Coletivo Junguiano promove palestra sobre “Os benefícios psicológicos da compaixão e da atenção plena”

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O coletivo Quíron promoverá uma palestra aberta ao público com o tema: “Os benefícios psicológicos da compaixão e da atenção plena”. O evento será no dia 20/10/2022 às 09:30h. A palestrante convidada é a Psicóloga Denise Kato. Denise é formada em psicologia pela PUC-SP e é praticante de meditação na tradição Zen-budista Plum Village.  Em 2010 foi ordenada membro da ordem do Intercer por Thich Nhat Hanh e hoje é Dharma Theacher na linhagem de mestres da mesma tradição. Instrutora de Mindfulness, certificada pela Breathworks/UK e Respira vida- Espanha. Também é Intérprete de conferências há quase 30 anos. Traduziu conferências de Thich Nhat Hanh, Mathieu Ricard, sua santidade, o Dalai Lama, entre outros. Na área editorial traduziu o livro “ As folhas caem suavemente” de Susan Bauer-Wu e “Simplicidade elegante” de Satish Kumar. Trabalha com atendimento em meditação terapêutica voltado à saúde emocional e oferece cursos de meditação compassiva direcionada a cuidados paliativos, manejo de stress/ansiedade.

As inscrições ocorrem pelo link no formulário do Google Forms. Os interessados podem se inscrever gratuitamente para a palestra no link: https://forms.gle/C1rkQCN6WS89jEVt8

O evento terá Certificação pelo Ceulp/Ulbra e o mesmo será gratuito. O link será enviado no dia do evento, por e-mail.

O Quíron – Coletivo Junguiano do Tocantins, é formado por alunos de Psicologia do Ceulp/Ulbra e egressos de Psicologia da Ulbra e de outras instituições adeptos da abordagem junguiana. No momento, é composto por cerca de 30 integrantes (entre alunos e psicólogos). Realiza atividades semanais, como grupos de estudos sobre as obras junguianas históricas e atuais, além de palestras e mesas-redondas. As palestras e grupos de estudos do Quíron são abertas e gratuitas, e recebem em média 150 pessoas por evento. O objetivo do coletivo é ser referência estadual nos estudos e produção de pesquisa científica tendo como base a Psicologia Analítica/Junguiana.

O coletivo Quíron mantém uma parceria com o curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, rede de livrarias Leitura, Editora Vozes (RJ) e alunos do Instituto de Psicologia Social da USP (IPUSP), além de professores do IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa – SP), e professores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Analítica da UNIP (Universidade Paulista).

As atividades do Quíron são realizadas a partir de mediações rotativas, em que cada integrante tem uma função no coletivo. Além dos parceiros supracitados, está em andamento a efetivação de novas parcerias, sobretudo com professores de Psicologia Analítica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

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Coletivo Junguiano promove palestra sobre “Trabalho, sofrimento e autorrealização: uma leitura junguiana”

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O coletivo Quíron promoverá uma palestra aberta ao público com o tema: Trabalho, sofrimento e autorrealização: uma leitura Junguiana. O evento será no dia 13/10/2022 às 19h. O palestrante convidado é o Psicólogo Rafael Rodrigues. Rafael é formado em psicologia e é mestre em comunicação pela Universidade Paulista, especialista em psicologia Junguiana e psicossomática pelo IJEP e especialista em Adm de empresa pela FGV. Rafael também tem formação em curso intensivo no Instituto no CG JUNG Institut na Suíça e hoje é membro analista do IJEP, onde também é professor nos cursos de especialização em psicologia Junguiana. Atualmente atende em seu consultório de psicologia em São Paulo.

As inscrições ocorrem pelo link no formulário do Google Forms. Os interessados podem se inscrever gratuitamente para a palestra no link:  https://forms.gle/Y1Lce9NW5MXL1RDd9 O evento terá Certificação pelo Ceulp/Ulbra e o mesmo será gratuito. O link será enviado no dia do evento, por e-mail.

O Quíron – Coletivo Junguiano do Tocantins, é formado por alunos de Psicologia do Ceulp/Ulbra e egressos de Psicologia da Ulbra e de outras instituições adeptos da abordagem junguiana. No momento, é composto por cerca de 30 integrantes (entre alunos e psicólogos). Realiza atividades semanais, como grupos de estudos sobre as obras junguianas históricas e atuais, além de palestras e mesas-redondas. As palestras e grupos de estudos do Quíron são abertas e gratuitas, e recebem em média 150 pessoas por evento. O objetivo do coletivo é ser referência estadual nos estudos e produção de pesquisa científica tendo como base a Psicologia Analítica/Junguiana.

O coletivo Quíron mantém uma parceria com o curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, rede de livrarias Leitura, Editora Vozes (RJ) e alunos do Instituto de Psicologia Social da USP (IPUSP), além de professores do IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa – SP), e professores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Analítica da UNIP (Universidade Paulista).

As atividades do Quíron são realizadas a partir de mediações rotativas, em que cada integrante tem uma função no coletivo. Além dos parceiros supracitados, está em andamento a efetivação de novas parcerias, sobretudo com professores de Psicologia Analítica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

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Curso de Psicologia do CEULP/ULBRA oferta grupo de orientação à pais

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Sob coordenação na Professora Dra. Ruth do Prado Cabral, as estagiárias em Psicologia de ênfase clínica (analítico comportamental infantil) darão início ao grupo de orientação de Pais. O grupo para treinamento parental constitui uma modalidade de intervenção dinâmica, dentro da análise do comportamento. Esse modelo entende a família como um todo e não somente o comportamento do indivíduo apontado como problemático.

