Docente de Psicologia é debatedor na V Semana Acadêmica de Educação Física

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 O evento acontece entre os dias 25 a 27 de outubro

O professor do curso de Piscologia Dr. Pierre Soares Brandão é um dos convidados a compor o Fórum sobre Trainamento, dia 26 de outubro, apresentando a temática “Novas tecnologias digitais para atividade física e exercício” na V Semana Acadêmica de Educação Física, que acontece no Ceulp.

O evento acontece entre os dias 25 a 27 de outubro e conta  com palestras, oficinas e atividades e tem como objetivo propiciar vivências teórico-práticas além das vistas em sala de aula aos acadêmicos do curso vivências teórico-práticas além das vistas em sala de aula. Além disso, no certificado constará uma carga horária de 24h como atividade de extensão.

Flyer: Programação do evento

Sobre o Prof. Dr. Pierre Soares Brandão 

Foto: Equipe de imprensa do Ceulp/Ulbra.

É Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (2013), e em Fisioterapia pela Faculdades Integradas de Santa Fé do Sul (2002); Mestre em Gerontologia pela Universidade Católica de Brasília (2006) e Doutor em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília (2017). Professor do Centro Universitário Luterano de Palmas com experiência nas áreas de Fisioterapia e Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: crianças, idoso, imagem corporal, corporeidade e cultura, qualidade de vida, jogos de videogame ativo, treinamento funcional, treinamento resistido, fisioterapia desportiva e reabilitação.

 

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Avaliação Psicossocial de Vítimas de Violência Sexual: Desafios da Integralidade do Cuidado

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No dia 22 de agosto de 2016, nas dependências do CEULP/ULBRA, ocorreu como parte da programação da 1ª Semana Acadêmica de Psicologia, a oficina: Avaliação Psicossocial de Vítimas de Violência Sexual, promovida pela coordenação do curso. Ministrada pela psicóloga Lívia Tâmara Barbosa, mestre em ciências da saúde, especialista em saúde pública e psicóloga no Serviço Especializado de atendimento à pessoa em situação de violência sexual (SAVIS) do Hospital Dona Regina, a oficina abrangeu os conteúdos de forma dinâmica e crítica, de modo a facilitar a aprendizagem e envolvimento dos acadêmicos que a acompanhavam.

Abordando um tema atual e recorrente na sociedade, que necessita de atenção especial dos profissionais de psicologia, foram expostos, além da violência sexual, os conceitos de outros tipos de violência, como a física, psicológica, financeira e por negligência, observando as características das vítimas de cada uma delas. Explanou-se também sobre a importância dos direitos humanos como contraponto à violência e a importância da integralidade do cuidado como agente facilitador da resiliência nas pessoas que sofreram abuso.

Segundo a psicóloga, deve-se levar em consideração as particularidades de cada grupo, que tem seus conceitos de violência tangidos por características culturais, religiosas, históricas, políticas e sociais. Estamos inseridos em grupos com características próprias, sendo papel do psicólogo identificar quais técnicas  terão maior aproveitamento com cada indivíduo, dinâmica que também se aplica a pessoas em situação de violência sexual.

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Fonte: http://zip.net/bxtKcs

Atentando-se para uma dúvida comum entre as pessoas e até mesmo entre profissionais, foi analisada a definição do que é violência sexual e os limiares entre ela e outros tipos de violência. Qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários ou investidas sexuais indesejados, ou de alguma forma voltados contra a sexualidade de uma pessoa, independentemente da relação com ela ou o ambiente, são considerados violência sexual.

Dessa maneira, as consequências de tal tipo de violência podem não ser somente físicas, uma vez que a força corporal nem sempre é utilizada, podendo causar danos à saúde mental e bem-estar para com a sociedade, como por exemplo, gravidez, complicações ginecológicas e doenças sexualmente transmissíveis.

Entre as características das pessoas que foram abusadas sexualmente foram citadas: culpabilidade em relação ao ocorrido, baixa auto-estima, problemas de crescimento e desenvolvimento físico-emocional nos casos de crianças e adolescentes, vulnerabilidade ao comportamento suicida, transtornos de ansiedade, depressão e outras psicopatologias. Outras características podem se manifestar dependendo da subjetividade de cada indivíduo e caso ele tenha sofrido outros tipos de violência.

