Construindo um vínculo de confiança e protegendo do abuso infantil

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 O (En)Cena entrevista a Gleisse Pires,  reside em Brasília – DF, é mãe e esposa. Atua como Psicóloga Clínica desde 2013. Gleisse Pires é Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, facilitadora do Programa Encorajando Pais e Coautora do Livro Encorajando Pais, bem como da ferramenta “Baralho Educar com o Coração”. Estudiosa na área da Parentalidade e da Sexualidade infantojuvenil.  Atua no desenvolvimento socioemocional de crianças e adolescentes, oferece mentoria para pais, individualmente e em grupo. Assim como oficinas de Educação Socioemocional e Sexual para crianças e adolescentes e palestras em escolas e organizações. Oferece atendimentos on-line e presencial.

 (En)Cena – O que despertou o interesse em ajudar vítimas de violência sexual desde a faculdade?

Gleisse Pires – Desde o período da Faculdade, eu venho estudando o fenômeno, violência, principalmente, contra crianças e adolescentes. Me interessava ao ponto de realizar todos os meus estágios na área; atuei em projetos como o “Pro-Vítima”, voltado para acolhimento às vítimas de violência sexual, física e emocional, bem como às famílias; e na Vara da Infância e Juventude e de Família. Nesta época, eu não tinha entendimento da minha missão, muito menos como poderia atuar na prevenção de violência. Em meios aos atendimentos, às vítimas de abuso sexual, meu corpo adoecia. Também trabalhei depois de já graduada em Psicologia, em uma Instituição para crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade e violência.

E só agora em 2020, a partir do meu processo de autoconhecimento, Psicoterapia, estudos, pude compreender minha escolha tinha muita ligação com minha história de vida, e que minha dor poderia ajudar muitas outras meninas, e outras mães.  Minha infância foi bem difícil, em meio ao cenário de violência física, emocional e sexual, assim como minhas irmãs. Hoje me sinto forte, e utilizo toda essa experiencia dolorosa, para evitar que histórias como a minha, se repitam.  Por isso, eu digo que inicialmente, essa escolha não foi consciente. Depois disso, compreendi minha verdadeira Missão na Psicologia, na Parentalidade, no mundo, que é trabalhar a favor da prevenção de abuso sexual, a partir da educação socioemocional e sexual de crianças e adolescente, e empoderar essa mãe, principalmente trazendo consciência quanto a educação do (s) filho(s).  O Interessante nesse processo e perceber o quanto minhas decisões profissionais, estavam entrelaçadas o tempo todo com a minha infância; o que se vive na infância, não fica na Infância.

 Logo, vou lançar meu livro infantil, para que a minha história possa de alguma forma educar e proteger nossas crianças e adolescentes.

(En)Cena – Como proteger a criança de um possível abusador (a)?

 Gleisse Pires – Um dos antídotos é o amor incondicional, o respeito, o diálogo, aliada a educação sexual diária, ensinar consentimento, amor, respeito, emoções, limite, prazer, toque do bem e toque do mau; sexo. Esses são alguns exemplos. E tudo isso, respeitando o desenvolvimento cognitivo e suas respectivas idades. Claro, que se os pais não sentirem preparados, buscarem ajuda de profissional que trabalha com esse tema.

(En)Cena – Para falarmos sobre o papel que os pais e cuidadores ocupam na relação parental, primeiramente precisamos entendê-lo. Afinal o que é Parentalidade?

Gleisse Pires – Parentalidade é a função que o adulto ocupa na educação da criança. Esse papel pode ser desempenhado pelos cuidadores imediatos; como pais, avós entre outros.

(En)Cena – O que a Parentalidade tem a ver com a prevenção à violência sexual infantil?

 Gleisse Pires – A forma como o adulto exerce sua Parentalidade, poderá ou não desenvolver fatores de risco ou proteção.  Se o cuidador for autoritário, por exemplo, dificilmente a criança não sentir vergonha, medo, receio para falar algo que tenha percebido ou acontecido; ela acaba se calando. E aí que mora o perigo. Pois os abusadores, na sua maioria são pessoas próximas da família ou da criança, e eles usam desse conhecimento (como ocorre a educação em casa) para chantagear, manipular e pressionar a criança. Como por exemplo: “se você contar, eles não vão acreditar em você”.  Portanto, se o clima familiar for favorável á violência, essa criança se torna uma presa fácil.

