O começo do fim da comunidade Liberdade

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No ano de 1300 na região que hoje é conhecida como Brasil, existia um grupo de animais que viviam em uma vila chamada Liberdade. Habitavam ali bichos de várias espécies, entre eles mamíferos, pássaros e aves, répteis, anfíbios, uma fauna extensa. Nessa vila, viviam todos em harmonia, mesmo com suas diferenças e limitações. Cada um oferecia o que tinha capacidade de fazer para que todos tivessem suas necessidades supridas. Por exemplo, os pássaros apanhavam peixes para alimentar todos, além de avisar ao grupo se vinha chuvas ou não. 

 

Fonte: Google Imagens

 

Já a onça pintada, protegia as matas e a vila em que viviam. Além disso, atraia algum predador quando estavam escassos de carne e pelugem na época do inverno e de intensas chuvas. A floresta era linda. Repleta de flores, das mais variadas espécies, de plantas, de insetos e de uma extensa biodiversidade. Os animais viviam em completa harmonia. A organização deles não era de forma hierárquica e sim a mais horizontal possível, pois quando se tinha um problema, reunia o grupo e todos buscavam uma solução. Quando eram situações de grande urgência, o animal buscava o amigo mais próximo possível para ajudá-lo.

Contudo, o animal mais experiente era o que mais tinha peso nas palavras e nas decisões ali na vila, que era o javali conhecido como Jalim. Sua parcimônia em explicar a solução e frieza para calcular os próximos passos do que a vila faria em alguma situação geralmente se sobressaia sobre as opiniões dos restantes. Mostrava-se um ótimo conciliador, tentando equilibrar as partes mais extremas e ao mesmo tempo, decidir por todos. Quando se tinha muito alvoroço para decidir algum impasse, Jalim esperava todos falarem e rebatia com muita proeza as opiniões que eram as mais distorcidas.

A rotina da vila era de coleta de frutas, folhas e planta e de carne. As refeições eram realizadas duas vezes ao dia, sendo que a comida teria que estrar fresca. Tinha uma escala de coleta de comida para cada dia e turno. Depois, existia atividades em grupo, como brincadeiras, músicas e conversas fiadas ao redor de uma fogueira. Em seguida iriam dormir e posteriormente, se mudariam de lugar para um com mais recursos. 

Em um certo dia, logo pela manhã antes do sol raiar na vila, ainda com um leve aspecto de neblina, houve-se próximo a vila Liberdade disparos com um barulho ensurdecedor. Foram vários seguidos sucessivamente, sem pausa. Quando parou, todos já se encontravam alarmados no meio da vila. O Jalim, que se encontrava em um sono profundo, não tinha se atentado para o barulho e a onça pintada foi o chamar. Quando soube da situação, pediu para que os pássaros fossem sobrevoar a região que se procedia o incômodo. 

Araras e tucanos foram em conjunto fazer esta tarefa. Quando sobrevoaram e enxergaram a cena, levaram um tremendo susto e suas penas estremeceram. 

 

Fonte: Google Imagens

– Oh! Minha nossa! O que será isso? O que são esses homens com esses tocos finos pretos? Interroga de moto aflito uma das araras.

– Eu não sei! Mas coisa boa não parece ser. Exclama tristemente um tucano. 

Voltam desesperadamente para a vila e anunciam a tragédia iminente a todos de modo ofegante:

– Bicharada, o que vimos ali nunca tínhamos visto antes! São vários homens, vestidos dos pés a cabeça, e com vários tocos longos pretos que disparam para cima. Estão vindo em nossa direção e por onde passam, destroem a mata! Meu deus o que faremos? Exclamou desesperadamente o tucano, que já entrou em prantos logo em seguida depois de falar. 

As araras em seguida confirmaram sua versão:

– Exatamente! São vários e carregam várias coisas nas costas. Parecem estar bem preparados para alguma coisa. Mas e agora? 

