O deputado Professor Júnior Geo (PROS) propôs, sugestão ao Executivo sobre a aplicação da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) nas escolas do Tocantins na última semana em que se fala sobre a conscientização sobe o Transtorno do Espectro Autista. O parlamentar destaca que o uso do método com crianças tem por objetivo integrar a criança à comunidade da qual ela faz parte.
“A ABA contribui de forma efetiva para o desenvolvimento de estudos. Seu benefício não está somente na vida familiar da criança, mas em todos os outros aspectos, como na escola, na interação social”, destaca Geo.
A Análise do Comportamento Aplicada,Applied Behavior Analyses, em inglês, é um conjunto de técnicas e procedimentos advindos de um campo específico da psicologia comportamental. A intervenção com o método deve ser o mais precoce possível, beneficiando diretamente as crianças e adolescentes.
Fonte: encurtador.com.br/uUX27
Após um planejamento e uma avaliação, são criados planos educacionais direcionados a dificuldades de aprendizagem, dificuldades emocionais, e dificuldades sociais e de comunicação. A análise do comportamento busca ensinar qualquer tipo de habilidade para a criança, inclusive o reconhecimento de emoções e o comportamento emocional propriamente dito.
Durante toda a terapia e acompanhamento escolar, atenção social intensa é dada à criança, de modo a tornar a interação com o outro interessante. As habilidades de comunicação, por sua vez, são ensinadas passo a passo, iniciando pelo aprendizado de pedidos e repetição de palavras.
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Atuação do Psicólogo no Ensino superior: afetividade em Wallon
Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, no ano de 1879. Formou-se em Filosofia, Medicina e Psicologia. Atuou como médico na Primeira Guerra Mundial cuidando de pessoas com distúrbios psiquiátricos. Em 1920, Henri se tornou professor em uma universidade na França e foi encarregado de ministrar sobre psicologia da criança.Foi o primeiro teórico a reconhecer a importância da afetividade no ensino infantil.Era marxista e criticava a forma agressiva de ensino aplicada em sua época. Wallon morreu aos 83 anos na França.
Ao longo da sua vida, Wallon teve interesse cada vez maior pela educação, pois via a escola como um contexto privilegiado para o estudo da criança e foi nas fases iniciais da infância que concentrou seus trabalhos, assim estudando o campo da consciência. E acreditava que a pedagogia oferecia um campo de observação à psicologia e questões para investigação no qual a psicologia pode construir conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil oferecendo assim diversos elementos aos educadores para a reflexão sobre o aprimoramento da prática.
Na teoria de Wallon, o processo de desenvolvimento é a integração em dois sentidos, na integração organismo-meio e na integração cognitiva-afetiva-motora. A interação da criança com o meio é uma relação complementar entre os fatores orgânicos e socioculturais. Wallon afirma que estas revoluções de idade para idade não são improvisadas por cada indivíduo. É a própria razão da infância, que tende para a edificação do adulto como exemplar da espécie. Estão inscritas, no momento oportuno, no desenvolvimento que conduz a esse objetivo. As incitações do meio são sem dúvida indispensável para que elas se manifestem e quanto mais se eleva o nível da função, mais ela sofre as determinações dele quantas e quantas atividades técnicas ou intelectuais são à imagem da linguagem, que para cada um é a do meio (Wallon, 1995, p. 210).
Wallon afirma que o estudo da criança exige o estudo do meio ou dos meios em que ela se desenvolve. Sobre o meio, esclarece que é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá corresponder a suas necessidades e as suas aptidões sensório-motoras e, depois, psicomotoras. Não é menos verdadeiro que a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas necessidades e novos recursos que aumentam possibilidades de evolução e diferenciação individual. A constituição biológica da criança ao nascer, não será a única lei de seu destino posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias de sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal. Os meios em que vive a criança constituem a “forma” que molda sua pessoa (Wallon, 1975, pp. 164, 165, 167).