(En)Cena – Que caminhos podem ser seguidos caso seja descoberto que o filho(a) foi vítima de violência sexual? 

 Gleisse Pires – Primeiramente essa criança ou adolescente precisa ser acolhida.  Evitar fazer perguntas, principalmente. Para o momento, é melhor salientar, que ela (criança) não está sozinha, e que juntos irão resolver, bem como ressaltar que a criança não teve culpa e buscar ajuda de um profissional capacitado. Importante também, nos casos de adolescentes, encorajá-los a fazer denuncia, mesmo quando for alguém da família.

Fonte: l1nq.com/v2j3x

(En)Cena – Na sua trajetória, como se deram os estudos da Parentalidade Consciente?

Gleisse Pires – Desde o início da minha trajetória profissional, trabalhando com as crianças, adolescentes e os pais, identificava que muitos comportamentos dos filhos, tinham relação com o estilo parental a qual pais e ou cuidadores exerciam sua parentalidade. Se os pais fossem punitivos, o comportamento tendia piorar, principalmente na adolescência. No Serviço de Acolhimento, percebia muita negligência, punições, chantagens e no consultório particular, não era diferente. Também já recebia uma família adoecida, cuja o meu paciente era o “paciente identificado” que chegava até a mim para ser “ consertado”. Isso tudo me inquietava, pois até então, não entendia como eu poderia ser mais efetiva, que de fato gerasse a tal mudança de comportamento que os pais, tantos desejavam, bem como, não sabia como trazer aos pais esse olhar para o comportamento deles próprios. Eu sentia que precisava de ferramentas para auxiliá-los.

Então não parei por buscar cursos, supervisões, e foi em 2020, quando pela primeira vez, me deparei com o Programa Encorajando Pais, idealizado pela Aline Cestarolli.   A partir daí, comecei aplicar tudo que eu aprendia com minhas filhas; comecei o mergulho na minha própria história na educação que eu tive; um processo profundo de autoconhecimento. Após me tornar facilitadora, mudei a proposta do meu trabalho terapêutico. Inicialmente, se eu percebo que a mentoria aos pais, seja fundamental para aquela família, começamos por ela, e depois do processo, reavalio para identificar a necessidade ou não do atendimento psicológico com a criança/adolescente. O que tenho percebido que a maioria das famílias, ainda durante a aplicação, percebe-se mudanças. O interessante, e quando aprendemos reconhecer nossas necessidades, sentimentos, e aceitamos e reconhecemos o nosso filho, nós todos mudamos, inclusive em outras áreas da vida. Começamos a olhar com curiosidade, e isso gera conexão, e se a criança se sente melhor, ela se comporta-se melhor. É uma via de mão dupla. Por isso, que eu defendo que é preciso estudar para educar.

 Claro, que não significa que nunca mais vão ter desafios, mais só pode funcionar, se os pais forem capazes de ter paciência e mergulhar na sua própria infância e aceitar suas vulnerabilidades.

Vale ressaltar, que a mentoria parental, não dispensa a Psicoterapia, mais agregada ao trabalho, a saúde e a qualidade das relações entre pais e filhos, melhoram absurdamente.

 Os estudos não pararam por aí, sou uma das Embaixadora do Congresso Internacional em Educação Parental, que acontece em São Paulo; já vamos para 3ª edição. Além disso, estou em Formação Internacional pela Academia de Parentalidade Consciente de Portugal. Quero melhorar minha própria parentalidade, me tornando mais consciente e errando menos; e nesse mesmo percurso ajudar outras mães.

 (En)Cena – O que se trata o programa encorajando Pais e qual foi a motivação em torná-lo um livro?

Gleisse Pires – Como ressaltado anteriormente, o Programa foi idealizado pela Psicóloga Aline Cestarolli, a partir dos estudos em Parentalidade. Ele foi estruturado em 10 sessões, que podem ser aplicados presencialmente ou on-line; individualmente ou em grupo.

Ressalto que os estudos em Parentalidade no Brasil é recente. Mas, já existe pesquisadores no tema, há décadas, como em Portugal, que é um dos países precursores desse estudo. E agora de dois anos para cá, o Brasil, têm ganhado cada vez mais visibilidade.

