Como potencializar seus estudos por meio das redes sociais

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Mídias sociais têm sido utilizadas como ferramentas para auxiliar no processo de aprendizagem e de desenvolvimento de novas habilidades.

Quando pensamos em educação e no desenvolvimento de novas habilidades, muitas pessoas associam esses processos a modelos tradicionais de ensino, às vezes sem saber que o mesmo smartphone ou computador que eles usam para a comunicação e entretenimento pode também ser utilizado para potencializar seus estudos e desenvolver novas habilidades. Essa ideia tem sofrido desconstruções nos últimos anos devido ao contexto global de pandemia, quando profissionais da educação e alunos precisaram adaptar-se e transformar o único meio de comunicação viável em ferramenta de estudo e aprendizado: a internet.

Durante a pandemia, uma das ferramentas mais utilizadas para a facilitação do ensino a longa distância foi o Google Classroom, que permite que os professores postem atividades, entrem em contato com seus alunos, além de anexar documentos e outros materiais como vídeos do YouTube, entre outros. Com uma interface intuitiva, o Google Classroom possibilitou que pessoas em diferentes faixas etárias pudessem continuar seus estudos e processos de aprendizagem mesmo em um contexto complexo de pandemia global.

Fonte: Google

Entrando em outros saberes, a plataforma social Twitch oferece o contato entre “streamers” e seu público-alvo. Os streamers são aqueles que iniciam um vídeo ao vivo, e apesar da plataforma ser majoritariamente composta por conteúdos de jogos digitais, muitos streamers focam em passar seus conhecimentos de arte, música, e até gastronomia para seu público. Ao iniciar uma gravação ao vivo, o streamer é capaz de realizar um passo a passo com seu público e ensinando técnicas únicas que foram aprendidas ou desenvolvidas ao longo dos anos, transmitindo seus conhecimentos para iniciantes e aspirantes.

Outras plataformas sociais que têm feito sucesso são aquelas que possuem o objetivo de ensinar outras línguas a partir de conversas em tempo real com pessoas nativas, trazendo uma aproximação de quem aprende para contextos reais e mais possíveis de acontecerem em uma determinada cultura ou população. Algumas das redes sociais mais famosas para tais fins são: Duolingo, Cambly, Tandem, Preply, Open English, entre outras. Além disso, muitos usuários de redes sociais acabam entrando em contato com pessoas de outras nacionalidades e ao fazer amizades virtualmente, praticam suas habilidades de comunicação e idiomas a partir de tal correspondência, trocando experiências e conhecimentos sobre suas culturas, costumes, gírias e idiomas.

Atualmente, o Instagram também tem sido uma grande ferramenta para professores, mentores, e outros profissionais, divulguem e realizem cursos para seu público-alvo. Em sua maioria, o Instagram é uma forma de divulgação, contato inicial e breve introdução ao que será ensinado em seus cursos, e após efetuação de pagamento ou demonstração de interesse, migram para outra plataforma que eles possuem maior habilidade e contato com seu público, passando um filtro em quem de fato quer aprender e os adicionando em grupos de Telegram ou Whatsapp por exemplo para receberem aulas e dicas de forma exclusiva.

Outra ferramenta que tem sido bastante utilizada por professores e alunos, é o ChatGPT, uma plataforma que utiliza inteligência artificial. A ferramenta funciona a partir das interações dos usuários com a I.A., que acumula dados coletados e aprende cada vez mais de forma mais profunda sobre diversos assuntos diferentes, sendo utilizada para corrigir textos e explorar novas ideias, entre outras funções. Ela responde às demandas dos usuários de forma direta e objetiva, otimizando o trabalho de quem a utiliza e aumentando a produtividade.

Finalmente, apesar dos riscos que algumas tecnologias e mídias possam ter e suas influências negativas, também é possível transformar tais plataformas para outras finalidades de fatores positivos para seus usuários.