Jalim ouvindo atentamente, assim como todos do grupo, foi um dos poucos, se não o único, que manteve-se controlado e sereno, mesmo temendo o pior. Jalim sabia que uma hora ou outra, isso iria acontecer e seria inevitável, pois já presenciou o mesmo episódio em sua infância, quando seus pais morreram queimados vindos das florestas da Bolívia. Ele esperou que todos falassem e pediu permissão para falar:

– Pessoal, minha vez. Como as araras e tucanos já afirmaram, eles estão bem equipados e por onde passam, destroem. Seria muito arriscado tentar qualquer proximidade com eles. O que vocês acham que devemos fazer?

Todos falaram simultaneamente, mas em seguida a onça pintada perguntou com sua voz grossa e valente:

– Mas por que será que não podemos tentar com eles uma aproximação assim como os indígenas que vivem aqui? Eles podem nos deixar em paz, se a gente os deixar também. O que acham? 

Alguns concordaram com eles, outros ficaram na dúvida de como seriam e outros afirmaram que iriam morrer se chegassem mais perto. O Jalim, ouvindo isso, o interrogou:

– O que te faz ter essa garantia sendo que eles passam pelos lugares e DESROEM tudo ao redor? Você não está assustado com esse barulho? Não entendeu o desespero do que as araras e os tucanos enxergaram? O que vocês acham? Direcionou-se às aves.

– Parece-me que eles não estão nada amigáveis com os indígenas que já estão aqui desde que nos conhecemos por bichos! Falou tristemente o tucano.

 

Fonte: Google Imagens

 

Todos ficaram reflexivos por um momento. A comunidade vivia em harmonia com os únicos seres humanos que já entraram em contato, que foram os indígenas. Eles tinham instrumentos que não os ameaçavam, se vestiam camufladamente e não os destruía. Era fato que os humanos que se aproximavam eram ameaçadores para eles. Nenhuma animal ali se sentia a vontade com a chegada deles. Além disso, o barulho estrondoso se aproximava cada vez mais. E foi aí que Jalim lançou a proposta:

– Bicharada, prestem atenção por favor! Estamos em perigo e isto é fato. O que faremos agora? Proponho irmos para o lugar mais distante possível, que tenha água e comida fresca mas principalmente água. Creio que estes que se aproximam irão trazer consigo a destruição.

Todos concordaram e começaram a se retirar em conjunto freneticamente em direção ao sudeste, que era o lugar contrário de onde vinham os disparos. Quando saíram, ouviram gemidos e gritos de desespero de alguns indígenas. Depois, aceleraram mais ainda os passos. 

Jalim e toda a vila Liberdade estavam cientes de que estes homens, poderiam futuramente os encontrar e não ser nada harmônico. Aquela convivência entre os animais da vila estava ameaçada e já não se sabia por quanto tempo. 

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Pesquisa aponta a importância dos pets no desenvolvimento de crianças e jovens durante o confinamento

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O estudo realizado pela Mars Petcare revelou que a maioria dos pais enxergam os gatos e cães como bons companheiros para seus filhos, principalmente em momentos de estresse

A pandemia mexeu com o estilo de vida de toda a população mundial e, certamente, os mais afetados foram as crianças e jovens. A maioria precisou se adaptar aos novos hábitos impostos pelo confinamento com o ensino virtual e isso afetou o bem-estar físico e mental pela falta de contato com os colegas de classe. Pensando nisso, a Mars Petcare realizou uma pesquisa online entre fevereiro e março de 2021 com dois mil pais nos EUA e Reino Unido para entender os benefícios dos animais na vida dos pequenos.

Os dados mostraram que o convívio com um pet pode reduzir o estresse e até mesmo melhorar a função cognitiva entre os estudantes. 83% dos pais entrevistados afirmam que o gato ou o cão da família ajudou os filhos a se sentirem menos solitários durante o isolamento social.

As principais descobertas da pesquisa destacam que a boa relação entre seres humanos e pets, na infância e adolescência durante o confinamento trouxe inúmeros benefícios, incluindo motivação no ambiente de estudo e interesse na prática de atividades físicas. Confira abaixo:

Entre os entrevistados:

  • 83% disseram que a presença de um animal ajudou o filho a se sentir menos solitário;
  • 72% alegaram que a criança está mais motivada com um animal de estimação por perto;
  • 56% chegaram a dizer que ter um animal em casa ajudou a melhorar o desempenho acadêmico dos filhos;
  • 83% disseram que os pets ajudam a reduzir a ansiedade dos filhos;
  • 85% afirmaram que ter um gato ou cão em casa tornou o aprendizado virtual mais agradável para os jovens.

