Risoterapia leva sorrisos aos pacientes internados no HGP

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O grupo atua no HGP há cinco anos levando alegria e sorrisos aos pacientes, acompanhantes e servidores.

Se dedicar ao próximo é um dom incrível de diversos voluntários que realizam ações durante o ano inteiro em prol de pacientes. Com jaleco branco, adereços coloridos, nariz de palhaço e muita música, o grupo Risoterapia encantou pacientes, acompanhantes e servidores do Hospital Geral de Palmas (HGP), neste sábado, 15.

O grupo atua no HGP há cinco anos levando alegria e sorrisos a diversos semblantes, por alguns momentos minimizando a seriedade da rotina hospitalar. “Esta ação nos traz a certeza que recebemos muito mais do que doamos. Mesmo sendo por um curto período de tempo (uma vez por semana), nossas vidas têm mudado de forma incrível, nos humanizando, tocando os nossos corações e nos motivando a ajudar mais vidas a cada dia”, declarou a voluntária Ana Caroline Viana Garcia.

Foto: Nielcem Fernandes/Governo do Tocantins – Com jaleco branco, adereços coloridos, nariz de palhaço, o grupo Risoterapia encantou pacientes.

Ana Caroline ainda acrescenta que “nosso sentimento é de imensa gratidão por ter a oportunidade de realizar este trabalho e poder, ainda que de forma tão pequena, levar alegria em um momento difícil, tantas vezes de solidão, de dor e falta de esperança”. A responsável pelo Serviço de Apoio ao Usuário e Voluntário do HGP, Goiamara Borges, só tem gratidão aos voluntários. “Cada um contribui com seu tempo, talento, dom e amor e faz a diferença para os pacientes, acompanhantes e servidores na nossa unidade”, enfatizou.

A paciente Agripina Maria de Jesus, de 70 anos, realiza tratamento no HGP e adorou a visita do grupo. “Achei o trabalho bonito, engraçado e dei muitas risadas. Alegrou todos que estavam perto de mim. É muito bom, distrai nossa realidade como pacientes”, comentou.

Foto: Nielcem Fernandes/Governo do Tocantins – O grupo Risoterapia atua no HGP há cinco anos, levando alegria e sorrisos a diversos semblantes, por alguns momentos minimizando a seriedade da rotina hospitalar

Dom de fazer a diferença

A unidade conta com mais de 200 voluntários ativos cadastrados, incluindo visitadores hospitalares, grupos lúdicos, massoterapeutas, cabeleireiros, músicos e membros da capelania (religiosos). Somente em 2019, o HGP capacitou mais de 129 novos voluntários.

Foto: Nielcem Fernandes/Governo do Tocantins

Para se tornar um voluntário, é necessário participar de um curso ofertado pelo HGP, realizado duas vezes por ano, o interessado tem a oportunidade de ter o contato com os procedimentos e normas de acesso ao hospital. Para mais informações, o aspirante deve entrar em contato pelo telefone (63) 3218 7898.

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O que esperar de um atendimento no SUS

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Aproximadamente às 23:40 da noite de um domingo dei entrada na Unidade de Pronto Atendimento – (UPA- SUL), com fortes dores na região abdominal e nos rins. Fiquei esperando a triagem, logo fui chamada. Na sala de triagem haviam dois profissionais, enfermeiro e técnica de enfermagem, os quais rapidamente, após a triagem, me encaminharam para a sala do médico e responderam algumas perguntas que fiz, sempre muito educados. Neste momento pude ver um dos princípios do SUS sendo aplicados a mim com muita responsabilidade e profissionalismo, pois naquele momento tinham outras pessoas na fila para serem atendidas, mas o princípio de equidade foi aplicado e imediatamente foi atendida pelo médico por se tratar de uma necessidade um pouco maior do que das pessoas que estavam ali naquele momento.

Cheguei ao consultório médico, me queixando de fortes dores tanto na região abdominal quanto nos rins, então, logo passei por uma avaliação médica, e a partir desta avaliação iniciou-se a suspeita de apendicite, e caso fosse confirmada já sairia dali direto para o Hospital Geral de Palmas – HGP. Inicialmente fiquei desesperada, pois se tratava de um procedimento cirúrgico, que por menor que seja, tem sempre um risco.