Referências

AFONSO, Lucas. Novas ferramentas digitais para professores. Disponível em: <link>

FIA, Business School. ChatGPT: o que é, como funciona e dicas para usar a ferramenta. Disponível em :<link>

POLIEDRO, Colégio. Tecnologia na educação: como as ferramentas digitais são utilizadas nas escolas? Disponível em: <link>

KENAN, Jamia. 15 ways to use social media for education. Atlanta-GA. Disponível em: <link>

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Sônia Rocha: quando o sonho de ser psicóloga supera qualquer desafio

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O (En)Cena entrevista a acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, Sônia Cecília Rocha, 66 anos, mineirinha, casada, mãe e avó. Sônia é uma mulher extrovertida, amorosa, comprometida com a excelência em tudo que se propõe a executar. Em uma breve apresentação pessoal a entrevistada pontua que já viveu uma fase onde se via guerreira de levantar bandeiras, gritar, brigar, chorar; era destemida e acreditava que poderia mudar o mundo. 

O tempo passou, ela então se casou, vieram os filhos, eles cresceram e se foram, e nessa fase quando se viu sozinha e com a coragem se esvaindo entendeu que precisava reagir e iniciou o processo de graduação em psicologia. “Entreguei-me a este projeto, foi um imenso desafio, saí de um supletivo de um ano e meio, fiquei quarenta anos sem estudar, sem preparo fiz o Enem, e ingressei na faculdade. Teve momentos de extrema dificuldade, mas uma mulher forte ainda residia em mim. Como disse, dei a minha alma e aqui estou, vencendo esta etapa, que entre mortos e feridos, salvaram-se alguns, inclusive eu (risos)”, disse Sônia.

Confira este e outros detalhes na entrevista a seguir:

(En)Cena – O que te motiva a fazer psicologia já em uma fase mais amadurecida da vida? 

Sônia Rocha – A síndrome do ninho vazio e a teimosia em não querer parar. O desafio de ir além. E Psicologia porque acreditava que faria sentido pra mim.

(En)Cena – Qual a área de atuação você pretende focar depois da formação?

Sônia Rocha- Pretendo explorar a área da psicologia forense, ainda não me decidi, mas a tendência é que seja como Psicólogo Perito Oficial Criminal.

(En)Cena – Qual dica você deixa para quem pretende cursar psicologia?

Sônia Rocha – Sonhe menos e estude mais. Só mudamos algo em nós mesmos e no mundo através de conhecimento.

Fonte: Imagem por rawpixel.com no Freepik

(En)Cena – Que aspectos internos foram mobilizados em sua vida a partir do curso? 

Sônia Rocha – A busca por conhecimento transforma nosso olhar em relação a tudo que nos cerca, nos faz ver não só as partes, mas o todo das questões que nos envolve. Hoje tenho mais segurança em quem eu sou, do que quero e de quando eu quero. O outro continua sendo importante para mim, respeito-os a todos, desde que respeitem a mim. Diria que aprendi a me bastar, a me gostar.

(En)Cena – Como é a experiência de conviver no curso com pessoas de diferentes idades e perspectivas?

Sônia Rocha – Esta troca foi bastante positiva em minha vida, diversidades me encantam, pensamentos diferentes, atitudes, posturas, culturas. É uma roda viva que nos motiva de várias formas. Quanto à idade, o tempo todo ela só foi um número, tanto a minha quanto a dos colegas.

(En)Cena – Quais os maiores desafios enfrentados na pandemia relacionado à formação acadêmica?

Sônia Rocha – Não senti grandes percalços, de verdade. Sempre gostei muito de casa, sou igual gato, amo meu canto, minhas escritas, minha privacidade. Que eu me lembre a tecnológica, a conexão sempre caindo foram sim, desafiadores. Quanto ao ensino, achei super de boa, nunca pesquisei tanto e consequentemente aprendi muito com isso.

(En)Cena – Qual mensagem você deixa para os nossos leitores?

Sônia Rocha – Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás para atravessar o rio da vida, ninguém, exceto tu, só tu. Em referência a Friedrich Nietzsche: “construa, de qualquer forma no início, vá aprimorando com o tempo, mas comece, não pare no tempo, senão ele te consome. Te engole. Apenas não pare”.