Muito frisado durante a oficina, o termo “integralidade do cuidado” foi descrito como uma bandeira de luta, sendo alcançada através do cuidado integral às vítimas, que por sua vez é a conjunção da atenção emergencial, atenção básica e das redes sociais. A resiliência nos casos de violência se refere à capacidade de uma pessoa de construir ou reconstruir uma trajetória de vida saudável, apesar do ocorrido. Para Lívia, a escuta, o apoio e o atendimento às necessidades do indivíduo, a partir do cuidado integral, servem como fator protetor para a Resiliência.

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Fonte: http://zip.net/bntJnz

Segundo a psicóloga, o indivíduo em situação de violência sexual se recuperaria mais rapidamente com um trabalho em rede, inter setorial, com órgãos como o SAVIS e outros centros de assistência, bem como com um vínculo com a comunidade através de esforços comunitários, campanhas de prevenção, ativismo comunitário e programas nas escolas. Sendo seres biopsicossociais, devemos dissociar a ideia de Resiliência como apenas sendo uma capacidade interna, e sim algo que pode ser alcançado através de interação com o meio social.

Na formação do psicólogo é fundamental o estudo sobre temas como o dessa oficina. Os profissionais de psicologia enfrentam desafios diários com casos de violência sexual, sendo responsáveis por atender as necessidades da pessoa que sofreu abuso e por promover as medidas cabíveis a curto e longo prazo para a recuperação do paciente e prevenção a novas ocorrências.

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Mobilidade: Oficina Experiências e Técnicas de Inclusão na Educação

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A primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra foi um sucesso. Com uma programação repleta de palestras, mesas redondas, oficinas, comunicações orais e, é claro que não pode ficar de fora, deliciosos coffee breacks, foi uma experiência enriquecedora, em que se tornou possível maior contato dos acadêmicos com profissionais atuantes em psicologia, tal como bons momentos de partilha entre todos.

No presente, será retratado sobre a oficina 5, ocorrida no dia 22 de agosto de 2016, às 14h00min, na sala 407. Denominada como Experiências e Técnicas de Inclusão na Educação – Mobilidade foi ministrada pelas professoras Maria Dinalva T. Carneiro e Oneide Teixeira Rodrigues.

Maria hoje é portadora de deficiência visual e Oneide é sua vidente. A oficina inicia com Maria contando um pouco sobre sua história, relatando que nem sempre ela foi cega, mas possuía baixa visão. De forma divertida durante toda a oficina, ela conta que prefere cegueira a baixa visão, pois esta última parece carregar mais preconceitos de terceiros, talvez por ser pouco conhecida e por as pessoas pensarem que não é um obstáculo por que ainda enxerga em certa medida.

Também é relatado sobre a forma como se deve fornecer auxílio aos cegos. Primeiro, é explicado sobre os termos guia e vidente. Vidente é aquele que está ao lado do cego, lhe narrando sobre o ambiente e obstáculos, é o seu orientador. Já o guia, diferente do que é pensado normalmente, na verdade é o próprio cego, pois ele tem autonomia para dizer aonde e por onde quer ir. Maria diz que não é feio oferecer ajuda ao cego, mas feio é segurar seu braço e ir o empurrando sem perguntar nada, contando algumas experiências próprias desta situação.

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Fonte: http://fr.wikihow.com/aider-une-personne-aveugle

As narrações/adaptações feitas para cegos devem passar para eles somente o essencial, sem precisar se ater aos mínimos detalhes. Maria enfatiza várias vezes que não se deve fazer comparações entre deficientes e “normais” e entre os próprios deficientes, mas que somente o tratamento (locomoção, inclusão) deve ser igual. Também, não se deve tirar conclusões sobre deficientes a partir de suas deficiências, mas procurar suas qualidades e capacidades.

É realizada uma dinâmica interessante, em que são feitas duplas, sendo um integrante o cego (é colocada uma venda) e o outro o vidente. São colocados alguns obstáculos no chão e a dupla faz um passeio por eles, invertendo os papeis ao final desse passeio. Foi uma oficina incrível, em que vários ensinamentos foram absorvidos, inclusive o de lutar independentemete das dificuldades. Para finalizar, deixo a frase que o pai de Maria lhe disse quando ela queria vir para Palmas sozinha, para estudar e crescer: “Quem tem medo de cair, não cai, mas também não sobe”.

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Servidão Voluntária nas relações de trabalho

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Durante a primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, no dia 22 de agosto, ocorreu a palestra de abertura do evento com a Dra. Ana Magnólia Mendes, tendo como tema “Discurso e Sujeito na Psicanálise: dimensões éticas e políticas”. A palestrante apresentou o tema de acordo com o contexto atual do trabalho. Ressaltava com veemência o papel dos psicólogos no mercado agressivo de hoje.

