Minha experiência na mediação de grupo terapêutico para idosos

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A experiência de trabalhar com grupo de idosos, do Parque do Idoso de Palmas, me emocionou e fez florescer uma nova perspectiva até então não almejada, que é trabalhar com grupos e ainda mais especificamente com idosos. Confesso que no início da disciplina de Intervenção em Grupo fiquei temerosa de como seria essa intervenção, pois se no atendimento individual é exigido uma escuta aguçada, em um grupo isso eleva a complexidade do atendimento.

Após as orientações do professor Sonielson Sousa, sobre o público escolhido pela equipe composta por mim – Erika Santos, Andreia Carvalho, Clarissa Lira, Gabriel Avelino e Adhemar Chufalo Filho, confeccionamos o material de divulgação e entramos em contato com o responsável do Parque, explicamos como seria a intervenção, acordamos datas, horários e entregamos o material para divulgação. 

A intervenção ocorreu em quatro encontros, de 1 hora cada. No primeiro encontro, apesar de ter ocorrido bastante divulgação, só apareceu um idoso para intervenção, isso gerou em mim e acredito que nos demais colegas um sentimento de tristeza. No entanto, havia outros idosos que estavam fazendo atividade na piscina, tivemos que esperar a atividade acabar para mais idosos participarem e começar a intervenção, isso ocorreu também no segundo encontro, do terceiro para o quarto a espera foi mais rápida, eles estavam animados para participar da intervenção. 

Além do contratempo inicial da espera para começar a intervenção, o local onde ocorreu a dinâmica era barulhento, pois era ao lado de uma via de carros, sem contar com o calor, visto que as salas com ares-condicionados estavam interditadas, ficamos então em uma quadra. Posteriormente, conseguimos um novo lugar, um quiosque afastado da via e mais arbóreo em relação ao calor.

Em relação ao primeiro encontro percebemos um constrangimento inicial dos idosos, que logo se extinguiu com as falas e as dinâmicas propostas ao grupo. As temáticas abordadas no primeiro e no segundo encontro seguiram o método dialético de perguntas semiestruturadas, relacionadas a rede de apoio, direito dos idosos, vivência familiar, situação financeira, saúde e solidão. Trabalhamos nos demais encontros técnica de Mindfulness, para relaxamento e dinâmica de grupo, como a caixa com espelho, uma forma dos idosos falarem de si, suas potencialidades e vulnerabilidade.

Os diálogos entre a equipe e os idosos foi leve, eles eram muito participativos e tinham necessidade de serem escutados. Percebemos que o Parque do Idoso tem muitas atividades recreativas, mas nada relacionado a interação, conversação e escuta. Ao final do encontro os idosos demonstraram interesse em continuar com as intervenções, que gostaram das ações trazidas pela equipe. Particularmente, a intervenção trouxe muito aprendizado, afeto e reflexão sobre o envelhecer de forma saudável, criativo e autônomo.

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Experiências vividas no parque municipal da pessoa idosa de Palmas

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Trata-se de relato de experiências por mim vividas junto aos idosos do Parque Municipal da Pessoa Idosa de Palmas pela disciplina Intervenção em Grupos, cuja equipe tem em sua formação Andreia Alves de Carvalho, nossa líder, Clarissa Souza Lira, Eryka Cristina da Silva Santos, Gabriel Wállef Silva Avelino e eu, Adhemar Chufalo Filho, sob a supervisão do Professor Mestre Sonielson Luciano de Sousa. 

A intervenção se deu em 4 encontros de 1 hora cada, no Parque Municipal, sendo que no primeiro dia ocorreu na quadra de esportes com a presença de 10 idosos (as) de ambos os sexos, e o tema da roda de conversa, que se deu pelo método dialético com perguntas semiestruturaras, estavam relacionadas à vivência familiar, rede de apoio, situação econômica, saúde. 

Insta salientar que esse diálogo entre nossa equipe e os (as) idosos (as) foi muito à vontade, e eu não me senti como um estranho ou intruso em suas vidas, pois estavam bem tranquilos e abertos tendo interesse em apresentar suas demandas de forma individualizada, e alguns idosos (as) eram um pouco mais prolixos que outros. 

No segundo encontro compareceram somente 3 pessoas, não me recordo, mas parece que grande parte dos usuários do Parque tinha viajado para a cidade de Santa Fé do Sul, Estado de São Paulo, para participar de jogos com idosos (as) de outras instituições no âmbito nacional, porém o encontro com os presentes, marido e mulher, e uma terceira pessoa que, vinda do Nordeste, foi muito proveitoso e esclarecedor sendo que o terceiro narrou um pouco de sua vida e por causa de sua filha se mudou para Palmas. 

Fonte: Segundo encontro com os idosos em 1º de abril de 2024.