O livro foi idealizado por mim e por outras colegas, todas Facilitadoras, com a proposta de levar esse conhecimento, ampliar a consciência dos pais para que eles possam desenvolver suas habilidades parentais. Esse conhecimento é valido para qualquer adulto que convive com crianças e adolescentes, e em diferentes ambientes, como a escola e em casa.

 (En)Cena – Como foi o desenvolvimento do “Baralho Educar Com o Coração”?

Gleisse Pires – Eu fui convidada para fazer o “Baralho” pela Organizadora, juntamente com outras coautoras, todas Psicólogas e Educadoras Parentais. O objetivo de baralho era levar à outros profissionais Parentais, Psicólogos, Educadores de Instituições de ensino, auxilio a esses profissionais. Uma ferramenta que pudesse ser usada nas escolas, consultórios com atendimentos aos pais. Ele então é dividido em quatro categorias de cartas.

Primeira categoria, chamamos de criança interior, a ideia de que a criança que fomos, permanece em nós, e que os comportamentos de hoje, pode ter interferência dessa criança, principalmente as feridas emocionais.

Os estilos parentais, a proposta é que os pais consigam identificar através dos seus próprios comportamentos qual que é o seu estilo. E como esses estilos podem interferir na sua parentalidade.

Os efeitos da punição; essa carta é também para os pais refletirem como têm ensinado os valores que eu acho importante aos meus filhos? E quais os efeitos disso?

E os objetivos equivocados, para ajudar ampliar a consciência dos pais, dos possíveis objetivos (qual a necessidade) que podem estar por trás do comportamento, e que a gente não consegue ver.

(En)Cena – A violência vivida na infância  pode ter correlação com o aumento do risco de suicídio na adolescência ou vida adulta?

Gleisse Pires – Sim. Quando pensamos em risco de suicídio, estamos falando de sofrimento e dor. Quando acontece o abuso, a vítima muitas vezes se sente tão culpada, envergonhada que não consegue encontrar outra solução. Fui convidada para palestrar em uma escola, onde estavam acontecendo muitos casos de automutilação. No final da palestra, eu e minha parceira, fomos surpreendidas com 08 adolescentes que haviam sido abusadas e 06 delas tinham já tentado o suicídio. Precisamos cuidar da saúde mental desde a infância.

 (En)Cena – Qual mensagem você deixa para os nossos leitores?

Gleisse Pires – Mães e Pais, cuidem de si primeiramente. Isso não é egoísmo, isso é amor. Lembrem-se que as crianças absorvem muito mais o que elas veem do que elas escutam! Se você se amar, ela vai aprender que precisa se amar primeiramente! Comecem estudar, simmmm!! Não nascemos pais, nos tornamos pais! E hoje em dia precisamos estudar para muitas coisas, por que não para sermos pais mais conscientes?! Estude e ensine sexualidade para seus filhos, como proteger as crianças de abusadores e pedófilos, pois se você não o fizer, alguém irá, de forma inapropriada. Estejam atentos, não amedrontados, encorajam-se, todos vocês merecem ser cuidados.

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Caos 2021: O papel dos pais na prevenção à violência sexual infantil

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O minicurso realizado nessa manhã de quinta-feira com o tema O Papel dos Pais na Prevenção à Violência Sexual Infantil, foi bastante elogiado pelos inscritos que participaram ativamente durante todo o evento, ele foi ministrado pela especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental Gleisse Pires e se deu via Google Meet com a mediação da acadêmica de psicologia Ellen Rísia. 

A palestrante começou com uma dinâmica de apresentação e logo em seguida deu início ao minicurso, segundo ela, a relação parental é fundamental para trabalhar qualquer prevenção. Existem quatro estilos parentais: permissivo, negligente, autoritário e assertivo. É importante saber disso, pois o estilo em que uma pessoa é criada influencia diretamente em como ela vai criar outra pessoa, e pode ser bom ou ruim, mas a partir do momento que se tem consciência disso, pode-se escolher outras formas de se relacionar. 

Fonte: Arquivo Pessoal

Com educação consciente e educação socioemocional é possível ter conexões sinceras entre pais e filhos e essa relação de confiança atrelada a educação sexual previne abusos sexuais. O relacionamento e abertura são importantes porque é na infância que a criança constrói bases que sustentam os elementos centrais da sexualidade. Isso vai fazer parte de toda sua vida adulta. 