Fonte: https://goo.gl/Dc8JJ2

O médico continuou a me fazer algumas perguntas, e então chegou a uma segunda suspeita, a de cálculo renal. Ele sempre muito atencioso e continente, vendo meu desespero por sentir tamanha dor e incertezas do que poderia ser, logo receitou alguns medicamentos para dor, o qual tendo sido avisado que sou alérgica a dipirona prontamente trocou o medicamento. Após isso me pediu alguns exames de sangue, que diriam se alguma daquelas suspeitas se confirmava.

Neste momento fui encaminhada a enfermaria feminina e informada que ficaria ali por um período para receber a medicação, ser feita a coleta do sangue para o exame e para ser observada até o resultado do exame ficar pronto. Até este momento todos os profissionais que me assistiram tinham sido educados, atenciosos, éticos e sempre agindo com muito profissionalismo. Pensei então, “tive sorte dessa vez”. Até que a técnica em enfermagem chegou para aplicar a medicação, imediatamente com muita grosseria mandou que eu me sentasse e puxou meu braço, nesse momento perguntei que medicamento era aquele que ela estava aplicando e sua resposta foi a pior que eu poderia escutar: “Não interessa, você não precisa saber, só precisa ficar quieta para eu conseguir pegar sua veia, se não quiser ser furada mais uma vez”.

Ao ouvir aquilo eu só tinha vontade de chorar, pois via ali uma pessoa totalmente inapropriada para exercer aquela função. Ela estava, naquele ato, desrespeitando todos os princípios, códigos e leis que asseguram ao paciente o direito de saber a quais procedimentos está sendo submetido. Ao ouvir aquela resposta me senti tão humilhada, maltratada por alguém que escolheu aquela profissão e agora, talvez por frustração, raiva ou qualquer outra coisa que a profissão tenha lhe causado, me tratava de maneira tão grosseira.

Fonte: https://goo.gl/fnwUxr

Sem responder minha pergunta, ela aplicou o medicamento e saiu. Após algum tempo ela retornou e aplicou mais um medicamento, e novamente eu perguntei o que era aquilo, falei que era alérgica a dipirona e queria saber o que era. Ela me olhou e perguntou se a dor tinha passado, eu ainda com muita dor, respondi que não. Então ela falou: “Agora com esse aqui vai passar, ou passa ou então não tem mais jeito para você aqui”, e mais uma vez saiu sem responder a minha pergunta.

Depois disso, deitei na cama e comecei a chorar, pois os sentimentos de medo, incerteza e indignação me inundaram naquele momento. Vendo aquele choro discreto na última cama do corredor, uma outra técnica se aproximou de maneira educada começou a conversar, perguntou o que eu estava sentindo e por que eu chorava se já tinha sido medicada e o medicamento já devia estar fazendo efeito, ouvindo isso chorei ainda mais pois a dor continuava na mesma intensidade o medicamento não teve efeito. Então respondi que a dor estava na mesma intensidade de quando cheguei, e que a outra mulher tinha falado que se aquele medicamento não parasse a dor nada mais poderia ser feito ali para me ajudar. Ela me ouviu, conversou comigo, esclareceu quais foram os medicamentos que foram aplicados e foi procurar o medico para que reavaliasse se aquele era o melhor medicamento mesmo, já que a dor era incessante.

Em seguida outro médico chegou, me reavaliou e mandou aumentar a dose do medicamento, pois aquele era o mais forte que tinha na unidade e realmente, se aquele meio terapêutico não surtisse efeito eu seria encaminhada ao HGP. Este médico respeitando o princípio de autonomia e justiça, respeitando o princípio do SUS de Integralidade, agindo com ética, educação, atenção e humanidade, me explicou tudo o que estava acontecendo comigo de forma objetiva e com linguagem fácil, me assegurou que em breve a dor iria passar e que logo voltaria com o resultado do exame. Continuei aguardando por um tempo e depois fui informada pela “enfermeira boazinha” que tanto o primeiro quanto o segundo médico que me atendeu tinham ido para o repouso e que em breve outro médico vinha olhar o exame.

Fonte: https://goo.gl/9kmR79

Às 06:00 horas da manhã esse outro médico apareceu, bem grosseiro começou a gritar o nome das pacientes em voz alta na enfermaria, ao chegar no meu nome fiz um sinal com a mão e ele pediu que me aproximasse dele, então desci da cama tonta pois a pressão estava um pouco baixa e fui, ele olhou o exame e falou que não tinha nada e já podia ir para casa. Eu falei que ador ainda persistia, em menor intensidade mas ainda doía. Sem ao menos ler no prontuário onde estava escrito com destaque que sou alérgica a dipirona, ele me receitou uma dipirona e falou que após isso estava de alta. Novamente tive que falar da alergia e então depois de verbalizar, em tom de ironia, que “esse povo hoje em dia são cheios das alergias” receitou um buscopam simples.

