O uso de frases em inglês por BTS como um reforço positivo de amor próprio

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Desde 2013 o grupo de k-pop vem levantando reflexões de protesto e usando frases de afirmação positiva em inglês para o incentivo da saúde mental e do amor próprio.

O nome “BTS” não soa estranho para a maior parte dos fãs de música. O BTS é o grupo coreano que atualmente está na frente do movimento de popularidade da música coreana, e que já está na indústria faz nove anos. Lançado em 2013, o grupo é composto por sete membros que variam de 29 a 24 anos de idade. 

Da mesma forma que o nome “BTS” não é estranho para os que acompanham música, a psicologia não é completamente desconhecida pelos artistas. Em 2019 o grupo lançou a trilogia “MAP OF THE SOUL”, que tem sua base inspirada nas teorias propostas por Carl Jung, mais especificamente nas descritas no livro “Mapa da Alma” lançado em 1998, por Murray Stein. Muito além do título do álbum, as letras e os títulos das músicas se aprofundam muito nos conceitos de Jung, compilados por Stein. 

Persona, shadow (sombra), ego, não são só o nome de arquétipos e termos trabalhados por Carl Jung mas também se tornaram a tríade que segura o conceito de cada um dos álbuns. Nas músicas, intituladas persona, shadow, e ego respectivamente, são expostos cada um desses conceitos em sua forma artística e clara para um público que, grande parte, só aprendeu sobre a psicologia analítica depois de ouvir os álbuns, se interessar no assunto, e ler o livro de Murray Stein.

Mas além do aprofundamento do BTS nos estudos de Carl Jung, o BTS já tem proposto histórias que falam muito sobre a saúde mental, sobre estender a mão uns para os outros. Em uma de suas músicas mais famosas, eles cantam:

“Ay, you never walk alone”
You never walk alone – BTS

A tradução literal, ay você nunca caminha sozinhx, se tornou fonte de inspiração para diversos fãs e ouvintes, ainda mais pelas palavras usadas nas músicas sendo em inglês.

De acordo com o site Statista, em 2021 foi constatado que 1.35 bilhões de pessoas são fluentes em inglês. Esse dado conta tanto com as pessoas que usam inglês como língua nativa, como os que usam como uma segunda língua. Se comparado com o coreano, dos quais não há estatística oficial em relação aos que usam como segunda língua, apenas 77.3 milhões usam essa língua como a primeira língua. Entre o uso do inglês versus o coreano para trazer frases de impacto positivo, a escolha acaba sendo óbvia.

“You’ve shown me I have reasons
I should love myself”
Answer: Love Myself – BTS

A tradução literal do trecho citado acima, você me mostrou que eu tenho motivos, eu devo amar a mim mesmx, é de uma música extremamente significativa que fala sobre amor próprio. Com o título que pode ser traduzido como resposta: amar eu mesmx, BTS narra no decorrer da história a luta para atingir o amor próprio, sobre o fato de que os padrões que exigimos dos outros, são na verdade mais duros conosco mesmos.

Dentre as existentes abordagens da Psicologia, a análise do comportamento explora os tipos de comportamento, além de reforçadores que ajudam na manutenção desses comportamentos.

Skinner (1957/1978) define que comportamentos verbais: a) são comportamentos reforçados mediacionalmente; b) devem ter pelo menos um falante e um ouvinte (episódio verbal); c) falante e ouvinte devem pertencer à mesma comunidade verbal, ou seja, as práticas de reforçamento que controlam seus comportamentos devem ser similares. Nas músicas, nós temos falantes e ouvintes, que de certa forma não pertencem à mesma comunidade verbal mas que podem pertencer rapidamente, graças a ajuda de tradutores. Os comportamentos verbais estão ligados ao processo de correspondência verbal.

A correspondência verbal, por sua vez, de acordo com Medeiros (2012), os estudos em correspondência verbal investigam diferentes tipos de cadeias que variam conforme a ordem de emissão dos comportamentos verbais e não verbais. As principais cadeias são: a cadeia fazer-dizer; a cadeia dizer-fazer; e por último, a cadeia dizer-fazer-dizer (Beckert, 2005; Weschler & Amaral, 2009).

