Caverna do Dragão (Dungeons & Dragons) foi uma série de animação produzida pela Marvel Productions, TSR e Toei Animation, que tinha como inspiração o jogo de RPGde mesa. Foi exibido nos Estados Unidos entre 1983 e 1985, possuindo 27 episódios, divididos em três temporadas. Sendo somente em 1986 exibido no Brasil, inicialmente nas manhãs de sábado.
Como não se recordar, da grande aventura vivenciada por um grupo de amigos que ficaram presos em um mundo medieval de fantasia, passando a enfrentar diversas aventuras em forma de batalhas, que seriam teoricamente partes de um percurso que deveria ser atravessado para então retornarem ao seu mundo de origem, suas casas.
De imediato conseguimos acessar uma memória afetiva quando nos lembramos das manhãs em que essa série era exibida, no formato de animação em desenho. Sem dúvida, prendia nossa atenção para mais uma aventura desse grupo de amigos que, por muitas vezes chegava tão perto de retornar às suas casas e, por alguma situação permaneciam presos naquele mundo de fantasia. Conseguia deixar em alguns momentos um traço de frustração nos seus telespectadores, ao mesmo tempo que causava motivação para se continuar a assistir o próximo episódio, um misto de sensações que acompanhava as manhãs, tanto do público infantil como também de jovens e adultos.
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A série trouxe para o seu público a oportunidade de refletir sobre o inesperado, o mistério que envolvia os personagens e os seus comportamentos, o lúdico que se manifestava no formato de super poderes e a busca pelo retorno ao lar. Algo que podemos trazer para o nosso cotidiano, quando de fato as telas nos fazem ampliar o olhar que chega através de uma simples animação.
Com certeza, a frustração do telespectador ao ver que o grupo sempre chegava tão próximo e algo os afastava do seu destino, nos faz compreender o quanto lidar com o inesperado é algo que está predisposto naturalmente em nossas vidas, mas ainda assim pode se constituir em algo desafiador. O mistério em torno dos seus personagens, que necessitava ser decodificado para a compreensão, e ainda como cada um se comportava frente aos obstáculos, com certeza pode ser comumente observado no campo das relações. E ainda os super poderes, que podem ser vistos, como talentos ou habilidades presentes em várias pessoas, como também a busca por estar em lugares ou situações que ofereçam proteção e conforto, podem ser aspectos que a série trouxe para que o seu público se sentisse atraído pelo enredo e ao mesmo tempo contemplado nas diversas situações em que por vezes, o mesmo se aproximava tanto da realidade dos fãs que acompanhavam o desenho.
Então não era uma simples série de animação, mas sim momentos que envolvia entretenimento e reflexões. Sua audiência e as repercussões, indicavam a grandiosidade do impacto causado quando a mesma deixou de ser exibida, ocasionando em vários comentários vindos do público em geral, que clamavam para que fosse dado um final a série acompanhada com apreço por tantos anos, pelos seus fãs. A sensação descrita por muitas pessoas foi de que algo faltava para um encaixe de toda uma trajetória vivida pelos personagens, mas principalmente por todos os momentos em que seu público se voltava para as várias possibilidades de imersão que provocava cada capítulo exibido.
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Foi assim, que no ano passado, após 35 anos do final de sua conclusão, curiosamente o um grupo de pessoas fieis à série, que atravessa a infância de muitos adultos na atualidade, se reuniram para promover o final que já estava escrito pelo seu autor Michael Reaves, mas que não pôde ser exibido na época, por questões financeiras. Sem dúvida um grande presente a todos que acompanhavam esse desenho e que também sentiam a falta de um final que fosse a culminância dessa caminhada desses personagens que promoveram tantas reflexões e ensinamentos.
Nomeado como “Requiem” ou “capítulo perdido”, o final tão esperado, seria a grande oportunidade de oferecer aos fãs da série um desfecho para uma aventura tão envolvente, e ainda assim promover as últimas valiosas reflexões que o desenho se propunha desde o início. A versão escrita pelo o autor foi reproduzida pelo grupo de fãs, o mais próximo possível, respeitando a ideia do roteiro original elaborado.
No último capítulo, permanece a constante luta entre o bem e o mal presente na série e ainda, a importância de um olhar para as habilidades, que estão por trás de cada super poder de seus personagens, do quanto as relações de amizade podem trazer fortalecimento para se buscar algo desejado, e por fim, da necessidade de se ouvir além das palavras, mas também por diversas outras ações que demonstrem uma realidade.