Por volta das 08:00 horas da manhã da segunda-feira retornei para casa, ainda com um pouco de dor e com a pressão baixa e com uma experiência muito mais dolorosa do que deveria. O sentimento era de gratidão para algumas pessoas maravilhosas que realmente desempenaham com muito profissionalismo suas funções. E de indignação por outros que fazem aquilo como se estivessem cumprindo uma pena, tratando tão mal uma pessoa que já se encontra fragilizada tanto fisica como emocionalmente.

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#CAOS2018: tecnologias para salvar vidas é tema de mesa redonda

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No dia 25 de maio, em decorrência do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS) ocorreu no Ceulp/Ulbra (auditório central) a mesa-redonda “Tecnologias de cuidado xxxxx”, com Vinícius Gonçalves Boaventura (Enfermeiro CIHDOTT do HGP) , Núbia Freitas (Médica Oftalmologista BOTO Banco de Olhos do Tocantins), Carla Bono Olenscki Coelho ( Psicóloga, Coordenadora do Serviço de Psicologia do HGP). A mesa teve a mediação da Prof. Me. Izabela Almeida Querido.

A mesa iniciou suas atividades com a Oftalmologista Núbia Freitas, que trouxa a importância da doação de córneas para a realização de transplantes. Apresentou-nos o trabalho realizado pelo Banco de olhos do Tocantins, que conta com uma estrutura física pequena, porém realiza um trabalho grandioso e muito importante.

De acordo com o IBGE existem cerca de 6,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual no Brasil, e dessas, 32 mil estão á espera de um transplante de Córneas.

Em seguida, a coordenadora do núcleo de Psicologia do HGP, Carla Coelho trouxe o assunto do diagnóstico por Morte Encefálica, visto que esse tipo de morte é a que possibilita o maior número de captação de órgãos para serem doados. De acordo com o Ministério da Saúde, a morte encefálica é “a morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas”, e a sua constatação precisa ser feita de maneira precisa e responsável.

De acordo com Carla, um paciente que falece por M.E não necessariamente poderá doar seus órgãos, já que existem várias etapas para que se chegue ao processo de doação de fato.

O que vale destacar é que quanto mais pacientes puderem ser doador de órgãos, mais pessoas poderão ser salvas e terem a chance de continuar vivendo. Para a Psicóloga do HGP “Doação de órgão é isso. É deixar amor”.

Acesse o vídeoComo funciona a doação de órgãos e transplantes?No link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=AdgjiPL0cjQ e saiba mais sobre o processo.

Mais informações podem ser obtidas no site do evento: http://ulbra-to.br/caos/edicoes/2018#programacao

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Coração fraco, emoção forte

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No dia 24 de Janeiro de 2018, fui hospitalizada na Emergência do Hospital Geral de Palmas devido à uma Taquicardia Supraventricular, uma das arritmias cardíacas, doença que faz o coração bater descompassado. Foram momentos de intensa aflição e dor, meu corpo todo doía, mal conseguia respirar, mas ali, naquele hospital recebi tanto carinho, cuidado e afeto, ali senti apertos de mão atenciosos e muitos: como você está se sentindo?  Meu corpo estava em guerra, mas a mente estava em paz. Assim que retornei à minha cidade de origem, senti meu coração bater forte novamente, mas dessa vez é de saudade.

 

Arte: Laryssa Araújo

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Experiências marcantes com o SUS

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A experiência mais marcante que tive com o Sistema Único de Saúde (SUS) foi com a entrada no programa de educação pelo trabalho em saúde (PET-SAÚDE/GRADUASUS). Programa esse que trabalha com a inserção das atividades práticas nos serviços de saúde em concordância com o que é disponibilizado em salas de aula, trabalhando na integração ensino-serviço.

Visita a Vigilância Epidemiológica no dia 06 de julho de 2017. Foto: arquivo pessoal.

A minha primeira visita, como integrante do Pet, se deu na Vigilância em Saúde onde a enfermeira e supervisora do território Xerente apresentou o sistema de informação de agravos e notificação. Com a residente em saúde coletiva, durante a visita, a supervisora apresentou o espaço físico e o funcionamento de cada setor.