Os pais entrevistados também encontraram muitos outros motivos para elogiar a presença dos pets. A maioria afirmou que eles ajudaram a aumentar a autoconfiança de seus filhos, mantê-los em uma rotina diária, ofereceram mais oportunidades para prática de atividades físicas e até mesmo melhorou o humor de toda a família.

Fonte: encurtador.com.br/bvOQX

Em relação ao tempo:

A pesquisa também descobriu que alguns pais acham que o tempo que o animal passa com a família também beneficia a ele mesmo.

  • 87% acharam que o tempo extra que o pet passa com seus filhos foi agradável para o animal;
  • 77% acreditam que o tempo extra deixou o pet mais calmo.

Os pets no ambiente de estudo:

Para muitos pais as interações controladas e regulares com animais nas escolas poderiam apoiar a confiança, felicidade e aprendizado dos filhos.

  • 80% acharam que a interação controlada com pets deve ser usada nas escolas à medida que os alunos começam a fazer a transição para outras salas de aula;
  • 75% acreditam que as escolas devem investir mais na introdução de animais no ambiente tradicional de sala de aula.

Com esses dados é possível perceber o impacto positivo no bem-estar físico e emocional de crianças e adolescentes durante o confinamento também é possível enxergar que a convivência com gatos e cães se tornou importante e necessária na rotina desses jovens.

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Temple Grandin: Autismo e manejo de animais

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Eu sou diferente, não inferior
Dra. Temple Grandin

A princípio parece difícil relacionar pessoas com algum transtorno do desenvolvimento, principalmente mulheres, em áreas de conhecimento que por muito tempo a prevalência de homens era total, a saber, o manejo de animais. Pois bem o filme Temple Grandin apresenta a história real de Temple, uma mulher autista (de alto funcionamento) que conseguiu se desenvolver com a ajuda de sua mãe e família, ter acesso à educação e uma vida dentro de suas possibilidades, que aliás foram incríveis, pois se tornou um nome importante na história da ciência animal.

Fonte: https://bit.ly/3eVDUsR

O filme conta a história de sua vida: aos 4 anos ainda não falava, emitia comportamentos de birra, tinha dificuldades de socialização e interação com outras crianças, não gostava de receber toques, apresentava hipersensibilidade a barulhos e seletividade alimentar. Foi nesse momento que Temple recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) de um médico e, junto dele, a proposta para que sua mãe a internasse, uma vez que não havia tratamento para tal. A mãe de Temple recusou a proposta e seguiu tentando ensinar a ela repertórios comportamentais (falar, reconhecer imagens). Mesmo sozinha e com dificuldades teve ótimos resultados, pois a filha desenvolveu um bom repertório verbal e intelectual.

O TEA, de acordo com o DSM-5, caracteriza-se por déficits na comunicação e na interação social em diversos contextos, engloba dificuldades na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Também pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, dificuldades em movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos, padrões comportamentais verbais ou não verbais, interesses fixos e extremamente restritos que são anormais em intensidade ou foco e hiper ou hipo reatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (APA, 2014).

A avaliação realizada pelo médico para identificar e realizar o diagnóstico foi baseado numa entrevista com a mãe, solicitando que explicasse os comportamentos que a criança emitia ou não e, segundo o médico, não havia terapias voltadas para o desenvolvimento de crianças autistas e que a solução seria a internação. Atualmente, existem diversos métodos de avaliação e tratamento para crianças autistas. Os mais comuns à realidade da Psicologia (e equipes multidisciplinares) brasileira serão apresentados a seguir.

Para a avaliação podem ser usadas as Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com TEA, do Ministério da Saúde, voltadas para equipes multiprofissionais, e que servem como instrumento de auxílio nos atendimentos, uma vez que oferecem orientações ao cuidado da saúde de pessoas com TEA e seus familiares (BRASIL, 2014). Outra ferramenta é o Protea-R Sistema de Avaliação da Suspeita de TEA, também direcionado a vários profissionais da saúde, que serve como instrumento de rastreio, tanto para identificar sinais suspeitos de TEA como de transtornos da comunicação em crianças de 24 a 60 meses (BOSA; SALLES, 2018). Tem-se, ainda, o VB-MAPP – Avaliação de marcos do comportamento verbal e programa de nivelamento, usado como instrumento de rastreio para avaliar os comportamentos e habilidades os quais a criança já adquiriu, bem como as dificuldades que a impedem de aprender (MARTONE, 2016).