A adesão aos encontros foi aumentando, e, nos terceiro e quarto, compareceram mais de 15 pessoas em cada um, e, com esse aumento na frequência, notei que os idosos (as)  estavam gostando da nossa presença e do nosso diálogo, inclusive dei alguns poucos relatos de minha própria experiência como idoso que sou, e isso foi possível por eu adotar,  como acadêmico de Psicologia, a abordagem da Psicologia Analítica de Jung. 

No terceiro encontro utilizamos as técnicas Mindfulness, dialética e métodos terapêuticos outros como a caixa com espelho para que os (as) idosos (as) falassem um pouco da pessoa que viam no fundo da caixa, no espelho, e eu observei, com certa restrição, os depoimentos sobre si mesmos, pois em nenhum momento os que se manifestarem narraram suas dificuldades, pois somente tinham palavras de elogio, otimismo, satisfação plena com suas condições subjetivas e objetivas de vida. 

Fonte: Terceiro encontro com os idosos o corrido em 8 de abril de 2024.

Abro parênteses para relatar que o Parque não oferece encontros de   grupos terapêuticos para poderem os (as) idosos (as) dialogar das suas necessidades psicológicas ou não, mas somente atividades físicas como natação, capoeira, vôlei, sem qualquer prática voltada à meditação, relaxamento, reflexão, pelo menos o que eu constatei em conversa com os usuários (as). 

No último encontro, o quarto, utilizamos das técnicas Mindfulnes, dialética e técnicas terapêuticas outras em que se distribuiu aos (às) participantes parte de uma folha de papel para que escrevessem qual a percepção que tinham a respeito dos encontros que foram realizados junto a eles (as), e a maioria respondeu que foi o reconhecimento por termos nos disponibilizados ao mister.  

Fonte: Quarto encontro com os idosos ocorrido em 15 de abril de 2024.

Concluindo, a intervenção feita junto ao grupo de idosos (as) do Parque Municipal  da Pessoa Idosa,  de Palmas, trouxe-me muitas reflexões a respeito das necessidades de reconhecimento, lugar de fala, visibilidade, respeito, temas recorrentes que restou demonstrado nos diálogos em, por serem perguntas semiestruturadas, permitiam a troca de ideias entre os próprios usuários (as) e a interação com a equipe de estagiários (as). 

As técnicas terapêuticas utilizadas como Mindfulness, dialética com perguntas semiestruturadas, métodos outros como a caixa com espelho, os bilhetes para que pudessem deixar suas impressões, fizeram  com que o grupo de idosos (as) se sentisse mais a vontade e pertencentes a um contexto que não privilegia ou hierarquiza a relação entre os acadêmicos estagiários do curso de Psicologia e os (as) usuários (as) / idosos (as) que frequentam o Parque Municipal da Pessoa Idosa, tornando, assim, a nossa intervenção muito proveitosa e enriquecedora. 

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Abrindo espaço para as diferenças

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Relato de experiência sobre o encontro entre religião e psicologia

Fonte Agência Brasil


A religião sempre fez parte da minha vida de maneira significativa, eu nasci em uma família que tem valores cristãos como norteadores, e pais pastores; quando criança a maioria das minhas lembranças foram construídas em ambientes como na igreja, retiros e eventos semelhantes, além da maioria das minhas amizades também serem construídas a partir dessa realidade.

Hoje, posso dizer que grande parte do que sou e acredito está baseado nessa construção e nesses valores a mim apresentados desde cedo. Por essa realidade sempre ser a maior parte daquilo que eu vivia, isso nunca gerou em mim conflitos e questionamentos tanto sobre as crenças que eu acredito, como sobre os costumes e pensamentos que carrego durante tantos anos.

Quando entrei no curso de Psicologia, foi um dos primeiros contatos com um meio em que tive a oportunidade de conviver com diversas pessoas que pensam e possuem crenças totalmente diferentes da minha, hoje em dia eu encaro isso como um grande privilégio, mas nem sempre foi assim.

O curso de psicologia é caracterizado pela discussão de diversos temas que podem ser vistos como delicados dentro da sociedade em que vivemos, além disso também é caracterizado pela diversidade de pessoas que optam por estudá-lo, construindo um ambiente de diferentes ideias, pensamentos e crenças. E isso começou a me causar crises de identidade sobre aquilo que eu passei uma vida toda aprendendo.

Teve determinados períodos e matérias que eu comecei a me perguntar se a psicologia realmente era para mim, por achar que para me tornar uma boa profissional teria que abrir mão daquilo que eu acreditava, e isso me gerou bastante sofrimento, em achar que iria me formar e nunca conseguiria atuar, e esse dilema foi crescendo em mim ao decorrer do tempo.

Fonte Agência Brasil

Quando eu entrei no sexto período do curso, comecei a fazer terapia, e lembro que em uma determinada sessão começamos a conversar sobre meus medos como futura profissional, lembro-me de ser a primeira vez que conversava com alguém sobre aquilo que pensei durante tanto tempo, e essa conversa foi essencial para mim.