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Enem: 7 técnicas de memorização para melhorar os estudos

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* Leonardo Chucrute é Diretor-geral do Colégio e Curso ZeroHum

 O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2021 será realizado nos dias 21 e 28 de novembro, tanto na versão digital quanto na impressa. Com a proximidade da prova, é normal a pessoa ficar nervosa, principalmente no dia. Por exemplo, quem não ficou desesperado ao ter o famoso branco diante do exame? Ou mesmo durante a preparação não sabia como memorizar o conteúdo para conseguir ter uma boa nota?

 

É importante ressaltar que a memorização ajuda, porém, o mais importante é entender o conteúdo. Assim você pode com suas palavras e entendimento explicar o que aprendeu. Mas vale ressaltar que a memorização não é algo que acontece rápido. Trata-se de um treino para aumentar a capacidade da sua mente de reter um conteúdo.

 

Minha primeira dica é ‘sair do óbvio’. Já ouviu dizer que, quando a gente foge do comum, aprendemos mais? Por isso, fuja do piloto automático. Para que você reprograme o cérebro para aumentar a capacidade de aprender coisas novas, comece pelo simples. Estude em ambientes novos. Ao fazer algo diferente, força sua cabeça a pensar mais e achar outras soluções que não as mesmas de sempre.

 

Outro método é ter foco. A Memorização está ligada ao foco. Portanto, pratique sua percepção. Use técnicas de relaxamento para não deixar que os problemas te atrapalhem ou sejam uma distração no momento de estudar. Dessa forma, ao estudar bem e focado, vai conseguir se lembrar mais do que aprendeu.

 

A terceira dica é a auto-explicação. Já ouviu falar que professor aprende mais dando aula? Isso é porque nós estamos revisando tudo o que aprendemos e que temos que ensinar. Inspire-se no seu professor preferido e explique em voz alta para você o conteúdo, pois assim seu cérebro vai captar mais o que tem que aprender.

 

O fichamento é outra técnica. Fichamento é fazer tópicos com palavras-chave do que lemos. Assim, conseguimos memorizar melhor e mais rápido. A quinta dica é praticar a memória reversa. A memória reversa é relembrar de tudo o que aconteceu no seu dia antes de dormir. Ao fazer isso, estamos forçando a nossa memória a se expandir e a aumentar a capacidade de lembrança.

 

O penúltimo método de memorização é o flashcards. São cards de papel em que você escreve a pergunta na frente e a resposta atrás. Além de ajudar a lembrar do conteúdo, pode ser uma forma de estudar em grupo, pois parece com jogos de perguntas e respostas.

 

Por último, indico que faça sua revisão semanal para melhorar a memorização dos estudos. É necessário estudar constantemente para não esquecer. Utilize essas dicas e não se esqueça que cada um tem seu jeito de estudar. Encontre o seu e pratique! Dedique-se e terá uma excelente nota no Enem.

 

(*) Leonardo Chucrute é diretor-geral do Colégio e Curso ZeroHum, Professor de matemática, ex-cadete da AFA e autor de livros didáticos.

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Niède Guidon e sua contribuição para a ciência e história brasileira

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Fonte: http://encurtador.com.br/acyH1

Niède Guidon é uma arqueóloga brasileira, pesquisadora, nascida em Jaú, interior de São Paulo, no dia 12 de março de 1933, hoje com 88 anos, formada em História Natural pela USP, com doutorado em pré-história pela Sorbonne e especialização na Université de Paris. Se mudou para a França, após o golpe de 1964, devido a sua militância política, construindo portanto, sua carreira como arqueóloga. Em 1963 quando estava expondo pinturas rupestres de Minas Gerais no Museu Paulista, conheceu um morador de São Raimundo Nonato no Piauí, informando-lhe que lá existiam pinturas semelhantes, algo que despertou curiosidade na pesquisadora, que já seguia com estudos voltados para a descoberta de vestígios do homem mais antigo das Américas, como assistente da grande arqueóloga francesa Annete Emperaire.