O objetivo torna-se, então, que os pais modifiquem suas práticas disciplinares com o propósito de promover comportamentos mais adaptativos às atividades de vida diária.

Sendo assim, as/os responsáveis aprendem a direcionar sua atenção para os aspectos mais apropriados dos comportamentos das crianças de modo que sejam valorizados.

Os pais passam a ter a oportunidade de entrar em contato com técnicas disciplinares mais eficazes bem como a usufruir de um convívio familiar mais gratificante. Não obstante, é imprescindível que os pais estejam dispostos a colaborar e dedicar o seu tempo e esforço para alcançar as metas propostas.  É possível também que aquelas crianças que estão em processo psicoterapêutico consigam, a partir da mudança nas práticas parentais, generalizar os comportamentos aprendidos em sessão.

Tudo isso é realizado baseando-se nos princípios éticos de respeito e promoção do desenvolvimento humano e na perspectiva analítico-comportamental.

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Coletivo Junguiano promove palestra sobre “Separação amorosa e Individuação”

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18O coletivo Quíron promoverá uma palestra aberta ao público com o tema: Separação amorosa e individuação. O evento será no dia 27/09/2022 às 20h. A palestrante convidada é a Psicóloga Silvana Parisi. Silvana é formada em psicologia pela PUC/SP e é mestre e doutora em Psicologia escolar e do desenvolvimento humano pela USP. É candidata a membro do IJUSP, vinculado à AJB e à IAAP. Supervisora clínica e profa. de pós-graduação Latu Sensu em Psicoterapia Junguiana na UNIP. Autora do livro: “Amor e separação: reencontro com a alma feminina”.

As inscrições ocorrem pelo link no formulário do Google Forms. Os interessados podem se inscrever no link: https://forms.gle/4rdPbDTSXQGb6J6Z6. O evento terá Certificação pelo Ceulp/Ulbra e o mesmo será gratuito. O link será enviado no dia do evento, por e-mail.

O Quíron – Coletivo Junguiano do Tocantins, é formado por alunos de Psicologia do Ceulp/Ulbra e egressos de Psicologia da Ulbra e de outras instituições adeptos da abordagem junguiana. No momento, é composto por cerca de 30 integrantes (entre alunos e psicólogos). Realiza atividades semanais, como grupos de estudos sobre as obras junguianas históricas e atuais, além de palestras e mesas-redondas. As palestras e grupos de estudos do Quíron são abertas e gratuitas, e recebem em média 150 pessoas por evento. O objetivo do coletivo é ser referência estadual nos estudos e produção de pesquisa científica tendo como base a Psicologia Analítica/Junguiana.

O coletivo Quíron mantém uma parceria com o curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, rede de livrarias Leitura, Editora Vozes (RJ) e alunos do Instituto de Psicologia Social da USP (IPUSP), além de professores do IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa – SP), e professores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Analítica da UNIP (Universidade Paulista).

As atividades do Quíron são realizadas a partir de mediações rotativas, em que cada integrante tem uma função no coletivo. Além dos parceiros supracitados, está em andamento a efetivação de novas parcerias, sobretudo com professores de Psicologia Analítica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

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Entorpecidos por desempenho: exaustos e dopados na sociedade do trabalho

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O sofrimento oriundo do “famoso” desempenho no trabalho hoje se eterniza mais que uma categoria a ser estudada pela psicologia, mas também como uma chave para ser entendida e percebida em uma dimensão subjetiva e com significado e sequelas bem mais profundas do que se imagina. Toda a exaustão provocada pela eterna necessidade de fazer acontecer no ambiente laboral tem tomado de contas da vida do sujeito trabalhador e por que não dizer do seu ser?

A cobrança por ser bom, por ser o melhor, por ser o mais dinâmico, pró-ativo, promovedor de situações novas no trabalho tem aberto um espaço para um sofrimento muitas vezes silenciado pelo próprio sujeito detentor da dor. Este é o retrato de muitos trabalhadores nos ambientes organizacionais contemporâneos. O ativismo laboral acirra a competição, o que por sua vez aciona um ciclo desenfreado de atitudes que mais tem a ver com autodestruição do que com desempenho laboral. Tenho que concordar com a escritora Eliane Brum (2016) que “conseguimos a façanha de abrigar o senhor e o escravo dentro do mesmo corpo”: Em nós!

Nesse ínterim quero aqui destacar dois fatores, um é o nosso corpo adoecido, maltratado, doído pelo excesso de trabalho e o outro é a nossa mente cansada, triste gritando: “estou entorpecida e dopada imergida na cobrança interminável por desempenho”.