Naquela sessão eu pude entender como a psicologia realmente funcionava, sem o peso que eu sempre coloquei sobre ela. Eu entendi que a psicologia não era sobre eu abandonar minhas crenças e ter a mesma opinião que meus pacientes, também não era sobre eu conseguir me conectar apenas com pessoas que pensam como eu, pois isso pode ser muito limitador, não apenas como profissional mas também como pessoa.

Comecei a entender que como prática clínica eu posso sim atender e ter um vínculo com alguém que pensa diferente de mim, sempre entendendo que o espaço terapêutico é do paciente e que eu jamais irei induzi-lo a nada, e sim ajudá-lo a despertar nele aquilo que ele pensa ser melhor, pois seria muita arrogância pensar que o diploma conquistado me dá o direito de ditar aquilo que é melhor ou pior para alguém, por fim, quando estava em supervisão clínica escutei uma frase que foi a cereja do bolo que faltava dentro desse processo: “Precisamos nos afastar ideologicamente e nos aproximar afetivamente”, isso abriu os meus olhos para entender as diversas possibilidades que a psicologia nos dá quando nos preocupamos com a pessoa que está a nossa frente e não com as ideologias.

Fonte Agência Brasil

Hoje eu vejo que essa experiência vivida no decorrer do curso me ensinou uma lição muito valiosa, a de que uma das coisas mais incríveis que nós temos na vida é o privilégio de conviver com pessoas que pensam diferente de nós, também pude ver o quanto perdemos quando escutamos o outro sem genuinamente se interessar em conhecer o mundo daquela pessoa e simplesmente como intuito de convencê-lo a pensar como nós.

Em suma, pude perceber que uma das coisas mais valiosas que existe é a diversidade, as diferenças, e quando elas são respeitadas conseguimos ser melhores e tornar o mundo um pouco melhor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Um relato sobre amadurecimento….

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Sem saber do processo, ele foi crescendo e se transformando em alguém melhor.

Durante os anos de minha vida, tive muitas experiências: alegrias, tristezas, conquistas e perdas. Mas nunca tinha me dado conta de que fazia parte do crescimento. Em minha infância, eu era chamado de bonzinho demais e ingênuo, pois só conseguia enxergar o lado bom das pessoas, ao mesmo tempo que era muito alertado em não confiar tanto nos outros. 

Pois bem, os anos foram passando e tive meu primeiro choque: a separação dos meus pais. Por mais que ele não fosse o “bom exemplo”, nenhum filho quer que seus pais se separem. Conviver com a dor e com a nova configuração, me deixou muito confuso e foi o primeiro depósito de mágoas que deixei dentro de mim. 

Logo após a separação, 1 ano e meio depois, eu, minha mãe e minha irmã mais nova nos mudamos para Palmas e tivemos que começar do zero. Minha mãe voltou a ser doméstica e passou a trabalhar como professora em colégios infantis e eu tive que começar a trabalhar e desistir do sonho de estudar por enquanto. Felizmente, pouco tempo depois, minha mãe passou no concurso municipal de Palmas e continuou como professora até se tornar coordenadora pedagógica. Porém, a minha frustração fez eu desistir de estudar e continuar apenas trabalhando. 

Foi assim durante 1 ano, até que comecei a estudar um curso técnico de Segurança do Trabalho no IFTO. Consegui fazer apenas dois períodos, mas não me sentia motivado, nem ao menos conseguia me enxergar exercendo a profissão. Neste período, o campus entrou em greve e isto foi o gatilho para desistir do curso, foi então que decidi que não ia estudar mais e continuar apenas trabalhando. 

Mesmo diante da decisão, estava muito frustrado e triste, e escondia essa dor dentro de mim, somente 1 ano e meio depois, após um confronto da minha mãe, ela insistiu para que eu voltasse a estudar e que me ajudaria a pagar uma faculdade caso fosse necessário. Foi então que me enchi de esperança e escolhi Psicologia em 2016 para prestar o vestibular, até então não sabia muito sobre essa ciência, mas sempre tive muita curiosidade. Após ser aprovado, consegui começar a cursar a partir de 2017/1. 

A faculdade me deu um novo olhar sobre a vida, sobre as pessoas e sobre si mesmo. Não foi fácil, pois sofria com algumas descobertas, com as pessoas e por não conseguir fazer muitas amizades. Fui confrontado na minha fé e isto fez com que eu me sentisse mais desmotivado. No mesmo período, engatei um relacionamento com uma pessoa que amei muito, porém foi uma relação muito tóxica. Durante os quase 3 anos de relacionamento me entregava a ponto de chegar a ser dependente emocional. Eu fui me destruindo, pois não me amava, não conseguia me ver feliz e nem conseguia mais sonhar com os projetos que possuía. Fiquei tão depressivo que só conseguia realizar as coisas no automático. O término do relacionamento me fez gerar um transtorno de ansiedade muito forte que se juntou com a depressão até não conseguir mais encontrar uma saída, a não ser em pensar na morte. 

