Apresentação cultural com palhaços e mágica leva o tema do Trabalho infantil para feiras livres de Palmas

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Campanha teve início no mês de junho e traz informações sobre o combate a esse crime 

Com mágicas, danças e muitas brincadeiras os palhaços Batatinha Frita e Juju conversaram com os visitantes da Feira 307 Norte sobre a campanha ‘Infância Protegida: Diga Não à Exploração do Trabalho Infantil’. A abordagem aconteceu na noite deste sábado, 17, e é a terceira apresentação do espetáculo que irá percorrer  feiras e escolas da Capital.

“Eu amei brincar de mágica com o Batatinha.  Quando eu crescer vou ser professora e também vou ensinar que criança não pode trabalhar”, contou a pequena Serena Carreiro de 10 anos de idade que estava na feira na companhia de seu pai, Alessandro Martins.

A equipe do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) da Secretaria de Desenvolvimento Social  (Sedes) é responsável pelas ações que trazem apresentações culturais para a criançada, slideshow e distribuição de material informativo.

Fonte: encurtador.com.br/twzEH

De acordo com a chefe da Unidade de Atendimento do Peti, Joanete Barbosa dos Santos, a aceitação e a resposta da comunidade à campanha tem sido muito positiva. “Começamos pelas praias, agora as feiras e em breve estaremos nas escolas. Já falamos com um grupo muito grande de pessoas e sentimos que as famílias estão mais conscientes da importância de se combater o trabalho infantil”, afirmou.

No dia 29 o palhaço Batatinha Frita e a palhaça Juju, junto a equipe do equipe do Peti, estarão na Feira da Arse 112 e no dia 30 a turma toda vai alegrar a criançada na Feira da 304 Sul, sempre a partir das 18 horas.

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Bolsonaro e a Destruição da Amazônia

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Até quando o sujeito capitalista colocara o lucro acima de tudo e todos?

No dia de hoje, 27 de agosto de 2019, a Amazônia queima. De acordo com a página de notícias da UOL (2019), até o dia 20 de agosto foram registrados mais de 23 mil focos de incêndio. Esse cenário de destruição tem preocupado pessoas no Brasil e ao redor do mundo, fazendo com que aqueles que ainda se importam com a preservação ambiental, iniciem campanhas em favor da defesa da maior floresta do mundo.

Mas o que tem colaborado para essa destruição em massa? Por que em pleno século XXI, com o conhecimento que se tem sobre aquecimento global, derretimento das geleiras, poluição do ar e extinção de animais, o ser humano insiste em agredir o planeta Terra dessa forma?
Muitas respostas podem ser dadas a tais perguntas, e a maioria delas se relacionam com um sentimento específico, a ganância, ou a avareza, um dos sete pecados capitais. O indivíduo avarento tem sido responsável por grandes prejuízos ao planeta, colaborando assim para a piora da vida humana.

É possível nomear o período em que a avareza acertou o homem em cheio, ele se chama Capitalismo. Soares, Navarro e Ferreira (2004, p. 43) trazem que “O capitalismo subsidiado pela ciência e pela tecnologia moderna consolidou processos de desumanização da natureza e desnaturamento do homem.”, deixando claro o quanto a obtenção de riquezas através da exploração natural se colocava como objetivo maior no coração dos seres humanos.

Fonte: NASA

O capitalismo surgiu no século XV, quando o sistema econômico feudal faliu. Portanto, historicamente, ele possui mais de 400 anos de existência. 400 anos de existência baseados no ponto chave desse sistema, o lucro! Mas então, o que ficou de aprendizado desses 400 anos? Especialmente em relação a consciência ambiental, algo foi aprendido?

