Conheça Robin, um robô criado para ajudar crianças em hospitais

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Robin é um robô com cerca de 1,20m de altura e é feito de bioplástico reciclável que pode ser facilmente esterilizado com luz ultravioleta ou outros desinfetantes para minimizar o risco de propagação de vírus. Foi desenvolvido pela Expper Technologies e chegou ao mundo para revolucionar a interação humana (KART, 2020).

Não é de hoje que as crianças gostam de tecnologias, imagina robôs então? Elas adoram! E crianças doentes agora podem se beneficiar com robôs no hospital. Um companheiro robô chamado Robin foi testado em uma clínica pediátrica na Armênia, onde interagiu com crianças doentes e pesquisadores relataram um aumento no apetite e na alegria de pacientes jovens após interações com o robô.

Robin é o primeiro robô a usar a interação entre pares para ajudar as crianças a superar estresse e ansiedade. Para tanto, utiliza tecnologia de ponta da  Expper Technologies, que é baseada em inteligência artificial. Ele consegue estabelecer interações emocionais entre pares com crianças

A tecnologia analisa as expressões faciais e o contexto das conversas. Ele se move com um sistema de rodas omnidirecional e usa sua “face” para exibir emoções com uma variedade de expressões. Tudo isso significa que o robô pode reagir naturalmente a situações e interações com crianças, diz seu criador. Karen Khachikyan, CEO e fundadora da Expper Technologies, disse: “Nosso objetivo é mudar a percepção das crianças sobre os tratamentos médicos, assim elas não se sentirão mais isoladas, solitárias e com medo”.

Quanto a “fazer as crianças se sentirem melhor”, Expper disse que um estudo piloto de dois meses envolvendo mais de 100 crianças na Clínica Wigmore, Hospital Nork Marash e Clínica Avanta (todas na Armênia) coletou dados relacionados aos seus comportamentos para verificar informações sobre níveis de estresse e dor, e os resultados foram satisfatórios.

Khachikyan disse em uma entrevista que “crianças que recebem tratamento longo e doloroso no hospital muitas vezes não têm apetite e algumas tendem a ser silenciosas e indiferentes”. A empresa pôde verificar com o acompanhamento das interações entre crianças e robô, que mais de 26% da felicidade dos entrevistados aumentou e seu estresse foi reduzido em 34% (KART, 2020). Acrescentou ainda que o ambiente em exposição foi muito bom e todas as crianças que interagiram com Robin demonstraram interesse em vê-lo novamente.

Fonte: Divulgação Expper Technologies

A equipe médica também gostou do resultado, pois afirmou que Robin poderia permitir que as crianças participassem de um ambiente cooperativo, melhorando a comunicação, permitindo que equipes hospitalares e clínicas concluíssem seu trabalho com mais facilidade e diminuindo a frustração.

Mas aí vem a pergunta: “Até onde Robin pode ir?” Atualmente, vivemos em uma pandemia global. As crianças estão (ou ficaram) isoladas por muito tempo em suas casas, e aquelas que tiveram necessidade de ficar em um hospital vivenciaram isso de forma ainda mais intensa. O número de atendimentos é limitado e a interação da equipe médica teve que ser reduzida, então o que aconteceu? “Os hospitais estão procurando soluções para ajudar as crianças a lidar com o isolamento, a solidão e o estresse”, diz o CEO da Expper. E Acrescentou que, “como Robin já provou sua eficácia na redução do estresse e ansiedade e no apoio às crianças, os hospitais agora podem fornecer melhor suporte emocional às crianças sem qualquer contato humano direto. Além disso, Robin está lá para as crianças 24 horas por dia, 7 dias por semana, para apoiar a qualquer hora”.

Khachikyan disse que esta tecnologia permite que Robin se comporte como um companheiro. Você pode jogar jogos interativos, contar histórias e piadas interessantes … e isso vai além! Ele é capaz de explicar procedimentos médicos complicados de forma simples, ajudando a acalmar as crianças.

Fonte: Divulgação Expper Technologies

O objetivo da Exper é lançar o Robin nos principais hospitais e clínicas odontológicas da Califórnia até o final do ano, permitindo que os locais usem o Robin por uma taxa de assinatura mensal, trazendo conforto para crianças e profissionais da área. Um PowerPoint apresentado em uma palestra sobre nosso amiguinho virtual, indicou que o mesmo poderá ser adquirido a uma taxa por unidade por mês para usá-lo, observando que a empresa espera alugar até 10 robôs por hospital (há mais de um Robin?! SIM!).

Robin, o pequeno “robô” feito de metais e plásticos refinados mostrou que é capaz de transmitir muito calor e afeto. Mais que uma ideia, Robin é uma necessidade, pois além de ser capaz de contar histórias e levar jogos interativos às crianças ao redor do globo, o mesmo ajuda na recuperação física e psicológica dos pacientes.