Relacionando ambos os fatos teóricos e práticos que ocorrem ao se cantar uma música, as palavras em inglês usadas por BTS, frases de fácil acesso e repetição, causam uma cadeia de dizer-fazer-dizer. Dentre os fãs, há uma clara internalização das falas de amor próprio que por efeito refletem em seus comportamentos. Ao ouvir as músicas repetidas vezes, há um reforçamento positivo pois se seus ídolos estão falando sobre o quão difícil foi, e que finalmente eles podem alcançar o amor próprio, os fãs se sentem validados em sua luta pelo amor próprio e as suas dificuldades de se encaixar.

“I’m the one I should love in this world”
Epiphany  – BTS (Jin)

O último trecho citado, eu sou a pessoa que eu devo amar neste mundo, faz parte de uma música que descreve uma epifania: eu sou a principal pessoa da minha vida, e por isso eu devo me amar não importa as minhas falhas.

REFERÊNCIAS:

“Answer: Love Myself” by BTS promotes self love. Disponível em: <https://tricolortimes.com/4615/showcase/answer-love-myself-by-bts-promotes-self-love/#:~:text=The%20song%20%E2%80%9CAnswer%3A%20Love%20Myself,who%20are%20learning%20self%20love.>. Acesso em 18 de mar. de 2022.

How BTS taught me to love myself. Disponível em: <https://assembly.malala.org/stories/how-bts-taught-me-to-love-myself>. Acesso em 18 de mar. de 2022.

Jung lovers: BTS delve into psychology on their album: Map Of The Soul. Disponível em: <https://www.bbc.com/news/entertainment-arts-47965524>. Acesso em 18 de mar. de 2022.

MEDEIROS, Fabio Hernandes de. Contingências de reforçamento positivo e punição negativa na correspondência verbal. 2012, TCC (graduação) – Curso de Psicologia, Faculdade da Educação e Saúde (FACES). Brasília, 2012. Disponível em: <https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/2610>. Acesso em 18 de mar. de 2022.

 

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A Autoestima e seu valor

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O ser humano é muito complexo e para ter uma boa qualidade de vida precisa desenvolver alguns aspectos que favorecem muito as relações consigo mesmo com o outro e com o mundo, a exemplo a autoestima.  Pensando nisso o autor Walter Riso em seu livro “Apaixone-se Por Si Mesmo”, escreve sobre os quatro pilares da autoestima o autoconceito, autoimagem, autorreforço e autoeficácia e com isso procura mostrar o quanto isso é importante e precisa ser cultivado pelas pessoas. Aqui será   tratado apenas a discussão de um desses quatros pilares que é o autoconceito.

Inicialmente o autor coloca que o autoconceito se diz daquilo que a pessoa imagina de si mesmo, o conceito que tem de sua própria pessoa e isso refletirá na forma como trata a si mesmo: o que exige de si e como e o que fala consigo.  A pessoa pode se dar estímulo ou se minar, ou ainda se insultar e não perceber nada de positivo na sua forma de se comportar; bem como pensar em metas que não são alcançáveis, ficando frustrados após isso. Somos resultados das nossas próprias escolhas: cada pessoa decide amar-se ou não, nem todas as vezes temos consciência do dano que estamos nos causando.   Além de ter que sobreviver ao meio e à batalha do dia a dia, também é necessário aprender a sobreviver a si mesmo: aquilo visto como inimigo nem todas as vezes está do lado de fora.

Dando continuidade, o autor ao colocar quanto à autocrítica ruim, diz que a autocrítica se torna conveniente e produtiva no momento em que é realizada com cuidado e com objetivo de aprendizagem e crescimento.  No curto prazo pode ser usada para dar surgimento de novas condutas e correção de erros, no entanto se usada de forma indiscriminada e cruelmente pode ocasionar estresse e afeta de forma negativa o autoconceito. Usada de forma inadequada leva a pessoa a pensar mal de si mesmo, independente do seu comportamento.