Fonte: https://bit.ly/2BkOj0O
As necessidades de descrição obrigam a tratar separadamente alguns grandes conjuntos funcionais, o que não deixa de ser um artifício. Os domínios funcionais entre os quais se dividirão o estudo das etapas que a criança percorre serão, portanto, os da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa (Wallon, 1995, pp. 131 e 135).O conjunto afetivo oferece as funções responsáveis pelas emoções, pelos sentimentos e pela paixão.O conjunto motor oferece a possibilidade de deslocamento do corpo no tempo e no espaço, as reações posturais que garantem o equilíbrio corporal, bem como o apoio tônico para as emoções e sentimentos se expressarem.O conjunto cognitivo oferece funções que permitem a aquisição e a manutenção do conhecimento por meio de imagens, noções, ideias e representações. É ele que permite ainda registrar e rever o passado, fixar e analisar o presente e projetar futuros possíveis e imaginários.A pessoa, o quarto conjunto funcional, expressa a integração em todas as suas inúmeras possibilidades.
Outras características do processo no desenvolvimento do conjunto afetivo que vão se expressar são, do sincretismo para a diferenciação, todos os conjuntos funcionais que revelam-se inicialmente de forma sincrética, isto é, apresentam uma forma nebulosa, global, difusa, sem distinção das relações que as unem.Da alternância na predominância dos conjuntos, em cada estágio de desenvolvimento Wallon propõe os seguintes estágios: impulsivo-emocional 0 a 1 ano; sensório-motor e projetivo 1 a 3 anos; personalismo 3 a 6 anos; categorial 6 a 11 anos; puberdade e adolescência 11 anos em diante. E da alternância de direções: Em cada estágio de desenvolvimento há uma alternância de movimentos ou direções. No impulsivo-emocional, personalismo, puberdade e adolescência o movimento é para dentro, para o conhecimento de si. Já no sensório-motor e projetivo e categorial o movimento é para fora, para o conhecimento do mundo exterior.
A afetividade refere-se à capacidade, a disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo/interno por sensações ligadas a tonalidades agradáveis ou desagradáveis. A teoria aponta três momentos marcantes, sucessivos na evolução da afetividade, a emoção, o sentimento e a paixão.
Fonte: https://bit.ly/2Qfp0pm
Ensino Superior no Brasil
As primeiras escolas de ensino superior foram fundadas no Brasil em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao país.Até a proclamação da república em 1889, o ensino superior desenvolveu-se muito lentamente, seguia o modelo de formação dos profissionais liberais em faculdades isoladas e visava assegurar um diploma profissional com direito a ocupar postos privilegiados em um mercado de trabalho restrito além de garantir prestígio social.
Com a independência política em 1822 não houve mudança no formato do sistema de ensino, nem sua ampliação ou diversificação. A elite detentora do poder não vislumbrava vantagens na criação de universidades. Contava-se com 24 projetos propostos para criação de universidades no período 1808-1882, nenhum dos quais aprovados. Depois de 1850 observou-se uma discreta expansão do número de instituições educacionais com consolidação de alguns centros científicos como o Museu Nacional, a Comissão Imperial Geológica e o Observatório Nacional. A ampliação do ensino superior, limitado às profissões liberais em poucas instituições públicas, era contida pela capacidade de investimentos do governo central e dependia de sua vontade política.
O governo provisório de Getúlio Vargas promoveu (em 1931) uma ampla reforma educacional, que ficou conhecida como Reforma Francisco Campos (primeiro Ministro da Educação do país), autorizando e regulamentando o funcionamento das universidades, inclusive a cobrança de anuidade, uma vez que o ensino público não era gratuito. A universidade deveria se organizar em torno de um núcleo constituído por uma escola de Filosofia, Ciência e Letras. Embora a reforma representasse um avanço, ela não atendia a principal bandeira do movimento da década de 1920 por não dar exclusividade pública ao ensino superior além de permitir o funcionamento de instituições isoladas.
O período de 1945 a 1968 assistiu à luta do movimento estudantil e de jovens professores na defesa do ensino público, do modelo de universidade em oposição às escolas isoladas e na reivindicação da eliminação do setor privado por absorção pública. Estava em pauta a discussão sobre a reforma de todo o sistema de ensino, mas em especial a da universidade.O elitismo se refletia no atendimento de parcela mínima da população, sobretudo dos estratos mais privilegiados.