Fonte: Imagem por wayhomestudio no Freepik

Os consultórios de psicologia lotam com encaminhamentos médicos de pacientes em busca de saúde mental para enfrentar a lide daria, semanal e mensal de trabalho. A intensidade e continuidade da reprodução laboral conduz o sujeito a estados de canseira mental prejudicando suas funções executivas: memória, atenção… O trabalho que hoje (quase) pós-pandemia parece que não acaba mais, com tanta demanda acumulada de tanta coisa que exige quase sempre uma “hora extra”, um “eu termino em casa” ou “eu faço a noite” ou “eu adianto mais tarde em casa”, enfim é sempre uma desculpa atrás da outra para patrões e empregados correrem atrás da mesma coisa: O desempenho exemplar no trabalho.

O problema é que ambos esquecem que enquanto se direcionam para as metas, muitas vezes intermináveis, escravizam a alma reduzindo o sujeito trabalhador a um mero reprodutor de operações. Situação que muito se assemelha com a história da reprodução sistemática do trabalhador em uma frente de esteira e máquinas de uma fábrica interpretada pelo ator Charles Chaplin no filme tempos modernos, onde mostra de forma crítica e cômica a alienação do trabalho causada pela busca de desempenho e intensidade laboral. E como aconteceu no filme, onde o ator foi parar no centro de saúde, acontece na vida real onde trabalhadores adoecidos pelo trabalho buscam saídas na medicalização e nas terapias psicológicas. Quando chega neste ponto o colaborador uma vez depressivo e exausto, consumido pelas demandas e metas de desempenho laboral, se torna o depressivo e inválido da guerra institucionalizada e internalizada da sociedade do desempenho. Sim ele é mais um na fila do INSS! Será esquecido logo e substituído por outro sujeito que aceite ser chicoteado. O mais importante nessa história é que nesta situação o agressor e vítima se fundem e a violência é instaurada de forma intensa, profunda e silenciosa. Neste ponto só resta uma coisa: Sofrer os impactos da depressão laboral ou hoje em dia muito conhecida como a síndrome de Burnout.

Devemos repensar sobre ser multitarefa, está em um lugar e em vários lugares ao mesmo tempo através de celulares, internet, vídeos-chamada, reuniões e mais reuniões que na maioria das vezes são acrescentadas à sua rotina física de trabalho, não sendo uma em detrimento a outra, mas o trabalho e a reunião ao mesmo tempo de trabalho. Para mim, por minha conta e risco, afirmo que ser multitarefa representa hoje em dia um atraso civilizatório, pois afeta a saúde mental e física não atendendo as demandas iniciais propostas pelo trabalho. O excesso de rotina produz um estado de dor e espasmos, onde de acordo com Eliane Brum (2016) um espasmo anula outro espasmo e quando tudo é grito, não há mais grito. Ou seja no final do dia, é só mais um final de dia com a sensação de ter lutado mais uma luta, intervindo em processos, repetido operações, estando esgotados e entorpecidos pelo desempenho no trabalho.

Fonte: Imagem de John Hain por Pixabay

Concordo com o autor Byung-chulhan em seu livro A Sociedade do cansaço que diz: “A sociedade do trabalho e a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A dialética do senhor e escravo está, não em última instância, para aquela sociedade na qual cada um é livre e que seria capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho. Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia, vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração é possível mesmo sem senhorio”.

REFERÊNCIAS

Exaustos-e-correndo-e-dopados | Brasil | EL PAÍS Brasil (elpais.com)

https://www.culturagenial.com/tempos-modernos-filme/

https://Propessoas.ufg.br/

Workshop Síndrome de Burnout (hipnose-psicanalise.com.br)

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Efeito conformidade: A tendência para seguir os outros sem questionar

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Sabe aquele comportamento que acontece em um determinado lugar ou situação e se reproduz como rastilho de pólvora pela maioria das pessoas presentes? Em muitas situações chega até ser visível por outras pessoas a indecisão ou apenas a reprodução de uma fala, um aceno, um gesto de amor ou ódio dispensado à situação ou ao grupo de pessoas. Tal comportamento se afirma na necessidade que muitos sujeitos têm de se sentirem aceitos ou vistos pelo grupo desejado. Esta tendência de comportamento em não se colocar ou simplesmente se colocar do lado da maioria é muito observada no vasto terreno das redes sociais, onde os sujeitos se escondem nas opiniões daqueles que colocam suas falas e posições sobre determinado assunto, concordando com eles! Isso tem nome, chama-se comportamento em conformidade, ou seja, a capacidade de ser conforme, de seguir, de reproduzir. Conformidade significa ato ou efeito de se conformar, de aceitar, de não se opor, de se por de acordo, conformação, concordância.

Fonte: encurtador.com.br/muzE3

Esse tipo de comportamento foi estudado pelo psicólogo polonês Solomon Asch na década de 1950. Sólomon foi pioneiro nos estudos da psicologia social, estudando a influência que as pessoas exercem sobre outras. O psicólogo estudava este comportamento através de experiências que avaliavam a conformidade do indivíduo ao grupo, a capacidade adaptativa ao grupo. Uma de suas principais conclusões foi o simples desejo de pertencer a um ambiente homogêneo faz com que as pessoas abram mão de suas opiniões, convicções e individualidades.

Fonte: encurtador.com.br/ginX1

É interessante pensarmos sobre esse desejo de pertencer ao grupo que leva a comportamentos passivos, onde a persona se oculta manifestando o lado da sombra de forma sutil produzindo assim resultado em conformidade com o ambiente. O indivíduo observa, sente e projeta aspectos da psique através de sua persona, predominando assim um estado de adequação e reprodução de ideias nas diversas situações.