Para alcançarem o objetivo de voltar para o seu mundo, o grupo de amigos no último capítulo precisaram de unir, sendo os laços de amizade decisivos na decisão de fazer o que deveria ser feito, a representação do mundo da fantasia como uma clausura em que todos estavam envolvidos e só poderiam se libertar, por meio da união, no oferece uma bagagem de reflexões sobre, como os super poderes são mais fortes quando agem em conjunto, e por fim, como as aparências podem nos enganar, quando julgamos e não aprofundamos, de forma a nos distanciar daquilo que reflete como o real, algo que merece ser visto com atenção, para assim ser integrado e até mesmo modificado em nós mesmos.
FICHA TÉCNICA
Formato: Série de desenho animado
Gênero: fantasia/aventura
Criador: Kevin Paul Coates, Mark Evanier, Dennis Marks
Vem brilhar, um dom divino
Na regência de Ifá, nasce o filho do destino
E com a Ilha atravessa o mar
O navio é negreiro, ô ô ô
E na vinda vem os Orixás
Pra surgir nossos terreiros
Na cultura Yorubá Nagô, ô ô
Se entrega por inteiro
E se sagrou babalaô
Homem branco feiticeiro
(G.R.S. União da Ilha do Governador)
Nesse pequeno verso o fotógrafo e etnólogo Pierre Verger, dois anos após a sua morte, foi homenageado pela escola de samba União da Ilha do Governador no carnaval de 1998. A escola retratou na avenida sua trajetória em meio ao culto dos orixás. Suas obras atravessaram um século perpetuando como patrimônio dos Terreiros de candomblé, os detalhes que ele registrava eram as cores de um povo suas riquezas e alegria.
Pierre Verger e sua Relleiflex – Foto: Acervo Fundação Pierre Verger / Divulgação
O fotógrafo e etnólogo PierreEdouard Leopold Verger nasceuem Paris em 1902 e faleceu em Salvador – Bahia, em 11 de fevereiro de 1996. Com 30 anos de idade, após perder sua família, decidiu que não iria passar dos 40, e para aproveitar sua vida ao máximo dedicou a suas duas paixões viagens e fotografias. Dedicando-se à fotografia preto e branco, que virou sua especialidade, se tornou um fotógrafo jornalístico, com a utilização da máquina Rolleiflex,pois era reduzida e compacta.
Foto: Acervo Fundação Pierre Verger / Divulgação
Desembarcando em Salvador no ano de 1946, o fotógrafo logo se apaixonou pela história afrodescendente e pelo candomblé. A cidade tendo uma população majoritariamente negra o chamou muito a atenção e isso, foi bem ilustrado em suas fotos. Sua paixão por esse povo era tanta que muitos deles tornaram seus amigos. Por estabelecer muito contato com a história afrodescendente, ele acabou adotando os rituais e a religião do candomblé, em uma de suas fala ele ressalta que “essa religião exalta a personalidade das pessoas”. Pela sua imersão junto a cultura afro brasileira, Verger recebeu no candomblé o nome Fatumbi (“nascido de novo graças ao Ifá”) que foi acrescido ao seu nome.
Foto: Acervo Fundação Pierre Verger / Divulgação
O seu interesse pela cultura afro era tanto que resultou em uma bolsa de estudos na África. Verger após conhecer tanto a vida como a história dessa gente detalhadamente, acreditou ter encontrado a fonte da vitalidade do povo baiano, desta forma consagrou-se como um dos maiores estudiosos do culto aos orixás.
Foto: Acervo Fundação Pierre Verger / Divulgação
Com sua Rolleiflex registrou a magia dos rituais e das divindades deixando então uma herança artística e cultural, consagrando-se em um grande fotógrafo. Verger continuou estudando e documentando, tornou-se professor na universidade da Bahia e foi responsável pelo estabelecimento do museu Afro-Brasileiro em Salvador.
Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV), que tem como objetivo preservar o acervo (biblioteca, acervo fotográfico com 63 mil negativos, gravações sonoras, anotações, manuscritos e outros), continuando com pesquisas que abriram outros acervos destinados principalmente, a cuidar e divulgar sua obra.
Foto: Acervo Fundação Pierre Verger / Divulgação
O documentário “Verger – Mensageiro entre dois mundos”, lançado em 1998, mostra a relação intensa e apaixonada entre o artista e o Brasil e ainda sua admiração recíproca à cultura africana. O documentário tem a direção de Lula Buarque De Holanda.
As imagens de Verger são documentos antropológicos, históricos e essenciais para a compreensão da cultura brasileira.
A nomenclatura Psicologia Social foi utilizada pela primeira vez em 1908, quando os limites entre a sociologia e a psicologia ainda não eram muito claros. Os autores eram pensadores oriundos de vários campos do saber, como: filosofia, antropologia, biologia, entre outros. Naquela época o papel profissional do psicólogo social ainda não havia sido instituído, neste contexto, merecem destaque os estudos de Darwin e Spencer na Inglaterra, Wundt na Alemanha e Durkheim, Tarde e Le Bon na França (FERREIRA, 2011).