Fonte: Pixabay

 

A minha fé, foi o único motivo pelo qual não tentava algo contra minha vida, porém eu pedia pela morte. Vivi 1 ano dessa forma, não conseguia nem mesmo rir de verdade ou ter prazer nas demais atividades. Isto me prejudicou ao ponto de atrasar a minha formatura na faculdade, pois tive que trancar dois estágios durante este ano de sofrimento,  pois não tinha forças para exercer as atividades. 

Neste tempo, vendo que não conseguia sair desse estado, ficava me perguntando porque passei por tantas dores, tanto sofrimento já que sempre tentei olhar o lado bom da vida e o melhor das pessoas. 

Comecei a frequentar a terapia que me ajudou a enxergar que eu não pensava em mim, não olhava o quanto fui negligente comigo mesmo, não me amava e nem mesmo sabia o que eu gostava, pois sempre dediquei tudo para os outros.

Fonte: Pixabay

Também frequentei o psiquiatra, pois a ansiedade e a depressão já tinham me prejudicado muito  e  foi necessário o auxílio da medicação. Depois de 6 meses de tratamento, me considerei recuperado, e é incrível como hoje em dia olho para trás e vejo como tudo isso me fez forte. Durante as crises eu pedia para Deus pular para o tempo em que eu estivesse bem. Mas sei que foi necessário para que eu olhasse para mim, me amasse, voltasse a sonhar e acreditar no melhor. 

Passar por essas dificuldades, abriu meus olhos para o amadurecimento, pois emocionalmente me sinto mais maduro e mais preparado para enfrentar o dia-a-dia. Era um processo que foi necessário, talvez não ao ponto de chegar a estar em adoecimento mental, mas como pude ser transformado mesmo passando por dores.  Elas foram essenciais para que eu justamente pudesse me fazer essas perguntas para poder encontrar as respostas. 

As borboletas passam por um processo de transformação que é natural, porém não é por escolha. O corpo de lagarta é completamente transformado ao ponto de se tornar praticamente um outro inseto. Uma vez, pude ver uma borboleta saindo do casulo e percebi que do casulo pingavam gotas de sangue, então percebi o quanto esse processo era doloroso para ela. 

Fazendo esta comparação, passei por muitas dores emocionais tão profundas que nem sabia o porque estava passando, mas eu estava no meu processo de crescimento e de transformação para chegar onde estou atualmente. Encerro este relato não dizendo que já estou 100% maduro para o resto da vida, mas em como a superação e amor próprio foram necessários para conseguir alcançar um novo nível em todas as áreas da minha vida e que com certeza é uma preparação para poder alcançar os níveis que ainda virão. 

Fonte: Pixabay

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Danilla Façanha fala sobre os desafios da volta aos estudos após a maturidade

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“Não desista quando ainda estiver na superfície, aprofunde-se com a certeza que a fé lhe dá e com a plenitude que a maturidade traz.” (Danilla Façanha) 

O EnCena entrevista a acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, Danilla Façanha, natural de São Paulo-SP, crescida e criada em Teresina – PI e atualmente residente em Palmas- TO. Danilla é filha, esposa, mãe de 3 filhos e 2 netos. É formada em Serviço Social, Pedagogia, especialista em Educação, em Neuropsicopedagogia clínica/institucional, Análise do comportamento-ABA e agora formanda em Psicologia (2022/2). Trabalha atualmente em uma escola como Coordenadora Pedagógica e cursa psicologia na companhia de sua filha. 

Danilla fala ao (En)Cena sobre sua experiência em retornar aos estudos após a maturidade, conciliar a vida agitada, envolvendo o trabalho, a família e os estudos. E o que a levou a esse novo desafio foi o amor em aprender sobre o ser humano.

(En)Cena – Como foi a sua escolha pela Psicologia?

Danilla Façanha – Eu já era formada em Serviço Social, pós-graduada na área social, atuava nesta profissão,  mas não me sentia totalmente realizada e então decidi que queria outro curso superior  mas tinha que ser Psicologia. Neste tempo, 2017, fiz o vestibular na modalidade portadora de diploma, que neste edital previu 1 vaga para Psicologia. Então fiz e passei nesta única vaga apenas. Naquele momento entendi que a Psicologia era para mim, pois só tinha esta vaga e Deus me deu a oportunidade. Então agora era só eu a estrada da Psicologia. Muito feliz e determinada comecei a minha jornada neste curso rumo à Miracema do Tocantins, pois o campus da Federal para o curso de Psicologia está lá!  

(En)Cena –  Como foi a sua jornada de estudante para conciliar família e trabalho com estudos em outra cidade?

Danilla Façanha – Foi difícil. Eu acordava às 5:00h da manhã, pegava o ônibus que passava às 6:00h da manhã e seguia rumo à Universidade. Chegava lá por volta das 7:45h e a aula começava às 8:00h. O curso era integral e a grade fechada, logo eu ficava o dia todo na cidade de Miracema TO, todos os dias da semana e retornava a noite para Palmas. Fiz essa jornada por 4 períodos e no 5º período me transferi para a Ulbra TO. 