Tal comportamento pode ser estudado quando se trata de assuntos que merecem extrema atenção e posicionamentos que possam interferir diretamente nos resultados. É nesse cenário muitas vezes de incerteza que se verifica o comportamento de conformidade acentuado. Esse espelhamento também conhecido por efeito manada surge da capacidade de pensar que assim fazendo a pessoa não se expõe ou pelo menos não destoa do restante, trazendo-lhe uma “paz momentânea” de “zona de conforto” e zero confrontamento com opiniões que possam ser divergentes da sua, no caso da maioria! Ratifico que não se trata de criticar quem concorda com outra pessoa, mas de enfatizar o comportamento efeito manada ou efeito rebanho, aquele somente reprodutivo que segue em palminhas a atitude do primeiro. Como seres humanos autônomos, dotados de consciência possuímos a plena capacidade interventiva para se manifestar com assertividade.

Fonte: encurtador.com.br/eoJKM

De acordo com Jung, a personalidade é adaptável, ajustando-se a cultura ou a organização e sob certas condições se fragmenta, acomodando-se a conteúdos conscientes ou inconscientes não levando em conta o tempo ou o espaço. Concordo com Jung no que se refere às adaptações sociais de comportamento, porém no caso da conformidade fica evidente que há aspectos na psique que precisariam ser trabalhados a fim de que o sujeito perceba que ter sua própria opinião lhe trará certa liberdade de escolha ampliando assim seu estado de consciência. É nesse espectro de ampliação da consciência que a personalidade se desnuda sendo capaz de comportar-se de maneira autônoma não apenas espelhando-se no que já fora pensado ou proposto. Afinal como dizia o próprio Jung: Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der.”

 

REFERÊNCIAS

https://amenteemaravilhosa.com.br,solomon-asch-psicologia-social/

Efeito manada: o que é, quais os riscos e como evitar? | Genial (genialinvestimentos.com.br)

https:www.likedin.com/pulse/efeito-manada-ser%c3%a1-que-agimos-por-decis-%c3%b5es-pr%c3%b3-prias-john-hrenechen/?originalsubdonmain=pt

JUNG.CG. Fundamentos de psicologia analítica. 10ª ed. v. XVIII/1 Petrópolis: Vozes, 2001.

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A relação entre afeto e aprendizagem escolar: estímulos e relações

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“A aprendizagem não é apenas um processo cognitivo, é também afetivo”

 Vygotsky

Na área educacional a atenção que outrora era voltada para o que ensinar (disciplinas e conteúdos) hoje é direcionada para como ensinar (modus operandi). Muito importante quanto às metodologias ativas de ensino que hoje são muito incentivadas, é a forma de ensinar que deve contemplar um arcabouço de novas atividades. Essa didática inclui atenção na práxis pedagógica observando o lugar do afeto na construção do conhecimento.

Para iniciarmos esta discursão é interessante resgatar alguns princípios básicos de características do ser. Para Wallon (1979), a personalidade é constituída por duas funções básicas: Afetividade e inteligência. A afetividade está relacionada às aos processos sensíveis internos e é percebido de acordo com a interação social do sujeito, tendo seu reflexo direto na construção da pessoa; A inteligência por sua vez vincula-se às sensibilidades externas e está voltada para o mundo físico, para a construção do objeto. Nessa perspectiva adentramos em nosso estudo sobre as relações existentes na construção do ensino-aprendizagem escolar.

Este estudo direciona-se aos processos ligados aos resultados de aprendizagem em estudantes crianças e adolescentes. Sabe-se que nesta última faixa etária é percebida um número alto de reprovações ou déficits na aprendizagem acrescidos de relatos de estudantes sobre relacionamentos sem afetividade entre docente e discentes.

Nesta perspectiva observa-se que nas relações entre sujeito e objeto do conhecimento, quando há afeto, tem como produto o incentivo à empatia, a motivação no estudante, aguçando a curiosidade, alterando assim a sua capacidade de interação no processo de construção do conhecimento. Há aqui uma relação intensa entre emoção e razão, uma vez que enquanto professores, somos desafiados a lidar com o sucesso ou o insucesso da não aprendizagem. Ou seja, dependendo da quantidade de afeto dispensada na construção deste conhecimento os resultados de sucesso aparecerão.

Fonte: encurtador.com.br/amL03

É compreensível refletir sobre a complexidade que envolve a discursão sobre afeto e aprendizagem escolar, dada a riqueza do ser humano, que é um ser multidimensional e que tem seu desenvolvimento mediado por estas dimensões. Segundo a Resolução publicada na Emenda da Constituição de 7 de abril de 1999 da Organização Mundial da Saúde, incluiu o âmbito espiritual no conceito multidisciplinar de saúde, que agrega, ainda, aspectos físicos, psíquicos e social. A resolução vai de encontro com a complexa e intensa conexão entre mente com o corpo, cujo resultado é a integração do ser humano biopsicosocioespiritual. Nesta dimensão integrativa que iremos discorrer.

