“Essa Terra é Minha”, música de ativista indígena do Tocantins, será tocada em programa especial da Rede Globo no dia 19

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Programa “Falas da Terra” vai ao ar na próxima segunda, 19 de abril, logo após o Big Brother Brasil, sendo a primeira vez que uma compositora indígena terá sua música em um programa em Rede Nacional; no mesmo dia, Narubia Werreria lançará a canção em seu canal no Youtube, Nativa.

“Essa Terra é Minha” é a mensagem de uma indígena do povo Iny, da Ilha do Bananal, no Tocantins, que se tornou música do especial “Falas da Terra”, programa especial da Rede Globo. O programa irá ao ar no dia 19 de abril, logo após o Big Brother Brasil, sendo a primeira vez que uma compositora indígena terá sua música em um programa de abrangência nacional. Narubia Werreria compôs, produziu, cantou e terá também uma participação especial no programa, ao lado dos cantores indígenas Thaline Karajá e Edvan Funi-ô.

Também no dia 19, Narubia lançará a canção em seu canal “Nativa”, no Youtube, e em breve em todas as plataformas digitais. Ela explica que, mesmo sendo compositora desde pequena, a letra da música surgiu após a participação de Thaline Karajá no The Voice Brasil.

Fonte: Arquivo Pessoal

“Como líder e ativista indígena, sinto uma angústia e indignação por todas as injustiças e mentiras que falam sobre nós, povos indígenas, e sempre pensei em fazer uma música pra cantar isso, mas não vinha. Então, na noite em que eu estava acompanhando minha amiga-irmã Thaline no The Voice, vi o momento em que ela falou que nós indígenas vamos ocupar todos os espaços porque essa terra é nossa. Fiquei muito emocionada, e infelizmente, um dos jurados tentou mudar suas palavras, mas as palavras dela tinham sido ditas em alto em bom som. Depois disso, liguei para ela e conversamos muito e passei a madrugada pensando, quando me veio a melodia e a letra juntas, eu fui cantando e gravando no celular e logo estava pronta”, afirma.

Narubia enviou a música para Thaline que mandou para os produtores do Especial Falas da Terra, uma vez que estavam em busca de uma música indígena escrita por uma pessoa indígena para compor o programa. “Logo o produtor musical da Globo entrou em contato comigo, disse que tinha gostado muito da música e perguntou se poderia usar no programa. Eu fiquei muito feliz com a proposta! Depois foi tudo muito rápido, fui ao Projac e gravei a música junto com a Thaline e Edvan, além da participação no Especial”, concluiu.

Significado

Narubia explica que a sua felicidade em ter a música tocada em Rede Nacional se dá também pela mensagem que será enviada a todo o Brasil sobre os povos indígenas. “Nós queremos respeito! Somos tratados como estranhos em nossa própria terra, os nossos direitos originários, os nossos corpos e nossas terras foram e são o alvo da ganância e da hipocrisia. Quero falar em alto e bom som, que somos filhas e filhos dessa terra e que ela é nossa. Concebidas na luta e na violação, mas nunca vamos parar de lutar, pois amamos essa terra. Em cada rio desse território temos uma história ancestral, as matas, as serras contam nossa história e vamos continuar lutando por uma vida digna, pelos rios límpidos, pela floresta em pé, pela onça pintada livre e pelo grande piracuru nos rios”, destaca a compositora.

Fonte: Arquivo Pessoal

Perfil – Narubia Werreira

Narubia Werreria, do povo Iny da Ilha do Bananal-TO, é filha de líderes indígenas, João Werreria e Lenimar Werreria Canela, filha de homens amáveis e mulheres fortes. Também é ativista indígena por mais de uma década, além de cantora, compositora, artista plástica, poeta, palestrante das águas do Berohoky (Araguaia). Ao lado de Thaline Karajá e Márcia Kambeba, forma o grupo musical “Indá Açu”, que significa Grande Canto.

Serviço

O quê: Participação da indígena Narubia Werreria e sua nova música “Essa Terra É Minha” no Especial Falas da Terra na Globo e lançamento da canção no Youtube Nativa.

Quando: Dia 19 de abril, logo após o Big Brother Brasil, na Rede Globo

Contato para entrevistas: (63) 99225-6044 – Lauane dos Santos/Assessoria

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Luiz Fernando Carvalho: “o público não é burro”

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Foto: Divulgação / Canal Brasil

Cineasta e diretor de televisão, Luiz Fernando Carvalho de Almeida (Rio de Janeiro, 28 de julho de 1960) estudou Arquitetura e Letras. Aos 18 anos, fez seus primeiros trabalhos em cinema, ainda como estagiário para, pouco depois, começar a trabalhar no núcleo Usina de Teledramaturgia da Rede Globo, onde conheceu o diretor de fotografia Walter Carvalho com quem realizou diversos trabalhos. Nesse núcleo, foi diretor assistente das minisséries O Tempo e o Vento (1985) e Grande Sertão: Veredas (1985).