Niède Guidon é conhecida mundialmente como uma arqueóloga que dedicou seus estudos para demonstrar a presença do homem nas Américas, através dos sítios arqueológicos encontrados na região de São Raimundo Nonato, deixando portanto, sua vida de docência na França para se estabelecer no Brasil, e assim intensificar sua pesquisa nessa área, diante de evidências da passagem do homem nesse local. Considerada como uma das arqueólogas mais premiadas no mundo, no ano passado foi homenageada na conquista do renomado Prêmio Hypatia Awards, sendo a única sul americana prestigiada nessa premiação, como reconhecimento pelo seus trabalhos de pesquisas desenvolvidas no Piauí.

Sua trajetória de estudos, portanto, é marcada pela sua mudança em 1992 para a cidade de São Raimundo Nonato, onde inicia suas atividades de pesquisa, porém desde 1973 integra a Missão Arqueológica Franco-Brasileira, concentrando seus trabalhos nesse local, se tornando uma grande lutadora para que suas pesquisas sejam subsidiadas financeiramente e assim possam ser continuadas e ampliadas, mas acima de tudo reconhecidas. Nesse percurso, muitos já foram os desafios superados nesse sentido, porém a valorização dos estudos e suporte financeiro para sua continuidade, como a manutenção das atividades de estruturação turística, pagamento de funcionários, entre outras despesas, ainda são vivenciados pela pesquisadora, que segue lutando isoladamente para que os trabalhos no Parque Nacional da Serra da Capivara permaneçam acontecendo.

Fonte: http://encurtador.com.br/CLNST

Niède Guidon afirma que o material arqueológico encontrado no Piauí, indica que o homem chegou no local cerca de 100 mil anos atrás e apesar de ser alvo de questionamentos, por diversos estudiosos, a pesquisadora acredita que o Homo Sapiens veio da África, por via marítima, atravessando o oceano atlântico, chegando então até o Piauí. Sua teoria se sustenta na constatação que, diante da seca enfrentada na África, o homem teria ido buscar alimentos pelo mar, que a distância entre a África e a América eram muito menores, sendo esses os argumentos que explicam, porém sua teoria se choca com a defendida pela arqueologia tradicional, ao qual relata que a chegada do homem nas Américas tenha acontecido cerca de 13 mil anos atrás, vindo da Ásia, pelo estreito de Bering.

A luta de Niède Guidon perpassa pelo incentivo necessário para manutenção de pesquisas no país, algo relevante, pois as descobertas são contribuições imprescindíveis para aprofundamento e ampliação do conhecimento. A arqueóloga enfrenta o desafio de manter a gestão do Parque Nacional da Serra da Capivara em funcionamento, por meio da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), porém na atual conjuntura da pandemia, enfrenta a batalha do custeio dos trabalhos, com grandes prejuízos para o andamento das pesquisas.

Em 2015, a pesquisadora viu seus trabalhos serem paralisados, por falta de recursos, mesmo sendo retomados logo depois, a luta se intensificou para que os projetos e pesquisas não mais tenham grandes prejuízos, apesar da necessidade ser bem maior, que os recursos atualmente disponíveis, revelando uma dura realidade enfrentada por muitos pesquisadores no Brasil. Ainda assim, Niède Guidon, se coloca na linha de frente de defesa do maior tesouro arqueológico brasileiro, e acima de tudo, da ciência como um campo a ser desbravado e fonte de crescimento e desenvolvimento de um país.

Fonte: http://encurtador.com.br/COS24

Niède Guidon acredita com seus estudos poder reescrever a versão da história demográfica do homem e mesmo existindo aspectos controversos, contestados por outros estudiosos, a pesquisadora acumula evidências científicas, que fortalecem suas hipóteses, com grandes descobertas de sítios arqueológicos e centenas de fósseis localizados na região de São Raimundo Nonato.