A teoria da evolução de Charles Darwin foi e é considerada uma das mais poderosas e populares inovações, tendo exercido também grande influência sobre a psicologia. A partir desse momento, o ser humano constitui‑se como o produto final de um processo evolucionista que envolveu todos os organismos vivos, aparece como animal social que desenvolveu maior capacidade de se adaptar física, social e mentalmente às mudanças ambientais e sociais (FERREIRA, 2011).
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Consequentemente, Herbert Spencer, fundamentando‑se na teoria da seleção natural, converte‑se em um dos principais líderes do movimento conhecido como darwinismo social, sendo dele a expressão “sobrevivência do mais adaptado” (grifo autora). No livro Princípios de psicologia, publicado em 1870, ele aplica as ideias de Darwin sobre o desenvolvimento da espécie humana ao desenvolvimento de grupos, sociedades e culturas, enfatizando a existência de uma continuidade entre ambos. (FERREIRA, 2011).
A autora evidencia que seu principal argumento era o de que as nações e os grupos étnicos podiam ser classificados na escala evolucionista de acordo com o seu grau de desenvolvimento, organização, poder e capacidade de adaptação, neste sentido os povos mais civilizados e avançados em termos culturais eram hierarquicamente superiores aos povos mais atrasados no que tange à escala evolucionista.
Wilhelm Wundt inicialmente defendia que a psicologia científica deveria ser vista como uma ciência natural que se ocupava do estudo da mente, principalmente dos processos mentais básicos como: sensação, imagem e sentimentos. Para Wundt, esse tipo de investigação deveria ser conduzido por meio da introspecção, ou seja, mediante a auto‑observação rigorosa e controlada do modo pelo qual esses fenômenos ocorriam (FERREIRA, 2011).
A autora evidencia que em virtude dessas preocupações, Wundt criou em 1879, na cidade de Leipizig, o primeiro laboratório de psicologia do mundo, tendo ali realizado uma série de experimentos com o objetivo de estudar os processos mentais básicos, além de ter fundado o primeiro periódico de psicologia experimental. Tais ações levaram‑no a ser considerado também o fundador da psicologia experimental.
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Com o passar do tempo, porém, Wundt sentiu necessidade de estudar os processos mentais mais complexos ou superiores, como a memória e o pensamento, tendo constatado que o método experimental não era adequado a tal estudo. Assim, propôs uma distinção entre a psicologia experimental, responsável pelo estudo dos processos mentais básicos, e a Völkerpsychologie (psicologia dos povos), dedicada ao estudo dos processos mentais superiores por meio do método histórico‑comparativo. Com isso, ele estabelece uma clara distinção entre os fenômenos psicológicos mais externos, que estariam na periferia da mente, e os fenômenos mais profundos, que constituiriam a mente propriamente dita (FERREIRA, 2011).
Entre os precursores da psicologia social na França encontram‑se Durkheim, Tarde e Le Bon. Emile Durkheim é considerado um dos fundadores da sociologia, tendo publicado várias obras nas quais aborda a evolução da sociedade, os métodos da sociologia e a vida religiosa. Desenvolveu o conceito de representações coletivas que exerceu significativa influência sobre a psicologia social europeia (FERREIRA, 2011).
A autora evidencia que para ele, as representações coletivas, como a religião, os mitos, e outras representações, constituem‑se em um fenômeno ao nível da sociedade e distinto das representações individuais, que estão no nível do indivíduo. Nesse sentido, formula que os sentimentos privados só se tornam sociais quando extrapolam os indivíduos e associam‑se, formando uma combinação que se perpetua no tempo, transformando‑se na representação de toda uma sociedade.
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A psicologia social começa a adquirir o status de uma disciplina independente no início do século XX, duas obras publicadas no ano de 1908, marcaram a fundação oficial da psicologia social moderna: Uma introdução à psicologia social, de William McDougall; e Psicologia social de Edward Ross (FERREIRA, 2011).
A autora ainda descreve outro expoente, Edward Ross sociólogo norte‑americano que, influenciado pelas obras de Tarde e de Le Bon, caracterizou a psicologia social como o estudo das uniformidades de pensamentos, crenças e ações decorrentes da interação entre os seres humanos. Segundo Ross, os fenômenos subjacentes a essa uniformidade são a imitação, a sugestão e o contágio, o que explicaria a rápida uniformidade verificada entre as emoções e as crenças das multidões.