 De acordo com Ana Magnólia, o sofrimento humano faz parte da angústia na sociedade. A psicanálise estuda o sujeito de modo distinto da ciência, pois não o reduz ao capitalismo, segundo o qual o indivíduo será ”feliz” se consumir, pois produz o subordinado do desejo. Quanto mais se tem, mais se quer. A qualidade do psicólogo deve ser acima da questão do lucro e do dinheiro. Isso envolve investimento no paciente e tempo. Caso o profissional vise o lucro, a tendência é custar mais barato e menos tempo nas consultas, o que compromete a qualidade da análise clínica.

A oradora apresentou ao público a noção do sujeito da repetição, aquele que repete de modo incessante determinado processo isento de senso crítico. Desse modo, neste discurso ele vai trazer a construção de laços sociais que se estabelecem na perversão, que é a quebra dos seus direitos básicos. Para ser considerado como um, é preciso ser surdo e atender a um comando de uma voz, que apenas a repete e obedece.

A função do psicólogo é resgatar o dependente compulsivo da repetição para o conhecimento. O capitalismo contrapõe o sujeito do saber a um repetitivo e com isso ela retratou suas características. Ele não é reduzível, pois não se submete a processos contínuos; ele é infinito, pois busca o conhecimento. O sujeito repetitivo busca o conhecimento para se resgatar. As pessoas que se automedicam causam aprisionamento do sujeito da compulsão da repetição. Ele é fisgado a partir da produção do outro, no discurso das promessas (paraíso), pois é o lugar da plenitude.

Percebe-se que a palestrante continuamente relaciona seu tema com o capitalismo, pois está intrinsecamente ligado a ele. Esse sistema de mercado contemporâneo destrói a identidade do indivíduo e o submete a desumanização, e dessa maneira causa a indiferença com os demais. Ana Magnolia também expôs o conceito de normopatia, fenômeno no qual acarreta a aniquilação da humanização e laços sociais devido à banalização da violência e da opressão.

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Fonte: http://www.rioeduca.net/blogViews.php?bid=20&id=3124

Outras duas definições diferentes que ela apontou foram sujeito invocante e invocado. No primeiro, refere-se diretamente ao repetitivo, submetido intensamente a demanda do outro e que precisa se descobrir como ser falante e pensante. No segundo, supõe-se uma alteridade, isto é, algo próprio e crítico àquilo que o rodeia. O contraste entre os dois conceitos vigora na globalização, pois a maior parte da população global está como invocada e uma mínima parcela como invocante.

Logo, ocorre a servidão voluntária, onde o submisso é condicionado a aceitar e conviver em situações degradantes para poder manter sua sobrevivência. O psicólogo, nessas condições, deve realizar uma escuta clínica a fim de o sujeito sair da repetição. Além disso, priorizar a ética profissional deve ser o ideal do psicólogo, pois a qualidade do serviço não está ligada na quantidade de pacientes atendidos em um dia. Desse modo, deve analisar os casos e então realizar a demanda necessária separadamente, mesmo que isso custe mais tempo do que o esperado e investimento.

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Comunicações orais na 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra

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Dos dias 22 a 26 de agosto de 2016 ocorreu a primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra. Nas comunicações orais do dia 23 de agosto foram apresentadas os seguintes trabalhos: “Mídia e Infância: a erotização do corpo infantil”; “O Critério Estético da Moral: Reflexos de uma Sociedade Estigmatizadora” e “As Redes Sociais Digitais e seu Impacto no Desempenho do Portal (En)Cena – A Saúde Mental em Movimento”.

A primeira apresentação abordou como a mídia pode influenciar as crianças a se tornarem consumidoras em potencial. Inicialmente, foi exposta uma linha do tempo que mostrou a visão dos adultos em relação a elas no decorrer da história. Algo que impressionou-me foi o fato de crianças serem consideradas mini-adultos e o uso de mão-de-obra infantil nas fábricas após a 2ª Revolução Industrial.

Ainda sobre mídia e infância, apresentou-se a facilidade de acesso a informação que as crianças têm hoje através da internet, televisão e até mesmo do celular. Outro aspecto abordado foi a banalização do corpo feminino e como isso acaba refletindo nas crianças.

A segunda apresentação abordou a forma com que julgamos moralmente uma pessoa com base em critérios estéticos. Atribuímos aquilo que é mau ao feio e o que é bom ao belo, e isso é bastante retratado em desenhos infantis. Outro critério que o julgamento moral também assume é o econômico, sobre isso retratou-se a diferença entre um crime  na periferia e um crime em zonas centrais das cidades.