Fonte: Freepik

O mau hábito   de sempre fazer análises internas, duras e inflexíveis, dar origem a insatisfação consigo mesmo e ainda sensações de insegurança.  As pessoas não aprendem com estratégias em forma de castigo.   Quando se fala em autopunição a questão está no fato do opressor ser a própria pessoa, esta o carregará nas costas como um infortúnio:  buscar a defesa, será como se estivesse fugindo da própria sombra.  Muitas pessoas possuem um sistema de autoavaliação que as fazem sofrer diuturnamente, em todos os momentos e de forma inexplicável, sentem orgulho do sofrimento que geram a si mesmas.

O autor discorre ainda que outra variação da autocrítica prejudicial é a autorrotulação negativa.  Usar em si rótulos que não falam bem de si ou deixar que a demais pessoas o façam buscando com isso encaixar em alguma categoria que gera prejuízo para si.  As classificações sociais (estereótipos) procuram a se referir aos outros   de forma global e não nas suas especificidades, não considerando assim as exceções ou os atenuantes.  O mesmo ocorre quando a pessoa se rotula de forma negativa: mistura a parte com o todo.  Em vez de pronunciar “Eu me comportei como um imbecil” dirá: “Sou um imbecil”.  Esse ataque ao próprio eu e ao que a pessoa é, dar origem a desajustes e alterações de várias formas.  Por outro lado, a autocrítica construtiva   é vista como pontual e nunca alcança o fundo do ser como totalidade.

Outro ponto citado pelo autor é quanto a autoexigência sem piedade.  As pessoas tendem a usar padrões internos na sua autoavaliação que são inalcançáveis. Ou seja, usam de metas e critérios desproporcionais sobre para onde deve conduzir o seu comportamento.  Quanto a autoexigência é feita com racionalidade e bem estruturada, contribui com a progressão psicológica, no entanto quando não se encontra bem calculada, pode interferir seriamente na saúde mental. Os dois extremos são nocivos.  Não devemos negar que momentaneamente necessitamos de uma autoexigência de forma moderada ou em maior nível para sermos competentes como profissionais, a exemplo um cirurgião, no entanto a disfunção acontece quando esses níveis de exigência se tornam inalcançáveis.

Fonte: Freepik

As ideias que devo ser destaque em todas as minhas tarefas e ser melhor a todo custo e que não devo errar são imperativos considerados verdadeiros martírios.  Se a pessoa achar que a felicidade ou a autorrealização estão de forma exclusiva na obtenção de resultados, não demorará muito a perceber o paradoxo em que para se “sentir bem” precisa se “sentir mal”.  O seu bem-estar ocorrer partir de tantas coisas que não diz respeito a sua pessoa que se tornará impossível cuidar das suas próprias conquistas. “A felicidade não é uma estação aonde chegamos, e sim uma maneira de viajar”. Isso se constitui a saúde mental; viajar bem. As pessoas que se tornam obcecadas pelo sucesso, tendo o como valor e ainda o executam com esquemas rígidos, fazem uma viagem mal, mesmo que pretendem mostrar o contrário.  Possivelmente ser feliz não consista em ser melhor em algo, mas simplesmente procurar fazer isso de forma honesta com tranquilidade, com prazer no sucesso.

Quanto ao fator tudo ou nada, o autor coloca que as pessoas muito exigentes consigo mesmas usam de uma forma dicotômica no processo da informação.  Segundo elas a vida é em preta e branco, sem considerar as outras nuances: “tenho sucesso ou sou fracassado”. Essa forma de pensar não está correta, porque não há nada absoluto ou extremo de forma rigorosa. Quando se utiliza essa forma binária para a vida, o vocabulário da pessoa se torna reduzido a nunca, sempre, tudo e nada.  Assim ela se depara com uma realidade bastante diferente da que imagina.  A impossibilidade de considerar trajetos intermediários e o medo de perder ou não alcançar os objetivos fará a pessoa não considerar as aproximações das metas pessoais. As pessoas movidas pelo “tudo ou nada”, não veem as aproximações e nem as sentem, ou simplesmente passam sem percebê-las.   Dirão “estou ou não estou na meta”. Avistarão a árvore, mas não o bosque.

