Programa “Crack, é possível vencer” em Palmas

No último mês de maio, o Governo Federal, junto ao Ministério da Saúde, lançou o programa “Crack, é possível vencer” que irá destinar R$ 230 milhões para a construção de novos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS) e unir Saúde, Segurança Pública, Ministério da Educação e Assistência Social em prol do melhor atendimento para usuários do crack.

 “Este é um avanço na reorganização do SUS que a gente precisa fazer para aliviar o sofrimento das vítimas da dependência química e de seus familiares. Estamos ajudando a construir uma rede e oferecer tipos de atendimento diferentes para situações diferentes. Terão Consultórios na Rua para abordagem e cuidados dos usuários que moram na rua; teremos centros como este para acompanhamento não só do usuário como da família e teremos ainda as Unidades de Acolhimento para internações mais prolongadas e leitos também em hospitais”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a inauguração no Centro de Atenção Psicossocial 24 horas (CAPS) do Boqueirão, em Curitiba – PR.

No Tocantins, ações do programa serão iniciadas em setembro e para isso a Prefeitura de Palmas investirá R$ 600 mil para os trabalhos que serão desenvolvidos ainda este ano. Na capital, o CAPS AD III, que atende 24 horas por dia e tem, em média, 300 atendimentos por mês, espera-se que o programa “Crack, é possível vencer” traga melhorias significativas.

“O programa sendo efetivado será muito bom para nós, pois humaniza o atendimento e faz com que os usuários percam o medo de procurar ajuda, já que há casos de usuários que são agredidos por policiais”, disse Márcia Nascimento, coordenadora do CAPS AD III.

Márcia falou ainda sobre a importância da união de vários setores públicos para o sucesso do programa.“Atualmente, o atendimento varia de acordo com cada setor. Não adianta o Ministério da Saúde ver o paciente de uma forma e a Polícia, por exemplo, tratar de forma ríspida ou inadequada. E a Educação será importante também para conscientizar a população, principalmente os jovens nas escolas”, completou.

O investimento no programa não será apenas para os CAPS, mas também para a criação das Unidades de Acolhimento (UAs) e CREAS POP (Centro de Referência Especializado de Assistência Social para a População em Situação de Rua) que têm como objetivo atender nas ruas e/ou nos locais onde se encontram os usuários. O atendimento não será apenas motivacional, mas também médico, tratando de possíveis ferimentos do paciente.

“A unidade móvel do CAPS irá auxiliar na abordagem, no atendimento e primeiros cuidados com usuários, já que muitos chegam aqui com queimaduras nas mãos por causa da latinha utilizada para o uso do entorpecente e ferimentos nos pés por causa dos locais onde é feito o consumo”, concluiu a coordenadora.

Para saber mais:

VÍDEO – Anúncio da ampliação do investimento para os CAPS: http://www.youtube.com/watch?v=y6jJBOtBI84

VÍDEO – Programa “A Liga”. Tema: Rede CAPS: http://www.youtube.com/watch?v=7CClVbqt7wY

INFOGRÁFICO – O poder do crack (efeitos e diferença das outras drogas):http://veja.abril.com.br/infograficos/efeitos-crack/