A terceira e última apresentação foi sobre o impacto das redes sociais sobre o Portal (En)Cena – ferramenta de publicação de artigos do curso de Psicologia. O (En)Cena foi criado em 2012 e em 2016 passa por transformações. A partir do índice de visitação, buscou-se identificar o público que acessa o canal através das redes sociais, qual conteúdo mais interessa esse público e porque, as ameaças que podem afetar o portal, o que pode ser melhorado para que ele atinja maior público e que as pessoas naveguem por ele por mais tempo.

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Fonte: http://girasp.com.br/2015/10/representante-da-comunicacao/

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Psicologia Hospitalar e cuidados intensivos

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No quarto dia da primeira Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, houve uma mesa redonda com profissionais psicólogos ligados a saúde hospitalar, a partir do seguinte tema: O psicólogo hospitalar na atualidade. Três componentes da mesa trabalham no Hospital Geral de Palmas.

Uma das profissionais focou no tema dos psicólogos hospitalares em unidades de cuidados intensivos. As unidades de cuidados intensivos só atendem pacientes em estado grave ou em casos de risco da própria vida. Desse modo, é preciso primeiramente uma mão de obra qualificada e aparelhos sofisticados.

Quando o paciente é enviado a essas unidades, é de maneira abrupta. Isso acarreta um alto nível de estresse e descontentamento. O ambiente é muito iluminado, confinado e estressante. O enfermo não tem privacidade e geralmente possui pouca relação com os profissionais da saúde, pois há troca constante deles devido ao excesso de testes.

Em uma análise psicológica do estado mental do doente nesta situação, os profissionais disseram que os mesmos se encontram com medo, impacientes, inseguros quanto à recuperação, ansiosos devido aos procedimentos e à falta de comunicação. É a partir desse momento que o profissional da saúde mental deve abordar e estudar a condição do paciente. A partir do seu histórico familiar, social, econômico e trajetória de vida, o psicólogo atende e tenta auxiliá-lo neste processo.

A profissional apresentou aos ouvintes algumas diretrizes necessárias para a assistência psicológica em unidades de cuidado. Ele deve promover o acolhimento do paciente, identificar os aspectos psicossociais a partir de entrevistas e do seu histórico de vida. Tentar minimizar os agentes estressores e geradores de ansiedade. Avaliar a partir da visão do enfermo a gravidade da doença para ele e como reage sobre esta problemática.

hqdefaultFonte: http://nunesjanilton.blogspot.com.br/2016/06/psicologia-hospitalar.html

Os objetivos principais do psicólogo nestas unidades são o alívio da angústia, o favorecimento da melhora da qualidade de permanência nestes locais. Compreender as crenças e os sentimentos deles; enxergar o paciente não como doença, mas sim como indivíduo dotado de singularidades. Eles geralmente apresentam ansiedade e temor dos resultados dos testes; agitação psicomotora; insegurança; medo e impotência; agressividade, depressão ou delírio, além de desequilíbrio psicológico pelo prolongamento da internação, entre outros.

Muitas vezes a gravidade da doença para o paciente é encarada de forma diferente para a família. E em vários casos, eles não podem interagir verbalmente devido a estar debilitados e limitados a aparelhos. Desse modo o psicólogo deve promover meios em que haja gestos ou outras maneiras que estabeleça a comunicação. Também há situações em que o enfermo não reage a nenhum tipo de comunicação devido ao seu estado final de vida.

O psicólogo tenta promover a melhor interação entre o paciente, profissionais e familiares. Esta tríade deve estabelecer a comunicação saudável a partir da compreensão da gravidade da enfermidade. As unidades intensivas são ambientes propícios para discussões familiares e de grande tensão.

O acolhimento é hospedar, receber, dar crédito, atender, escutar os pacientes e familiares. A partir disso cria-se a demanda para iniciar o processo de acolher o doente.  O caso do enfermo é mais crítico porque é bombardeado a todo o momento por estar submetido a vários procedimentos e profissionais.

O psicólogo atua como facilitador de fluxos emocionais; ele tenta estudar a subjetividade do paciente e resgatá-la; tenta recuperar sua identidade como indivíduo. Ele também procura denunciar a finitude do ser humano, pois obedecemos a um ciclo inevitável, que é nascer, desenvolver-se e falecer. Tal compreensão facilita a aceitação da doença.