Fonte: https://bit.ly/2CMKpBl

Logo, após a avaliação, o profissional consegue planejar o atendimento voltado para estimulação e ensino de repertórios comportamentais. Dentre os tratamentos comumente utilizados nas práticas de terapia de estimulação de crianças autistas em nossa realidade, tem-se a terapia baseada na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e o Modelo Denver, um método de intervenção precoce. Ambos são voltados para o ensino de repertórios de comportamentos pautados em ciências comportamentais e, por meio dessas práticas, as crianças conseguem aumentar seu leque de comportamentos e habilidades sociais, bem como ampliar suas possibilidades (BORBA; BARROS 2018; LOHR, 2016).

O filme inicia com Temple já adulta se apresentando: “eu não sou como as outras pessoas, penso com imagens e as conecto”, e durante a narrativa é possível identificar como o cérebro dela funciona e como se comporta. No verão de 1966, no Arizona, ela foi passar as férias na fazenda de sua tia, para pensar na possibilidade de ir para a faculdade, pois naquele momento estava com uma certa resistência à ideia, devido a sua dificuldade em ter  contato com outras pessoas, e foi lá que descobriu seu gosto por animais, especificamente suas habilidades com vacas.

Até então, foi possível observar comportamentos relacionados ao autismo, como pouco repertório social para cumprimentar as pessoas, sentar-se à mesa, só se alimentar de gelatina e iogurte, compreender qual era seu quarto naquele contexto (tanto que foi preciso identificar a porta do seu quarto), e um pouco resistente a mudanças. No seu contato direto com a rotina e atividades da fazenda e do gado, Temple aprendeu com o vaqueiro um método utilizado para acalmar o gado antes da aplicação de vacina: o animal, em fila, passava por um corredor, no próprio curral, até chegar à uma máquina de madeira que o imobilizava, tranquilizando-o. Logo, diante de situações que lhe causavam pânico, ela passou a reproduzir o comportamento das vacas, passando pelo corredor até chegar no objeto de madeira e se sentir abraçada pela máquina para que pudesse se acalmar.

Ao final do verão, Temple retornou para a cidade, indo para a Universidade Franklin Pierce para cursar Psicologia; no entanto, teve dificuldades de adaptação: o barulho dos universitários, o contato com as pessoas e o método de ensino a incomodavam tanto que a levou a construir uma máquina de madeira (máquina do abraço) para se acalmar, semelhante à usada na fazenda com as vacas. Porém, essa máquina não foi aceita no campus, pois no dormitório não podia ter objetos grandes e, além de tudo, ela dividia o quarto com outra pessoa que não a compreendia.

Fonte: https://bit.ly/32RO3oc

Ela chegou a explicar a necessidade da máquina para o coordenador da universidade, mas ele não aderiu à ideia, o que a levou a fazer uma pesquisa que justificasse que tal máquina poderia ajudar as pessoas a relaxar. Muito tempo depois, ela conseguiu provar sua teoria e o mesmo homem a elogiou pela pesquisa e método utilizado. Ela foi readmitida à universidade e passou a ter uma companheira de quarto cega, e ambas mantiveram um bom relacionamento, que favoreceu Temple a desenvolver repertórios sociais, pois teve que aceitar o toque ao ajudar a guiar sua amiga e narrar filmes enquanto assistiam juntas.

Quando concluiu o curso, Temple fez o discurso de formatura, mostrando o quanto evoluiu, pois, falar e estar em ambientes com muitas pessoas era difícil para ela. Após a graduação, por incentivo do professor Carlock, ela seguiu os estudos naquilo que mais gostava, o manejo de animais, e passou a desenvolver pesquisas na área, se tornando mestre em ciência animal.