(En)Cena – Como foi a sua experiência de transferência de faculdade?

Danilla Façanha – Para mim foi muito boa, pois estudar na cidade em que a gente mora é o ideal e agora eu pude desfrutar melhor do curso! Na Ulbra vivi novas experiências acadêmicas, uma delas foi os estágios psicoterápicos em clínica. Aprendi de fato em 1 ano de clínica atendendo pacientes e sendo supervisionada pelos meus Professores Psicólogos Orientadores o que de fato é a clínica Psicológica! Simplesmente aumentou e firmou mais ainda a minha paixão pela Psicologia Clínica!

(En)Cena – Muitos filhos ao escolherem uma carreira preferem seguir a formação dos pais, mas como é a experiência de poder cursar Psicologia juntamente com a sua filha?

Danilla Façanha – Nossa, foi muito agradável para mim esta situação. Não foi uma situação planejada, eu já era formada, mas sempre quis fazer Psicologia, então fiz vestibular e passei na Universidade Federal do Tocantins e me matriculei. Ocorre que a Rebeca, minha filha, ao sair o resultado do ENEM daquele ano, ela colocou a nota para Psicologia e também passou. Nesta ocasião, em Fevereiro de 2018, quando saiu o resultado da aprovação da Beca, foi que a nossa “ficha caiu”, que iríamos estudar juntas! É uma situação diferente e nada comum, mas foi muito agradável viver este momento de formação acadêmica com minha filha. No curso eu  procurei ao máximo ser leve com ela para deixá-la solta e livre para cursar a sua primeira graduação. Afinal não queria que o meu processo atrapalhasse o dela. Assim tentei permitir que o meu lado mãe se neutralizasse em muitos momentos para que o meu lado colega de curso aparecesse. Creio que essa atitude lhe permitiu viver o processo com muita leveza e criação da sua própria autonomia. Eu nunca precisei fazer nada por ela e nem ela por mim no sentido de uma fazer pela outra, pelo contrário cada uma fazia o seu, seguia as sua escolhas tanto é que na escolha da abordagem para o estágio clínico, ela escolheu análise do comportamento e eu escolhi Psicologia Analítica, com orientadores e manejo clínico diferente. O lado bom que fazíamos uma pela outra era trocar ideias, discutir sobre assuntos das matérias da psicologia, trabalhos, sobre as apresentações de seminários e casos clínicos, uma troca de conhecimento muito rica uma vez que estávamos se formando no mesmo curso! Ela por sua vez sempre foi muito madura e soube administrar muito bem esta condição, afinal não deve ser fácil fazer seu curso superior com sua mãe na mesma sala (rsrsrs) Foi muito lindo tudo! 

(En)Cena – Como foi a adaptação durante o período da pandemia com as aulas de forma remota na universidade, o trabalho e a família?

Danilla Façanha – Foi muito bom este período. Estudei bastante e o online não me impediu de realizar as propostas acadêmicas. Pelo contrário, me instigou mais ainda pela busca do conhecimento. Nesse período da pandemia, aproveitei e também terminei o meu curso de Pedagogia, que havia começado em 2019, concluí todo com estágio do maternal ao ensino médio em escola regular. Ainda fiz duas especializações simultâneas na área de educação. 

(En)Cena – O que te motivou a fazer psicologia?

Danilla Façanha – A riqueza do conhecimento sobre o ser humano. Toda a complexidade que envolve as relações humanas e o potencial oculto sobre o que nós somos. Amo estudar e aprender sobre o ser  humano, sobre a simbologia que nos rodeia e que a expressamos envolto da persona que criamos e apresentamos na sociedade. Há um fascínio sobre isso que me encanta.

(En)Cena – Cursar Psicologia exige bastante tempo para estudar. Diante disso, quais são os maiores desafios para conciliar os papéis que você exerce e a universidade?

Danilla Façanha – O maior desafio sem dúvida é conciliar o trabalho e o estudo, pois ambos requerem um gasto de energia significativamente grande. O trabalho é essencial, é dignificante e amo trabalhar em escola, porém é o que detém a maior parte do meu tempo, como também é o que me consome mais energia física e psicológica neste momento. Escola é um ambiente vivo, rico em diversidade e manifestação humana, o que justifica todo esse gasto de  energia, pensamento lógico e analítico.  Já a faculdade é a minha fonte de refúgio, pois lá na academia estudo, aprendo e sei que a cada dia fico mais perto de alcançar o sonho de ser psicóloga! Há uma frase que diz assim: “Trabalhe no que você gosta e você não precisará trabalhar um dia sequer”, é sobre isso: prazer!

(En)Cena –  Qual dica você deixa para quem pretende cursar psicologia? 

Danilla Façanha – A principal dica é: Goste de pessoas, de gente, de ser humano! 