1427801417_10Fonte: http://www.noarnoticias.com.br/noticias/Setrem-promove-8-Jornada-de-Psicologia/3417

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Contemporaneidade e os obstáculos para a igualdade de gênero

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No dia 25 de agosto de 2016, recebemos no auditório central do CEULP/ULBRA (Centro Universitário Luterano de Palmas), a presença das professoras Dra. Cynthia Miranda e Dra. Temis Parente, juntamente com Hareli Fernanda Garcia Cecchin, fazendo parte da mesa redonda no quarto dia da 1° Semana Acadêmica de Psicologia. A mesa redonda foi sobre o tema “A construção do Feminino: impasses entre o moderno e o contemporâneo”.

A professora Dra. Temis Parente abordou o conceito de gênero e a discriminação da mulher, tanto profissional (a desigualdade salarial e desvalorização do serviço prestado no mercado de trabalho); também falou da exclusão da mulher em cursos considerados de homens (engenharia civil, por exemplo) ao longo da história e fez uma leve discussão sobre a descriminação de negros e pobres.

Equality woman man conceptFonte: http://ec.europa.eu/justice/newsroom/gender-equality/news/150429_en.htm

Já a professora Dra. Cynthia Miranda relacionou mulher e comunicação, dando ênfase ao espaço e o papel da mulher na mídia. Expondo que as mulheres ainda são representadas nos meios de comunicação como vítimas e não como protagonistas e também quanto à banalização da imagem do corpo da mulher, alimentando com isso a ideia de mulher como objeto, propagando a cultura de estupro, assédio sexual e moral e, por fim, o machismo na sociedade.

Dra. Cynthia Miranda citou vários exemplos de violência simbólica (conceituada pela mesma como danos morais e psicológicos, sem danos físicos), como foi o caso das mulheres nas Olimpíadas Rio2016, que foram retratadas como musas e não como atletas e também do tratamento de mulheres que cobrem notícias sobre esporte. Finalizando suas palavras falando a cerca do desafio que é esta busca por igualdade de gênero na nossa sociedade, regada pelo machismo e patriarcado.

Resultado de imagem para igualdade de generoFonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/comportamento/igualdade-genero.jpg

Com um discurso temático pertinente, observei um debate polêmico acerca da identidade de gênero e não apenas ao gênero feminino (da mulher, biologicamente falando). Então houve esta inquietação quanto ao tema. Por fim, suas falas estenderam-se até às 10h, quando Hareli Garcia agradeceu a presença das professoras, fez seu comentário sobre o assunto e abriu oportunidades aos estudantes para fazerem perguntas.

Após debaterem algumas questões como feminismo, identidade de gênero (quando veio à tona a quebra de expectativa quanto ao tema) e a aprendizagem dos participantes, por fim às 11h15min houve o encerramento, acalentado com aplausos do público presente.

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Acolhimento em clínica-escola e postura ética

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Durante a 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, tive a oportunidade de conhecer mais sobre o acolhimento em Clínica-Escola. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução com ativação de redes de compartilhamento de saberes.

Diferenças conceituais entre Acolhimento e Triagem:

Acolhimento: É uma postura ética e não pressupõe hora ou profissional específico. É uma estratégia de cuidados empregada desde sua chegada à unidade de saúde com responsabilidade integral sobre ele. Também é feita por uma equipe multiprofissional, que envolvem: médicos, psicólogos, nutricionistas, etc.

Triagem: Diferentemente do acolhimento, a triagem é o processo pelo qual se determina a prioridade do tratamento de pacientes com base na gravidade do seu estado. Este processo raciona eficientemente os cuidados quando os recursos são insuficientes para tratar todos os pacientes de imediato.

Acolher inclui ouvir queixas, permitir que o paciente expresse suas preocupações, angústias, e ao mesmo tempo, fazer a articulação de outros serviços de saúde para a continuidade da assistência, quando necessário. Alguns erros cometidos no acolhimento: preocupar se apenas com a demanda e esquecer o sujeito, não deixar que a pessoa fale, preocupar-se apenas em fazer anotações, confundir triagem com acolhimento; não estabelecer vínculo com o paciente, mergulhar-se na queixa e esquecer que o sujeito é um ser biopsicossocial.

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Fonte: https://mentemagra.com/2013/08/

 

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O psicólogo hospitalar na atualidade

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Durante a 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, fui assistir à mesa-redonda realizada em 24/08. Achei muito enriquecedora, pois abordou um tema muito importante, a atuação do psicólogo hospitalar na atualidade. Através das falas dos convidados pude conhecer mais sobre esse campo de atuação, e entender melhor, pois foi falado da atuação do psicólogo no hospital em vários setores.