Fonte: https://bit.ly/2OWts7s
No cenário atual, os psicólogos se encontram em setores destinados ao atendimento dos alunos como, por exemplo, o Serviço de Orientação ao Universitário (SOU)e o Serviço de Assistência ao Universitário (SAU). A atuação do psicólogo tem foco individual, relacionado ao acompanhamento e atendimento dos acadêmicos, especialmente quanto a problemas verificados no âmbito da adaptação à vida universitária e às novas relações sociais; à insatisfação com a escolha do curso e da profissão; e a questões ligadas diretamente aos processos de ensino e aprendizagem relatados como distúrbios de concentração, falta de motivação, desorganização, não adaptação às metodologias de ensino. (Marinho-Araújo, 2009).
A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon é um instrumento que pode ampliar a compreensão do professor sobre as possibilidades do aluno no processo ensino-aprendizagem e fornecer elementos para uma reflexão de como o ensino pode criar intencionalmente condições para favorecer esse processo, proporcionando a aprendizagem de novos comportamentos, novas ideias, novos valores. Daí a importância de o professor encarar a teoria como um conjunto sistematizado de proposições hipotéticas a serem constantemente testadas, verificadas no confronto com os resultados do processo ensino-aprendizagem do aluno, na situação concreta de sala de aula. Assim, ao lado dos conhecimentos teóricos, assumem relevância a sensibilidade, a curiosidade, a atenção, o questionamento e a habilidade de observação do professor sobre o que se passa no processo ensino-aprendizagem.
O processo ensino-aprendizagem só pode ser analisado como uma unidade, pois ensino e aprendizagem são faces de uma mesma moeda; nessa unidade, a relação interpessoal professor-aluno é um fator determinante. Esses atores são concretos, históricos, trazendo a bagagem que o meio lhes ofereceu até então e estão em desenvolvimento, processo que é aberto e permanente.
Fonte: https://bit.ly/2DM1iLz
Outro ponto importante é saber e aceitar que todo conhecimento novo, não familiar, implica na sua aprendizagem, um período de imperícia, resultante do sincretismo inicial. Esse sincretismo inicial vai se desmanchando com as atividades propostas, mas é importante considerá-lo como parte integrante do processo ensino-aprendizagem. À medida que ele evolui, a imperícia é substituída pela competência.
Ferreira, Aurino Lima, andNadja Maria Acioly-Régnier. “Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação.” Educar em Revista 26.36 (2010): 21-38.
Mahoney, Abigail Alvarenga, and Laurinda Ramalho de Almeida. “Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon.” Psicologia da educação 20 (2005): 11-30.
Marinho-Araújo, C. M. “Psicologia Escolar na Educação Superior: novos cenários de intervenção e pesquisa.” Psicologia Escolar: novos cenários e contextos de pesquisa, formação e prática (2009): 155-202.
Martins, Antonio Carlos Pereira. “Ensino superior no Brasil: da descoberta aos dias atuais.” Acta Cirúrgica Brasileira 17 (2002): 04-06.
Wallon, Henri, and Ana Maria Rabaça. Psicologia e educação da infância. 1975.
Wallon, Henri, and Cristina Carvalho. A evolução psicológica da criança. 1995.
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XXII Expro do Ceulp/Ulbra conta com a apresentação das diversas áreas da Psicologia
10 de outubro de 2018 Ana Laura Araújo Dutra
Notícias
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O tema foi exposto pelos alunos da disciplina de Estágio Básico I
Na manhã dessa terça-feira (09), no Centro Universitário Luterano de Palmas, foram apresentadas as áreas de atuação profissional do psicólogo(a) sob a supervisão da professora da disciplina de Estágio Básico I, Rosângela Veloso de Freitas Morbeck. Os acadêmicos utilizaram-se de placas informativas e conteúdos já estudados em sala de aula para compor o stand da Psicologia e atender os diversos alunos que passaram pelo local.