Além da pesquisadora ser perseverante no cuidado à manutenção dos vestígios arqueológicos, com toda certeza, o impacto da criação do Parque Nacional da Serra da Capivara é bastante positivo para o contexto turístico da região. Uma cidade no interior do Estado do Piauí, que tem um crescimento no seu turismo, pela intensificação da movimentação de visitantes, sem dúvida, tem com isso uma modificação no cotidiano dos seus moradores, contribuindo para um desenvolvimento social e econômico no local.

Niède Guidon define sua luta como algo primoroso e se preocupa com o avanço da sua idade frente a direção da Fumdham, como uma necessidade de passar esse trabalho para outra pessoa com igual interesse em manter as pesquisas e o funcionamento do Parque. No entanto, segue ainda no comando, lidando com escassez de recursos, para o mais importante sítio arqueológico do país, mas acreditando na promessa de novos repasses por parte do Governo, no apoio de outras entidades colaboradoras e principalmente, nos resultados já alcançados pelos seus estudos, que fortalece diariamente a sua luta.

REFERÊNCIAS:

DUARTE, Cristiane Delfina Santos. A mulher original: produção de sentidos sobre a arqueóloga Niéde Guidon. 2015. 242 p. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem e Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/271103. Acesso em: 24 abr. 2021

MARTIN, Gabriela. PESSIS, Anne-Marie. Entrevista: Niède Guidon. Clio Arqueológica, v35N1, p.1-13, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/clioarqueologica. Acesso em: 24 abr. 2021.

MUSEU DO HOMEM AMERICANO. A arqueóloga Niède Guidon. Disponível em: http://www.fumdham.org.br/museu-do-homem-americano. Acesso em: 24 abr. 2021.

GAUDENCIO, Jessica. Niède Guidon: a cientista brasileira responsável pelo tesouro arqueológico nacional. História da ciência e Ensino: construindo interfaces, vol. 18, pp 76-87, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.23925/2178-2911.2018v18i1p76-87. Acesso em: 24 abr. 2021.

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Maioria dos pais vê prejuízos na educação das crianças e adolescentes durante a pandemia, segundo pesquisa Datafolha

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  • Para 65% dos pais ou responsáveis entrevistados na pesquisa, encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, as crianças da pré-escola terão o seu desenvolvimento comprometido; enquanto 69% dizem que os estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental terão atraso em seu processo de alfabetização, com prejuízo ao seu aprendizado;
  • Em relação aos adolescentes, 58% têm a percepção de que terão problemas emocionais por causa do isolamento e 58% acreditam que os alunos do ensino médio correm risco de desistir dos estudos;
  • Subiu de 24% para 30%, de setembro para novembro de 2020, o índice de pais e responsáveis favoráveis ao retorno das aulas presenciais, alegando principalmente os prejuízos na educação dos estudantes durante a pandemia em todos os níveis de ensino;
  • A pesquisa mostra também que os pais temem a Covid-19 e para 49% não há confiança na capacidade da escola de se adequar às normas de segurança sanitária, índice que era de 22% em setembro; em relação ao comportamento dos estudantes, 43% não confiam que irão cumprir os protocolos de segurança (índice de 24% em setembro).

São Paulo, fevereiro de 2021 – Após praticamente um ano letivo sem aulas presenciais, pais e responsáveis de estudantes de escolas públicas de todo o país acreditam que, se continuarem fechadas, as crianças da pré-escola terão o seu desenvolvimento comprometido (65%), enquanto aquelas dos anos iniciais do Ensino Fundamental terão um atraso em seu processo de alfabetização e isso irá prejudicar seu aprendizado (69%). Em relação aos adolescentes, a percepção é a de que tenham problemas emocionais por causa do isolamento (58%) e que os alunos do Ensino Médio correm o risco de desistir dos estudos (58%).

Estes dados são indicados na quinta edição da pesquisa Datafolha “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, realizada com 1.015 pais ou responsáveis de estudantes das redes públicas municipais e estaduais, com idade entre 6 e 18 anos, no período de 16 de novembro a 2 de dezembro de 2020.