A palestra contou com outras dinâmicas, trazendo o público para a discussão e promovendo uma troca de conhecimentos muito saudável. Como esperado, houve muitos relatos pessoais e perguntas polêmicas, mas que agregaram bastante e trouxeram reflexões profundas sobre que tipo de pais, filhos, tio(a)s e profissionais esperamos ser. Para finalizar houve a exibição de uma animação sobre abuso infantil, falamos sobre as consequências desse crime e a psicóloga Gleisse Pires divulgou seu livro Encorajando Pais que será lançado em breve e o Baralho Educar com Amor.

Alunos Presentes / Fonte: Arquivo Pessoal

Para se inscrever no CAOS e participar de minicursos e demais eventos basta entrar no site www.ulbra-to.br/caos/edicoes/2021/ e seguir a programação.

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Caos 2021: Intervenções frente à violência infantil no contexto pandêmico

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O curso de Psicologia da instituição de ensino Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), oferece aos alunos o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS e, nesse ano de 2021 o tema central é “A Psicologia e Atuação Psicossocial em Situações de Emergência”. O evento ocorrerá de forma online, pelas plataformas digitais da instituição, no mês de novembro, com duração de quatro dias (dia 03 ao dia 06) e, o mesmo conta com a organização dos acadêmicos matriculados na disciplina Intervenções em Grupos, junto à coordenação do curso. Tal congresso apresenta em seu cronograma diversas oficinas, dentre elas a mesa redonda com o tema “Intervenções frente à violência infantil no contexto pandêmico”.

A mesa redonda acontecerá no dia 05 de novembro das 09h às 12h, conta com a mediação da professora/psicóloga Izabela Querido, junto à mesma profissionais renomados como as psicólogas Raphaella Pizani Castor Pinheiro, Gabriela Fernandes Maximiano, Anitta Coêlho dos Santos Teixeira, e o assistente social Raimundo Carlos. O evento será realizado através da plataforma online Google Meet, no qual possui como capacidade máxima de participação de 100 usuários. Vale destacar que todos os profissionais convidados, em que irão compor a mesa, apresentam em seus currículos, experiência no âmbito de atuação acerca da temática.

Fonte: encurtador.com.br/dGKR3

Em decorrência da pandemia da Covid-19, no mês de março de 2020 as instituições de ensino de todo país, como medidas preventivas, foram fechadas devido à necessidade do isolamento social para a colaboração da contenção da disseminação do vírus. Grande parte das escolas do Brasil, ainda encontra-se sem o ensino presencial. Diante do tema, violência infantil, nota-se que o número de subnotificações apresentou queda, porém não significa que tais agressões não estejam ocorrendo. Isto porque, as crianças estão limitadas em seu ambiente domiciliar, no qual diminui a possibilidade de identificação de violência por outros.

Conforme os casos registrados, percebe-se que as agressões vêm apresentando um nível de gravidade alto. Isto porque há uma crescente nos números de casos de crianças que chegam ao hospital em estado crítico, muitas vezes quase mortas. Uma exemplificação disso é o caso do menino Henry Borel, 4 anos, morto em março de 2021, após ser violentado pelos responsáveis.

Portanto, diante do cenário atual, a mesa redonda propõe apresentar dados informativos a respeito da violência infantil, como também apresentará pautas sobre sua intervenção. O evento tem como objetivo trazer aos acadêmicos reflexões acerca dessas agressões, instigando nos mesmos um olhar dentro da psicologia em relação à intervenção. Por fim, para participar da mesa redonda, assim como demais oficinas basta se inscrever no site do CAOS, http://ulbra-to.br/caos/.

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Caos 2021: Intervenções frente à violência infantil no contexto pandêmico é tema de mesa redonda

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Diversas atividades ocorrerão no Caos 2021 (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia), que este ano será transmitido entre os dias 3 e 6/11. Dentre elas, mesas-redondas estarão na programação.  As inscrições serão realizadas pelo site https://www.ulbra-to.br/caos.