Grandes foram as contribuições nos estudos relacionados a psicogênese do desenvolvimento infantil com os autores Piaget, Vygotsky e Wallon, que trouxeram grandes significados neste enfoque da aprendizagem. Piaget discorreu sobre a consciência que o sujeito aprende interagindo com o objeto do conhecimento, na medida em que questiona sobre este. Vygotsky ampliou este conceito quando afirmou que os sujeitos interagem com os objetos do conhecimento mediados pelo outro, o sujeito também é o que o outro diz sobre ele, ao internalizar a imagem criada pelo outro. Já Wallon, se destacou quando relacionou o desenvolvimento afetivo do ser com o meio, a inteligência, a emoção e o movimento.

Segundo Mahoney e Almeida (2000, p. 17), a teoria Walloniana apresenta “conjuntos funcionais que atuam como uma unidade organizadora do processo de desenvolvimento.” Tais aspectos se relacionam entre si desencadeando a formação da pessoa única, singular.

Não é de hoje que a reflexão sobre o desenvolvimento da afetividade na sala de aula vem permeando os meios acadêmicos, pois relatos de fracassos escolares geralmente são ligados à falta de afeto, acolhimento ou de empatia no relacionamento professor x aluno. Situação que desencadeia um olhar de pesquisa mais apurada no sentido de estabelecer relações diretas:

[…] as relações de mediação feitas pelo professor, durante as atividades pedagógicas, devem ser sempre permeadas por sentimentos de acolhida, simpatia, respeito e apreciação, além de compreensão, aceitação e valorização do outro; tais sentimentos não só marcam a relação do aluno com o objeto de conhecimento, como também afetam a sua autoimagem, favorecendo a autonomia e fortalecendo a confiança em suas capacidades e decisões. (LEITE E TASSONI, P.20)

Fonte: encurtador.com.br/ezAGU

Para o autor, a relação ente afeto e aprendizagem marca o sucesso do ensino onde por um lado teremos um professor desenvolvendo sua didática com mais leveza e tranquilidade e por outro verificamos um estudante motivado e engrenado no foco da aprendizagem.

Para Wallon, a emoção é o primeiro e mais forte vínculo entre os indivíduos. Suas expressões marcam sentimentos, estados ou ações presentes nas crianças.  É fundamental observar o gesto, a mímica, o olhar, a expressão facial, pois são constitutivos da atividade emocional.

Nesta linha de pensamento o autor dedicou grandemente ao estudo da afetividade, adotando, além disso, uma abordagem fundamentalmente social do desenvolvimento humano. Buscou, em sua psicogênese, aproximar o biológico e o social. Atribui às emoções um papel de primeira grandeza na formação da vida psíquica, funcionando como uma amálgama entre o social e o orgânico. As relações da criança com o mundo exterior são, desde o início, relações de sociabilidade, visto que, ao nascer, não tem

“meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar, por meio de manifestações consoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidade entre o indivíduo e o seu entourage” (Wallon, 1971, p. 262).

Fonte: encurtador.com.br/vDM78

Nesta linha de pensamento estão De La Traille, Oliveira, Dantas (2019) discorreram sobre as teorias psicogenéticas, suas relações com estímulos, afeto e aprendizagem, ressaltando a importância da afetividade na educação. O resultado desse estudo foi publicado em 2019 no livro chamado Teorias psicogenéticas em discursão, base teórica inicial para esse estudo. As análises dos três autores apontam para a relação saudável e verídica entre professor e aluno quando envolve a afetividade no ensino. Pode-se afirmar então que a comunicação afetiva é fundamental para uma educação efetiva.

Wallon estabelece uma distinção entre emoção e afetividade. Segundo o autor (1968), as emoções são manifestações de estados subjetivos, mas com componentes orgânicos. Dantas (2019) Traz este aspecto quando relata sobre a coordenação sensório-motor que começa pela atuação sobre o meio social antes de poder modificar o físico. O contato com este na espécie humana nunca é direto, é sempre intermediado pelo meio social, nas dimensões interpessoal e cultural. Ainda de acordo com a autora, a palavra carrega a ideia assim com o gesto carrega a intenção.

Como se pode verificar, Wallon (1968) defende que durante o processo de desenvolvimento do indivíduo, a afetividade tem um papel fundamental e decisivo na vida da criança. Na primeira infância tem a função de comunicação e interação com o mundo e à medida que esta criança cresce e entra na fase escolar, tal afetividade pode ser evidenciada pela sua aprendizagem positiva ou negativa. Concordo com o autor, uma vez que durante o processo pedagógico observa-se vários valores que devem serem respeitados para que haja sucesso no ensino-aprendizagem, um deles é a pedagogia assertiva e com afeto.

Não é difícil de lembrarmos das histórias contadas dos períodos anteriores onde a educação era pensada e elaborada de forma rígida, onde os padrões não eram nem de longe um ensino moldado de acordo com a subjetividade humana, mas de acordo com a dispensação do saber apenas. Ou seja, a ideia era “passar” o conhecimento e não construir este conhecimento. É nesta visão de construção do conhecimento que se destaca o ensino com afeto, onde o estudante é visto num aspecto de sua integralidade. Dessa relação sadia, a criança passa de um estado de total sincretismo para um progressivo processo de diferenciação, onde a afetividade está presente, permeando a relação entre a criança e o outro, constituindo elemento essencial na construção da identidade.