Aprendi que cada espaço contribui para que a população tenha acesso aos serviços de saúde, bem como o novo modelo institucional que se consta na PORTARIA INST N 518/SEMUS/ GAB, DE 14 DE JUNHO DE 2016, que institui a rede de atenção e vigilância em saúde (RAVS-PALMAS) como forma de organização do sistema municipal de saúde. Sistema esse que tem como objetivo a integração sistêmica, ações e serviços de saúde com provisão de atenção preventiva, contínua e integral, de qualidade responsável e humanizada, bem como incrementar o desempenho do sistema visando a estruturação de um sistema integrado de seguridade e proteção social no município de Palmas-TO. Aprendi ainda que foi a partir do novo modelo institucional que passou a ter mais integração entre vigilância e centros de saúde, e também mais satisfação dos usuários do SUS

Fonte: https://goo.gl/QbnKPZ

Me recordo de outra experiência positiva que tive com o SUS que se deu na minha infância. Isso, quando fui diagnosticada com uma doença inflamatória crônica, e desde lá comecei um tratamento gratuito no Hospital Geral de Palmas (HGP), com uma médica especialista em Pneumologia. Desde então foram sete anos de tratamento em que reflete na minha saúde atual. Durante anos tive crises severas, chegava no pronto socorro rapidamente era atendida e encaminhada para a sala de urgência. Cheguei algumas vezes a ir imediatamente para o balão de oxigênio… foram anos de sofrimento para minha família, pois na época não tínhamos condições para pagar um tratamento particular com um médico especialista.

Fonte: https://goo.gl/8mSy6U

sus

Chegou um momento em que o próprio HGP me encaminhou para a especialista que atendia todas as terças feiras as 9h da manhã dentro do Hospital, posso dizer que em todos os momentos eu e minha família erámos muito bem atendidos e amparados pela equipe multiprofissional, sempre contando com o auxílio do Hospital para fazer todos os exames (que foram muitos por sinal).  Me recordo em receber de forma gratuita os medicamentos (na época muito caros). Depois de determinado tempo de tratamento foi possível controlar as crises devido ao tratamento que me foi disponibilizado pelo próprio Sistema Único de Saúde.

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Saúde é um direito fundamental

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O Brasil é uma exceção em se tratando de sistema de saúde, pois na maioria dos países não existe um sistema como o nosso, sendo necessário pagar para obter atendimento, por se tratar de um país subdesenvolvido.  Quando penso na nossa realidade, em Palmas/TO, não há muito que reclamar, tendo em vista que de 5 anos pra cá com a atual gestão, pacientes do próprio Plan-saúde, tem se beneficiado com os atendimentos realizados pelo SUS, uma vez que os postos de saúde e as UPAS (Unidades de Pronto atendimento) têm tido maior celeridade e eficácia do que no próprio Plan -Saúde que é particular.

Correlacionando ao que já aprendi no curso de Direito e com as matérias ministradas, que forma o conhecimento que possuo hoje, a Saúde é um direito fundamental, sendo amparada inclusive pela nossa Constituição Federal, pois é um dever do Estado fornecer saúde de qualidade para todos os cidadãos, sem distinção de raça, cor ou religião.

Fonte: https://goo.gl/9GtpoR

No que tange aos princípios e prerrogativas do SUS, fica evidente que ainda há muito que ser feito, pois apesar de possuirmos o Sistema Único de Saúde, ainda há insuficiência de recursos para que a Lei de fato tenha sua efetividade sabemos que não é a falta de dinheiro, mas sim a má administração deste recurso, que impede possuirmos uma saúde de qualidade.

Na época em que meu irmão precisou de um atendimento com um médico especialista, houve uma excelente atenção da equipe, onde o mesmo precisou fazer uma mini- cirurgia no HGP, onde toda a equipe médica foram recepcioná-los na recepção, onde após a cirurgia, foi encaminhado imediatamente ao apartamento, recebendo alta no mesmo dia. Quando precisei receber atendimentos médicos, fui bem direcionada e atendida nos postos de saúde da minha quadra com profissionais qualificados e educados, fazendo os exames nos horários e locais agendados pela equipe. Dependendo do tipo de atendimento houve burocracia, como ser atendida pela parte da manhã ou à tarde, porém fui bem atendida por toda equipe multiprofissional.

Fonte: https://goo.gl/i5sDJH
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Outubro Rosa: HGP realiza Projeto Cuidando de Quem Cuida

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O mês especial chegou!Outubro Rosa, conhecido internacionalmente como  o mês de luta contra o câncer de mama além de estimular a participação da sociedade para prevenção da doença. A Secretaria de Estado da Saúde aproveita para alertar sobre a necessidade do diagnóstico precoce da doença, mamografias e autoexames devem fazer parte da rotina das mulheres. A recomendação do Ministério da Saúde e  da Organização Mundial da Saúde é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos. No Tocantins foram agendadas 6.634 de janeiro a setembro deste ano.