Os Estados Unidos foi o principal berço para a ascensão do behaviorismo, segundo o qual uma psicologia verdadeiramente científica deveria estudar e explicar apenas o comportamento humano observável, sem considerar construtos mentais não observáveis, como a mente, a cognição e os sentimentos. Neste sentido, os psicólogos sociais progressivamente abandonam as explicações do comportamento social em termos de instintos, passando a adotar uma psicologia social eminentemente experimental e focada no indivíduo. (FERREIRA, 2011)
A divisão entre uma psicologia social psicológica e sociológica aprofunda‑se na medida em que a psicologia passa a ser vista muito mais como uma ciência natural do que como uma ciência social, conforme Ferreira (2011) cita Pepitone (1986). Cabe mencionar que o primeiro experimento em psicologia social ocorreu ainda no século XIX, tendo sido conduzido por Tripplett em 1897 (FERREIRA, 2011).
Também surge no contexto norte americano e europeu a psicologia social sociológica, cuja principal vertente era o interacionismo simbólico e que tem, nas figuras de Charles Cooley e George Mead seus precursores, sendo que Cooley era sociólogo influenciado pelos saberes de Spencer, defendido uma concepção evolucionista da mente e da sociedade (FERREIRA, 2011).
Eu refletido no espelho, foi a expressão utilizada por Cooley, para explicar a formação da identidade e designar o fato de que tal formação está eminentemente associada ao modo pelo qual a pessoa imagina que aparece diante das outras pessoas, assim como ao modo pelo qual ela imagina que as outras pessoas reagem a ela e aos sentimentos daí decorrentes, que podem ser de orgulho ou de decepção. Para Cooley, o desenvolvimento da identidade ocorre no contexto da interação com os outros e por meio do uso da linguagem e da comunicação (FERREIRA, 2011).
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Essas formulações serviram de base para influenciar Mead, que também adotou a expressão “eu refletido no espelho” ao discorrer sobre a identidade. Sendo que a linguagem desempenha um papel fundamental no pensamento de Mead, a ponto de ele considerar o ato comunicativo como a unidade básica de análise da psicologia social, afirmava que linguagem era um fenômeno inerentemente social e, consequentemente, as atitudes e os gestos só adquirem significado por meio da interação simbólica (FERREIRA, 2011 p 23).
A psicologia social europeia veio crescendo progressivamente em tamanho e influência principalmente a partir da década de 70; ela inicialmente caminhou próximo com a psicologia social psicológica, até que começou a adquirir sua própria identidade e a demonstrar maior preocupação com a estrutura social.
Nesse sentido, Ferreira (2011 p 25) apud Graumann (1996) afirma que os temas de estudo mais frequentes entre os psicólogos sociais europeus são as relações intergrupais, a identidade social e a influência social, que remetem a uma psicologia dos grupos. Entre os principais representantes dessa moderna psicologia social europeia, destacam‑se Henri Tajfel e Serge Moscovici.
Tajfel (1981) procurou enfatizar a dimensão social do comportamento individual e grupal, postulando que o indivíduo é moldado pela sociedade e pela cultura. Apoiando‑se em tal perspectiva, desenvolveu a teoria da “identidade social” (grifo nosso), onde defende que as relações intergrupais estão intimamente relacionadas a processos de identificação grupal e de comparação social (FERREIRA, 2011 p 25).
Moscovici (1976), segundo a autora, desenvolve os estudos sobre “influência social”, introduz o conceito de “influência das minorias”, tendo realizado investigações com o intuito de averiguar a inovação e a mudança social introduzida por essas minorias. Ferreira (2011 p 25) evidencia que outro campo de estudos a que Moscovici (1981) se dedicou, as “representações sociais”, derivado do conceito de representações coletivas de Durkheim e caracterizado como modos de compreensão da realidade caracterizando‑se hoje como uma das principais tendências da psicologia social europeia.
Muitos psicólogos sociais latino americanos iniciam um forte movimento de questionamento à psicologia social psicológica norte americana no final da década de 70, marcada pelo experimentalismo. Empurrados de certa forma pelos regimes militares e pela grande desigualdade social do continente, esses psicólogos sociais defendiam uma ruptura radical com a psicologia social tradicional (FERREIRA, 2011).
Passaram a praticar o que na época até nossos dias foi denominado de psicologia social crítica, conforme Ferreira, (2011 p 26) apud Álvaro e Garrido (2007) ou psicologia social histórico crítica Mancebo e Jacó‑Vilela (2004) referenciado pela autora. Expressões que abarcam diferentes posturas teóricas, como, por exemplo, o sócio construcionismo (Gergen, 1997), a análise do discurso (Potter e Wetherell, 1987), a psicologia marxista, entre outras.