Quanto a mudança não é uma atividade fácil, não somente porque resulta em esforço pessoal, mas pelos valores sociais.  Quando uma pessoa de forma corajosa tem a iniciativa de fazer algo, saindo daquilo que é estabelecido como padrão, surgem as pressões principalmente quando isso não coincide com os valores do grupo de referência.  Quando trocamos o caminho convencional por um mais audacioso e tentamos novos rumos, as pessoas rígidas e afeiçoadas as normas dizem que somos imaturos ou “instáveis”, como se não mudar de direção fosse sinônimo de ser inteligente. Assim não hesite em revê, trocar ou modificar seus objetivos caso forem geradores de sofrimento.  De que outra forma você poderia estar próximo da felicidade?

Por fim, o autor dar algumas sugestões para proteger você do  autoconceito da autopunição, da autocrítica e da autoexigência indiscriminada, como:  procure  ser mais  flexível consigo mesmo e com os outros, ou seja, tente  não ser perfeccionista, não rotule a si nem aos outros, concentre nos matizes,  ouça as pessoas que pensam diferente de você;  reveja sua metas e as possiblidades reais de alcançá-las; não perceba em você só o ruim; não pense mal de si mesmo; ame-se durante o maior tempo possível;  aprenda a perder.  Lembre-se você é um mecanismo especial dentro do universo conhecido, não faça mal a si mesma e nem se insulte. Para chegar ao sucesso não é necessário autopunição.

Fonte: Freepik

REFERÊNCIAS

RISO. W. Rumo a um bom autoconceito.  In: RISO. W. Apaixone-se por si mesmo; o valor imprescindível da autoestima. Tradução de Sandra Martha Dolinsky.  São Paulo: Planeta, 2012. p. 14-24.

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Steven Universo – o amor próprio e o relacionamento não dependente em “Keystone Motel”

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Steven Universo (ou Steven Universe, nos Estados Unidos) é uma série animada norte americana produzida por Rebecca Sugar para o canal televisivo por assinatura Cartoon Network. Você pode conferir mais sobre o desenho neste link.

No episódio “The Question”, ou “A Pergunta” em português, temos uma abordagem sobre a importância do amor próprio e a não dependência em um relacionamento.

Sinopse: Steven e Ametista encontram Rubi conversando com o Greg. Após refletir sobre os seus sentimentos e sua existência, Rubi decide que não quer ser mais a Garnet. Ela quer ser apenas ela mesma, e decide pedir Safira em casamento.

O episódio começa com Steven e Ametista chegando em cima de um penhasco onde Rubi e Greg estavam conversando e comendo pizza. Eles estavam falando sobre a real identidade de Rose, assunto que no episódio anterior fez com que Rubi e Safira se desfundissem, com Safira dizendo que Rose mentiu e o relacionamento delas (Garnet) não passou de uma mentira construída por Rose.

Steven pergunta como Rubi está, e ela surpreendentemente diz que está bem, Steven não entende como ela consegue estar de bom humor com essa situação, mas Rubi disse que pensou bastante e que Safira tem razão, ela diz que a partir de agora quer ter uma vida por conta própria e não ser mais a Garnet, o que chocou Steven.

Após Rubi e Safira terem sido Garnet por tanto tempo, Greg diz que talvez estarem separadas seja o que Rubi precise, se ela não quer estar junta, então Garnet não iria querer também. Ametista pergunta o que Rubi pretende fazer e ela diz que a partir de agora irá viver de forma livre, como o protagonista do gibi que está lendo. Embora Steven fique triste, ele diz que dará suporte a essa decisão.

Seguindo a mesma ideia do protagonista do gibi, Rubi decide partir em uma aventura, e logo se depara com um obstáculo. Ela diz que não possui mais a visão do futuro de Safira, que a dizia constantemente para onde ir e o que fazer, ao tentar passar pelo obstáculo acaba caindo, mas se levanta rapidamente enquanto ri, animada, pois diz ter sido a primeira vez que toma uma decisão por conta própria.