Uma ação promovida pelo Hospital Geral de Palmas por meio do Ambulatório de Especialidades e com apoio do setor de Humanização realizará através do Projeto Cuidando de Quem Cuida, durante todo o mês exames de prevenção do câncer de mama e colo de útero, para as servidoras do hospital que não possuem plano de saúde. As servidoras poderão procurar na sala de regulação no Ambulatório para agendamento, no horário de 8h ás 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta. Para participar da campanha serão necessários documento de identificação e cabeçalho do contracheque. A ação é voltada as mulheres acima de 50 anos.

Segundo a supervisora do ambulatório, Flaviany Oliveira de Araújo Milhomem, o Outubro Rosa é uma data para focar na prevenção do câncer de mama e do colo do útero. “Como o ambulatório já atende pacientes com câncer, então idealizamos que iniciaríamos o Outubro Rosa, unindo com o projeto “Cuidando de Quem Cuida”, atendendo as mulheres do HGP, pois tem que se locomover  até a unidade  de saúde marcar a consulta, depois tem que faltar ao trabalho para consultar, e sendo aqui no ambulatório esse acesso facilita para a servidora. Como já temos uma procura de rotina e não podemos fazer o atendimento, pois são mulheres sem diagnóstico, então nós conversamos com a mastologia e abrimos essas vagas proporcionando a essas mulheres a oportunidade de fazer o rastreamento e para aquelas que tiverem alguma alteração de mama, nódulos palpáveis”, explicou.

O médico mastologista e mastoclínco do Hospital Geral de Palmas (HGP), Roberto Gripp alerta quanto aos sintomas do câncer de mama.”Nós temos que mostrar à mulher que não tem que aguardar qualquer sintoma para procurar a prevenção do câncer de mama.  A detecção precoce inclui  realizar seus exames com  regularidades antes mesmo  que ela sinta alguma coisa, mas a partir do momento do seu autoexame, ou exame com profissional,  notar algum sintoma  como nódulos, secreções,retrações da pele, ela deve buscar realizar investigações por meio de exames necessários  e que sejam esclarecidos estes sintomas. Buscar a Unidade Básica de Saúde e explicar ao profissional  e se possível ter acesso direto ao mastologista”, orientou.

Fonte: Arquivo Pessoal

Como detectar a doença?

Os métodos de prevenção que a mulher pode detectar a doença, o autoexame (a mulher conhecer o seu corpo e própria mama) e notar pequenas alterações na mama no tecido mamário, nodulações e buscar o diagnóstico da doença. O exame com especialista de maneira regular  é importante na detecção da doença e além disso  a mamografia (verifica nódulos abaixo de 1 centímetro de tamanho). A detecção precoce é fundamental no tratamento da doença, os tumores localizados num tamanho precoce, ou seja, tumores menores que 1 centímetro , chegam a ter mais 95% de chance de cura,  a prevenção leva a mulher detectar a doença no estágio inicial.

A dona de casa, Cecy Bernardes, de 65 anos, moradora de Palmas foi diagnosticada com a doença a cerca de 2 anos e está em fase final de tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no HGP . “Descobri o câncer no início durante consulta com especialista, durante o tratamento passei pela radioterapia e quimioterapia. Todo dia agradeço a Deus por que sei que qualquer pessoa pode passa por isso. Tive o apoio da família com atenção e segurança, que teve um papel muito importante neste processo. Hoje estou finalizando tratamento e aproveito para agradecer de coração  a todos os profissionais do HGP  pelo cuidado comigo”, declarou.

Tratamento

O especialista explica como funciona o tratamento do câncer de mama nos dias de hoje. “O tratamento do câncer de mama nos dias atuais tem vários avanços melhores dos resultados. Nós temos novas drogas quimioterápicas tem aumentado muito o tempo de vida mesmo nas pacientes mais graves que tem melhorado as condições de vida destas pacientes. No ponto de vista cirúrgico temos novas técnicas para realizar a preservação da mama da mulher com intuito da mulher ter um resultado estético satisfatório e consequentemente um melhor estado psíquico. Sabemos que ajuda na própria recuperação e na manutenção do  sistema imunológico desta paciente, são grandes os avanços na radioterapia e quimioterapia o que tem feito que o tratamento do câncer de mama tenha mais e mais sucesso”, destacou.