Durante suas pesquisas no mestrado, Temple foi ignorada e motivo de piada por muitos fazendeiros importantes para a sociedade da época, simplesmente por ser uma mulher nessa área de conhecimento; chegaram a falar que ela deveria considerar outra área de trabalho. Foi barrada de entrar no abatedouro no qual fazia a pesquisa, vinculado a universidade, a mesma chegou a vestir trajes de fazendeiros e trocou de carro por uma camionete para entrar no ambiente. Ela sempre os ignorava e seguia com seus objetivos, algumas piadas ela não entendia, fato que está relacionado a características autistas, pois possuem dificuldades na compreensão de metáforas e palavras abstratas.

Outras dificuldades surgiram pelo mesmo motivo, como ter sua pesquisa rejeitada por fazendeiros vinculados a instituição, mas ela insistiu até conseguir. Ao ter contato com formas agressivas de tratar o gado antes do abate, ela desenvolveu um projeto que tornava esse momento menos agressivo ao gado, dizendo que “criamos o gado para nós, a natureza é cruel, mas não deve ser. Devemos-lhe algum respeito”. Apesar de tudo, Temple continuou desenvolvendo pesquisas, alcançando pessoas com interesse no seu trabalho e, após seu título de mestrado, Temple iniciou seu doutorado, se tornando uma pessoa extremamente importante para a área de manejo animal.

Temple Grandin e sua intérprete Claire Danes. Fonte: https://bit.ly/3eVFf2R

O filme encerra com Temple na Convenção Nacional de Autismo em 1981, falando sobre sua trajetória de vida, da autoestimulação, do acesso à educação e dos seus títulos, o que surpreendeu muitas mães, inclusive a sua própria mãe, por estar falando em público. Por fim, o filme levanta pautas importantes: uma mulher autista, que por muito esforço e paciência de sua mãe conseguiu se desenvolver e ser uma autista de alto funcionamento e que revolucionou as práticas de manejo racional de animais em fazendas e abatedouros, relacionando a psicologia com o manejo de animais, por meio de estudo do comportamento do gado.

FICHA TÉCNICA: 

Título Original: Temple Grandin
Direção:  Mick Jackson
ElencoClaire Danes, Julia Ormond, Catherine O’Hara, David Strathairn;
Origem: EUA
Ano: 2010
Gênero: Biografia, drama;

REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO DE PSIQUIATRIA AMERICANA (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BOSA, Cleonice Alves; SALLES, J. F. D. Sistema PROTEA-R de avaliação da suspeita de Transtorno do Espectro Autista. 1. ed. São Paulo: Vetor, 2018. p. 1-183.

BORBA, M. M. C.; BARROS, R. S. Ele é autista: como posso ajudar na intervenção? Um guia para profissionais e pais com crianças sob intervenção analítico-comportamental ao autismo. Cartilha da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC), 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Brasília, 2014. 86 p.

LOHR, T. Resenha. Educ. rev., Curitiba, n. 59, p. 293-297, março de 2016. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602016000100293&lng=en&nrm=iso>. acesso em 05 de julho de 2020.  https://doi.org/10.1590/0104-4060.44618 .

MARTONE, M.C.C. Adaptação para a língua portuguesa do Verbal Behavior Milestones Assessment and Placement Program (VB-MAPP) e a efetividade do treino de habilidades comportamentais para qualificar profissionais. 2016. 265f. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Universidade Federal de São Carlos. 2017.

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Convívio com animais pode auxiliar no tratamento de depressão

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Entenda como a relação com os animais pode ajudar pessoas a saírem do quadro clínico depressivo.

Tutores sabem como pode ser incrível ter um animal de estimação. Às vezes, um dia super corrido e atribulado acaba ficando mais leve e prazeroso ao chegar em casa e encontrar os nossos amados animais de estimação. 

Contudo, para algumas pessoas, os bichinhos podem ser verdadeiros aliados para o tratamento de doenças psicológicas como a depressão.

Um estudo realizado por psiquiatras da Clínica Médico-Psiquiátrica da Ordem, da cidade do Porto, em Portugal, publicado na revista científica Journal of Psychiatric Research, comprova isso. 

A pesquisa contou com 80 pacientes diagnosticados com depressão grave. A metade manteve contato com animais ao longo do tratamento, e a outra metade prosseguiu sem adotar nenhum pet. 