Mais tarde, eles montam um acampamento em volta de uma fogueira. Rubi pega um violão e começa a cantar uma música sobre estar feliz com sua nova vida solitária

Tumblr: Image

Pouco antes de dormirem, Steven conversa com Rubi e diz que após ver como ela está se divertindo ele agora entende que não deveria ter tentado fazer com que ela voltasse a ser Garnet novamente. Rubi então começa a falar que aquela canção não era verdade, que embora ela tivesse se divertido, teria se divertido muito mais se estivesse com Safira.

Rubi diz se sentir frustrada por como ela ainda pensa em Safira com frequência, Steven diz que mesmo pensando em alguém, ela ainda é a mesma Rubi. Ele diz que no gibi, o protagonista também sente falta de alguém, mesmo ele vivendo por conta própria. Rubi então decide que quer permanecer com Safira, mas que dessa vez as coisas possam ser diferentes, para não voltarem ao mesmo estado de antes. Steven mostra uma página do gibi que dá uma ideia para Rubi.

De volta ao templo, Pérola estava confortando Safira quando Steven chega, dizendo que Rubi está do lado de fora. Ao se encontrarem, Safira pede desculpas pelas coisas horríveis que disse, Rubi diz que Safira estava certa e que não acreditava que elas eram a resposta até ouvir isso da própria Safira. Ruby então a pede em casamento, e diz que elas assim podem estar juntas mesmo quando separadas, e que ser a Garnet a partir de agora será uma decisão das duas. Elas se abraçam e começam a se fundir.

The Question&quot; | Steven Universe | Know Your Meme

The Question&quot; | Steven Universe | Know Your Meme

Rubi fica muito feliz por descobrir que pode tomar as próprias decisões e pode gostar de estar sozinha ao mesmo tempo em que também quer estar com alguém, de forma saudável e não dependente. Embora existisse uma pressão anterior para estarem juntas, o que ofuscava as próprias decisões de cada uma, elas agora podem permitir a si mesmas estarem sozinhas, tomarem decisões de maneira independente e escolherem o próprio caminho, estando juntas ou separadas.

The Question&quot; | Steven Universe | Know Your Meme

 

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Apaixonar-se por si mesma

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“Você é espetacular”!!!
Foi o que eu disse a mim mesmo enquanto observava o meu próprio reflexo naquela moldura grande sobre a penteadeira (improvisada por uma mesinha de centro). Comecei a recitar galanteios para aquele perfil que eu via…  E logo pensei: se soubesse desenhar essa obra teria um valor (preço) impagável, Picasso perderia feio nessa disputa, sorte a dele. Percebi naquele momento que a beleza não tem forma nem cor: comecei a gostar de minha pele amarela e as sardinhas marrons que a enfeita; dos meus cabelos castanhos escuros e ondulados e até as cicatrizes adquiridas nas travessuras de criança ganharam seu encanto.

Sabe aquela coisa de deixar as unhas compridas e usar saltos altos da moda? Deixei pra lá, meus pés de gazela de nº.35, mas em todos os números somos belas, agora se mostram quase nus em um par de rasteirinhas e já tem ganhados muitos fãs. Putz!! Nem sabia que pés também eram fetiches.

Fonte: encurtador.com.br/ruEJ7

Outro dia, depois desse que eu me apaixonei por mim, ia passando numa calçada qualquer, desfilando meus traços e percebi cantadas e assovios vindas de admiradores. Nem me importei, quando a gente gosta da gente mesma percebe-se que elogios precisam ser sinceros para realmente surtir um efeito. É claro que eu dei um risinho para os rapazes, autoestima elevada não significa falta de educação ou descortesia.

Ouço declarações de que isso é egoísmo, mas os otimistas afirmam que isso é amor próprio. A Bíblia diz que devemos amar o próximo como a nós mesmo, então eu concluí que o amor ao outro começa em mim. E foi assim que esse amor surgiu e aflora a cada manhã quando me deparo de frente ao espelho.

Experimente!