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Estágio em Ênfase Hospitalar: experiências de uma estudante de psicologia

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15/08/2016

Primeiro dia em que entrei na UCI, primeiro dia em que vi a vida de uma maneira tão incomum, a vida tangenciando a morte, a vida em sua etapa final, a vida ressignificando outras vidas de maneira tão própria e única. Embalados pelo som (bip… bip, bip) dos aparelhos, vi pacientes que carregam uma história, com personagens importantes, e, no entanto, estão totalmente dependentes e a mercê do cuidado do OUTRO, o outro que não é família, que não é amigo, mas o OUTRO que é ser humano e portador da mesma matéria-prima, a natureza. O OUTRO cuida, zela e luta junto com o sujeito pela melhor condição de vida, dentro do possível.

Impossível não se deparar com histórias que, de certa forma, também são suas. Revivi algumas tristezas e como foi difícil segurar o choro e a vontade de abraçar e acalentar os familiares que ouviam notícias tristes sobre seus amados. A expectativa e vontade de ajudar só crescem dentro de mim.

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Fonte: http://migre.me/vwPp3

29/08/2016

O Hospital Geral de Palmas passa por um momento muito complicado e de completo caos, a ponto de existir manifestações no próprio hospital e de faltar recursos básicos como comida, luvas, álcool em gel e outros materiais. Foi nesse cenário de calamidade que percebi a necessidade de uma conduta criativa para lidar com a situação. Vi quanto amor os profissionais demonstram por seus trabalhos, chegando até a “tirar do bolso” para não fragilizar ainda mais a situação de pessoas e familiares que estão em sofrimento pela hospitalização.

31/08/2016

O clima estava pesado porque havia uma iminência de morte e os familiares se revezavam para se despedirem de alguém importante em suas vidas. Ficamos próximas para suporte à família, caso nossa ajuda fosse solicitada.

O choro de desespero pelo sofrimento de perder alguém, ainda é e acredito que será por muito tempo, a situação que me evoca ao choro também. Sei que é preciso equilíbrio para se manter firme o suficiente como suporte de ajuda psicológica, mas esse sofrimento de compaixão me deixa feliz pelo fato de não perder de vista o que há de sensibilidade humana em mim.

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Fonte: http://secom.to.gov.br

14/09/2016

Hoje foi muito especial. Uma mulher, familiar de um homem que faleceu na UCI, foi muito gentil ao agradecer pelo serviço prestado pela equipe de psicologia. Foi um momento inspirador que me trouxe um sentimento de gratidão por ter a oportunidade de ajudar pessoas em sofrimento. Foi emocionante e, cada vez mais, percebo-me como uma psicóloga hospitalar.

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Unidade de saúde mental no Hospital Geral de Palmas-TO: atenção, cuidado e articulação com a RAPS

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O (En)Cena conversou com a coordenadora de enfermagem da psiquiatria do Hospital Geral de Palmas-TO, Graça Cortez, sobre o manejo e cuidado de usuários em crise e os desafios de articulação entre o serviço do HG e outros pontos da Rede de Atenção Psicossocial, fazendo uma interface com os ideais da reforma psiquiátrica e do movimento antimanicomial.

Graça Cortez
Foto: Arquivo Pessoal.

(En)Cena: Graça, conte-nos como é o seu trabalho e como foi sua aproximação e trajetória na saúde mental.

Graça Cortez: Iniciei minha trajetória na Unidade de Saúde Mental como enfermeira assistencial, me especializei na área, e após três anos e meio no serviço assumi a coordenação de enfermagem na psiquiatria do Hospital Geral de Palmas-TO. Fomos pioneiras no serviço, pensando e desenvolvendo cuidados em saúde mental neste ponto da rede. Hoje trabalho na gestão e capacitação da equipe na tentativa de qualificar permanentemente o cuidado e a atenção dispensados aos pacientes em internação.

(En)Cena: Qual o papel do serviço em saúde mental no Hospital Geral no cuidado a usuários com transtornos mentais graves e persistentes e/ou com prejuízos em decorrência do abuso de álcool e outras drogas? Por quais profissionais é composta a equipe na psiquiatria?

Graça Cortez: Trata-se de um serviço de alta complexidade onde assistimos e cuidamos de usuários em franca crise, que não dispõem de condições para manterem acompanhamento em serviços ambulatoriais e que têm importantes prejuízos biopsicossociais. Nosso objetivo é dar estabilidade clínica e o mínimo de autonomia para que este e sua família consigam dar continuidade ao tratamento sem a necessidade de internação. Ele inicialmente é atendido no pronto socorro, avaliado pelo médico clínico geral e por seguinte pelo psiquiatra e, se necessário, é encaminhado para internação na psiquiatria. A equipe é multiprofissional, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, médicos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e nutricionista.