Enquanto os pacientes que se relacionaram com animais demonstraram uma melhora expressiva, os de mais não apresentaram resultado similar.

Fonte: encurtador.com.br/bDIJ5

Por isso, para entendermos mais claramente como pode ser benéfica a ligação entre pacientes e animais de estimação, criamos um conteúdo detalhado sobre o tema. Veja a seguir.  

Como os animais podem ajudar as pessoas no combate à depressão?

O convívio com animais é amplamente difundido como terapia complementar para o tratamento de quadros depressivos. Inclusive, também pode ser sugerido para outros distúrbios psiquiátricos como a ansiedade, esquizofrenia e outros. 

Um dos motivos, que explicam os bons resultados da utilização dessa prática, é que os bichos de estimação neutralizam um dos principais sintomas da depressão: a anedonia. 

Por sua vez, a anedonia é a incapacidade de a pessoa sentir prazer em atividades normalmente agradáveis, como exercícios físicos, interações sociais e atividades de lazer.

Muitas vezes, basta apenas o paciente adotar um animalzinho e, a partir disso, criar um laço de amizade e amor com o animal. Mas, em outras situações, essa experiência se estabelece por meio da Terapia Assistida por Animais, a TAA. 

Fonte: encurtador.com.br/aADMX

O que é a Terapia Assistida por Animais (TAA)

Também chamada de zooterapia, pet terapia ou terapia facilitada por animais, a TAA tem o objetivo de promover o desenvolvimento psíquico – como no caso da depressão -, físico, cognitivo e social de pacientes. 

É válido deixar claro que não visa substituir tratamentos e terapias tradicionais. Pelo contrário! Na verdade, atua como uma complementação para melhorar a qualidade de vida das pessoas que passam por dificuldades.

Ou seja, é um método alternativo que possui um lugar muito significativo nos tratamentos terapêuticos de diversas patologias. 

A Terapia Assistida por Animais funciona com um animal treinado e educado para isso, e é acompanhado de um profissional de saúde. Os benefícios são inúmeros. Conheça alguns adiante!

Fonte: encurtador.com.br/aGMV9

Benefícios da convivência dos pets com pessoas que possuem depressão

É seguro dizer que a relação com os bichinhos acaba fazendo com que os donos conheçam novas atividades e sensações. 

Os cães, por exemplo, precisam ser levados para passear ao ar livre, gostam de jogos e exercícios diversos. E isso pode ser considerado bastante estimulante para as pessoas com depressão!

Assim, de acordo com especialistas, o contato com os pets pode auxiliar pacientes a melhorar os seguintes pontos:

  • Aumento da prática de atividades físicas;

  • Desenvolvimento de sentimentos de compaixão; 

  • Recuperação da autoestima;

  • Estímulo à memória;

  • Criação de vínculos e relacionamentos;

  • Avanço na comunicação;

  • Sensação de segurança;

  • E tantos outros.

Os benefícios são muito significativos para o bem-estar e saúde dos pacientes com depressão. Ao longo de uma caminhada com o animalzinho, por exemplo, acontece a produção e liberação do hormônio endorfina no corpo da pessoa. E isso gera uma  sensação de bem-estar e relaxamento, assim como diminuição na pressão arterial e no nível do hormônio cortisol. 

Fonte: encurtador.com.br/acxCF

Dessa forma, um simples passeio com o pet pode proporcionar ao tutor uma oportunidade para sentir prazer com atividades que antes eram consideradas difíceis ou, até mesmo, impossíveis de serem realizadas. E isso é realmente maravilhoso, não é mesmo?

Existem raças específicas para o auxílio à depressão?

Não necessariamente. Quando falamos em Terapia Assistida por Animais, os labradores e golden retrievers são rapidamente cogitados como auxiliares, por conta de sua docilidade e facilidade em receber treinamento. Mas não existe restrição de raças para atuar nessa área. 

Sabemos que os cachorros são os animais mais usados para as práticas de TAA por causa de sua sociabilidade, facilidade para adestramento e grande aceitação das pessoas.

No entanto, diferentes espécies podem participar da terapia, desde gatos, coelhos, tartarugas, cavalos e aves, até animais exóticos como as iguanas, por exemplo.