Os prejuízos decorrentes da falta de aula presencial podem ser ainda maiores para os estudantes socialmente vulneráveis. Para 80% dos pais e responsáveis, eles correm o risco de ficar para trás por terem mais dificuldades para estudar em casa. A taxa dos que temem que seus filhos desistam da escola chegou a 35%. A diminuição da renda familiar é outro ponto de atenção: na pandemia a renda diminuiu para 47% dos entrevistados.

“Tantos meses de afastamento do ambiente escolar deixarão marcas no desenvolvimento dos alunos, com a intensificação de problemas antigos, como a distorção idade-série, o abandono e a evasão, especialmente entre a população mais vulnerável. As redes que já começaram a realizar diagnósticos estão no caminho certo para propostas pedagógicas que ajudem na motivação dos estudantes e na recuperação das perdas de aprendizagem. É também urgente a construção de um planejamento coordenado de retomada das aulas com protocolos bem estabelecidos, com forte diálogo junto às equipes escolares e muito apoio aos professores, sob pena dos prejuízos à educação e à garantia de direitos de crianças e adolescentes se prolongarem por um extenso período”, afirma a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patricia Mota Guedes.

O reconhecimento da importância da retomada das aulas presenciais traz, em contrapartida, a insegurança e o temor sobre o contágio da Covid-19. Apenas 19% dos pais ou responsáveis disseram que ‘confiam muito’ na capacidade da escola de se adequar aos protocolos de segurança sanitária na reabertura. E 43% deles não confiam na capacidade dos alunos de se adequarem às normas sanitárias, índice que era de 24% em setembro.

No cenário nacional, somente 5% das escolas frequentadas por estudantes das famílias que participaram da pesquisa reabriram em novembro, das quais 60% com aulas regulares e 66% em alguns dias da semana. Mais da metade dos alunos não foi para a escola (57%) e 79% dos pais entrevistados disseram que receberam orientações sobre a reabertura.

Para o diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, uma boa comunicação das escolas com pais, responsáveis e alunos pode fazer diferença para orientar e criar uma relação de confiança. “É um período de insegurança natural devido ao cenário de pandemia, mas este momento é também uma oportunidade para estreitar e fortalecer o contato com as famílias, que vêem agora com mais clareza a importância da escola no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes“, diz Mizne. “É importante este vínculo para motivar alunos e familiares e evitar a evasão escolar”, afirma.

APRENDIZADO NA PANDEMIA

Para 79% dos pais, as escolas deram apoio durante o período sem aulas presenciais, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental (87%). O suporte consistiu principalmente em professores disponíveis para tirar dúvidas dos responsáveis, orientações gerais sobre como apoiar os estudantes para fazerem as atividades e sugestões para motivá-los a participar.

As atividades a distância possibilitaram aos alunos o desenvolvimento de algumas competências. Na percepção dos pais, foram desenvolvidas habilidades como usar a tecnologia para estudar e aprender, não desistir diante das dificuldades e pesquisar e ampliar o conhecimento sozinho.

Os pais e responsáveis também tiveram um aprendizado neste ano de aulas em casa. Dos entrevistados, 50% destacam como aspectos mais importantes acompanhar e apoiar os estudantes na aprendizagem; 35%, estar aberto a diferentes dinâmicas e tendências de ensino; e 29%, estar em contato com os professores e com a direção da escola, além de estabelecer e acompanhar rotinas de estudos.

No entanto, houve dificuldades dos estudantes para organizar as rotinas de estudo com autonomia, além de capacidade de adaptação e flexibilidade. O índice dos que percebem dificuldade em manter uma rotina das atividades em casa alcançou 69%. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, chega a 72%.

A motivação é um fator crítico para o engajamento e observa-se um processo de desmotivação desde maio de 2020, quando ocorreu a primeira edição da série de cinco pesquisas realizadas até agora pelo Datafolha. Enquanto em maio 46% dos estudantes estavam desmotivados, em novembro o percentual é de 55%.