Belle Atikum

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Livro fala da importância do amor próprio

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Conectar mulheres e suas histórias como forma de promoção da regulação emocional e elevação de autoestima. Essa é a proposta do livro Autoamor, com a coordenação autoral das psicólogas Ellen Moraes Senra e Gizeli Hermano. A obra conta com análises de 21 especialistas que visam exercitar a importância da empatia entre as mulheres e mostrar que elas não estão sozinhas em suas dores ou amores.

encurtador.com.br/lV249

 

A psicóloga Ellen explica que o “autoamor” não se trata apenas de autoestima, mas inclui o amor-próprio, generosidade, empatia, carinho e tudo aquilo voltado para as figuras femininas fortes que são tão cobradas pela sociedade. “Encaradas sempre como fortalezas, muitas vezes, somos impedidas de demonstrar nossas fragilidades, como se tivéssemos que nos mostrar ‘super’ a todo momento”.

Sofrimento feminino

Para ela, um dos motivos da obra foi para se discutir o porquê de tantas pessoas se mutilando em prol de um padrão imposto, sem contar nos casos de mulheres sendo agredidas, abusadas e acreditando que merecem passar por isso.

A especialista lembra também das mães que sofrem por acharem que não fazem o suficiente ou fins de relacionamento que levam embora o amor próprio. “Precisamos encontrar a compreensão necessária para entender que as emoções são passageiras e que depende de nós dar o primeiro passo rumo à revolução do Autoamor”.

encurtador.com.br/hnvDX

— Para piorar, vemos uma grande rivalidade entre as mulheres, quando elas podem se apoiar mutuamente. Por que nos atacarmos e apontamos defeitos umas nas outras quando sabemos que todas nós já estivemos exatamente na mesma posição ou estaremos algum dia? – questiona a psicóloga.

Acolhimento mútuo

A coautora diz que o livro é voltado para todas as mulheres: mães, esposas, filhas, donas de casa, empresárias, empreendedoras, domésticas entre outras. Para ela, a obra parte dos corações de cada uma, com o intuito de proporcionar uma experiência de troca, de acolhimento, de autoconhecimento e, principalmente, de mudança com o intuito de combater todo tipo de estereótipo.

encurtador.com.br/ciLR7

– Caso a leitora já tenha iniciado a jornada do autoamor, esperamos contribuir para que permaneça firme nela. Mas se ainda não o tenha feito, esperamos que esse material sirva de impulso para que encontre a motivação interior de cada uma possa promover uma revolução de se amar cada dia mais – conclui.

 

 

Livro Autoamor

Coordenação autoral: Ellen Moraes Senra e Gizeli Hermano

Páginas: 178 páginas

Preço: R$ 59,90

Editora: Editora Conquista

Link para comprar o livro: www.conquistaeditora.com.br

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Atalho ou contratempo?

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Ele é grande ou talvez pequeno demais, para caber em qualquer coisa diferente dos seus sonhos. Eu o observo e cada um dos seus movimentos me hipnotiza. Seu ritmo me desacelera, perco a pressa.

Ainda vai querer meus beijos semana que vem? Pergunto com um sorriso no rosto e aperto no peito, imaginado ser a última vez, último encontro, a última despedida. Ele não responde, apenas sorri. Me parece suficiente. Ao perceber minha aflição, ele me olha e o seu olhar me transmite calma. Sinto inveja da versão de mim que jamais pôde se ver através de suas pupilas. Sempre amei a ideia da liberdade e agora, ela só é uma ideia, cada vez mais distante… Sou a sua mais nova refém. Me conta seu segredo, rapaz? Aproveita e devolve as certezas que você arrancou no último beijo que me deu.

Fonte: encurtador.com.br/EHIP5

Nós caminhamos em círculos, sempre voltando ao lugar de início. Fazendo e refazendo o mesmo trajeto, muitas vezes cansativo. Tudo desajustado, perfeitamente desequilibrado e ainda assim, continuamos a seguir o manual, os passos do ritual, não deixando escapar nenhuma regra de um relacionamento casual. Engraçado como tudo já foi conversado, combinado, maquiado… exceto as lacunas e as brechas desse doloroso contrato. Deveria existir letrinhas minúsculas, algo sobre partir e não se despedir. Alguma multa ou uma desculpa qualquer, que não me deixasse a imaginar os mil porquês da sua ida.  Talvez você só não tenha conseguido concluir aquilo que iniciou, e mesmo que tenha tentado, não é possível ressuscitar corações mortos, afinal.