Dica 2: Saiba ouvir. Uma escuta qualificada é grande parte do processo terapêutico.

Dica 3: Olhe o ser humano com uma lente expandida com a percepção da complexidade e riqueza de fatos únicos que guarda a vida e a história de cada um.

Dica 4: Tenha em mente que todas as suas convicções e crenças são somente sua e que devem permanecer assim, pois ética é uma palavra que você vai conjugar desde o primeiro período do curso e se quiser ter uma história profissional bem feita, esta ética lhe acompanhará!

Dica 5: Ame a Psicologia, entenda-a como parte de sua vida, de seu processo de individuação e crescimento, assim sendo você irradia luminosidade científica por onde atuar!

(En)Cena –  Qual a área de atuação você pretende focar depois da formação?

Danilla Façanha – Gosto muito das variadas atuações e abordagens da  psicologia, mas pretendo focar no atendimento com adultos e jovens  na Psicologia Analítica. Já com o público infantil atuarei em Avaliação Neuropsicológica e reabilitação neurocognitiva. As crianças são minha paixão clínica, também (rsrs)

(En)Cena –  Qual mensagem você deixa para os nossos leitores?

Danilla Façanha – Deixo a mensagem do autor de uma das abordagens que sou apaixonada a Psicologia Analítica, Carl Jung: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”. 

 

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Um lugar especial

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A leitura pode ser transformadora, em momentos difíceis, os livros podem ser uma ótima companhia, proporcionando suporte e conforto, auxiliando no cuidado da saúde mental, ou servindo de puro entretenimento. Nem tudo precisa ser edificante, mas livros no geral são. Um fato de conhecimento geral, é que tivemos um longo período de isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19, sendo esta uma época muito difícil para a maioria das pessoas. Nesse contexto, algumas pessoas buscaram na medida do possível preencher o vazio e a solidão favorecidos pelo cenário, buscando a distração. Assim, eu reencontrei a leitura. 

Meu pai me ensinou a gostar de ler. Quando criança, mesmo depois que aprendi a ler, o melhor momento do meu dia era quando ele lia para mim, era mágico. Com os anos, perdi o hábito de me aventurar nos livros como antes, mas nunca é tarde para recuperar esse tesouro perdido. Com isso em mente, descobrir que ler pode ser como um lugar para o qual você sempre pode retornar nos tempos difíceis e momentos delicados. Para mim, uma lembrança especial de uma época feliz, em que os laços que uniam a mim e meu pai se fortaleceram, eu fui princesa, heroína, aventureira, bailarina, pirata, detetive, e qualquer coisa que eu pudesse imaginar. 

Durante a adolescência mantive o hábito de ler, não compreendia a aversão das outras pessoas, até entender que era mais relacionada a obrigatoriedade da leitura, e percebi o quando eu era sortuda, por ter encontrado a leitura como uma brincadeira, um pedaço divertido da minha infância. Já no início da vida adulta, os livros foram perdendo o espaço na minha rotina, ler não parecia mais tão empolgante como antes, porque era mais fácil e rápido assistir (ou perder horas procurando) qualquer coisa na Netflix após um dia cansativo.        

O ponto aqui é, naquelas horas sombrias, em que a ansiedade crescia, dia após dia após dia, e a dolorosa incerteza sobre o amanhã, os livros me salvaram. Era como se de repente eu voltasse a ser criança, acolhida e confortada por livros e pela memória afetiva daqueles momentos preciosos com meu pai.  Todos os romances, aventuras, mistérios, aprendizagem e as variadas experiências que só um bom (ou não) livro podem oferecer, que também são uma ótima companhia para manhãs ensolaradas, tardes chuvosas e noites tediosas. Vendo por esse lado, livros também se provam como um excelente suporte emocional em situações angustiantes, ainda que só em caráter de distração. No entanto, na minha experiência, foi como um reencontro, uma grata surpresa e um presente, visitando novamente um lugar do passado compartilhado com alguém especial.

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Danila Silva: é preciso ampliar os horizontes e apaixonar-se pela vida

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29O (En)Cena entrevista a acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, Danila Lima de Moura Silva, 39 anos, casada, mãe. Pedagoga/Neuropsicopedagoga/ e acadêmica do 8º período de Psicologia, funcionária pública estadual na área da educação. A entrevistada se apresenta como uma pessoa apaixonada pela vida, pelos processos, enxerga beleza no que a vida a presenteia, tanto nos pontos positivos como nos negativos.  

Danila ama a sua família e ressalta: “Eles são parte de mim, é muito gratificante caminhar com eles.  Sou cuidadosa, parceira, possuo humor e ao mesmo tempo luto contra uma irritabilidade sem causa (risos), tenho como balizadora da minha vida a fé Cristã, e vivo, caminho crendo no que ela profere. Amo viajar, descobrir novas coisas, sabores, costumes, gosto da diversidade das coisas e da capacidade que o ser humano tem de respeitar e conviver com todas elas, se assim o quiser. Tenho uma relação forte com a comida, com o sono e com atividades físicas, gosto de pensar no futuro, fazer planos, conquistar coisas. Enfim, gosto da minha história e do que tenho construído, que para muitos não é muita coisa, mas que para mim é o que consegui”.