A apresentação foi feita com o intuito de mostrar aos estudantes que estão para adentrar no ensino superior, que a Psicologia é uma ciência muito mais ampla do que se entende dela pelo senso comum, ao mostrar que a matéria tem aplicações diretas em áreas como organizacional, esportiva, escolar, trânsito, jurídica, hospitalar e outras. Foi quebrada a ideia de que a profissão só se faz na clínica.
Através desse projeto as escolas, juntamente com o Ceulp, dão a oportunidade para os alunos do ensino médio ouvir dos próprios acadêmicos como os cursos são construídos e a essência de cada profissão para a construção de uma sociedade equilibrada e estruturada.
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Preconceito é tema de intervenção na XXII Expro do Ceulp/Ulbra
É realizada nessa terça-feira (09) nas dependências do Centro Universitário Luterano de Palmas a XXII edição da Exposição das Profissões – EXPRO. A ação tem o intuito de mostrar as várias atribuições de cada profissão, ressaltando o mercado de trabalho e suas potencialidades. Entre as atividades desenvolvidas no stand do curso de Psicologia, está a “Lápide do Preconceito”, onde os visitantes da exposição podem escrever e depositar os seus preconceitos que devem ser “enterrados”.
Frente às constantes manifestações de ódio percebidas na atualidade, a ideia partiu de acadêmicas de Psicologia com o intuito de provocar os jovens estudantes do ensino médio a refletirem sobre seus preconceitos e a necessidade de abandoná-los.
Para Beatriz Rodrigues (14), visitante da exposição, falar de preconceitos é difícil: “Eu me senti mal, pois muitas vezes a gente fala sem pensar e acredita que a outra pessoa não vai achar ruim. As pessoas deviam pensar antes de falar qualquer coisa”, pontua.
Para Gabriela Gomes, acadêmica de Psicologia e organizadora da intervenção, falar de preconceito na graduação é importante pois, “um dos pilares da nossa profissão é que as pessoas são diferentes e que a gente precisa respeitar as diferenças, tanto é que isso está no código de ética. E independente de raça, gênero, religião, as pessoas tem que ser tratadas com respeito, e o profissional da psicologia que não sabe disso, não está exercendo sua profissão corretamente, então é muito importante que os acadêmicos saibam que os preconceitos precisam ser deixados de lado”.
A Exposição das Profissões do Ceulp/Ulbra já se encontra em sua vigésima segunda edição. Durante a feira os cursos de graduação da instituição, por meio de docentes e acadêmicos, desenvolvem diversas atividades em stands, onde os alunos visitantes de escolas públicas e particulares de Palmas podem conhecer as várias faces de cada profissão, áreas de interesse, perfil do profissional e o mercado de trabalho.
Esses dias me perguntei qual a visão do acadêmico/profissional de Psicologia sobre esse tema? Será que o acadêmico/profissional tem obrigações sociais para com a escolha do nosso futuro governo? Ou isso não tem nada a ver com o fazer da Psicologia? Somos apenas cidadão, ou cidadão e Psicólogo?
Dia 7 de outubro, exatamente a daqui 23 dias, acontecerão as eleições de 2018. Os nervos já estão à flor da pele há alguns dias. Tanto na vida real, quanto na virtual (“É minha rede social e eu coloco nela o que eu quiser…” , assim falam a maioria dos sujeitos, inclusive alguns psicólogos.).
Mas até onde vai essa liberdade do cidadão Psicólogo de falar o que quiser? Será essa atitude, ética, para com o nosso papel profissional? Será essa atitude de acordo com aquilo que sabemos e praticamos dentro do fazer da Psicologia?
Fonte: encurtador.com.br/bwX27
O Código de Ética da profissão traz 7 princípios fundamentais que o Psicólogo deve seguir, sendo eles:
I- O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II- O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III- O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV- O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.
V- O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.
VI- O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
VII- O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.
Ao observarmos os princípios trazidos acima, é nítido que o Psicólogo tem sim, uma responsabilidade social, que implica na sua postura em relação às suas escolhas de governo. Portanto, você caro acadêmico/profissional de Psicologia, é um cidadão e um Psicólogo. Não se esqueça disso, para que atitudes incoerentes com o seu fazer profissional não sejam tomadas.