A psicologia social crítica, caracterizava‑se por romper com o modelo neopositivista de ciência e, em consequência, com suas posições sobre a necessidade de o conhecimento científico apoiar‑se na verificação empírica de relações causais entre fenômenos. Em contraposição a tese modelo, defendia o caráter relacional da linguagem e a importância das práticas discursivas para a compreensão da vida social. (FERREIRA, 2011)
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Os psicólogos sociais brasileiros também participam ativamente do movimento de ruptura com a psicologia social tradicional ocorrido na América Latina. Assim, a partir da publicação, em 1984, do livro organizado por Silvia Lane e Vanderley Codo, intitulado Psicologia social: o homem em movimento, Ferreira (2011) afirma que surgiram vários outros estudos brasileiros de psicologia social com Campos e Guareschi (2000); Jacques et al. (1998); Lane e Sawaia (1994); Mancebo e Jacó‑Vilela (2004) na perspectiva da psicologia crítica.
Para encerrar esta síntese de capítulo, fica o registro da fundação em 1980, da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), estabelecida com o propósito de redefinir o campo da psicologia social e contribuir para a construção de um referencial teórico orientado pela concepção de que o ser humano constitui‑se em um produto histórico social, de que indivíduo e sociedade implicam‑se mutuamente.
Referência:
FERREIRA, M.C. Breve História da Moderna Psicologia Social. IN: TORRES, C. V e Outros. Psicologia Social: Principais Temas e Vertentes, ARTMED, São Paulo: 2011.
Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste. – Sigmund Freud
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Freud, odiado por alguns e amado por muitos. É conhecido como o pai da psicanálise, também apontado equivocadamente como um completo tarado – sua teoria da sexualidade -, e um tanto arrogante. No entanto Freud teve uma vida simples como milhões de meros mortais. Nasceu em um ambiente construído com alicerces financeiros escassos, vivendo em uma sociedade opressora que vivencia um momento de crise. O próprio Freud, em uma de suas análises pessoais, declara: Fui um homem afortunado; na vida nada me foi fácil.
O pai da psicanálise foi registrado como Sigismund Schlomo Freud. Nasceu em Freiberg, Morávia (hoje Pribor, República Tcheca)no dia 6 de maio de 1856. Era o filho caçula entre 7 irmãos. Sua mãe, Amalie Nathanson, foi a terceira esposa de Jacob Freud, seu pai. Jacob teve outras 2 esposas, sendo viúvo de ambas. Freud possuía dois meio-irmãos mais velhos (Emmanuel e Philippe) de casamentos anteriores de seu pai. Freud foi o primogênito (de Amalie) de sete irmãos: Julius, Anna, Débora, Marie, Adolfine, Pauline e Alexander.
Os pais de Freud eram judeus provenientes da Galícia ucraniana e da Renânia alemã. Jacob sustentava a família através do comércio de lã e tecidos. Devido uma crise financeira, advinda dos avanços da Revolução Industrial na Europa, a família passou por uma grande dificuldade financeira, optando mudar-se para Leipzig, na Alemanha, em 1859. Ainda pelo mesmo motivo, em 1860 mudaram-se para Viena, época em que Freud tinha apenas 4 anos de idade.
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Freud teve uma infância permeada por proteção materna, ciúmes da mãe e rancor por parte de seus irmãos. Sendo uma criança/adolescente inteligente e mimada pelos pais. Seus irmãos muitas vezes eram impedidos de fazer suas atividades, como tocar piano, para não atrapalhar os estudos de Freud. Tal estímulo resultou no posto de líder de sua classe colegial e na entrada antecipada de 1 ano (habitual da época) na Universidade de Medicina de Viena, com apenas 17 anos de idade.
´´I enjoyed special privileges there, and had scarcely ever to be examined in class. Although we lived in very limited circumstances, my father insisted that, in my choice of a profession, I should follow my own inclinations alone. Neither at that time, nor indeed in my later life, did I feel any particular predilection for the career of a doctor.“ – Sigmund Freud (1925)
Freud (1925) diz ter iniciado o gosto pela leitura através da Bíblia, o que serviu como guia de muitos interesses futuros. Através de uma boa relação de amizade com um colega escolar, que cresceu e tornou-se um conhecido político, nasceu em Freud o desejo de estudar direito e de desenvolver atividades sociais. As teorias de Darwin também lhe foram de grande influência, pois na visão de Freud, era construída por uma extraordinária compreensão de/do mundo.
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O Partido Nazista governado por Hitler (Alemanha) deu inicio a Alemanha Nazista, que iniciou em 1933 e foi até 1945. No entanto, em 1873 Freud já sentia um pouco da crueldade que estava por vir. Ele declara (Freud, 1925) ter tido decepções na Universidade, causada por sua descendência judaica. As pessoas o diminuíam por sua raça, o que causou nele vergonha e futuramente um arrependimento por ter criticado, em alguma medida, a sua descendência judaica.