De qualquer forma, parte de mim ainda espero sua volta. Os fragmentos da sua partida ainda estão encaixados naquelas feridas que você prometeu cicatrizar. Elas doem com maior intensidade. Mas a culpa não é sua. O erro foi meu por acreditar que alguém pudesse remediar o que apenas o meu amor próprio é capaz de sarar. Sua cama não é mais suficiente, se não quiser me abrigar no seu peito, melhor que vá e faça o favor de não voltar. Eu consigo me virar.

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Se não for para ficar, já pode ir…

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Eu quero que você saiba que estou cabendo muito em mim e que não há espaço que te caiba aqui.
A propósito você me disse para não deixar ninguém me dizer que eu sou menos do que eu sou. E sem perceber você foi o(a) primeiro(a) a fazer isso, fez aos poucos, diminuindo dia após dia.
Eu quero que você saiba que foi muito bom ter você aqui, mas se for para me fazer minúscula(o), eu desejo que você se vá!
Eu não preciso do seu menosprezo!
Se quer ficar, então se preencha, não espere que eu faça isso, eu não posso fazer mais por você e menos por mim.
Não me diga que eu sou a parte que te falta, é injusto isso!
Não queira que eu acredite nas suas palavras sem profundidade.
Perdi meu tempo acreditando nisso enquanto suas atitudes egoístas me falavam ao contrário.
Não adianta procurar sua parte aqui e ficar indo e voltando. Primeiro porque ela não está aqui e segundo porque não sou pedaços de ninguém.
Se não for para ficar, já pode ir.
Amores rasos não combinam comigo!

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Minha falta

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Sinto minha falta e sei que é culpa minha.
De repente eu acordei do meu tormento.
Parece mesmo que estava acordada e dormindo ao mesmo tempo, me distanciei tanto de mim que nem percebi que isso acontecia cada vez que eu baixava a guarda ou superprotegia alguém que estava completamente incongruente dos erros que me afetavam.
Eu me afetei tanto, achei que respirava fundo, mas me faltava o ar, horizonte, tanto que não consegui me ver dentro desse processo.
É cansativo viver a vida de outra pessoa por mais amor que exista em você. É preciso existir algo além da sua parte. Porque quando você vive outra vida e esquece de viver a sua, comumente esquece de se amar também. E não adianta amar alguém sem se amar primeiro.
Foi quando eu me olhei no espelho e não gostei do que eu vi por fora e lembrei-me de como eu era por dentro.
Eu sabia que eu não era assim…
Eu precisava reagir a todo aquele sofrimento para trazer a minha luz de volta.
Não aguentava mais sentir tanta dor.
Eu desisti de tentar mudar o que não se muda.
Desisti de tentar por uma luta que não deveria ser sozinha e apenas minha como sempre foi.
Eu desisti para insistir na pessoa que eu sou.

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Violência contra a mulher: estado de alerta

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Falta de atenção do parceiro, descaso, indiferença, ausência de carinho, desmerecimento, agressões verbais, instabilidade emocional e afetiva… Um tipo de VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER que também precisa ser combatido…

Eu preciso escrever sobre isso……

Quem nunca?…. Conheceu um “gentleman”… Ah! O príncipe dos nossos sonhos. Inteligente, gostos afins… Meu Deus! Ele até advinha nossos pensamentos. É conexão de outras vidas.

Fonte: https://bit.ly/2XFSGg8

Não há outra explicação!

Então, nós, mulheres super bem resolvidas, até relutamos no início com indagações do tipo “Esse cara é muito perfeito! Tem alguma coisa errada”… “Melhor ir com calma!”

Mas é tanta felicidade quando estamos juntos que, aos poucos, vamos “baixando a guarda”… E… inevitavelmente, entregamo-nos de corpo e alma a essa nova relação.

