Psicologia do Ceulp participa da Semana de Filosofia da UFT

O professor de Filosofia no curso de Psicologia, Sonielson Sousa, e os acadêmicos Mateus Aquino e Elisa Lopes, foram convidados para conduzir uma mesa redonda representando o Ceulp na Semana de Filosofia da Universidade Federal do Tocantins – UFT, que ocorre de 26 a 30 de novembro próximo, no Campus Palmas.

Fonte: Arquivo Pessoal

Os representantes do Ceulp irão abordar a interface entre Solidão e Depressão. Para tanto, terão como base teórica autores da Filosofia que dialogam com a Psicanálise e com o Existencialismo, duas linhas com forte representação no escopo das intervenções na Psicologia.

A mesa redonda vai ocorrer na noite de terça-feira, dia 27 de novembro, em sala e bloco a confirmar. O link para inscrições no evento será disponibilizado em breve.

Solidão e Depressão

Uma das patologias mais desafiadoras deste século, a depressão, resulta de interações que nem sempre se apresentam de forma clara, como uma gripe ou uma conjuntivite, por exemplo. Esta psicopatologia também está associada a um estilo de vida individualista, que isola o sujeito e enfraquece os laços sociais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, atualmente há em todo o mundo algo em torno de 350 milhões de pessoas acometidas por este mal, e entre os países em desenvolvimento, o Brasil é um dos que lideram a preocupante estatística. Estes dados também apontam a solidão – sobretudo a solidão urbana – como disparador do problema. Ainda de acordo com a OMS, as mulheres são mais afetadas, sobretudo porque se leva em conta o “peso” da “depressão pós-parto” nos números totais divulgados pela organização.

Algumas das mais comuns e recentes teorias que tentam explicar o “boom” de doenças como a depressão, acabam por apontar o atual estilo de vida pós-capitalista como o grande catalisador do problema. É o caso do incansável Zygmunt Bauman, que questiona insistentemente sobre “o que esperar de uma sociedade que ao mesmo tempo em que incentiva o constante esvaziamento dos espaços públicos, também (e paradoxalmente) desestimula os momentos de introspecção”.