Hipocrisia não é um dos princípios do nosso Código de Ètica. Boas eleições a todos nós Psicólogos.
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Uma perspectiva Organizacional: onde cabe o psicólogo?
Ao visitar uma grande loja de variedades com o intuito de fazer uma compra rápida, pude reparar na disposição do ambiente e em como os funcionários se distribuíam nas funções.
O horário em que estive presente na loja era relativamente um horário de pico e uma grande parte dos clientes (pelo o que pude perceber) se dirigia a loja com o mesmo intuito que o meu, fazer compras rápidas, para não atrasar os demais compromissos do dia.
A loja é de grande porte e vende uma grande variedade de produtos, como de higiene pessoal, roupas, livros, papelaria, guloseimas, alimentos e entre outros. Esses produtos estão bem expostos e de fácil acesso, o que facilita o cliente na hora da compra.
Porém, o que se pode perceber, não é a dificuldade na variedade de opções ou em achar o produto nas prateleiras, mas sim, na organização do quadro de funcionários que, em primeiro lugar pode-se considerar pouco e principalmente, mal destruídos em suas funções.
Fonte: https://goo.gl/6JQeui
Em um horário significativo do dia, onde se espera um grande fluxo de clientes (horário de almoço), os funcionários estavam na entrada da loja conversando e organizando mercadorias (o que dificultava o acesso dos clientes, principalmente dos que estavam acompanhados e/ou com pressa).
Logo, pode-se perceber uma quantidade muito maior de funcionários designados a essa função do que o necessário e era notável outros colaboradores dispersos, espalhados pelo o ambiente.
Ao entrar na loja o cliente logo ouvia o som – muito auto por sinal- de músicas infantis, extremamente agitadas e repetitivas (o ambiente tinha uma proporção muito maior de adultos e quase não se avistava crianças), e foi possível ouvir de outros clientes reclamações da altura e do tipo de música tocada.
Essa reclamação foi compartilhada essencialmente na fila do caixa, que devido o lento processo de pagamento da mercadoria escolhida, causava um grande acumulo de clientes irritados.
Fonte: https://goo.gl/qwWrbe
Havia na loja cerca de 10 caixas, mas somente um estava sendo operado pelo atendente de caixa. Isso causava mais constrangimento, pois uma única fila era compartilhada pelos clientes que possuíam vários produtos e por clientes que possuíam somente um.
Eu por exemplo, esperei na fila por 15 minutos para pagar um pos-it de $10 reais. Em outras situações, com certeza, eu não haveria esperado e me retiraria do local (barulhento, sem funcionários dispostos a ajudar e uma fila enorme para pagamento) sem efetuar minha compra, o que pelas minhas observações, percebi muita gente fazendo. Percebi ainda, clientes com o produto na mão se direcionando até o caixa, mas ao avistar o tamanho da fila, desistia de consumir.
Concomitantemente a tudo o que foi supramencionado, podemos convidar a Psicologia Organizacional para traçar possíveis meios de mudanças e melhoria dessa organização. Vieira (2013) traz a perspectiva de um Psicólogo Organizacional capaz de atuar de forma crítica e interdisciplinar, buscando intervenções com embasamento científico e metodologicamente consistente pois, através disso, haverá conquistas de espaços para se desenvolver ações que agregará cada vez mais a organização em questão.
Prontamente, o psicólogo terá que fazer uma observação minuciosa na organização, buscando se atentar a cada detalhe em todos os âmbitos, investigando de forma minuciosa a realidade da organização, para só depois, se pensar possíveis intervenções que visam melhoria para o bem da empresa como um todo, incluído, seus clientes.
Fonte: https://goo.gl/z5eiW7
Ainda de acordo, cabe também ao psicólogo buscar contribuições para a relação empregado-empregador, de forma a mediar os conflitos inerentes ás relações de trabalho, promovendo a negociação de interesses de forma mais humanizada e intervenções apropriadas ao contexto (ZANELI apud VIEIRA, 2003, p. 313).