O “gigantesco” aglomerado de códigos de codinome Robin leva também a saudade, o carinho e a esperança de dias melhores aos pequenos frutos da humanidade, pois como dito por outro grande herói “a noite é sempre mais escura antes do amanhecer” (Batman, o cavaleiro das trevas). E Robin continua a trazer amanheceres à vida das pessoas.

Fonte: Divulgação Expper Technologies

REFERÊNCIAS

KART, J. Robin The Robot Comforts Kids In Hospitals, Can Help With Covid-19. Forbes, 2020.

ZAP. Chama-se Robin , é um robô e visita hospitais para ajudar as crianças a sentirem-se melhores. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=TuokwrCGBKc>. Acesso em: 20 nov. 2021.

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Intervenção Escolar diante da Medicalização Infantil

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Desafio no âmbito das políticas públicas, ao retorno da visão medicalizante/patologizante que atribui a deficiências do organismo da criança as causas da não aprendizagem. Embora esses recursos da área da saúde e da biologia sejam fundamentais enquanto avanços na compreensão de determinados processos humanos, quando aplicados ao campo da educação, retomam a lógica já denunciada e analisada durante décadas, de que o fenômeno educativo e o processo de escolarização não podem ser avaliados como algo individual, do aprendiz.

Outro desafio que consideramos importante ressaltar refere-se, no âmbito das políticas públicas, ao retorno da visão medicalizante/patologizante que atribui a deficiências do organismo da criança as causas da não aprendizagem. De fato, é possível considerar que assistimos, a partir do ano 2000, o retorno das explicações organicistas centradas em distúrbios e transtornos no campo da educação. Temáticas tão populares nos anos 1950-1960 voltam com roupagem nova. Não se fala mais em eletroencefalograma para diagnosticar distúrbios ou problemas neurológicos, mas sim em ressonâncias magnéticas e sofisticações genéticas, mapeamentos cerebrais e reações químicas sofisticadas tecnologicamente (Conselho Federal de Psicologia, 2013)

Trabalhar com os educadores como forma de psicoeducação dos fármacos a fim de entender o contexto da farmacologia e as consequências do uso indiscriminado destes fármacos. Além do encaminhamento para psiquiatria e sua ação, um modo mais seguro e apropriado é um acompanhamento psicológico que visa intervir de forma mais abrangente a situação. Trazer nesta mesma oficina soluções alternativas de trabalhar a motivação, interesse e atenção dos alunos para as atividades propostas em sala de aula.

Uma ferramenta que pode ser usada no contexto para melhorar a demanda de atenção e motivação para tarefas é ambiente lúdico, pois jogos e brincadeiras para a crianças ajudam para elas a se desenvolverem satisfatoriamente, e desenvolver atividades que foram propostas pela própria criança chama atenção para o processo. “O professor deve levar a atenção da criança a seus projetos de brincar, fazendo com que a sua experimentação na atividade proposta pela mesma seja mais intensa.” (Pires; Falkenbach, 2008)

Fonte: encurtador.com.br/gPTW5

Há uma necessidade de intervenção educativa especial nas escolas e no social, podendo se estender a um acompanhamento especial com um profissional especializado, apropriado à demanda da criança e com habilidades para se responsabilizar pela criança “estimular constantemente a atenção da criança com TDAH, para que a mesma não se perca a qualquer novo estímulo do ambiente” (Pires; Falkenbach, 2008). O apoio da família é a principal via para facilitação do processo,com a orientação e acompanhamento psicológico com os pais da criança ajuda a obter maior informação da família sobre a falta de atenção, impulsividade, ansiedade e formas de como agir com estas demandas. Manter uma mediação de qualidade entre pais, filhos e professores no processo de ensino aprendizagem.

É papel da escola promover um ambiente escolar agradável, de confiança, compreensão onde a criança encontre apoio que precisa nesses educadores e na equipe psicopedagógica para desenvolver a zona de desenvolvimento proximal, proposta por Vigotsky. O professor e o aluno devem aprender juntos, ao invés gerar culpabilização das crianças por seus possíveis déficits, direcione a sua atenção a ela, aos seus projetos, ganhos e acertos. (Pires; Falkenbach, 2008)

Trazendo também atividades lúdicas, educativas que despertam o interesse nessas crianças. A escola deve oferecer apoio a professores e educadores de forma mais coerente ante o problema de cada um e as dificuldades de aprendizagem dentro de sala, fugindo do reducionismo biológico a fim de promover um olhar do ser humano como um todo.

RFERÊNCIAS:

PIRES, E; Falkenbach, A.P. A aprendizagem e o brincar de crianças com transtornos de déficit de atenção/hiperatividade. Buenos Aires, 2008.

Conselho Federal de Psicologia Referências técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica / Conselho Federal de Psicologia. – Brasília: CFP, 2013. 58 p

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