A mesa-redonda “Intervenções frente à violência infantil no contexto pandêmico” acontecerá no dia 05 de novembro de 2021, terceiro dia de programação, das 09h às 12h, será online via Google Meet, com a capacidade para 100 participantes na sala, onde os profissionais convidados farão suas pontuações sobre o tema abordado, pois a situação da pandemia fez com que de forma involuntária, indivíduos ficassem em isolamento;  comprometendo a vulnerabilidade social e física das crianças e adolescentes, sendo essas a principais vítimas de violência e negligência no ambiente doméstico, tornando se então encarceradas com seus algozes. Essa realidade é bastante recorrente, por isso se faz necessário que todas as pessoas mantenham um olhar protetor a crianças e adolescentes.

A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizani Castor Pinheiro, Gabriela Fernandes Maximiano, Anita Coêlho dos Santos Teixeira e o assistente social Raimundo Carlos Pereira da Silva, que irão se debruçar sobre o tema intervenções frente à violência infantil no contexto pandêmico.

A mesa-redonda também tem como foco a conscientização quanto a comportamentos de prevenção e cuidado que garantam a integridade física e mental da criança e adolescente, e que tenham seus direitos garantidos, pois a violência geralmente acontece no âmbito familiar.

Fonte: encurtador.com.br/guNY2

Sobre os debatedores:

– Raphaella Pizani Castor Pinheiro: Psicóloga formada pelo Uniceub (2008), com formação em psicanálise, psicologia hospitalar e terapia sistêmica, especialista e mestre em Saúde, atua como psicóloga hospitalar no hospital da Unimed e no HGP estando como responsável pelo núcleo de atendimento a pessoa em situação de violência.

Gabriela Fernandes Maximiano: Psicóloga na Defensoria Pública do Estado do Tocantins, voluntária no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) no município de Palmas- TO; em  2013 atuou no CRAS e no CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) do município de Lagoa da Confusão; em 2014 atuando no CARS (Casa Abrigo Raio de Sol), com acolhimento institucional. Ano de 2015, atuando no CRAS e no NASF (Núcleo de Apoio a equipe de Saúde da Família). Ano de 2016 até setembro de 2018 no SAVI (Serviço de Atenção Especializada à Criança em Situação de violência), órgão de responsabilidade do Hospital Infantil de Palmas (HIPP) lotado na Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins. Dezembro de 2016 até o presente momento atuando no acolhimento institucional na Associação Sementes do Verbo, no Projeto Sementinhas de Amor. Outubro de 2018 até o presente momento atua na equipe multidisciplinar da Defensoria Pública do Estado do Tocantins/Palmas.

Anita Coêlho dos Santos Teixeira: Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté (2012), possui Especialização em Processos Educacionais em Saúde pela FIOCRUZ (2009), Especialização em Saúde Pública em Ênfase em Saúde Coletiva e da Família Albert Einstein (2008), graduação em psicologia pela Universidade Luterana do Brasil (2005). Atualmente é psicóloga do Hospital infantil Público de Palmas – HIPP.

Raimundo Carlos Pereira da Silva: Assistente social pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social município de Palmas TO; atuou por dois mandatos (2003-2009) no cargo de Conselheiro Tutelar, atuando diariamente com crianças e adolescentes em situação de violência; Presidente do Conselho Tutelar (2003-2005) e Coordenador dos Conselhos Tutelares de Palmas- TO (2006-2007), trabalhou no cargo de Sócio Educador no CASE (Centro de Atendimento Sócio Educativo), Presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Jardim Aureny III mandato (2009-2011), Representante do Tocantins no FCNCT – Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares (2010-2012/2013-2017), Vice- presidente do CEDCA – Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (2015-2017).

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Sexualidade e Sistema Único de Saúde abre as Mesas-Redondas do Caos

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A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira.

Várias atividades ocorrem de modo simultâneo no Caos 2019. Dentre elas, três mesas-redondas compõem a programação. A primeira delas, ‘Sexualidade e Sistema Único de Saúde: da atenção primária aos cuidados de vítimas de violência sexual’ ocorre no dia 22/05, as 9h no auditório central do Ceulp/Ulbra.

A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira, que irão se debruçar sobre educação sexual e o acesso ao planejamento reprodutivo a partir de políticas públicas desenvolvidas pelo SUS – Sistema Único de Saúde, além de enfatizar o papel do Estado no que se refere a conscientização quanto a comportamentos de prevenção e de cuidado pessoal que garantam a promoção de saúde.