(En)Cena: Quais os critérios (sinais, sintomas e diagnose) e duração máxima de internação? Como os apontamentos e conceitos da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial interferem no serviço e procedimentos na psiquiatria?

Graça Cortez: O quadro de sintomas comum aos pacientes em franca crise que demandam internação são: surto psicótico e/ou comportamentais graves iniciais ou crônicos, intento suicida importante e o mesmo quadro em pacientes com sérios prejuízos psicossociais em decorrência do abuso de álcool ou outras drogas, sendo esses, em alguns casos, internados compulsoriamente. Os sinais e sintomas são os clássicos, a saber, alucinações, delírios, intento suicida e sérios prejuízos em razão do abuso de drogas. Normalmente a internação pode perdurar por até 20 dias, por acreditar ser esse tempo hábil para melhora dos casos, exceto em casos de internação compulsória, onde não há claro o prazo definido para alta. Apesar da configuração do nosso serviço, ou seja, de lógica hospitalar, buscamos dispensar um serviço pautado na política de humanização do SUS, na tentativa de garantir aos pacientes os seus direitos, dando-lhes uma assistência digna.

(En)Cena: Qual o percurso (fluxo interno) o usuário percorre até estar em condições de obter alta biopsicossocial (prognóstico)?

Graça Cortez: Antes de chegar à psiquiatria, o usuário é avaliado no PS (Pronto Socorro), normalmente trazido pelo SAMU, para a sala vermelha, avaliado pelo médico clínico geral, o qual solicita avaliação seguida de um parecer do psiquiatra de plantão e mediante sua avaliação solicita o encaminhamento do paciente à ala de internação através da regulação interna. É necessário responder aos critérios de real necessidade para internação. É frequente a reinternação, entretanto, mesmo nesses casos, o usuário realiza esse mesmo trajeto. Para alta, realiza-se avaliação clínica e verificação se o usuário dispõe de condições para dar continuidade ao acompanhamento em outros pontos da RAPS (Ex. CAPS).

(En)Cena: Como é trabalhar com usuários que estão na ala psiquiátrica que usam o serviço por demandas judiciais e/ou cumprem mandato de segurança? Apontamentos, desafios e amparo.

Graça Cortez: Especificamente sobre a internação compulsória, vejo com um desafio, já que os pacientes atendidos, em sua maioria, demandam cuidados em saúde mental em decorrência do abuso de drogas. Deste modo, apesar de estarem em momentânea crise, quando saem, julgam desnecessário a permanência e tornam ainda mais difícil o trabalho da equipe. Faz-se necessário uma mobilização para manter esse paciente no serviço, sendo essas investidas desgastantes. Há usuários que causam transtornos, pois tem dificuldades em obedecer as regras ou rotina da unidade. Seria interessante um apoio técnico e jurídico mais próximo da nossa realidade para lidar com tais situações. Nos casos de internação compulsória, acredito que o usuário tem parte de seus direitos feridos, sobretudo por não poder escolher seu destino nessas situações. O maior problema é quando o usuário entra e não tem previsão de saída. Não há parâmetro nesses casos. Só há data de entrada. Há duas dimensões que precisam de análise, a de saúde e a jurídica, e por essa razão é comum a dificuldade de dissolver tais casos.

(En)Cena: Há diálogo entre a psiquiatria do HG com outros pontos de atenção/cuidado da rede de atenção psicossocial (RAPS)? Recebem ou repassam informações oficiais sobre a continuidade do acompanhamento (integralidade do cuidado) de egressos deste serviço? (CAPS II e AD, A.B, Urgência e Emergência e outros).

Graça Cortez: Temos um bom diálogo com a coordenação de saúde mental do Estado e com os CAPS (AD III e II). Entretanto não há um feedback quando se trata de um retorno de informações de usuários que retornam para cidades que não dispõem desses serviços. A contra referência ocorre, pois é oficializada via encaminhamento. Quando não há na cidade um serviço especializado em saúde mental, encaminhamos para a unidade básica de saúde, entretanto percebemos que a atenção básica por vezes não reconhece o paciente como seu, transferindo ao CAPS tal responsabilidade. O usuário sai orientado e com a contra referência e receita em mãos. Ligamos e informamos sobre a necessidade da continuidade de acompanhamento ao usuário. Quando queremos informação, entramos em contato com o serviço de referência no território e/ou técnico de referência.

