#CAOS2018: redes sociais e psicopatologias ligadas ao trabalho é tema de minicurso

O minicurso é parte da programação do CAOS 2018 que acontece no Ceulp até o dia 25 de maio.

A Psicóloga Clínica Jordanna de Sousa Parreira, especialista em Neuropsicológica Clínica e em gestão de pessoas, ministrou nessa tarde de quarta-feira (24), como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS 2018, o minicurso “As redes sociais como disparadores de psicopatologias ligadas à dimensão do trabalho”.

Fonte: A Psicóloga Jordanna Parreira durante o minicurso. Foto: Divulgação

Para iniciar, a palestrante pediu para que a turma se dividisse em grupos de no máximo quatro pessoas e que pensassem a respeito de três perguntas, sendo elas: (1) quais foram as mudanças que aconteceram no mundo do trabalho; (2) quais são os sentidos do trabalho e (3) em que a tecnologia favoreceu ou prejudicou no mundo do trabalho. Foi estipulado um tempo de 15 minutos para discursão. Logo depois a mediadora solicitou a ajuda de uma acadêmica e juntamente com a turma foi sendo debatido cada aspecto das perguntas supracitadas.

Com as próprias conclusões que a turma trouxe, Jordanna foi explicando o percurso dos diferentes significados que a palavra “trabalho” foi tomando a partir do decorrer dos tempos. Por exemplo, etimologicamente falando, o significado remetia-se a punição, algo extremamente exaustivo, trabalhava-se, porque era a maneira de ser condenado por alguma coisa. Porem dentro do contexto de um desenvolvimento social, o conceito da palavra trabalho foi sendo ressignificada, saiu do sentido de penalidade e passou a ser o sentido da vida. Em uma de suas falas a psicóloga disse “o ser se mostra ao mundo através do seu trabalho”, ou seja, atualmente, o trabalho passou a ser parte da identidade do sujeito.

Fonte: Os congressitas com a Palestrante. Foto: Divulgação

Partindo dessa perspectiva a mediadora trouxe algumas reflexões de como essas mudanças afetaram e ainda afeta a saúde mental do trabalhador, considerando ainda que, as condições do contexto de cada um, influencia poderosamente para esse adoecer, funcionários da rede privada por exemplo são os que mais sofrem, pois dentro do seu ambiente de tralho ele perde o direito de adoecer para a possibilidade de ficar desempregado. Finalizando, a psicóloga declara que devemos encontrar o motivo de cada indivíduo, buscando respeitar a subjetividade de cada um e reconhecendo que a busca por uma identidade, sempre será algo exclusivo do próprio sujeito.

Mais informações podem ser obtidas no site do evento: http://ulbra-to.br/caos/edicoes/2018#programacao