Portanto, visualizamos que, o psicólogo organizacional, possivelmente, terá seu trabalho voltado para melhorar as relações profissionais, aliando os interesses dos empregados aos dos empregadores e vice-versa, pois dessa maneira, a organização mudara sua postura frente aos relacionamentos interpessoais dentro da empresa, algo que refletira automaticamente na conduta dos colaboradores para com os clientes.
Outra possível melhoria visível a essa empresa proporcionada pelo psicólogo organizacional seria o investimento no processo de recrutamento, seleção e treinamento, dessa maneira, iria-se buscar contratar pessoas mais qualificadas e treina-las, mas caberia também, o reconhecimento de potenciais já existentes dentro da empresa e treina-los para um novo cargo (Zanelli, 2009). Além da empresa ganhar com o fato de fidelizar a equipe, os colaboradores se sentirão valorizados e percebidos dentro do seu ambiente de trabalho o que lhe impulsara para um trabalho mais prazeroso e fidedigno a empresa.
Toda essa multiplicidade de tarefas, nos mostra o quanto o fazer da psicologia organizacional é amplo, mas nos mostra principalmente, o quanto a psicologia e o ramo das organizações ganham por andar juntos.
REFERÊNCIAS:
VIEIRA, Fernando de O.; MENDES, Ana M.; MERLO, Alvaro R. Crespo. Dicionário crítico de gestão e psicodinâmica do trabalho. Curitiba: Juruá, p. 313, 2013.
ZANELLI, José Carlos. O psicólogo nas organizações de trabalho. Artmed Editora, 2009.
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Mesa sobre Psicologia e Povos Tradicionais ocorre nesta segunda, dia 27 de Agosto
O Conselho Regional de Psicologia do Tocantins (CRP 23), realiza, em agosto, uma série de atividades para comemoração do mês do Psicólogo, “Agosto da Psicologia”. Entre estas atividades, no dia 27/08 ocorre a Mesa “Os desafios da Psicologia junto aos povos indígenas, quilombolas e tradicionais no Tocantins”. O evento acontece as 18h30 no Memorial Coluna Prestes na Praça dos Girassóis e após o evento, às 20h30, ocorrerá um Sarau Cultural.
O evento será mediado pelo Grupo de Trabalho (GT) Psicologia e Povos do Cerrado, criado em 2017, e que tem como peculiaridade a participação de indígenas e quilombolas, não sendo restrito apenas à participação de psicólogos. Esses integrantes têm direito a voz e voto, e participaram ativamente na construção do grupo de trabalho.
Participam da mesa Os integrantes do GT Psicologia e os Povos do Cerrado: Thávila Kaline, Carmen Agá; Brena Avá Canoeiro (liderança Ava Canoeiro) e Fátima Barros (liderança quilombola da Ilha de São Vicente). Como mediadora, Stefhane Santana, integrante do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP).
De acordo com a psicóloga Thávila Kaline, as pautas a respeito de território e descolonização dos Povos Tradicionais não são hegemônicas dentro da psicologia, o que torna este Grupo de Trabalho um desafio singular. É preciso ter uma escuta política, pautada na perspectiva da descolonização, pois o território faz parte das relações e da subjetivação desses povos. Quando não se tem essa seguridade, nega-se a própria vida dessa população.
Para melhor situar a atuação do grupo, foram realizadas imersões culturais em territórios desses povos tradicionais. O Quilombo da Ilha de São Vicente, em Araguatins, foi um dos territórios visitados. De acordo com a psicóloga, a imersão proporcionou uma reflexão vivencial advinda da constatação de que esta população, em específico, ainda não tinha entrado em contato com nenhum profissional de saúde mental.
Thávila ressalta que a questão territorial é de grande importância para esses povos, pois a partir dessa dimensão são desenvolvidas as suas relações intra e interpessoais. Deste modo, a constante luta dos povos tradicionais pela seguridade de seus territórios gera adoecimento mental.