Deve-se considerar que houve um incremento no índice de alunos que receberam atividades por equipamentos e material impresso, de 34% para 63% no período de maio a novembro de 2020. No entanto, cai o tempo dedicado para as atividades.

Em um período letivo tão atípico, uma questão é fundamental: evitar a evasão escolar. A pesquisa segmentou os estudantes em quatro categorias: ‘Adaptados’, ‘Superadores’, ‘Resilientes’ e ‘Em risco’. Considerando os dados apurados de maio a novembro, observa-se que o grupo dos estudantes ‘Em risco’ mantém-se estável em cerca de um terço, similar ao grupo dos ‘Resilientes’. Quando perguntados qual a expectativa para 2021, 34% afirmam estar otimistas, enquanto 36% estão razoavelmente otimistas.

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Como estudar em casa na quarentena

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O momento agora é extremamente importante no combate ao coronavírus. Com as medidas adotadas para que as crianças fiquem em casa, os estudos são feitos através da internet. Para isso, professores e alunos estão tendo que se adaptar. É muito importante que o aluno mantenha a disciplina de estudos, se dedique e acredite que isso vai passar.

A maior dificuldade de estudar em casa é não ter um tutor, um orientador, um professor ou alguém estudando lado a lado. Alguns alunos podem sentir desânimo por esse motivo. Por exemplo, caso ele tenha uma dúvida, o professor não vai estar ali presente fisicamente para esclarecer o assunto. A internet nesse momento de dúvida também pode acabar desviando a atenção do estudante, pois ele acaba entrando em uma mídia social ou vendo algo que não tem ligação com a matéria e a dúvida dele.

Fonte: encurtador.com.br/lmtKW

Com isso, ele corre o risco de perder o foco. Durante a quarentena, o aluno precisa se conscientizar que é algo passageiro e que é importante que se dedique e se adapte à nova realidade para não perder tempo. Manter o foco é o grande segredo.

Outro ponto importante é ter disciplina e criar uma rotina. O aluno não pode se entregar a “joguinhos” e séries de plataformas online. Ele precisa ter uma rotina responsável com os estudos. Oriento meus alunos a acordarem cedo, que se arrumem como se fosse para a escola. Devemos ‘dizer’ ao nosso cérebro que ele deve continuar trabalhando normalmente.

Fonte: encurtador.com.br/gPR25

Para saber o que estudar, fique de olho nos conteúdos disponibilizados pela sua escola, pegue a grade escolar e estude como se estivesse na escola. Não deixe de fazer a tarefa de casa, até porque você já está em casa. Aproveite também várias dicas que estão sendo dadas e divulgadas por muitos professores no YouTube.  Não desanime, persista e acredite.

O estudo é algo muito importante para que nesse momento a criança e o adolescente possam ocupar seu tempo e se distrair de notícias ruins. Tenho distribuído material gratuito lá no meu canal do YouTube. E torço para que esse momento passe o mais rápido possível. Mas enquanto isso não acontece fique em casa.

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“Notificação da violência” é pauta do Grupo de Estudos Feministas

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O encontro acontece no dia 13 de novembro às 17h na sala 203 do CEULP

Grupo Acadêmico de Estudos Feministas é um projeto de extensão ligado ao curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, sob a coordenação da Profa. Me. Cristina D’Ornellas Filipakis e participação de várias acadêmicas do curso. Os encontros ocorrem às segundas-feiras, 17h, na sala 203. O objetivo é discutir e ampliar a discussão sobre feminismo no âmbito acadêmico, tendo em vista que o tema ainda gera muitos mal-entendidos.

O encontro dessa segunda-feira (13) será conduzido pela acadêmica Evelly Silva, com o tema “Violência Contra Mulheres: como notificar?”. O objetivo Do encontro é apresentar a ficha de notificação compulsória do Ministério da Saúde, que coleta dados sobre doenças, agravos e eventos de saúde pública; incluídos no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e contribuem para o manejo de políticas públicas. A Ficha de Notificação de Violência Interpessoal e Autoprovocada deve promover novas organizações e estruturas de atendimento que qualifiquem a atenção à mulheres em situação de violência e a seus familiares.