(En)Cena: Graça, não é raro ouvir, sobretudo de próprios usuários e familiares, reclamações sobre o modo de cuidados dispensados a usuários em crise no que diz respeito à contenção e ao manejo, alegando possíveis maus tratos por parte da equipe. O que dizer a respeito?

Graça Cortez: Esse é um ponto chave. Quando falamos em saúde mental, no Hospital Geral, visualizamos um paciente em franca crise psiquiátrica, e em alguns casos o paciente em crise investe de força física e resiste ao início do tratamento. Nesses casos, faz-se necessário a contenção e disposição de medidas mais enérgicas, mas resguardando física e moralmente o usuário. Para proteger o paciente e quem está ao seu redor, precisamos fazer o manejo mais forte – contenção mecânica. Não é aleatório, exige técnica para realizar tais procedimentos. Para quem é externo ao serviço é comum o estranhamento, mas há casos em que é inevitável o uso da contenção mecânica e contenção química, enfatizamos que é para o benefício do próprio usuário\familiares\funcionários. Quem não conhece os processos de trabalho não compreendem a necessidade de tais procedimentos e se assustam, mas são atividades comuns e necessárias.

(En)Cena: Sabe-se que a psiquiatria do HG de Palmas é referência do serviço no estado. Quais condições se dispõem para assistir tamanha demanda? Qual a avaliação se faz de recursos físicos e humanos?

Graça Cortez: Veja bem, segundo a orientação do ministério da saúde, nós temos que dispor até 10% de leitos do HG para pacientes psiquiátricos, entretanto, mesmo dispondo tal porcentagem, ainda não é suficiente para assistir integralmente a demanda. Atendemos, além da demanda do Estado do Tocantins, usuários do Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Pará e até Goiás. Portanto, para serviços na internação, não é o suficiente. Os recursos humanos são satisfatórios e a equipe tem conseguido assistir a demanda, apesar de achar que durante o tempo de internação, o paciente deve desenvolver mais atividades terapêuticas, como parte aliada ao tratamento medicamentoso. Já os recursos físicos ainda carecem melhorias.

(En)Cena: Quais são os maiores desafios de um trabalho com tamanha complexidade?

Graça Cortez: Manter a saúde mental!

(En)Cena: A própria, da equipe?

Graça: Sim, a própria saúde mental, de modo que não implique aos usuários, não implique na assistência e não interfira na boa condução do cuidado dispensado ao paciente. A atmosfera do ambiente por muitas vezes é tensa, sendo necessário ter paciência e auto-cuidado para não ser afetado de modo que tal afeto prejudique tua prática.  Então, acho que antes de tudo, trabalhar na saúde mental faz-se necessário conhecer bem a saúde mental e manter bem a própria.

(En)Cena: Como se dá a relação entre os familiares, usuários internados e equipe? Como funciona o fluxo nessa perspectiva (visitas, acompanhamento etc)?

Graça Cortez: Então, como se trata de uma relação de cuidado, mesmo com as intempéries, a família vê na equipe um suporte, já que a grande maioria também está adoecida em razão das dificuldades que é conviver com um familiar que tenha transtorno mental e que não está em tratamento. Então é uma relação de parceria e apoio.  Solicitamos a família que todo usuário tenha um acompanhante para não causar tanto impacto a ele, por que geralmente ele interna sedado e acorda num ambiente totalmente inóspito, sem ninguém conhecido. Então, a partir dessa lógica, solicitamos a presença de uma pessoa que o usuário tenha vínculo. Inicialmente orientamos o acompanhante, colhemos informações acerca do usuário e o passamos as normas e a rotina da unidade. Deste modo acreditamos que tornamos a internação dele mais humanizada.

(En)Cena: O serviço já acolheu ou internou um usuário com transtorno mental ou com prejuízos decorrentes do uso de drogas que ora estava em situação de rua? Se sim, qual (quais) estratégia na tentativa de reinseri-lo socialmente ou reintegrá-lo a família?

Graça Cortez: Sim. Tivemos alguns casos. Foi uma ação que o Serviço Social da nossa unidade realizou com sucesso. Alguns retornaram para sua casa, família, Estado, e o que não conseguiu foi encaminhado para uma casa abrigo. São muitas histórias, muitos desafios, porém quando há boa vontade e engajamento da equipe o trabalho acontece, traz resultados e reconhecimento.

 


Edição: Hudson Eygo.

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