Tudo bem! Estamos felizes!

O problema reside, em alguns e não raros casos, quando começamos a sofrer com um assédio, um tipo de violência velada que causa tanta dor e traumas quanto a violência física. E o enredo dessas histórias de agressividade parece muito previsível. Pois, o conto de princesas do início do relacionamento vai, aos poucos, sendo substituído por capítulos de novela mexicana. Não pela previsibilidade da tessitura narrativa, contudo pelas lágrimas jorradas motivadas pela tristeza que ocupa, sem pressa, o lugar que outrora era da euforia.

Fonte: https://bit.ly/2H4zvro

Tudo começa com “pequenos descuidos” materializados na demora para pequenas respostas, como a de um “bom dia!” no WhatsApp. Acrescido de esparsas ligações telefônicas … Depois, os carinhos se tornando escassos… Vem a irritabilidade com futilidades do cotidiano… A reclamação por bobagens… Dessa forma, você começa a “pisar em ovos”, mede minuciosamente suas palavras… Passa a viver em um constante ESTADO DE ALERTA. Esforço hercúleo para não magoar ou irritar o “dito cujo”

Logo, você passa a ponderar “Tem alguma coisa errada! Acabou o amor e afinidade que nos unia?” Esse é o ponto crucial. Porque enquanto fazemos essa pergunta, ainda estamos lúcidas para refletirmos acerca da realidade que nos cerca. Todavia, algumas vezes, permitimos a mudança desse questionamento para “O que EU estou fazendo de errado?”

Então, quando o parceiro percebe que está nas mãos dele “o controle” da situação, muitas vezes, o “príncipe” se transforma em nosso ALGOZ.

E ele não terá piedade em nos fazer sentirmos CULPADAS por essa mudança tão drástica e negativa no relacionamento. Como estamos apaixonadas, perdemos um pouco o senso da razão. Por isso, a partir disso, oprimidas e subjugadas, é comum nos sujeitarmos a situações, dantes nunca imaginadas.

Vamos “aprendendo” a nos conformar com o descaso com que passamos a ser tratadas, com as brigas constantes, com as humilhações, com as inseguranças e instabilidades que nos trazem um dos piores dos sentimentos: a angústia.

E se alguém nos pergunta “Por que você se permite viver assim?”

Fonte: https://bit.ly/2C5zI9o

Temos medo de admitir que por ter sido “tão bom no início”, lá no fundo, ainda nutrirmos a esperança de que tudo volte a ser como antes…

Infelizmente, quase nunca volta!

Passamos a ter uns pensamentos bizarros do tipo “melhor estar com alguém a ficar sozinha”. Certo! Somos livres para fazermos nossas escolhas. Contudo, temos que nos questionar “Merecemos estar junto de alguém …  Mas A QUE PREÇO?”

Se custar sua PAZ, sua AUTOESTIMA, seu AMOR-PRÓPRIO, sua LUCIDEZ… É UM PREÇO CARO DEMAIS.

Se você, mesmo assim, estiver disposta a pagar, todo meu respeito à sua decisão.

Mas se você decidir que o valor para estar ao lado desse alguém é alto demais pelo pouco, ou quase nada que você recebe, não tenha medo de colocar um ponto final.

Há sofrimento com essa decisão? Sim! E muito…

Afinal, dói desconstruir o “conto de fadas com final feliz” que idealizamos… Porém, a dor será muito maior se nos mantivermos em um relacionamento que VIOLENTA nossa essência de mulher que merece RESPEITO, inclusive e sobretudo, à integridade dos nossos sentimentos.

Não podemos nos contentar com migalhas de carinho, lapsos de atenção, restos de afetividade… Afinal, MERECEMOS um relacionamento em que haja reciprocidade.

Então, que tenhamos a sabedoria para rompermos as amarras de dependência afetiva que nos impedem de sermos plenas.

Fonte: https://bit.ly/2IVoDOa

Que saibamos lutar contra toda forma de violência que nos agrida e aprisione.

A maturidade nos possibilita compreender um ditado antigo de nossas avós “Antes só (e feliz) do que mal acompanhada”!

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