Quando se pensa em consciência ambiental, a primeira coisa que vem a mente é a preservação da natureza, o que não deixa de estar certo. Entretanto, o conceito de consciência ambiental é muito mais vasto do que isso, englobando e correlacionando muitas áreas da vida humana. Soares, Navarro e Ferreira (2004, p. 44) conseguem resumir muito bem dizendo

A relação campo e cidade, as desigualdades sociais, a consolidação de uma sociedade excludente estão associadas à corrupção ambiental, cujo resulto visível está nas favelas, na devastação ambiental, nas cidades problemáticas, nos refugiados ambientais, na violência urbana, no desemprego, na perda de valores associados ao trabalho e a construção de benefícios coletivos, na falta de credibilidade que é público, no abandono de crianças e adolescentes, fatores que configuram a busca de sobrevivências imediatas e dos valores descartáveis, descartáveis tais como os produtos expostos nas vitrines, produtos que consomem uma enorme variedade de recursos extraídos da natureza, que não são oferecidos como necessidades, mas como fetiche, como substitutos de egos, que se tornaram emblemáticos na sociedade de consumo que se traduz como democrática, pois teoricamente, todo esse poder ter está ao alcance dos ricos e dos pobres.

Dessa forma, ao pensar a existência humana no planeta Terra, entende-se que esta encontra-se diretamente relacionada às condições ambientais do lugar em que vive. E que a ganância em possuir mais riqueza, tem feito com que os indivíduos literalmente queimem suas próprias vidas.
No Brasil, as disputas de lados políticos tem cegado os cidadãos. Tal cegueira tem os impedido de verem que não importa se você é de direita, esquerda ou centro, no final, todos estarão sujeitos às consequências da destruição dos recursos ambientais.

Fonte: encurtador.com.br/cilqK

Frente a isso, vale a pena observar-se as ações que já foram feitas contra o meio ambiente nesses 8 meses do novo governo. Começando pelo desmonte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que está sendo alvo constante das ações impensadas do presidente Jair Messias Bolsonaro. Tais atitudes de Bolsonaro tem colaborado para a diminuição das fiscalizações, o que consequentemente tem aumentado o desmatamento de áreas que antes estavam sob proteção do órgão.

Além disso, o presidente também iniciou uma liberação em larga escala de vários agrotóxicos que há muito tempo tinham seu uso proibido por causa da alta nocividade ao ecossistema e aos seres humanos. Essa decisão foi por ele justificada com a necessidade de impulsionar o agronegócio brasileiro, considerando tal lucratividade muito mais importante do que a saúde e bem-estar do povo brasileiro.

Como se não bastasse o estrago que já vem sendo feito, o governo trouxe a tona a questão do trabalho infantil como sendo bobagem, alegando que não existe trabalho infantil e que isso é só mais uma falácia de pessoas “vagabundas” que tem preguiça de trabalhar. Mais uma vez o lucro e o dinheiro são colocados como mais importantes, não importando o custo necessário para obtê-los.

Diante de tudo isso, a pergunta que precisa ser feita é “Até quando o sujeito capitalista colocara o lucro acima de tudo e todos?”. A resposta para essa pergunta envolve uma reflexão profunda, que acarretará na consciência de que se a destruição do meio ambiente continuar, a vida humana também será destruída. E qual o objetivo de tudo isso? Se o fim será falta de qualidade de vida, poluição e morte.

REFERÊNCIAS:
SOARES, Bernardo Elias Correa; NAVARRO, Marli Albuquerque; FERREIRA, Aldo Pacheco. Desenvolvimento sustentado e consciência ambiental: natureza, sociedade e racionalidade. Ciências & Cognição, Ilha do Fundão, v. 02, n. 1, p.42-49, jul. 2004. Disponível em: <http://cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/29>. Acesso em: 26 ago. 2019.

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O olhar sociológico na fotografia de Lewis Hine

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Lewis Wikes Hine nasceu em Oshkosh – Estados Unidos em 26 de setembro de 1874. Era sociólogo e professor. “Estudou Sociologia em Chicago e Nova Iorque no período de 1900 a 1907”. Enquanto professor de sociologia, Hine criticava o que se referia às leis de trabalho infantil, uma vez que não existiam leis que amparasse as crianças expostas a tal situação.