Além disso, a psicóloga destaca a dificuldade do profissional de psicologia em se inserir de forma efetiva nesse contexto, inclusive a respeito da terminologia a ser utilizada para que estas pessoas, que ainda não tinham tido acesso a profissionais de saúde mental, pudessem ser adequadamente atendidas.
Essas observações geraram a reflexão de que a formação em Psicologia ainda não oferta subsídios suficientes para a atuação do psicólogo junto a povos tradicionais de forma pontual e eficiente. Portanto, o Grupo de Trabalho passará a ser uma Comissão Permanente. Esse movimento não é só uma iniciativa do CRP 23, mas ocorre a nível nacional, com o cuidado de atingir povos de terreiro, quilombolas, comunidades ribeirinhas e povos indígenas.
Apesar de ser um movimento ainda pouco notado, observa-se uma crescente preocupação com essas pautas dentro da Psicologia. A mesa “Os desafios da Psicologia junto aos povos indígenas quilombolas e tradicionais no Tocantins”, é um indício de que os povos tradicionais, anteriormente desassistidos na questão de saúde mental, aqui no Tocantins, começam a ter mais espaço no fazer da Psicologia.
Confira abaixo a programação do CRP23 para o restante do mês de Agosto
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Psicologia chega aos 56 anos no Brasil
3 de agosto de 2018 Fernanda Karoline Bonfim
Notícias
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Para celebrar o mês da Psicologia, o (En)Cena relembra a História e identifica a forma de atuação do profissional brasileiro
O mês de agosto é muito importante para a Psicologia no Brasil, pois no dia 27 de agosto, o Brasil celebra o Dia da/o Psicóloga/o. Neste ano comemora-se 56 anos da profissão no Brasil, assegurado pela Lei nº 4.119/1962. Atualmente a Psicologia é vista como Ciência e a cada dia o número de interessados por esta ciência, mas nem sempre foi assim.
Desde a existência do homem na Terra a Psicologia já estava presente, já que este é também, constituído por um aparelho psíquico. Mas o seu desenvolvimento em nosso país iniciou nas Ciências Médicas, em decorrência de estudos advindos por estrangeiros e de estudantes que estudaram no exterior.
Na metade dos anos 50 começou o movimento pela legalização da profissão, quando os diretores da Associação Brasileira de Psicologia apresentaram, para o Ministro da Educação, uma petição para a criação da profissão “psicologista” ou “psicotecnista”.
Inicialmente o profissional tinha uma visão tecnicista, já que sua primeira função foi fazer uso de métodos e técnicas com o intuito de adequar o sujeito com base nas conveniências da elite brasileira, sem respeitar a individualidade de cada um. Era uma psicologia que prometia adequação do homem ao sistema da época; assim como prometia fácil aprendizagem e outras coisas ´´mágicas“.
A partir do Golpe Militar, a Psicologia elitista começou a ser um incomodo dentro a atuação profissional. Assim, a Psicologia passou a ser questionada e demandada sobre uma atuação efetiva de acordo com a necessidade cultural, econômica e social do país.
Fonte: encurtador.com.br/kuMPU
Nos anos 70, a Psicologia Social através de muitos questionamentos e reflexão, inova a prática, mudando a forma de atuação, levando em consideração o contexto em que o brasileiro estava inserido. Em São Paulo foi inaugurado ambulatórios de saúde, instaurando o campo de psicologia da saúde.
Hoje o profissional atua na área específica da saúde, ajuda na compreensão dos processos intra e interpessoais, utiliza-se do enfoque preventivo ou curativo, atua em instituições formais e informais, realiza pesquisas, faz diagnósticos, realiza acompanhamento psicológico, intervenções psicoterápicas individuais e em grupo e produz conhecimento com base em diferentes abordagens teóricas. Tal atuação é respaldada na ética profissional em perceber o individuo como um ser biopsicossocial e individual. A resolução respalda a atuação do psicólogo em diferentes áreas, tais como: Psicologia Escolar/Educacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia de Trânsito; Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; Psicologia Clínica; Psicologia Hospitalar; Psicopedagogia; Psicomotricidade; Psicologia Social; Neuropsicologia.