Durante seu trabalho na Rede Globo, pôde conviver com muitos diretores, com os quais teve conhecimento teórico e prático. Com eles aprendeu o enquadramento de câmera e produção até a direção de grandes atores. Segundo Carvalho (2002, p. 18),

[…] Avancini foi uma figura importante também na minha formação prática, porque veio nesse momento em que eu buscava fazer essa transfusão entre cinema e televisão, o que eu poderia receber como um ensinamento de uma linguagem e de outra, sem ser preconceituoso: Ah, televisão é ruim, cinema é bom… Eu não acredito nisso. No caso específico da dramaturgia, eu percebo que existem coisas boas tanto num veículo quanto no outro, e coisas ruins tanto num como no outro […].

Durante esta época, Carvalho abandonou definitivamente a faculdade de Arquitetura e foi cursar Letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), pois acreditava que essa escolha podia ajudá-lo no seu percurso.

Em 1986, escreveu e dirigiu o curta-metragem A Espera, baseado no livro Fragmentos de um Discurso Amoroso de Roland Barthes. Esse filme recebeu os prêmios de Melhor Filme, melhor atriz (Marieta Severo) e melhor fotografia (Walter Carvalho) no Festival de Gramado, melhor curta metragem (Concha de Oro) no Festival de San Sebastian, Espanha e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Ste Therèse, Canadá.

Seguindo uma tendência de levar obras literárias às telas, dirige, em 1987, ao lado de Denise Saraceni, a telenovela Helena, na Rede Manchete, adaptação assinada por Mário Prata, Dagomir Marquezi e Reinaldo Moraes. Também dirigiu a telenovela Carmen (1987), Vida Nova(1988), e esteve na equipe de direção da telenovela Tieta (1989). Depois disso, teve uma fase produtiva na televisão em que trabalhou na equipe da minissérie Riacho Doce (1990), das novelas Pedra sobre Pedra (1992), Renascer (1993) e O Rei do Gado (1996) e os especiaisOs Homens Querem paz (1991), Uma Mulher Vestida de Sol (1994) e A Farsa da Boa Preguiça (1995).

Cena de O Rei do Gado

Com Lavoura Arcaica (2001), baseado no romance homônimo de Raduan Nassar publicado em 1975, recebeu muitos prêmios no Brasil e no exterior. A exploração do texto é, segundo Carvalho, parte para a construção imagética, a começar pela equipe de produção, com o auxílio de especialistas sobre a obra em construção. A minissérie Os Maias (2001) foi construída a partir de tais cuidados: a pesquisa sobre a obra de Eça de Queirós, a discussão com especialistas na obra, a viagem aos lugares descritos na obra literária. Nessa minissérie, houve uma atenção especial para a composição dos cenários que começou desde a limpeza dos monumentos e reformas na casa do “Ramalhete” e a preparação do figurino da minissérie seguiu a mesma linha do processo de criação.

Cena de Lavoura Arcaica

Ainda na televisão, na área da transposição de textos literários para o audiovisual, vale destacar a microssérie Hoje é Dia de Maria (primeira e segunda jornadas), de 2005. De acordo com o sítio da emissora, estas minisséries apresentaram-se como inovadoras, já que, para compor a história da menina Maria, os realizadores buscaram elementos folclóricos e míticos presentes em contos populares compilados por Câmara Cascudo, Mário de Andrade e Sílvio Romero. E mais: a história é repleta de metáforas e simbolismo, com linguagem, estrutura narrativa e estética baseada nos sonhos. Neste caso, Luiz Fernando Carvalho assinou a direção e também o roteiro, sendo também muito premiado.

Foto: Divulgação da minicrossérie Hoje é Dia de Maria

Em 2005, surge a primeira realização do projeto Quadrante: Pedra do Reino. A minissérie foi filmada em 16 mm e finalizada em alta definição, o roteiro foi assinado por Braulio Tavares, Luís Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho, que também foi o responsável pela direção da trama. O projeto Quadrante foi idealizado para mostrar a diversidade cultural do país, a partir da adaptação de obras literárias nacionais filmadas na região onde se passa a história original, com a participação de elenco e mão-de-obra locais. O projeto visa a descentralizar o processo artístico e de produção, além de ajudar na formação de novos profissionais, criando um viés educacional. A Pedra do Reino teve como cenário a cidade de Taperoá, no sertão da Paraíba.

