãos do corpo que poderíamos pensar que não podem ser curados tais como a medula espinhal e o tecido cerebral, com o poder da mente e dentro das condições e ambientes corretos, tornam isso possível.

Fonte: Documentário do Netflix

Dentro da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), que se refere a uma abordagem que se baseia em dois princípios fundamentais – a cognição, que tem uma intervenção controladora sobre nossas emoções e o comportamento, que é a maneira como agimos ou nos comportamos –, é necessário ficarmos alertas para os nossos padrões de pensamentos e nossas emoções. O desenvolvimento de um estilo de pensamento saudável pode reduzir a angústia ou dar maior sensação de bem-estar.

Os processos cognitivos conscientes têm um papel primordial na existência humano e segundo Dalai Lama (1999), se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, então poderemos não só aprender a lidar com o sofrimento mais facilmente, mas, sobretudo, até nos anteciparmos antes que ele surja.

Fonte: Documentário do Netflix

Logo, o documentário relaciona o estresse emocional que vem através de tragédias familiares, perdas materiais e físicas com a perda de equilíbrio do corpo. O estresse é quando o ser humano percebe que está de frente com uma ameaça e o organismo prepara-se para lutar ou para fugir. Um ponto a considerar é que o processo de estresse será despertado e desenvolvido de maneira diferente em cada pessoa, considerando que a análise de cada acontecimento como aversivo ou não dependerá de como cada um aprendeu a percebê-la.

Entretanto, nem sempre é possível correr dos fatores estressores externos (contas para pagar, sentimentos etc.). Quando isso ocorre, há liberação de cortisol, adrenalina e noradrenalina no sistema, que pode acarretar o enfraquecimento e a quase exaustão da pessoa ao ponto dela não conseguir adaptar-se ou resistir ao estressor e às doenças físicas que podem vir a surgir, conduzindo-a a um enfraquecimento das respostas psicológicas e fisiológicas.

Fonte: Documentário do Netflix

Existem forças invisíveis que não são levadas em conta pela medicina ocidental e que se transformam nas forças primárias que controlam tudo, incluindo a mente, sendo a consciência que faz a retomada do controle com o que é supremo sobre nossa biologia e que está contextualizada no nosso pensamento. Há energia invisível em nossa mente, que não molda apenas nosso corpo, mas nossa relação com o mundo em que fazemos parte.

O documentário apresenta vários depoimentos de pessoas diagnosticadas com doenças gravíssimas e que utilizaram o poder da mente para conseguir a cura e restaurar o corpo ao seu funcionamento normal. Umas das coisas que essas pessoas têm em comum é a mudança radical de seus hábitos alimentares, uso de ervas medicinais, consciência do seu estado de saúde, seguimento de suas intuições, liberação de emoções reprimidas, aumento das emoções positivas, aceitação do apoio social, aprofundamento da conexão com a espiritualidade e uma forte razão para viver.

Fonte: Documentário do Netflix

Os bloqueios emocionais podem levar a bloqueios físicos. É necessário liberar esses bloqueios, seja através de aulas de Zumba, visita a um xamã, regressão etc.; a descoberta de sua libertação é um caminho amplo e repleto de opções. Para algumas pessoas fazer psicoterapia dá certo, para outras, fazer uma atividade física é mais adequado. Ou os dois. O canto e a meditação são atividades válidas desde que auxilie o abandono do ressentimento, o luto ou o trauma e permita libertar a raiva interna e os sentimentos reprimidos. Ademais, dentro da psicologia, a TCC enfatiza a importância de reconhecer e modificar pensamentos que vem automáticos e que podem influenciar nos esquemas do processamento de informações.

O ser humano está constantemente avaliando a relevância dos acontecimentos internamente que fazem parte de seu contexto e a Terapia Cognitiva Comportamental pode auxiliar pessoas através da cognição, emoção e comportamento.

Conforme o documentário, quando temos uma emoção dentro de nós, essa emoção manda um sinal ao nosso cérebro e a qualidade daquele sinal determina o que o cérebro fará em resposta as emoções. Sentimentos negativos ficam dentro de nós e o que pensamos a seu respeito afeta o templo do corpo e a química do corpo. É preciso, pois, estar alerta para esta dinâmica e, assim, construir uma vida mais saudável e significativa.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

HEAL – O PODER DA MENTE

Título Original: Heal
Direção: Kelly Noonan
Elenco: Kelly Noonam, Deepak Chopra, Michael Beckwith, Joe Dsipenza, Dr. Jeffrey Thompson
Ano: 2017
País: EUA
Gênero: Filmes biográficos, Documentários

Referências:

BUENO, Gina Nolêto. Tempos Modernos Versus Ansiedade – Aprenda a Controlar sua Ansiedade. In: BUENO, Gina Nolêto; RIBEIRO, Angeluci Reis Branquinho; OLIVEIRA, Iran Johnathan Silva. Tempos Modernos Versus Ansiedade – Aprenda a Controlar sua Ansiedade. Goias: Goiás, 2007. p. 1-16.

WRIGHT, Jesse H.; R.BASCO, Monica; THASE, Michael E. APRENDENDO A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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