A mesa-redonda também tem como foco a observação da preservação dos direitos sexuais e direitos reprodutivos de jovens e adultos, bem como informações sobre insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids. Neste sentido, atualmente, o SUS garante a distribuição de métodos contraceptivos, o esclarecimento sobre o uso do preservativo feminino, para estimular a adesão, e o uso da caderneta de saúde, que contém orientações sobre direitos e saúde sexual e reprodutiva. – Com informações do Ministério da Saúde.

Fonte: Arquivo Pessoal

Sobre as debatedoras

 Flavia Roberta Pereira de Oliveira: Bacharel em direito e em Segurança Pública. 1ª Tenente QOPM. Comandante da Patrulha Maria da Penha de Palmas/TO.

 Raphaella Pizani Castor Pinheiro: Psicóloga formada pelo Uniceub (2008), com formação em psicanálise, psicologia hospitalar e terapia sistêmica, especialista e mestre em Saúde, atua como psicóloga hospitalar no hospital da Unimed e no HGP estando como responsável pelo núcleo de atendimento a pessoa em situação de violência no HGP.

Confira a programação completa do CAOS 2019. 

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Sexualidade e Sistema Único de Saúde abre as Mesas-Redondas do Caos

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A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira

Várias atividades ocorrem de modo simultâneo no Caos 2019. Dentre elas, três mesas-redondas compõem a programação. A primeira delas, ‘Sexualidade e Sistema Único de Saúde: da atenção primária aos cuidados de vítimas de violência sexual’ ocorre no dia 22/05, as 9h no auditório central do Ceulp/Ulbra.

Fonte: encurtador.com.br/guzOV

A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira, que irão se debruçar sobre educação sexual e o acesso ao planejamento reprodutivo a partir de políticas públicas desenvolvidas pelo SUS – Sistema Único de Saúde, além de enfatizar o papel do Estado no que se refere a conscientização quanto a comportamentos de prevenção e de cuidado pessoal que garantam a promoção de saúde.

A mesa-redonda também tem como foco a observação da preservação dos direitos sexuais e direitos reprodutivos de jovens e adultos, bem como informações sobre insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids. Neste sentido, atualmente, o SUS garante a distribuição de métodos contraceptivos, o esclarecimento sobre o uso do preservativo feminino, para estimular a adesão, e o uso da caderneta de saúde, que contém orientações sobre direitos e saúde sexual e reprodutiva. – Com informações do Ministério da Saúde.

Sobre as debatedoras
– Flavia Roberta Pereira de Oliveira: Bacharel em direito e em Segurança Pública. 1ª Tenente QOPM. Comandante da Patrulha Maria da Penha de Palmas/TO.
– Raphaella Pizani Castor Pinheiro: Psicóloga formada pelo Uniceub (2008), com formação em psicanálise, psicologia hospitalar e terapia sistêmica, especialista e mestre em Saúde, atua como psicóloga hospitalar no hospital da Unimed e no HGP estando como responsável pelo núcleo de atendimento a pessoa em situação de violência no HGP.

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Centro de Direitos Humanos de Palmas realiza seminário sobre igualdade entre homens e mulheres

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O Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP) e a entidade MISEREOR realizarão, entre os dias 4 e 5 de setembro, o Seminário Igualdade entre Homens e Mulheres. O objetivo do evento é potencializar o debate público com respeito às diferenças e a participação social de homens e mulheres para o enfrentamento das violações de direitos humanos com o fim de reduzir as desigualdades entre homens e mulheres.

Romeu Aloísio Feix, coordenador do Centro de Direitos Humanos de Palmas.

O público-alvo são os profissionais de educação básica, militantes dos movimentos sociais e todos(as) interessados(as) por essa temática. No seminário ocorrerão palestras, mesa redonda e diálogo com o público sobre diversos temas como educação, saúde e violência sexual, com o intuito de desenvolver uma nova cultura de sociabilidade voltada para o estabelecimento da igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Entre as palestras estão mulheres na periferia, políticas na saúde, política educacional, violência sexual, políticas do judiciária, políticas do executivo entre outras, além do lançamento do Movimento ElesPorElas.