Fonte: encurtador.com.br/wyzVX

Da mesma forma, é ainda através da afetividade que o indivíduo acessa o mundo simbólico, originando a atividade cognitiva e possibilitando o seu avanço. São os desejos, as intenções e os motivos que vão mobilizar a criança na seleção de atividades e objetos. Para Wallon (1978), o conhecimento do mundo objetivo é feito de modo sensível e reflexivo, envolvendo o sentir, o pensar, o sonhar e o imaginar.

A afetividade no desenvolvimento humano, especialmente na Educação, envolve o olhar a criança estudante como m ser capaz de ter autonomia na construção do conhecimento e nas resoluções de conflitos em suas interações com o meio social. Nessa perspectiva o afeto entre professor e aluno colabora no desenvolvimento do estudante a amplia as possibilidades de aprendizagem significativa deste aluno. Nesta relação o professor é entendido como um agente necessário que age como um mediador facilitando o processo de convivência e aprendizagem entre o sujeito estudante e a escola.

Vygotsky (apud Oliveira, 1992) defende que o pensamento “tem sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção. Nesta dimensão estaria a razão, sendo assim uma compreensão do pensamento em sua totalidade só seria possível quando se entende a sua base afetivo volitiva do ser humano. Para o autor o conhecimento do mundo objetivo só acontece quando desejos, interesses, e motivações estão alinhados com a percepção, memória, pensamento, imaginação e vontade, em um encontro dinâmico entre parceiros (Machado, 1996).

A percepção de Vygotsky sobre os estímulos da aprendizagem está alicerçados nos parâmetros de atividades afetivas que observam o homem em sua totalidade social, psicológica e antropológica. Sua compreensão da Psicologia sócio-histórica nos permite enxergar com total clareza os estímulos gerados na educação afetiva. Tal fato se deve a sucessos de aprendizagens significativas onde os aprendentes relatam seus casos de amores com a escola, com os docentes que se colocavam como verdadeiros facilitadores de conhecimentos, conseguindo a proeza de empurrar alunos pra voos altos e cada vez mais altos, alunos esses que se tornaram amantes do conhecimento.

Goleman (1997), ao desenvolver o conceito de inteligência emocional salienta que aprendemos sempre melhor quando se trata de assuntos que nos interessam e nos quais temos prazer.

Concordo com o autor citado quando traz o estímulo à aprendizagem a motivação gerada pelo afeto. É inegável a bela relação da aprendizagem e afeto, quando se observa o prazer explícito para aceitar o conhecimento, a instrução e a construção deste em sala de aula. Deduz-se que o contrário possa ser verdadeiro quando aplicado à situação semelhante.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observou-se então que na relação de ensino aprendizagem há fatores que influenciam diretamente positivamente os resultados.

É evidente que os apontamentos científicos colaboram para um ensino literalmente mais humanizado. Tal fato acontecerá quando a formação de professores contemplar saberes voltados aos temas da inclusão, da complexidade e da transdisciplinaridade. Sabe-se que a interação afetiva auxilia mais na compreensão e na modificação das pessoas do que um raciocínio brilhante, repassado mecanicamente. A afetividade, no processo educacional, ganha aplausos na sociedade onde busca-se ter resultados significativos a produções repetitivas e mecanizadas. Assim como o aluno precisa aprender sendo feliz, descobrir o prazer de aprender, os educadores têm o dever de ser feliz em sua práxis e contagiar os educandos com a maneira ímpar de facilitar e construir o conhecimento.

Vygotsky e Wallon descrevem o caráter social da afetividade, sendo a relação afetividade-inteligência fundamental para todo o processo de desenvolvimento do ser humano. É fato que cabe ao professor em sua arte de ensinar fazer a integração entre a razão e a emoção, transmitindo com exemplo a sua didática com afeto. Ao estudante por sua vez cabe receber a atitude e responder em sua devida proporção com uma aprendizagem assertiva. Nesta “dança educacional” o estudante se espelha no trabalho impecável do docente e o docente contempla com felicidade o resultado do seu trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, A. R. S. (1997) A emoção e o professor: um estudo à luz da teoria de Henri Wallon. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 13, n º 2, p. 239-249, mai/ago.

DANTAS, H. (1992) Afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon, em La Taille, Y., Dantas, H., Oliveira, M. K. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus Editorial Ltda.

GOLEMAN, D. Inteligência Emocional. Lisboa: Temas e Debates, 1999

LEITE, Sérgio Antônio da Silva; TASSONI, Elvira Cristina Martins. A afetividade em sala de aula: as condições de ensino e a mediação do professor. Disponível  em A afetividade em sala de aula: (unicamp.br) Acesso em 25 de setembro de 2021.

LE TRAILLE, OLIVEIRA, DANTAS, (2019) Piaget, Vigotski, Wallon: Teoria Psicogenéticas em discursão. São Paulo: Ed. Summus.

MACHADO, M. L. A. (1996) Educação infantil e sócio interacionismo, em Oliveira, Z. M. R. (org.). Educação Infantil, muitos olhares. São Paulo: Cortez.

MAHONEY, Abigail A.; ALMEIDA, Laurinda R. de, Henri Wallon – Psicologia e Educação. Edições Loyola, são Paulo, Brasil, 2000.