As vezes nós também racionalizamos, quer dizer, tentamos mostrar a nós mesmos, e aos outros, que temos outros motivos para fazer o que fazemos em certas situações, e não revelamos os reais motivos que nos levaram a agir de certa maneira, simplesmente porque eles são constrangedores demais. – Sigmund Freud
Aos poucos foi se familiarizando com o ambiente universitário. Mas nos primeiros anos declarou que suas peculiaridades, limitações e ânsia juvenil o impediram de maior sucesso em muitos departamentos da ciência. Nesta fase de sua vida, o pai da psicanálise cita Mefistófeles como aprendizado: Em vão você vagueia cientificamente / Todo mundo aprende apenas o que ele pode aprender.
Como todo profissional aspirante, Freud sentia necessidade de identificação amiga e de reconhecimento profissional. No laboratório de Ernst Brucke ele declara ter encontrado descanso e satisfação. Encontrou homens que respeitou e teve como inspiração. Diz ter sido um privilégio ter trabalhado com Brucke e uma enorme satisfação em ter conseguido resolver um problema de histologia do sistema nervoso passado por seu superior.
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Tornou-se Doutor em Medicina em 1881. Em 1882 recebeu um conselho do professor, que mais tinha afeto, de deixar o laboratório fisiológico e entrar no Hospital Geral como aspirante, mas logo foi promovido a Sekundararzt (médico da casa), trabalhando em diversos departamentos do hospital, inclusive na área do psiquiatra Theodor Hermann Meynert. Foi através dos trabalhos de Maynert com personalidade que Freud ficou bastante impressionado e curioso com o assunto.
Em 1877, Freud resolveu mudar seu nome para Sigmund Freud. Adquiriu licença da universidade para prestar o serviço militar obrigatório (1879 e 1880), que lhe rendeu grande experiência em traduções para alemão, já que neste período realizou traduções dos textos em inglês do conhecido filósofo e economista Johh Stuart Mill. Foi neste mesmo período que adquiriu seu hábito por fumar, que se tornou símbolo em suas fotografias pessoais, consagrando este costume até sua morte.
Desde muito cedo, Freud esteve sempre à frente de sua época. Ainda no Hospital Geral de Viena se dedicou a pesquisa científica e iniciou um estudo sobre os efeitos terapêuticos da cocaína (pouco conhecida na época). Em seguida conseguiu uma licença do hospital para trabalhar em parceria com o psiquiatra Jean-Martin Charcot no Hospital Saltpêtrière, em Paris. Charcot estava no momento pesquisando sobre os efeitos terapêuticos da hipnose no tratamento de doenças de cunho emocional (histeria), o que causou em Freud grande interesse pelo assunto e mal ele sabia que este assunto se tornaria uma de suas marcas e lhe traria grande reconhecimento futuro.
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Em 1896, Freud passou a anotar e analisar seus próprios sonhos, raízes e neuroses. Tais anotações resultaram em uma de suas obras mais marcantes e que alavancou seu nome: a obra A Interpretação dos Sonhos. Para Freud “O sonho é a satisfação de que o desejo se realize”. A meu ver Freud foi seu próprio instrumento de trabalho, pois através de uma autoanálise concluiu que sua hostilidade com o pai se dava devido o ciúme e sentimento de posse que sentia por sua própria mãe, análise que mais tarde resultou na teoria do “complexo de Édipo“, que se torna o oxigênio da futura teoria de Freud que se trata da origem da neurose.
“Certamente. O psicanalista deve constantemente analisar a si mesmo. Analisando a nós mesmos, ficamos mais capacitados a analisar os outros. Os outros descarregam seus pecados sobre ele. Ele deve praticar sua arte à perfeição para desvencilhar-se do fardo jogado sobre ele.” (Entrevista concedida por Freud ao jornalista George Viereck em 1926)
Freud, Alfred Adler e outros pesquisadores fundaram, em 1902, a primeira sociedade psicanalítica: a Sociedade Psicológica da Quarta-Feira de Cinzas. Em 1905, Freud teorizou sobre a sexualidade infantil (em que recebeu muitas críticas na época) em “Três ensaios sobre a sexualidade”. Carl Gustav Jung foi o primeiro não judeu a participar do grupo, sendo admitido em 1907. Freud foi criticado por muitos cientistas; sua primeira aceitação da Psicanálise (método para investigar os processos inconscientes do psiquismo), no meio científico, se deu por meio de um convite para participar de conferências no EUA. Mas apesar de muitos adeptos, a psicanálise foi sendo segmentada por diferentes teóricos do mundo. Alguns deles foram: Jung, Adler e Melaine Klein.