A palestra sobre Políticas Públicas no Executivo será proferida por Ana Rita Marcelo de Castro, ex-secretária da Igualdade Racial do Estado de Goiás. Outra palestrante é Eleutéria Amora, da diretoria executiva Associação Brasileira de ONGs (Abong) e membro da Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra), do Rio de Janeiro, que irá proferir a palestra Organização, experiências e demandas das lutas dos movimentos de mulheres.

O seminário é uma campanha de iniciativa do CDHP de Palmas em parceria com órgãos públicos e sociedade civil.

As inscrições para participação podem ser efetivadas no local do evento, a partir das 13h do dia 4 de setembro. Há certificação com carga horária de 12 horas, para os participantes.

Banner: CDHP

Cronograma do Evento

Dia: 04/09 das 14h30 às 18h

Dia: 05/09 das 8 às 18h,

Local: Escola Municipal de Tempo Integral Padre Josimo Morais Tavares, Quadra 301 norte, Avenida LO 8 – Plano Diretor Norte, Palmas-TO.

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CAOS: Violência sexual e dor crônica sob a perspectiva analítico-comportamental

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No dia 21 de agosto de 2017, ocorreu no auditório central do Ceulp/Ulbra, a apresentação Violência sexual e dor crônica: um estudo de caso sob a perspectiva analítico-comportamental, durante os Seminários Clínicos do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (Caos). A apresentação foi realizada pela acadêmica de psicologia Mayelle Batista da Silva, sob supervisão da Profª Dra. Ana Beatriz Dupré Silva.

Inicialmente, Mayelle fez uma pequena introdução sobre a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), a qual entende que as emoções fazem parte da existência e que não podem ser excluídas das contingências. É um modelo de terapia que propõe ao indivíduo aceitar o que está fora do controle pessoal e comprometer-se a agir de modo que melhore a própria vida.

Sob esta perspectiva, Mayelle apresentou um estudo de caso envolvendo quatro mulheres, que tinham como principais queixas dor, sentimentos de baixa autoestima, histórico de depressão, ansiedade e violência sexual. Em seguida, mostrou algumas estratégias, instrumentos e intervenções utilizados no processo terapêutico com essas mulheres. Esses se dão por sessões grupais e individuais de follow up, alguns testes voltados para depressão, ansiedade e estresse, relaxamentos progressivos e por imagem induzida, linha da vida, miniaula sobre a relação entre dor e estresse, mindfulness, role-play e feedback, respectivamente.

Mayelle mostrou, ainda,  alguns resultados alcançados por esse grupo até o momento, dado que o processo ainda não está finalizado. Esses resultados mostram maior autoconhecimento, mudanças de hábitos, aumento do autocuidado e diminuição da frequência e intensidade dos episódios de dor. Mayelle finalizou dizendo que, como estagiária, atuar nesse grupo lhe proporcionou uma visão mais ampla do ser humano, conseguindo vê-lo como um ser biopsicossocial.

O Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS) acontecerá dos dias 21 a 25 de agosto.

O Congresso

A edição de 2017 do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS, tem como tema “As Faces da Violência – Psicologia, Mídia e Sociedade”. Será uma semana para refletir sobre o exercício da psicologia nos mais diversos campos de atuação, frente as mais diversas formas de expressão da violência, para além das fronteiras da saúde, da segurança pública e das ciências humanas. O tema se configura como objeto perene de investigação científica e profissional, sobretudo na Psicologia, com foco na emancipação das subjetividades.

Serviço:

O que: Palestra e mesas-redondas

Quando: 21 a 25 de agosto de 2017
Onde: Auditório Central do Ceulp/Ulbra
Realização: Curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra
Apoio: Conselho Regional de Psicologia – CRP-23, Prefeitura de Palmas, Jornal O Girassol, Psicotestes, GM Turismo, Coordenação de Extensão do Ceulp/Ulbra, Coordenação de Pesquisa do Ceulp/Ulbra.