Começamos com a psicóloga Izabela, falando sobre a atuação nas Unidades de Tratamento Intensivo. Ela nos explicou que muitas vezes o atendimento é feito só com os familiares, pois o paciente está por algum motivo impedido de se comunicar, e que é um trabalho árduo, pois sabemos que os pacientes que estão nessa ala são pacientes em estado grave, muitas vezes sem nenhuma esperança de recuperação, apenas à espera da morte. E por esse motivo é necessário que além do médico, haja também um psicólogo acompanhando a família, ajudando a entender e aceitar aquela situação.

Nos casos em que o paciente, mesmo estando nessa ala, pode se comunicar, o psicólogo age diretamente com ele. Izabela nos explicou que esse atendimento é muitas vezes bem complicado, pois mesmo o paciente estando consciente, ele pode não conseguir falar, e ainda assim o psicólogo tem que se manter ali, dando assistência ao paciente. Muitos desses pacientes estão ali, já sem esperança de cura, mas é importante que se mantenha a fé na cura, e o psicólogo está ali também para incentivar isso.

Muitas vezes o psicólogo não pode sair do Hospital, nem mesmo para seu descanso, eles têm que descansar ali mesmo, fazendo desse trabalho por vezes cansativo para o profissional, que além de ajudar o paciente e seus familiares, tem que buscar manter-se bem para exercer seu papel com bom desempenho.

A psicóloga Marilia trouxe para nós sua experiência atuando na maternidade. Foi também muito enriquecedora e importante sua fala. Ela nos explicou como uma psicóloga age em diversas ocasiões nessa ala. Como quando a mãe chega para ter ser bebê, e é internada, muitas vezes sem acompanhante, isso causa estresse a ela, cansaço, e o psicólogo está ali para apoiar. Quando o bebê nasce, a primeira coisa que as mães querem é pegar seu bebê e ir para casa, mas nem sempre isso é possível.

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Fonte: http://www.suprema.edu.br/2014/equipe-de-ginecologia-e-obstetricia

Mesmo a mãe estando saudável e podendo sair do hospital, o bebê pode precisar de mais alguns dias ali, em observação, sendo medicado, muitas vezes, por nada grave, mas que inspira cuidados. E a mãe, por já estar cansada daquele ambiente, quer ir embora e levar o bebê, porque acredita que em casa, ela será capaz de cuidar como ele precisa e sanar o problema. Então entra o psicólogo, agindo de forma que apoie a mãe, e demonstre entender seu desejo de ir embora, mas explicando para ela que o bebê ainda precisa ficar ali, e que ali ele será mais bem assistido, cuidado, muitas vezes até fazendo a mãe mudar de ideia e aceitar ficar. Há também os casos em que o bebê nasce e precisa ir para o UTI neonatal. Como o paciente é um bebê, a ação dos psicólogos nesses casos é sempre com os pais, ajudando a entender a situação e aceitar.

Quando há casos de morte, não cabe ao psicólogo informar aos pais, mas sim ao médico. Já houve, e ainda há uma discussão em torno disso, muitos médicos acham que esse papel, o de informar óbito é do psicólogo, mas já está confirmado que isso é papel exclusivo do médico. Pois os pais vão querer saber como, por que, e isso não cabe ao psicólogo explicar, ele nem teria informações para isso. Ao psicólogo, nesses casos, cabe o papel de apoiar os pais, sempre na busca da aceitação, é um trabalho difícil, pois os pais já estão fragilizados pelo parto, e tudo que envolve esse momento, mas é preciso que haja a aceitação.

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Fonte: http://noticias.r7.com/empregos/noticias/dia-do-psicologo-profissionais

Em minha opinião, esse debate foi de enorme importância para nós, acadêmicos, nos permitiu conhecer mais sobre essa área de atuação, suas dificuldades, e também a recompensa, quando tudo “acaba” bem.

Para nós, enquanto estudantes, é necessário conhecer ao menos um pouco, sobre cada abordagem, cada área de atuação, para que na hora de fazermos nossas escolhas, de onde e como atuar, possamos ir com mais segurança, pois sabemos que o trabalho de um psicólogo não é nada fácil. E para que possamos exercer nossa profissão da melhor forma possível, é necessário que saibamos onde estamos, e que tenhamos segurança para atuar ali.

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