Confira este e outros detalhes na entrevista abaixo. 

 

(En)Cena – O que te motiva a fazer psicologia já em uma fase mais amadurecida da vida?  

Senti a necessidade de “mexer o doce”, o lugar em que eu estava não me cabia mais, precisava ampliar novos horizontes e vi na psicologia uma oportunidade de começar uma nova jornada, agregando coisas que para mim fazia sentido (estudar, ajudar pessoas e ganhar dinheiro com isso)

 

Qual área de atuação você pretende focar depois da formação? 

Ainda estou em dúvida, talvez na área familiar, principalmente casais.

 

Qual dica você deixa para quem pretende cursar psicologia? 

Aconselharia que a pessoa tivesse muita certeza de quem é, quais são os seus reais princípios, quais são as reais visões que possuem de si mesmo e do mundo.

Que aspectos internos foram mobilizados em sua vida a partir do curso?  

A questionar meus pensamentos distorcidos, respeito a dor e os processos das pessoas. Não se sentir responsável pelo processo do outro e entender que cada um tem a sua toada.

 

Como é a experiência de conviver no curso com pessoas de diferentes idades e perspectivas? 

É engraçado, mas é gratificante. Quando sentamos naquela cadeira nos equiparamos de certa forma, e em relação às perspectivas, se não temos certeza de quem somos nós, podemos entrar em crise, mas entendemos que somos subjetivos e isso se torna até atraente.

Quais os maiores desafios enfrentados na pandemia relacionado à formação acadêmica? 

Não enquadro nesses aspectos de enfrentamento, amei as aulas online, os professores não deixaram a qualidade do ensino cair em nada, e para mim foi super tranquilo todo esse processo. Inclusive em algumas disciplinas até preferiria que continuasse assim.

 

Qual mensagem você deixa para os nossos leitores? 

Uma frase até clichê (risos): A vida é muito interessante, tem muitas possibilidades, nunca se compare a ninguém, aceite a sua medida e seu compasso.

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Reflexões sobre o processo de individuação na perspectiva junguiana: relato de experiência

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O presente relato versa sobre a experiência vivenciada no encontro presencial do Grupo de Estudos em Psicologia Analítica do Tocantins – Quíron – do curso de Psicologia, do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), realizado no dia 07 de maio de 2022, das 10h30 às 12h30, na Livraria Leitura, na Cidade de Palmas/TO. O encontro se deu no formato de roda de conversa, mediado pelo professor Sonielson Luciano de Souza, e teve como temática de discussão a obra de Murray Stein “Jung e o Caminho da Individuação: uma introdução concisa.” (STEIN, 2020), com objetivo de discutir sobre as etapas do processo de individuação.

No primeiro momento, o professor trouxe os principais recortes junguianos sobre o conceito de individuação, apresentados na referida obra. A partir de sua explanação, entendemos por individuação o processo de autoconhecimento que nos permite o encontro com nossa realidade e singularidade, com os nossos próprios desejos, para que possamos nos tornar uma pessoa autêntica e viver em busca de nossa autorrealização.

De acordo com Jung, a individuação é um processo dinâmico e permanente, uma tendência inata, de nos tornarmos conscientes e desenvolvermos a nossa consciência ao longo de nossa vida. Para isso, precisamos reconhecer e dialogar com o nosso self, isto é, com o nosso próprio “si-mesmo” (STEIN, 2020). No entanto, compreendemos que não é possível reconhecer toda a potencialidade do self, mas podemos identificar e integrar partes dele.

Fonte: Imagem de JL G por Pixabay

O self é a dimensão mais profunda do ser humano, uma estrutura psíquica que possui uma identidade consciente específica e gerencia a nossa personalidade, sobretudo os seus processos inconscientes (STEIN, 2020). Portanto, reconhecer e integrar o self consiste em “tomar consciência do que nos é dado, quer proceda da biologia, da história pessoal ou coletiva, ou do incessantemente criativo inconsciente, e desenvolver o que recebemos da melhor maneira possível” (STEIN, 2020, p. 12).

No segundo momento, foi proposto a discussão sobre três questionamentos relativos ao processo de individuação do paciente/cliente, percebido pelos psicólogos e estagiários de Psicologia na prática clínica: “se o paciente/cliente reduz a sua função egóica ou percebe que há algo além (self), se ele(a) está disposto(a)a fazer esse encontro com o self” e se está disposto(a) a pagar o preço. Através dos relatos percebemos que muitos pacientes/clientes tendem a persistir na não compreensão de si mesmo e a racionalizar o seu processo de vida, devido à dificuldade e/ou o medo de confrontar a sua realidade, de fazer o ‘mergulho’ em si mesmo e de reconhecer a sua sombra.