Mais informações:

Coordenação de Psicologia: Irenides Teixeira (63) 999943446
Assessoria do Ceulp/Ulbra: 3219 8029/ 3219 8100
Programação e Inscrições: http://ulbra-to.br/caos/
Notícias do Evento: http://encenasaudemental.com/mural

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Avaliação Psicossocial de Vítimas de Violência Sexual: Desafios da Integralidade do Cuidado

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No dia 22 de agosto de 2016, nas dependências do CEULP/ULBRA, ocorreu como parte da programação da 1ª Semana Acadêmica de Psicologia, a oficina: Avaliação Psicossocial de Vítimas de Violência Sexual, promovida pela coordenação do curso. Ministrada pela psicóloga Lívia Tâmara Barbosa, mestre em ciências da saúde, especialista em saúde pública e psicóloga no Serviço Especializado de atendimento à pessoa em situação de violência sexual (SAVIS) do Hospital Dona Regina, a oficina abrangeu os conteúdos de forma dinâmica e crítica, de modo a facilitar a aprendizagem e envolvimento dos acadêmicos que a acompanhavam.

Abordando um tema atual e recorrente na sociedade, que necessita de atenção especial dos profissionais de psicologia, foram expostos, além da violência sexual, os conceitos de outros tipos de violência, como a física, psicológica, financeira e por negligência, observando as características das vítimas de cada uma delas. Explanou-se também sobre a importância dos direitos humanos como contraponto à violência e a importância da integralidade do cuidado como agente facilitador da resiliência nas pessoas que sofreram abuso.

Segundo a psicóloga, deve-se levar em consideração as particularidades de cada grupo, que tem seus conceitos de violência tangidos por características culturais, religiosas, históricas, políticas e sociais. Estamos inseridos em grupos com características próprias, sendo papel do psicólogo identificar quais técnicas  terão maior aproveitamento com cada indivíduo, dinâmica que também se aplica a pessoas em situação de violência sexual.

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Fonte: http://zip.net/bxtKcs

Atentando-se para uma dúvida comum entre as pessoas e até mesmo entre profissionais, foi analisada a definição do que é violência sexual e os limiares entre ela e outros tipos de violência. Qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários ou investidas sexuais indesejados, ou de alguma forma voltados contra a sexualidade de uma pessoa, independentemente da relação com ela ou o ambiente, são considerados violência sexual.

Dessa maneira, as consequências de tal tipo de violência podem não ser somente físicas, uma vez que a força corporal nem sempre é utilizada, podendo causar danos à saúde mental e bem-estar para com a sociedade, como por exemplo, gravidez, complicações ginecológicas e doenças sexualmente transmissíveis.

Entre as características das pessoas que foram abusadas sexualmente foram citadas: culpabilidade em relação ao ocorrido, baixa auto-estima, problemas de crescimento e desenvolvimento físico-emocional nos casos de crianças e adolescentes, vulnerabilidade ao comportamento suicida, transtornos de ansiedade, depressão e outras psicopatologias. Outras características podem se manifestar dependendo da subjetividade de cada indivíduo e caso ele tenha sofrido outros tipos de violência.

Muito frisado durante a oficina, o termo “integralidade do cuidado” foi descrito como uma bandeira de luta, sendo alcançada através do cuidado integral às vítimas, que por sua vez é a conjunção da atenção emergencial, atenção básica e das redes sociais. A resiliência nos casos de violência se refere à capacidade de uma pessoa de construir ou reconstruir uma trajetória de vida saudável, apesar do ocorrido. Para Lívia, a escuta, o apoio e o atendimento às necessidades do indivíduo, a partir do cuidado integral, servem como fator protetor para a Resiliência.

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Fonte: http://zip.net/bntJnz

Segundo a psicóloga, o indivíduo em situação de violência sexual se recuperaria mais rapidamente com um trabalho em rede, inter setorial, com órgãos como o SAVIS e outros centros de assistência, bem como com um vínculo com a comunidade através de esforços comunitários, campanhas de prevenção, ativismo comunitário e programas nas escolas. Sendo seres biopsicossociais, devemos dissociar a ideia de Resiliência como apenas sendo uma capacidade interna, e sim algo que pode ser alcançado através de interação com o meio social.

Na formação do psicólogo é fundamental o estudo sobre temas como o dessa oficina. Os profissionais de psicologia enfrentam desafios diários com casos de violência sexual, sendo responsáveis por atender as necessidades da pessoa que sofreu abuso e por promover as medidas cabíveis a curto e longo prazo para a recuperação do paciente e prevenção a novas ocorrências.

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