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Freud por sua vida inteira teve uma posição financeira modesta. Com a ascendência do nazismo na Alemanha, em 1938 se refugiou na Inglaterra devido a sua raça judaica. Em 23 de setembro de 1939 veio a falecer, com 83 anos de idade, em consequência de câncer no palato. O grande teórico psicanalítico encontra-se sepultado no crematório de Golders Green, no bairro de Golders Green, em Londres, na Inglaterra. Até hoje vive na mente e coração de milhares de adeptos e críticos de sua teoria.
CONTRIBUIÇÃO PARA A PSICOLOGIA
Apesar de médico, Freud teve um enorme impacto no campo da psicologia; é considerado o pai da psicanálise. A meu ver, Sigmund deu luz à Psicologia, surgindo a partir dele novos adeptos e novas abordagens de tal ciência. Seu olhar clínico fugiu apenas do fisiológico e foi direcionado também, ao campo psicológico e cultural. Seus escritos abriram o leque de compreensão da personalidade, desenvolvimento humano e da psicologia clínica. A partir da psicanálise, Freud influenciou muitos psicólogos: Anna Freud (sua filha), Melanie Klein, Karen Horney, Alfred Adler, Erik Erikson, Carl Jung e Lacan.
A aceitação de processos psíquicos inconscientes, o reconhecimento da doutrina da resistência e do recalcamento e a consideração da sexualidade e do complexo de Édipo são os conteúdos principais da psicanálise e os fundamentos de sua teoria, e quem não estiver em condições de subscrever todos eles não deve figurar entre os psicanalistas- Sigmund Freud
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LINHA DO TEMPO
1856: Nasceu (Freiberg – Morávia)
1859: Mudou-se para Viena
1873: Registradou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Viena
1878: Mudou seu primeiro nome “Sigismund” para “Sigmund”
1881: Alcançou seu doutorado em Medicina
1882: Trabalhou como assistente de pesquisa no Instituto de Fisiologia Ernst Brcke
1889: se tornou bolsista em Nancy, com Libault e Bernheim: estudos de hipnose
1896: Intitulou seu tratamento como Psicanálise
1900 : Publicação do livro “Traumdeutung” / “A Interpretação dos Sonhos”
1908: Fundou a “Associação Vienense de Psicanálise”
1909: foi convidado a palestrar na universidade de Worcester, Massachusetts (EUA)
1910: Fundou a “Associação Internacional de Psicanálise”
1938: Invasão nazista a Viena, que resultou em sua saída da mesma
1939: faleceu no dia 23 de setembro
OBRAS
(1895) Estudos sobre a histeria
(1900) A Interpretação dos Sonhos
(1901) A Psicopatologia da Vida Cotidiana
(1905) Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade
(1905) Fragmentos de análise de um caso de histeria
(1923) O Ego e o Id
(1930) O mal-estar na civilização
(1939) Moisés e o Monoteísmo
BRIOGRAFIAS
Jacaré, Roland (1990). FREUD
Roazen, Paul (1992). Freud and His Followers
Gay, Peter (1998) Freud – Uma Vida Para o Nosso Tempo
Ferris, Paul (1999). Dr. Freud: A Life
Breger, Louis (2000). Freud: Darkness in the Midst of Vision – An Analytical Biography
Na noite desta terça-feira (13), os acadêmicos da disciplina de Gestão de Pessoas I, do curso de Administração, receberam a visita da Psicóloga e Master Coach Lunna Dias. Durante a conversa, Lunna mencionou sua trajetória de trabalho e desafios enfrentados, abordando seu trabalho junto com as empresas, onde desenvolve os serviços de gestão de pessoas.
Psi Lunna Dias – Fonte: https://goo.gl/SxdLvh
A disciplina Gestão de Pessoas I, tem como objetivo aproximar as teorias estudadas pelos alunos à prática profissional. Para e Profa. Me. Muriel Rodrigues, psicóloga que ministra a disciplina, uma visita como a de Lunna é importante por “dar a possibilidade de perceber a teoria no dia a dia, a vivência dentro da gestão de pessoas, as possibilidades e desafios, e também de trazer as atualidades da nossa região”.
Lunna Dias, que é egressa do Ceulp/Ulbra, possui também formação como Consultora DISC, Analista de cargos e salários e MBA em Gestão de Pessoas, além de ser especialista em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas. Atualmente empresaria, é proprietária daSmart Group, uma empresa de gestão de pessoas.