E, quando falamos em ter um animal de estimação, o mesmo se aplica. O que realmente importa é o laço criado entre tutor e os bichos!

Fonte: encurtador.com.br/lCDLO

Quais os cuidados básicos que devo ter com o pet que auxilia na depressão?

Como todos os animais de estimação, os “terapeutas de quatro patas” também precisam de atenção e cuidados específicos em relação a sua saúde e bem-estar. 

No caso dos cães – que estão mais populares – estão os seguintes pontos:

  • Vacinação e vermifugação em dia;

  • Banho recente;

  • Unhas devidamente aparadas;

  • Controle de pulgas e carrapatos;

  • Visitas regulares ao veterinário;

  • Obedecer aos comandos de controle.

Além disso, caso seja indicado ao paciente o tratamento com cães terapeutas, é preciso levar em conta que esses animais passam por treinamentos adequados. Além disso,  também devem ser castrados! Isso evita o surgimento de doenças ao longo da vida do peludo. 

Portanto, é seguro dizer que a convivência de pessoas que têm um quadro clínico de depressão com os bichos pode ser uma excelente opção para auxiliar no tratamento da doença.

Fonte: encurtador.com.br/doyzT

Os animais estão sempre disponíveis e dispostos a dar e receber atenção, carinho e amor! E, assim como os humanos, precisam de cuidados especiais. Desse modo, é necessário levar em conta, não apenas a saúde do paciente, mas, também, a dos animais, sejam eles pets ou bichinhos treinados para ajudar na TAA. 

Por isso é tão importante que as pessoas que têm pets levem em consideração manter com regularidade as visitas a um hospital veterinário 24h

As consultas ao médico veterinário, não só são essenciais para descobrir como está o bem-estar e a saúde do pet naquele momento, mas evitam o surgimento de doenças no futuro.

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Técnicas de Persuasão em ‘A Revolução dos Bichos’

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Para a persuasão ser efetiva é necessário prestar atenção à mensagem, compreendê-la, acreditar nela, lembrar-se dela e comportar-se de acordo.

No livro “A revolução dos Bichos”, George Orwell (2000) conta a história da Granja do Solar em que o Sr. Jones era proprietário. Certo dia o porco por nome de Major resolveu fazer uma reunião com todos os bichos da fazenda para contar-lhes o sonho que tivera e dessa forma deixar um ensinamento que por muito tempo imperou na granja, no entanto, nem mesmo os líderes estavam cumprindo o combinado.

Ao ler o livro, percebemos nitidamente a forma como o Major utilizou a persuasão e como os seus argumentos se perpetuaram mesmo depois de sua morte, uma vez que, foi repassada para os outros porcos a missão de persuadir os animais da fazenda e convencê-los de que “Quatro patas bom, duas patas ruim”.

De acordo com Myers (2014, p.28), a Psicologia social

é uma ciência que estuda as influências de nossas situações, com especial atenção a como vemos e afetamos uns aos outros. Mais precisamente, ela é o estudo científico de como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras.

Fonte: https://bit.ly/2GxsEWO

Na disciplina de Psicologia Social, estudamos a ciência da persuasão e como ela se materializa no nosso cotidiano. Assim, aprendemos que essa técnica faz parte de um processo no qual a meta é a mudança de comportamento e existem várias formas de se persuadir alguém, basta utilizar as estratégias (MYERS,2014).

Para a persuasão ser efetiva é necessário prestar atenção à mensagem, compreendê-la, acreditar nela, lembrar-se dela e comportar-se de acordo. O Major utilizou muito bem os elementos que a compõem, ou seja, ele foi o comunicador (Um dos integrantes da granja, o mais velho de todos, introduziu um assunto de interesse coletivo) e por ser experiente os outros animais acabaram dando atenção ao que ele tinha para dizer.

Além disso, Major expôs o conteúdo da mensagem utilizando apelos bilaterais. Dessa forma, ele falava a respeito de como eles estavam vivendo e como seria a vida após a revolução. O porco transmitiu a mensagem por meio de um discurso ao vivo expondo o seu descontentamento com o fato de trabalharem muito e terem pouca recompensa por isso, como se fossem explorados pelos humanos.