O termo “sombra”, na psicologia junguiana, diz respeito aos conteúdos reprimidos no inconsciente. Esses conteúdos são diversos e se referem a todos os aspectos de nossa personalidade que recusamos a reconhecer, tanto características negativas e positivas, quanto pensamentos, sentimentos, emoções, desejos e situações vivenciadas como traumáticas. Todavia, eles se manifestam de alguma forma para nós, sobretudo por meio dos sonhos e de nossas projeções (STEIN, 2006).

Nesse sentido, os diálogos nos possibilitaram uma reflexão importante: o processo de individuação é do paciente/cliente e cabe ao psicólogo reduzir a sua expectativa em relação ao processo terapêutico. Portanto, ele deve acolher o indivíduo (fazer a função ‘continente’), favorecer a construção do vínculo e da transferência positiva (que leva certo tempo e pode ocorrer ou não), e desenvolver sensibilidade e intuição para identificar o melhor momento e a melhor forma de intervir, por meio da dialética e de outras estratégias terapêuticas, sugeridas pelo método analítico, conforme as necessidades e as predileções de cada paciente/cliente.

Fonte: Imagem por storyset no Freepik

No terceiro momento, as discussões foram focadas na persona, um termo que Jung se apropriou e o amplificou no contexto psicológico. Nesse sentido, significa “pessoa tal como se apresenta, não a pessoa como ela é”. Trata-se de um “constructo psicológico e social adotado que se relaciona com o desempenho de papéis na sociedade” (STEIN, 2006, p. 102).

Na clínica, é comum a hiperidentificação do paciente/cliente com as suas personas e, muitas vezes, isso ocorre de forma inconsciente. A esse processo Jung denominou de fixação ou possessão, ou seja, quando a pessoa está fixada em uma persona ou possuída por ela (STEIN, 2006). Logo, é uma das metas da individuação reconhecê-las e aprender a transitar entre elas de acordo com as exigências de cada situação, de forma consciente, sabendo que elas são parte de sua personalidade e não a sua totalidade. A esse processo Jung denominou função transcendente – capacidade de transcender as fixações e encontrar o meio termo. E isso só é possível quando existe um diálogo entre o consciente (ego) e o inconsciente (self).

Por meio dessas reflexões compreendemos que a individuação é um processo constante e dinâmico, que envolve todos os aspectos de nossa vida e nos permite lidar com os conflitos intrapsíquicos e interpessoais, de modo que possamos negociar os nossos próprios desejos com as exigências sociais e viver uma vida que faça, verdadeiramente, sentido para nós.

REFERÊNCIAS

STEIN, M. Jung e o caminho da individuação: uma introdução concisa. Tradução de E. L. Calloni. São Paulo: Cultrix, 2020.

STEIN, M. Jung e o mapa da alma: uma introdução. Tradução de A. Cabral. 5ª ed. São Paulo: Cultrix, 2006.

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Genograma: relações familiares que comovem

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Na manhã desta quarta feira 18, ocorreram, na sala 219 do Ceulp, as apresentações dos genogramas da turma 0865 de Teorias e Técnicas Psicoterápicas IV, sob docência de Wayne Francis Mathews. Cada aluno produziu seu próprio genograma e o apresentou individualmente. Essa etapa é essencial para a disciplina e gera grandes expectativas nos acadêmicos.

Um genograma é uma espécie de mapa com símbolos padronizados que descrevem relacionamentos, eventos importantes e a dinâmica de uma família ao longo de várias gerações. Durante a primeira parte do semestre, Wayne apresentou esses símbolos e conceitos para a turma e enfatizou a importância do instrumento em terapia familiar, no que tange em conhecer as ligações e dinâmicas familiares dos clientes, compreendendo suas histórias e influências em suas vidas.

Fonte: https://goo.gl/PFHdLY

Em depoimento, a acadêmica Cândida Pereira da Silva diz que “fazer o genograma foi uma experiência única. Dentre as várias emoções no decorrer do curso, esta foi especial. Me proporcionou reviver sentimentos com a família que estavam adormecidos”.

Já para a acadêmica Émila Silva F. Castro, “a elaboração do genograma foi tarefa difícil. Tocar nas feridas, bem como nos pontos positivos que giram em torno de minha família foi algo que mexeu bastante com minhas emoções. No entanto, me fizeram refletir e ressignificar as relações intrafamiliares, bem como o meu olhar diante das situações que ocorreram e que possam vir a ocorrer no meio familiar”.

Por fim, o acadêmico Fernando Ribeiro Veloso diz que “a experiência de realizar o genograma favorece diversas reflexões e uma delas concerne à identificação do nível de proximidade estabelecido com membros da família e tem potencial de servir como mecanismo de transformação das relações familiares”.

Acadêmica apresentando genograma

As apresentações dos genogramas continuarão na próxima semana, dia 25, na mesma sala e no mesmo horário.

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