Psicologia do Ceulp apoia campanha do Sistema Conselhos sobre direitos humanos

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A campanha desse ano foi criada levando considerando o cenário brasileiro de diversas violações de direitos fundamentais.

A coordenação do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra apoia a campanha nacional em defesa dos direitos humanos referendada pelo Sistema Conselhos em Psicologia, e lançada pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP, na segunda metade deste mês de outubro.

O lançamento da ação foi transmitido ao vivo pelos canais do CFP nas redes sociais, e todo o conteúdo se encontra disponível para ampla a irrestrita divulgação. Os conteúdos da campanha possuem a hashtag #ÓdioNão, cujo objetivo é unificar os materiais e facilitar o filtro para ampliar o acesso aos vídeos, imagens e textos produzidos para a campanha.

Fonte: https://goo.gl/FGfVrw

 

De acordo com informações do CFP, a cada ano as Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia (CDHs-CRPs e CFP) produzem campanhas nacionais para enfrentar as diversas formas de opressões e violências estruturantes da sociedade brasileira. A proposta é reafirmar o compromisso ético-político da Psicologia na promoção de transformações sociais, para garantia do direito de todas as pessoas à vida digna.
Na campanha em questão, as minorias historicamente oprimidas no Brasil – como povos tradicionais, população em situação de rua, população negra, população LGBT, usuários de drogas, mulheres, usuários de serviços de saúde mental, crianças e adolescentes vulnerabilizados e pessoas privadas de liberdade – foram destacados na campanha. O objetivo é fazer contraponto aos discursos de ódio contra populações vulnerabilizadas e estimular o respeito e ações humanizadas e humanizadoras.

Fonte: https://goo.gl/q3aGqp

 

Para a coordenadora do curso de Psicologia do Ceulp, profa. Dra. Irenides Teixeira, ‘não se pode falar em Psicologia sem, em igual medida, falar e defender os aspectos éticos e os direitos humanos. Afinal, a razão de ser da Psicologia é a diminuição do sofrimento humano e a melhoria da qualidade de vida de todos. É necessário que todas as pessoas, sobretudo as que sofrem preconceitos cotidianos, tenham direito a estes preceitos fundamentais para a dignidade humana’.

A campanha deste ano foi criada considerando o cenário brasileiro de diversas violações de direitos fundamentais, que reflete as condições históricas, culturais, simbólicas e materiais que produzem certo ideal de humanidade no qual alguns são dignos de direitos e outros não. – Com informações do CFP.

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Grupo de Orientação Profissional promove ação intensiva em Porto Nacional

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O Grupo é orientado pela Prof. Dra Ana Beatriz Dupré Silva

As acadêmicas do curso de Psicologia do Ceup/Ulbra Adrielly Martins, Karlla Garcia e Nayara Ferreira, com o apoio da professora doutora Ana Beatriz Dupre Silva, realizam uma intervenção em conjunto com o colégio O Sagrado Coração de Jesus, em Porto Nacional. O intensivo de Orientação Profissional, proporciona o condensamento de 8 encontros em dois dias. Logo, divididas em dois momentos, as atividades ocorreram entre sexta feira (26/10) e sábado (27/10). Os encontros contou com a participação de 17 adolescente e no total, teve duração de 13h.

As ações realizadas tiveram o intuito de propiciar aos adolescentes, vivências grupais que levam ao autoconhecimento, possibilitando identificar as variáveis que envolvem a escolha da futura profissão e conhecimento sobre as áreas de atuação e práticas profissionais especificas.

Fonte: Arquivo Pessoal

Para a acadêmica Karlla Garcia, uma das coordenadoras do grupo em questão, “a experiência de conduzir um grupo de orientação profissional, representa um momento de grande aprendizado e primordialmente, crescimento individual para cada participante envolvido, é nítido no final do encontro a gratidão dos adolescentes”.

O Grupo de Orientação Profissional é um projeto de extensão vinculado ao curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, coordenado pela professora Doutora Ana Beatriz Dupre Silva, e atualmente, conta com a participação de 16 acadêmicos. As ações têm como principal foco, adolescentes que estão finalizando o Ensino Médio.

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Fundamentos: técnicas de entrevistas compõem Avaliação Psicológica

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As entrevistas fazem parte de um cabedal de possibilidades pertencente aos instrumentos da Avaliação Psicológica

Os acadêmicos de Psicologia na disciplina de Fundamentos das Medidas Psicológicas, lecionada pela professora Me. Ruth Cabral, conduziram recentemente uma série de simulações de entrevistas cujo objetivo era identificar a relação das técnicas com a estrutura geral da Avaliação Psicológica, que é erroneamente confundida apenas como a parte relativa aos testes psicológicos.

Neste sentido, as entrevistas fazem parte de um cabedal de possibilidades que, juntamente com os testes psicológicos, dinâmicas de grupo, observação, escalas e análise documental, compõem os instrumentos da Avaliação Psicológica.

Fonte: https://goo.gl/cA9vDg

Especificamente sobre a ação recente dos acadêmicos, houve a apresentação de vários cenários em que e poderia utilizar as entrevistas Estruturadas, Semi-Estruturadas e Abertas, sendo que ficou claro o local e circunstância que cada uma deve ser usada, de acordo com as demandas levantadas pelos clientes/pacientes ou pelo próprio sistema de saúde e/ou forense.

Durante as apresentações, demandas como transexualidade, homofobia, direitos humanos, racismo e violência foram os temas abordados, o que colaborou para estabelecer uma interface da disciplina de Fundamentos das Medidas Psicológicas com outros campos teóricos da profissão, como a Antropologia, a Ética em Psicologia e, também, com a disciplina de Técnicas de Entrevista Psicológica.