CRP
Em comemoração a esta data, o Conselho Federal de Psicologia – CFP lançou o Twibbon “A Psicologia muda nossa história”, que pode ser adcionado à foto de perfil nas redes sociais. Basta ir em “Atualizar foto de perfil”; em seguida em “Adicionar tema”; digitar “56 anos da Psicologia” ou “CFP”; clicar no tema e por fim “Usar como foto de perfil”.
Frente às possibilidades de atuação para os profissionais de psicologia, o texto “Distribuição e Atuação dos Psicólogos na Rede de Unidades Públicas de Saúde no Brasil” (FRANCO; MOTA, 2003) apresenta uma análise de dados realizada através do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS), apontando um panorama de distribuição dos profissionais no país, bem como os serviços que estão sendo prestados. Para tanto, são realizadas reflexões sobre práticas profissionais e modelos de atenção, com intuito de promover a adesão de políticas de saúde que conduzam a atuação do psicólogo nas Unidades Públicas de Saúde.
Apesar das inúmeras possibilidades de atuação, a profissão de psicólogo ainda é fortemente vinculada à atuação clínica e individualizada de consultório ou à atuação acadêmica, apresentando-se marcada por um padrão de trocas específico, limitado e pouco abrangente. Diante dessa tônica, encontra-se a proposição de trabalho para os psicólogos em outros níveis de atenção além da atenção secundária, que opera na dissolução de um dano reconhecido. Desse modo, a discussão sobre os modelos de atenção adotados se torna essencial para a atuação da psicologia na promoção e proteção da saúde, e não somente limitada ao cuidado prestado à pacientes acometidos por sofrimento psíquico (FRANCO; MOTA, 2003).
Entre as diferenças regionais encontradas nos dados quanto à distribuição de profissionais, as regiões Nordeste e Norte possuem as menores proporções, sendo as mais baixas na região norte. Quanto à produção média dos profissionais, as regiões Norte e Nordeste apresentaram os valores médios mais baixos de procedimentos e de profissionais, enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentaram os valores mais altos entre estados (FRANCO; MOTA, 2003).
Fonte: https://bit.ly/2rnd2fp
Visto os resultados da pesquisa por regiões, questionou-se os fatores que os influenciam, como a possibilidade de os dados refletirem os modelos de atenção adotados pelos respectivos estados, bem como possíveis falhas no registro de procedimentos, o que seria visto como algo burocrático. Nos casos de estados que realizaram um número de atendimentos abaixo da média, tanto a possibilidade de os psicólogos não estarem realizando seus compromissos quanto à de não estarem os registrando, é motivo de grande preocupação, pois demonstraria falta de responsabilidade e ética (FRANCO; MOTA, 2003).
Ademais, foi estudada a distribuição dos atendimentos por tipo, constatando grandes percentuais como “consulta ou atendimento” e terapias individuais e em grupo, e em menor expressão a participação do psicólogo em atividades educativas e integração às atividades dos Programas de Saúde da Família e o atendimento nos Núcleos e Centros de Atenção Psicossocial. A partir dessas constatações remonta-se, portanto, a necessidade de que os modelos de atenção básica e ambulatorial adotados prezem por um perfil de atuação que contenha equilíbrio entre a atuação diagnóstica e terapêutica e os movimentos educativos e de promoção da saúde da família em visitas domiciliares (FRANCO; MOTA, 2003).
Logo, a atuação dos psicólogos na rede de saúde deve ser implicada de uma redefinição de práticas, dentre elas: (1) a melhora na qualidade de dados dos sistemas de informação, pois esses podem subsidiar renovações nas políticas de saúde; (2) e a construção de bases teóricas e estratégias de ação que ampliem a atuação do psicólogo frente aos níveis de atenção e contextos de atendimento (FRANCO; MOTA, 2003).
REFERÊNCIAS:
FRANCO, Anamélia; MOTA, Eduardo. Distribuição e atuação dos psicólogos na rede de unidades públicas de saúde no Brasil. Psicologia: ciência e profissão, v. 23, n. 3, p. 50-59, 2003.