MAHONEY, A. A. (1993) Emoção e ação pedagógica na infância: contribuições da psicologia humanista. Temas em Psicologia. Sociedade Brasileira de Psicologia, São Paulo, n º 3, p. 67-72.

OLIVEIRA, M. K. (1992) O problema da afetividade em Vygotsky, em La Taille, Y., Dantas, H., Oliveira, M. K. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus Editorial Ltda

WALLON, Henry (1973/1975). A psicologia genética. Trad. Ana Ra. In. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa (coletânea)

World Health Organization. Amendments to the Constitution. April, 7th; 1999.

Arquivos desenvolvimento afetivo – EducaME com amor

www.clipescola.com/ensino-afetivo/

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Positividade tóxica: a busca exacerbada pela felicidade e a negação das emoções

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É fato que a busca incessante pela felicidade tem ganhado espaço nos palcos das palestras através de incentivos ao otimismo e alegria eterna. As redes sociais inundam-se a cada dia de frases e posts que induzem o leitor/seguidor a pensar que estão fora de um padrão criado por este excesso de falas e induções sobre um possível estado de felicidade que em muito lembra negações de certos estados emocionais. É necessário refletirmos sobre o excesso de otimismo e a repressão de sentimentos como angústia, medo, tristeza, frustração ou dor. Não tem nada de mal almejarmos a felicidade, buscarmos situações que nos conduzam a tal estado. O que temos que pensar é se é interessante abandonarmos os nossos sentimentos pautados na justificativa que temos que ser sempre felizes.

Tal fato nos leva a entender que há um menu de opções para a felicidade que não inclui o princípio de realidade básica de sobrevivência e transcendência do ser humano, mas sim apenas o conceito vendido, a preço bastante caro, de que a alegria e pensamento positivo são ingredientes necessários para se alcançar a felicidade. Esse movimento ganhou o nome de “Good vibes Only” que podemos traduzir para “Apenas boas vibrações”. Porém, a psicologia afirma que essa corrente de pensamento deve ser encarada como positividade tóxica.

Fonte: encurtador.com.br/nsBW9

A positividade tóxica deriva de correntes positivas em que o indivíduo é levado a pensar que tudo o que ocorre com ele pode ser mudado se ele pensar positivo e ter uma boa dose de otimismo, o que de acordo com a Psicologia Analítica é necessário que o ser humano sinta e exprima seus sentimentos a fim de que o mesmo caminhe ao encontro da sua sombra aproximando-se assim dos processos transcendentes, fazendo as pazes com a sua alma.

Para Jung (OC, vol.4), devemos partir da consciência do Ego para entender os nossos sentimentos, o ego é uma espécie de espelho no qual a psique pode ver-se a si mesma e tornar-se consciente. Na mesma linha de raciocínio, Jung segue definindo consciência como um campo, uma personalidade empírica em que o ego é o sujeito de todos os atos pessoais da consciência. Nesta perspectiva, observamos que não seriam palavras de motivação que elevariam pessoas a estados de felicidade, mesmo que momentâneo, mas sim a consciência dos sentimentos, e a integração de todas as partes da existência (tanto os fatos bons quanto os ruins). Indo mais adiante, Jung ainda foi cirúrgico quando definiu resumidamente a consciência como aquilo que conhecemos e inconsciência como aquilo que ignoramos.

Fonte: encurtador.com.br/bx146

A busca por receitas prontas e caminhos curtos e rápidos que possivelmente conduziriam à felicidade induz o sujeito a negligenciar sentimentos de tristeza, desalento, desamparo, angústia ou tédio, fazendo-o mais tarde a viver com comparações. No período da pandemia com o alastro desenfreado de lives, palestras sobre otimismo, alegria e entusiasmo, mesmo em meio a dor e tristeza pelas adversidades da tragédia pandêmica causou o efeito positividade tóxica. Ou seja, é aquela que literalmente ignora que nem só de alegria viverá o homem, mas de todas as emoções decorrentes de suas experiências empíricas. Desconsiderar as frustrações e dores é relativizar a nossa própria existência.

É interessante ressaltar que em muitos casos durante a forte exposição dessa positividade tóxica pode ocorrer a erupção de diversos complexos, uma vez que os complexos são capazes de irromper súbita e espontaneamente na consciência e apossando-se do ego do ser. De acordo com Murray (2006), o que se manifesta como total espontaneidade pode entretanto, não ser tão puro assim. Existe com frequência um sutil estímulo disparador que pode ser detectado se observado com atenção um passado recente da pessoa. Neste caso quando o ego é possuído deste modo, acaba assimilado ao complexo e aos propósitos do complexo e o resultado é aquilo que chamamos de acting out que significa passagem ao ato. Nesta situação as pessoas não percebem o que está acontecendo, elas ficam sugestionadas em um estado in the mood, que quer dizer com vontade de fazer. Nesta situação, o psicólogo com suas habilidades em lidarem com as emoções trabalharão no paciente a eclosão dos complexos.

Ratifico que nunca houve e nem há nada de errado em buscar a felicidade, o que de fato existe e é muito incômodo são as enxurradas de promessas sobre como conseguir isso ou aquilo, como transformar seus sentimentos ou até não viver suas emoções, sejam elas de alegria ou de tristeza, relativizando assim os estudos científicos sobre a imensidão da psique humana.