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Eugênio Vilaça Mendes e a Atenção Primária à Saúde

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Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta.

A Atenção Básica pode ser caracterizada como “um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde” (LAVRAS,2011, p.868). Além disso, ela é orientada seguindo os princípios da universalidade, acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade, bem como da participação social.

Eugênio Vilaça Mendes fez uma discussão sobre a Atenção Primária à Saúde (APS) nas Redes de Atenção à Saúde e inicia comentando sobre a situação da saúde no Brasil. Segundo ele, um dos motivos que contribuem com a tripla carga de doenças é a transição demográfica, a qual resulta em uma população maiormente idosa, ou seja, pessoas que são naturalmente mais suscetíveis à doenças.

Além disso, a maioria dessas doenças são crônicas. Outro fator importante é a agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva, a forte predominância relativa das doenças crônicas e de seus fatores de risco, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo de álcool e outras drogas e alimentação inadequada. Também, o crescimento das causas externas (fruto do fenômeno da urbanização e violência).

Fonte: https://goo.gl/9KsWng

Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta. Sendo assim, Eugênio expõe que o problema crítico do SUS é a incoerência entre uma situação de saúde que combina transição demográfica acelerada e tripla carga de doença, com forte predominância de condições crônicas, e um sistema fragmentado de saúde que opera de forma episódica e reativa e que é voltado principalmente para a atenção às condições agudas e às agudizações de condições crônicas. A condição crônica exige uma resposta social proativa, contínua, dos sistemas de atenção à saúde.

Vilaça acredita que a causa fundamental da crise do SUS, bem como do sistema privado no Brasil é que sistema utilizado é fragmentado, opera de forma episódica e reativa e que se volta principalmente para questões agudas e paras as agudizações crônicas. Já que o manejo clínico para as condições crônicas “se constitui em processo complexo que envolve o desenvolvimento de práticas de autocuidado, abordagens multiprofissionais e garantia de continuidade assistencial, o que só pode ser obtido através de sistemas integrados” (LAVRAS,2011,p.871).

O descompasso entre fatores contingenciais que evoluem rapidamente, como:transição demográfica, transição epidemiológica e inovação tecnológica, além dos fatores internos (cultura organizacional,recursos, sistemas de incentivos, estilos de liderança e arranjos organizativos) justificam uma situação de saúde do século XXI sendo respondida socialmente por um sistema de atenção à saúde da metade do século XX. É possível perceber que existe uma dificuldade do sistema em adaptar -se às mudanças, o que resulta no dilema que se baseia em como acelerar as mudanças no sistema já que esses fatores citados acima são bem vindos.

Fonte: https://goo.gl/8gaJDd

Eugênio expõe que o sistema praticado hoje é baseado no sistema ainda do século XX, quando metade das mortes era por causas infecciosas. Para ele, a crise é universal, ou seja, até nos EUA há problemas com casos de diabetes, significa que a crise ocorre independente do volume de recursos. Semelhante à esse posicionamento, Lavras (2011) também acredita que é necessário valorizar e legitimar as práticas que estão em desenvolvimento, mas antes deve-se superar um padrão cultural pré- estabelecido tanto na sociedade como no aparelho formador.

Após apontar as dificuldades que permeiam o sistema, Vilaça sugere uma solução possível para a crise fundamental do SUS: proposta da rede de atenção à saúde. Sua ideia consiste no restabelecimento da coerência entre a situação de saúde com transição demográfica acelerada e tripla carga de doença com predomínio relativo forte de condições crônicas e um sistema integrado de saúde que opera de forma contínua e proativa e voltado equilibradamente para a atenção às condições agudas e crônicas.

Se seguir a lógica da atenção às condições agudas de modo geral, o sistema poderá ser descontínuo, fragmentado e reativo. Mas isso não se aplica às condições crônicas. Pois, assim como afirma LAPÃO et al (2017, p. 714), espera-se que uma APS não restrinja a “um nível de serviço ou focalizada em grupos em situação de pobreza, mas capaz de assumir a coordenação de todos os seus usuários e a integração do seu sistema”.

Fonte: https://goo.gl/MsrfUQ

Por fim, Vilaça fala sobre os elementos importantes para composição das rede de atenção à saúde, quais sejam:

– uma população: a população adscrita à rede de atenção à saúde.

– um modelo lógico: O modelo de atenção à saúde.

-uma estrutura operacional: os componentes da rede de atenção à saúde.

Vale ressaltar que a população de uma rede não é a mesma contabilizada pelo IBGE, mas sim a população efetivamente cadastrada na atenção primária de saúde. Portanto, para que a APS no SUS possa desempenhar esse papel com efetividade grandes medidas devem ser tomadas conjuntamente pelas três instâncias de gestão do SUS, visando seu fortalecimento.

REFERÊNCIAS

LAPÃO,Luís Velez; ARCÊNCIO, Ricardo Alexandre; POPOLIN, Marcela Paschoal e RODRIGUES, Ludmila Barbosa Bandeira. Atenção Primária à Saúde na coordenação das Redes de Atenção à Saúde no Rio de Janeiro, Brasil, e na região de Lisboa, Portugal. Ciência & Saúde Coletiva, 22(3):713-723, 2017.

LAVRAS, Carmem. Atenção Primária à Saúde e a Organização de Redes Regionais de Atenção à Saúde no Brasil. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.4, p.867-874, 2011.

MENDES, Eugênio Vilaça, 2012.  A APS nas Redes de Atenção à Saúde. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA&list=PLQ2Ue6m-QUZI0lQ500NMIqX N2rgEHUwir>. Acessado em: 04 de outubro de 2018.

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