O Quadrante foi o primeiro projeto de teledramaturgia da TV Globo trabalhado em multiplataforma, com conteúdos complementares exibidos em diferentes mídias. O canal GNT realizou um documentário sobre a vida e a obra de Ariano Suassuna. O Multishow exibiu uma edição especial do Revista Bastidor, mostrando o processo de criação, entrevistas e o dia-a-dia das filmagens. E o Sistema Globo de Rádio transmitiu entrevistas com os atores da minissérie e artistas ligados ao Movimento Armorial.

A segunda produção do projeto Quadrante foi Capitu. O roteiro foi assinado por Euclydes Marinho, mas o texto final e a direção por Luiz Fernando Carvalho. Ao inserir elementos modernos como os aparelhos de mp3 usados pelos dançarinos para ouvir a valsa na cena do baile, assumir a tatuagem no braço da protagonista Letícia Persiles (Capitu jovem) e adotar músicas clássicas, samba, rock e músicas de bandas internacionais e nacionais, a direção quis reforçar o caráter atemporal e universal da obra de Machado de Assis, reafirmando sua modernidade. Também foi uma tentativa de investir no público jovem, desfazendo o preconceito que muitos têm sobre o escritor. Temas como modernidade, costumes, feminilidade, maternidade, amor, ciúme, homoafetividade, crueldade, ambiguidade e dúvida foram discutidos pelos seguintes profissionais: o pesquisador e escritor Antônio Edmilson Martins Rodrigues; os psicanalistas Carlos Byington, Luiz Alberto Pinheiro de Freitas e Maria Rita Kehl; o jornalista e escritor Daniel Piza; e os ensaístas Gustavo Bernardo e Sergio Paulo Rouanet.

Cena de Capitu

Em 2010, Luiz Fernando Carvalho dirigiu a microssérie Afinal, o Que Querem as Mulheres? escrita por João Paulo Cuenca com a coautoria de Cecília Giannetti e Michel Melamed. Melamed é ainda responsável por interpretar o protagonista, André Newmann, um estudante de psicologia que pesquisa qual seria a resposta para a fundamental pergunta nunca respondida por Sigmund Freud: “Afinal, o que querem as mulheres?”, assunto de sua tese de doutorado.

O último trabalho de Luiz Fernando Carvalho exibido na televisão foi a microssérie Subúrbia (2012), produzida e exibida pela Rede Globo. A série foi escrita por Luiz Fernando Carvalho e Paulo Lins, com direção-geral de Carvalho.

O percurso trilhado por Luiz Fernando Carvalho na direção de suas obras revela uma atenção dispensada às obras literárias. Ele pertence a um momento em que surge uma geração de diretores ligada nas possibilidades expressivas do meio. Essa geração está voltada para o aprimoramento da linguagem televisiva, especialmente da teledramaturgia, trazendo a possibilidade da impressão de marcas de autoria na direção, efetivando a “TV de autor”.

O diretor explica o que entende por televisão no trecho retirado de uma entrevista concedida àFolha de São Paulo, na época em que estava sofrendo fortes críticas com relação ao suposto hermetismo de A Pedra do Reino. 

[…] Pertenço ao grupo daqueles que acreditam que o público não é burro, mas doutrinado debaixo de um cabresto de linguagem. Luto contra isso. Sabendo da dimensão que a televisão alcança no Brasil, tratá-la apenas como diversão me parece bastante contestável. Precisamos de diversão, mas também precisamos nos orientar e entender o mundo […] (www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1006200712.htm)

Carvalho surge como referência ou inspiração para os profissionais audiovisuais que estão à procura de uma nova forma de se fazer TV.

Foto: Divulgação/http://tvg.globo.com/programas/capitu/capitu/platb/2008/11/26/com-a-palavra-o-diretor/

Há, portanto, certa semelhança, ao menos no nível de discurso, entre os interesses da emissora e do diretor Luiz Fernando Carvalho: suas obras são, geralmente, influenciadas pelos grandes textos da literatura ou são adaptações destes. A alta qualidade estética e audiovisual de seus produtos convém, evidentemente, à emissora, que também é beneficiada pelo marketing, premiações nacionais e internacionais, parceria e lançamento de produtos em outras mídias.

Referências:

CARVALHO, Luiz Fernando. Sobre o filme Lavoura arcaica. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.

____. Capitu: minissérie. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2008.

 

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Para os noveleiros de plantão e os noveleiros por acaso

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Sempre que pergunto, em sala de aula, se os alunos acompanham telenovelas, a resposta é sempre negativa. A maioria afirma que não perde tempo com isso e que o que veem na TV são filmes, documentários ou telejornais. Quando admitem que sabem o nome de alguma personagem, justificam dizendo que ouviu o comentário de algum parente ou que estava passando pela sala e viu uma cena de relance, ou que zapeava e acompanhou, por alguns instantes, um trecho desta ou daquela telenovela, ou ainda que ouviu comentários no cabeleireiro!