Fonte: encurtador.com.br/kvS79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Stein, Murray Jung: O mapa da alma, uma introdução. Tradução Álvaro Cabral 5ª ed. São Paulo: Cultrix 2006.

Sites consultados:

https://podcastmais.com.br/perfeitosferrados/ep47-como-a-positividade-toxica-afetaosrelacionamentos

http://www.xamanicos.com/2019/07/30/positividade-toxica/

https://gazetanm.com.br/positividade-toxica-e-o-mergulho-na-depressa

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Oficina de Avaliação Psicológica no contexto de concursos públicos é sucesso

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O 3º Simpósio de Avaliação Psicológica Tocantinense – 2022, contou com a presença de vários profissionais de Psicologia em diversas oficinas que abordaram vários temas. Dentre as psicólogas destaco a Psicóloga Lilian Julian palestrando no evento com o tema: As facetas da avaliação psicológica nos concursos públicos.

Fonte: Arquivo Pessoal

A Psicóloga explicou que a Avaliação Psicológica para Concursos Públicos e/ou processos seletivos é de natureza pública e privada e é regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia através da Resolução CFP nº 002/2016 e é uma área em construção para a Psicologia. Ainda com base Resolução CFP Nº 002/2016 no Art.1º  rege o seguinte que a avaliação psicológica para fins de seleção de candidatos(as) é um processo sistemático, de levantamento e síntese de informações, com base em procedimentos científicos que permitem identificar aspectos psicológicos do(a) candidato(a) compatíveis com o desempenho das atividades e profissiografia do cargo. Ou seja para proceder à avaliação referida no caput deste artigo, o(a) psicólogo(a) deverá utilizar métodos e técnicas psicológicas que possuam características e normas reconhecidas pela comunidade científica como adequadas para recursos dessa natureza, com evidências de validade para a descrição e/ou predição dos aspectos psicológicos compatíveis com o desempenho do candidato em relação às atividades e tarefas do cargo. O Art 2º da mesma resolução traz que uma questão sobre a necessidade do psicólogo sempre utilizar os testes aprovados pelo CFP.

Então o foco da Avaliação Psicológica em concursos públicos está para identificar se um(a) candidato(a) possui as características necessárias para o cargo pretendido, tendo como base um perfil previamente definido (perfil profissiográfico) e os fatores restritivos e/ou impeditivos para o desempenho do perfil que está sendo avaliado. Exige-se da(o) profissional que atua nesta área um conhecimento sobre a área de avaliação psicológica, de psicometria, para além da aplicação dos testes psicológicos, afinal, ao tomar uma decisão sobre a aptidão ou não de um(a) candidata(o) a um cargo, deve-se ter certeza de que essa definição está embasada cientificamente, já que há implicações sobre a vida dos envolvidos. A interpretação e análise dos dados colhidos no processo avaliativo deve contemplar todos os aspectos observados e aferidos, colocando em prática os preceitos da Avaliação Psicológica, conforme consta na Resolução CFP nº 009/2018. É muito importante que cada psicóloga(o) tenha a consciência de que aquele resultado terá implicações sobre a vida de cada pessoa avaliada.

Fonte: Arquivo Pessoal

E quanto ao papel da comissão de avaliação psicológica em contexto de concursos públicos, a resolução conforme a Resolução CFP Nº 002/2016, art. 4º, poderá haver uma Comissão responsável pelo processo de avaliação psicológica; Planejamento do processo, pela construção do edital e demais etapas do processo de avaliação psicológica, até a devolutiva dos resultados. Compreende-se que o Edital irá apresentar as diretrizes e normativas do Concurso Público, ou processo seletivo em questão. Conforme estipulado pela Resolução CFP Nº 002/2016; Portanto, somente após análise contextualizada, ética e fundamentada é que a(o) Psicóloga(o) estará apto a apresentar os resultados da avaliação, através de documento pertinente, no caso, o Atestado e/ou Laudo Psicológico (Resolução CFP nº 006/2019). Parágrafo Único – Na elaboração do edital é obrigatória a participação de profissional psicólogo(a) para definição dos construtos/dimensões psicológicas envolvidas no processo de avaliação.

É interessante ressaltar aqui que o resultado do processo de avaliação psicológica pode ser contestado pelo candidato, segundo Decreto Nº 9.739/2019 onde rege no Art. 37 que o resultado final da avaliação psicológica do candidato será divulgado exclusivamente como “apto” ou “inapto”. Ainda prevê que os candidatos poderão ter a cópia do processo para análise individual. Quantos aos prazos de recursos e a forma de interposição de recurso acerca do resultado da avaliação psicológica serão definidos pelo edital do concurso. E para garantir a lisura do processo, os profissionais que efetuaram avaliações psicológicas no certame não poderão participar do julgamento de recursos.   Na hipótese de no julgamento do recurso se entender que a documentação e a fundamentação da avaliação  psicológica são insuficientes para se concluir sobre as condições do candidato, a avaliação psicológica será anulada e será realizado novo exame por outro profissional. Foi um grande aprendizado participar desta oficina onde pode-se refletir sobre a regulamentação que rege e garante um processo digno de avaliação psicológica com lisura para o candidato ao cargo de um concurso publico. O sentimento é de gratidão  à Psicóloga Lilian Julian Da Silva Guimarães pela rica realização desta oficina.

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