Melhor Filme – Melhor Ator (Bruce Dern) – Melhor Atriz Coadjuvante (June Squibb) – Melhor Diretor (Alexander Payne) – Roteiro original – Melhor Fotografia
Não é por menos que o diretor Alexander Payne é alvo de muitos elogios pelo seu recente “Nebraska” (2013). Com seis indicações ao Oscar (incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Diretor), o longa de 115 minutos mostra com sensibilidade (a fotografia é marcante) a estória de Woody Grant (Bruce Dern), um idoso que acredita ter ganho 1 milhão de dólares “após receber pelo correio uma propaganda”, e que decide ir até a cidade de Lincoln, em Nebraska, onde a suposta premiação será paga. Diante da teimosia do pai, seu filho David (Will Forte) resolve levá-lo de carro. Com os contratempos que ocorrem no decorrer da viagem, David decide mudar um pouco os planos, “passando o fim de semana na casa de um de seus tios antes de partir para Lincoln”. Woody conta a todos sobre a possibilidade de se tornar um milionário, “despertando a cobiça não só da família como também de parte dos habitantes da pequena cidade”.
Assim como em “Os Descendentes” (2011), também sob sua direção, Payne mostra em “Nebraska” uma América que normalmente não é retratada no cinema; ele apresenta um país bem diferente das batidas e mundialmente conhecidas cenas urbanas nova-iorquinas, sempre imbuídas de cosmopolitismo e heterogeneidade. Em “Nebraska”, longa em monocromia, os tons de cinza retratam bem os personagens marcados pela égide do passado, ancorados num modo de vida metaforicamente “congelante”, cujo panorama instiga o expectador, o tempo inteiro, a se questionar se está nos tempos atuais, ou se recuou 40 anos atrás, quando da infância de Woody Grant.
Há, no filme, um mix que remete a uma construção onírica, onde quem o assiste embarca num longo percurso. Por vezes, pensa-se estar num sonho qualquer, até hilário; noutras circunstâncias, trata-se de um verdadeiro pesadelo. No fundo, a angústia vem de perceber que, para parte dos americanos excepcionalmente retratados pelos atores/atrizes, o que existe em suas vidas é apenas o passado. O presente é monótono e “mecânico”, portanto frio, indiferente, num cenário em que o futuro é diligentemente ofuscado (com exceção do objeto de desejo de Grant, o que o faz “manter-se em pé”, andando – portanto, ainda vivendo).
Na persistência de padrões comportamentais “cristalizados”, enrijecidos, se sobressai a amizade do filho e seu pai, num reencontro que é costurado lentamente e que, passo a passo, vai ganhando contornos emocionantes. Há uma trajetória que parte de um mero “atendimento ao insano desejo de um idoso”, que passa por dissabores familiares para, de forma tocante, abarcar um passado difícil cujas marcas estão espalhadas em cada cena do filme. E na suposta senilidade de Woody Grant há, talvez, uma força motriz para um acerto de contas com a vida.
O filme mostra a “rudeza” de uma América melancólica e excessivamente deludida1, onde as parcas palavras são frequentemente mal entendidas, quando não totalmente desfiguradas, o que acaba por gerar uma série de contratempos, desconfianças e intrigas. De quebra, Payne coloca uma reflexão sobre a velhice diante de um país estagnado economicamente, cujos cenários possíveis acabam por englobar a solidão, a incompreensão e o desatino.
“Nebraska” também se lança num foco profundo, “apropriado ao filme de estrada”, que trás à tona questões existencialistas. As pequenas cidades de ruas largas – e sem movimento – tiram dos personagens a possibilidade de impingir liberdade às próprias vidas. Por mais que Grant tente percorrer sozinho a estrada, sempre é impelido a “voltar” às amarras de uma existência que, para ele, já não tem o menor sentido. O alvedrio, portanto, não passaria de uma meta inatingível; e o impulso pelo movimento, que Woody Grant experimenta desde as primeiras cenas – e que acaba por englobar todos os integrantes da família – é apenas uma tentativa de procurar uma rusga de incentivo, de sentido para uma vida que se aproxima do fim.
Neste cenário deprimente (que não se furta, no entanto, a reservar nuances de sátira), a monocromia também poderia ser vista, finalmente, como a expressão de uma sociedade míope, que falsamente vislumbra a liberdade, mas que constantemente se depara com a aridez da realidade (no fundo, será que querem se livrar do passado?). O filme mostra a dor de uma geração acostumada com as ilusões e que, enfim, se depara diante de uma América sem maquiagens. Isso pode ocorrer na terceira idade, como no caso de Woody Grant, ou ainda na juventude, a exemplo de seus patéticos sobrinhos. Ao cabo, difícil não se lembrar de uma assertiva da escritora Clarice Lispector, para quem “cortar os próprios defeitos pode ser perigoso”, já que “nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”.
Ano produção: 2013 Diretor: Alexander Payne Elenco: Bruce Dern Bruce Dern, Will Forte Will Forte, Bob Odenkirk, June Squibb, Mary Louise Duração: 15 minutos Gênero: Aventura – Drama País: Estados Unidos da América