Por muito tempo também assim me comportava. Não era admissível, especialmente para uma estudante do curso de Letras, perder tempo com telenovelas, enquanto há tantos livros para ler. Durante muito tempo tive que esconder que acompanhava a todas as telenovelas da Globo.

Por que estou colocando o dedo na ferida? Só porque eu admito ser noveleira? Também por isso.

O debate em torno da televisão, em especial das telenovelas, por muitos anos, girava em torno do fato de as telenovelas apresentarem perigo porque seus enredos melodramáticos tinham objetivo de causar manipulação, evasão e alienação. Primeiro nas mulheres, depois em toda a família, que se tornando os humanos embebidos de sonhos e de lágrimas, vazios de vontades, plenos de ilusão. Além disso, as telenovelas eram (e ainda são) consideradas o reduto de maus comportamentos, trazendo más influências aos jovens.

Mesmo com todos esses argumentos de pais e professores quanto à influência no comportamento das crianças e dos jovens, quero chamar à reflexão para alguns pontos. Pensemos em Avenida Brasil, novela de João Emanuel Carneiro e que (posso imaginar!) vocês não estejam acompanhando. Com uma narrativa rápida, personagens surpreendentes e uma direção cuidadosa de Ricardo Waddington, a novela nos faz pensar em tipos que nos cercam. Carminha, por exemplo, usando a máscara da boazinha, comete atrocidades que deixam telespectadores estarrecidos. No primeiro capítulo, rouba o “marido” e abandona a enteada em um lixão. E ainda descola um casamento com um jogador de futebol. Sim, com ares de boa moça, inofensiva e devota cristã. Isso nos mostra como nós somos ludibriados, como o Tufão é: sem perceber. O que o autor nos traz é o retrato de nosso malogro.

Como já comentou Alexandre Garcia, o malogro nosso está em cada dia, na carga tributária que pagamos, na aceitação da corrupção nas várias esferas dos poderes públicos, no comportamento no trânsito, enfim, não vou enumerar mais para não ficarmos angustiados…

Por outro lado, a telenovela traz o que a narrativa traz: momentos de imersão em outro mundo, o mundo da ficção, o mundo do possível. E é no mundo do possível e com a popularidade que a narrativa televisiva possui é que a telenovela cumpre uma função social, a função de desenvolver o senso de tolerância no espectador brasileiro.

A telenovela também dialoga com grandes narrativas da literatura universal: neste momento, Carminha e Nina estão dialogando com Luísa e Juliana, de O Primo Basílio. Basta que fiquemos atentos para percebermos as intertextualidades que se estabelecem nas diversas narrativas televisivas.

Carlos Lombardi, autor de telenovelas como Pé na Jaca e Kubanacan, comentou, no encontro do Obitel (Observatório Iberoamericano de Ficção Televisiva) de 2010, que as telenovelas giram em torno de Hamlet, Romeu e Julieta e O Conde de Monte Cristo. Hamlet (tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601) conta a história do filho, que busca vingar a morte de seu pai, explorando temas como a vingança, a traição, a moralidade, a corrupção. Romeu e Julieta (tragédia de William Shakespeare escrita entre 1591 e 1595) em que o amor dos jovens é considerado arquétipo do amor juvenil. O Conde de Monte Cristo (escrito por Alexandre Dumas concluída em 1844) conta a história de um homem que, ao ser preso injustamente, conhece um sacerdote de quem fica amigo. Quando este morre, o amigo escapa da prisão e toma posse de uma misteriosa fortuna. Agora rico, busca vingar-se daqueles que o levaram à vida de prisioneiro.

Enfim, as telenovelas estão cheias desses arquétipos. Basta observarmos. Basta conhecermos a literatura para percebê-la na telinha. E ter coragem para admitir que gostamos de televisão!

Saiba mais:

BORELLI, Sílvia Helena Simões. Telenovelas Brasileiras: balanços e perspectivas. São Paulo em Perspectiva, 2001. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/spp/v15n3/a05v15n3.pdf>

HUPPES, Ivete. Melodrama: o gênero e sua permanência. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2000.

OROZ, Silvia. Melodrama: o cinema de lágrimas da América Latina. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1992.

SOUZA, M.C.J. (Org.) Analisando Telenovelas. Rio de Janeiro: E-papers, 2004a.

_____________. Telenovela e Representação social. Rio de Janeiro: E-papers, 2004b.

THOMASSEAU, Jean-Marie. O Melodrama. São Paulo: Perspectiva, 2005.

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