Segundo Evelly Silva, tratar sobre notificações é fundamental pois “é através do uso desses dados que as políticas públicas de promoção, prevenção a saúde e proteção social podem ser planejados e executados. Não se faz política pública efetiva sem dados epidemiológicos que demonstrem a realidade do local em que se vai intervir. Ressalto ainda, a importância da divulgação desse serviço em grupos como este, visto que a informação é essencial e instrumentalizar mulheres acerca dos seus direitos dentro do SUS é promover o empoderamento de um público, muitas vezes negligenciado e oprimido das mais diversas maneiras, inclusive dentro dos serviços de saúde”, aponta.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas através do telefone 3219-8068 com a profa. Me. Cristina Filipakis.

A atividade é gratuita e aberto à comunidade.

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Grupo de Estudos Feministas promove ação solidária no Ceulp/Ulbra

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O Grupo Acadêmico de Estudos Feministas é um projeto de extensão ligado ao curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, sob a coordenação da Profa. Me. Cristina D’Ornellas Filipakis e participação de várias acadêmicas do curso. O objetivo é discutir e ampliar a discussão sobre feminismo no âmbito acadêmico, tendo em vista que o tema ainda gera muitos mal-entendidos.

Apesar do lançamento recente, o grupo já promoveu sua primeira ação solidária na sexta-feira (27). Caixas decoradas contendo absorventes higiênicos foram depositadas nos banheiros femininos dos blocos 2, 3 e 4 do Ceulp/Ulbra, para o livre uso das acadêmicas. O objetivo é que as próprias usuárias reabasteçam e usufruam das caixas de acordo com suas necessidades.

Para a acadêmica Ingrid Sousa, que participou da confecção das caixas, realizar a ação foi revigorante: “Pra mim foi uma experiência totalmente nova e revigoradora. Me senti parte do grupo, e sempre muito apoiada. Me unir para produzir a caixa também me trouxe muitos momentos bons, me possibilitou conhecer melhor as meninas do grupo e me sentir apoiada de alguma  forma por todos. As caixinhas são  algo físico que mostra a união de todas nós”.

Os encontros do Grupo Acadêmico de Estudos Feministas ocorrem às segundas-feiras, 17h, na sala 203 do Ceulp/Ulbra. Mais informações podem ser obtidas através do telefone 3219-8068 com a profa. Me. Cristina Filipakis.

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Objetificação da mulher é pauta para Grupo de Estudos Feministas

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Os encontros ocorrem às segundas-feiras, 17h, na sala 203, no Ceulp/Ulbra

O Grupo Acadêmico de Estudos Feministas é um projeto de extensão ligado ao curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, sob a coordenação da Profa. Me. Cristina D’Ornellas Filipakis e participação de várias acadêmicas do curso. Os encontros ocorrem às segundas-feiras, 17h, na sala 203. O objetivo é discutir e ampliar a discussão sobre feminismo no âmbito acadêmico, tendo em vista que o tema ainda gera muitos mal-entendidos.

O encontro dessa segunda feira (23) será conduzido pelas acadêmicas Talita Lima e Monique Carvalho, com o tema a “Objetificação da Mulher”. O objetivo da discussão será clarificar o que é a objetificação da mulher, a discrepância entre a visão do feminino e masculino na nossa sociedade,  e a naturalização da violência contra a mulher em decorrência de sua transformação em um objeto.

Fonte: https://goo.gl/sbKcEn

Segundo a acadêmica Talita Lima, esse tema é de extrema importância pois “a partir do momento em que essa objetificação é naturalizada, acontece o fenômeno chamado ‘auto-objetificação’, no qual as mulheres se anulam, anulam o que pensam e sentem, para agradar o padrão de objetificação.  Elas mesmas passam a enxergar em si e nos outros objetos em uma ‘prateleira’ […], se você não for incrementada o suficiente você não será escolhida”, pontua.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas através do telefone 3219-8068 com a profa. Me. Cristina Filipakis.

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