Foi entre 1908 e 1924, a serviço do National Child Labor Committee, que o fotógrafo documentarista Lewis Hine registrou e denunciou através de sua câmera, as inúmeras faces do trabalho de crianças nos EUA. Os registros do fotógrafo deram uma contribuição decisiva para o debate sobre o emprego do trabalho infantil no mundo contemporâneo. Hine desafiava as estruturas sociais e políticas do seu tempo publicando através das suas fotografias as injustiças, as lutas e o trabalho das crianças.

Fonte: https://goo.gl/A2Y85L

Questões ligadas ao trabalho foi o que ele mais se dedicou em suas fotografias. Sua pedagogia era levar ao conhecimento do público, toda sua pesquisa, “O Trabalho Infantil”. Com isso ele conseguia fotografar o cotidiano das pessoas. Seu trabalho era sempre chamar a atenção das pessoas para injustiça social.

Nos Estados Unidos Hine registrou crianças trabalhando em fábricas. Recebeu fortes críticas, as quais diziam que suas fotos não causavam impactos, mas ele procurava mostrar a realidade em cada situação fotografada. O fotógrafo, que comprou sua primeira câmera em 1903, dedicou-se à fotografia a fim de revelar a miséria dos imigrantes europeus. Em 1908, continuou seus estudos sociológicos com fotografias de trabalhadores metalúrgicos de Pittsburg. Hine expôs à opinião pública as péssimas condições de trabalho, campanha que teve como resultado a aprovação da lei de trabalho infantil.

O fotógrafo poderia continuar como professor de sociologia, e foi exercendo tal profissão, que ele teve a oportunidade de conhecer as realidades gritantes de sua época, as quais o levaram a optar por fotografar os diversos rostos da dor e da angústia que chegavam ao seu alcance.

Com seu jeito irreverente e audacioso Hine registrou o que ousava desfiar o perigo e a face das crianças exploradas em trabalho pesado. Uma forma dos seus registros saírem do texto, e tornarem-se conhecidos através da fotografia.

Nessa perspectiva Hine registra a vida laboriosa das mulheres exploradas e das crianças nos Estados Unidos, “nas décadas de 1.900”, onde lhes é negado viver uma infância com direito de serem crianças. Grande parte dessa população explorada, era imigrantes vindos da Europa; tais pessoas se submetiam a trabalho pesado e se sujeitavam a salários inferiores aos dos homens.

Hine trabalhou incansavelmente pela justiça em seu país. E foi com a grande contribuição de suas fotografias, que os Estados Unidos começaram a organizar Leis que amparasse a infância. Suas imagens ajudaram a criar várias leis trabalhistas, foi apenas após sua morte que foi reconhecido como grande fotógrafo.

Fonte: https://goo.gl/3cyMBr

Lewis Hine foi pioneiro da foto documental e seus registros foram para além da foto jornalismo, suas fotos levavam o público uma reflexão da realidade mostrada. O perfil psicológico do fotógrafo, evidencia o olhar reflexivo diante do que ele fotografava. Era sensível à dor, às angustias, às situações de miséria, ao trabalho forçado o qual as pessoas eram expostas em seu país; principalmente as mulheres e as crianças. E todas essas questões são campos para a atuação da Psicologia enquanto ciência.

Fotografar é capturar uma circunstância, uma situação, um momento e/ou pessoas, atendendo particularidades. Muitas vezes serão capturados a dor, o vazio, talvez desconhecido ou despercebido e que as lentes têm o poder de revelar a essência escondida no silêncio. O vínculo que o fotógrafo estabelece com aquilo ou a alguém que ele quer capturar elucida de forma fundamental a sua obra, e representa a realidade por meio de imagens.

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