Fonte: encurtador.com.br/nAJKW

O público a quem ele se direcionou era composto pelos mesmos animais com quem convivia, então a identificação com os ouvintes tornou a persuasão mais fácil para os líderes da granja que os chamavam de camaradas evidenciando maior proximidade.

Mesmo após a morte do Major, Napoleão e Bola- de- neve continuaram na liderança, já que eram mais inteligentes e por saberem ler, deveriam assumir o controle. Dessa forma, podemos perceber que no discorrer na narrativa, houve momentos em que alguns animais começaram a questionar a cessão de benefícios para os porcos, por exemplo: a distribuição do leite e das maças que pouco tempo depois ficaram sob o domínio dos porcos.

Ao analisar o trecho

‘Camaradas’, conclamou Garganta. ‘Não imaginais, suponho, que nós, os porcos, fazemos isso por espírito de egoísmo e privilégio. Muitos de nós até nem gostamos de leite e de maçã. Eu, por exemplo, não gosto. Nosso único objetivo ao ingerir essas coisas é preservar a saúde. O leite e a maçã (está provado pela ciência, camaradas) contêm substâncias absolutamente necessárias à saúde dos porcos. Nós, porcos, somos trabalhadores intelectuais. A organização e a direção desta granja dependem de nós. Dia e noite velamos pelo vosso bem-estar. É por vossa causa que bebemos aquele leite e comemos aquelas maçãs. Sabeis o que sucederia se os porcos falhassem em sua missão? Jones voltaria! Sim, Jones voltaria! Com toda a certeza, camaradas’, gritou Garganta, quase suplicante, dando pulinhos de um lado para o outro e sacudindo o rabicho, ‘com toda a certeza, não há dentre vós quem queira Jones de volta’ (ORWELL,2000, p.38).

Fonte: encurtador.com.br/akT05

Podemos perceber que existem vários elementos persuasivos os quais utilizam algumas das técnicas para uma persuasão eficaz, por exemplo:

– Estratégia de falar contra si próprio para convencer acerca de uma causa: “Eu, por exemplo, não gosto (de maçã)”.

– Uso de argumentos científicos/racionais para persuadir: “Nosso único objetivo é preservar a saúde. O leite e a maçã (está provado pela ciência, camaradas) contêm substâncias(…)”

– Usar terminologias que aproximem o comunicador do público/ouvinte, por exemplo o uso da expressão “Camaradas”.

– Uso da emoção para persuadir, no caso do medo no trecho “Sabeis o que sucederia de os falhassem em sua missão? Jones votaria!”

Também, pode-se perceber que a ideia de escrever bem grande os mandamentos dos animais serviu para lembrar constantemente do compromisso que havia sido feito no início da revolução. Isso alimentava ainda mais a ideia de que realmente a granja sob os comandos do Sr. Jones era muito pior e que sendo eles mesmos os donos dos próprios negócios teriam mais liberdade, menos trabalho e mais comida.

 Com base nesses aspectos, percebe-se que os porcos utilizaram mais a rota central da persuasão, onde havia foco em relação aos argumentos que eram transmitidos com muita firmeza e uma reflexão acerca de como eles estavam vivendo e o quanto a revolução melhoraria a vida dos animais de modo geral.

Fonte: encurtador.com.br/wBV67

Referências

MYERS, D. G. Psicologia Social. Porto Alegre: Artmed, 2014.

MYERS, D. G. Persuasão. Em: MYERS, D. G. Psicologia Social. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ORWELL, George. A revolução dos bichos. Fonte Digital: <http://www.jahr.org> 2000.

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OKJA: senciência para quem?

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“Lucy Mirando está alcançando o impossível, estamos nos apaixonando por uma criatura que planejamos comer” (Trecho do filme OKJA)

Produzido por Joon-Ho Bong e estreado em 2017, pela Netflix, OKJA é um filme para quem tem um grande afeto por animais e gosta de refletir sobre o seu estilo de vida. O drama enlaça essas duas temáticas revelando ao expectador uma realidade cruel que ele tende a negar, principalmente quando este assume uma posição utilitarista.

A trama inicia em 2007, em New York – USA, onde Lucy Mirando (Tilda Swinton) ao tornar-se a nova diretora executiva (CEO) da indústria agroquímica de sua família, e também a mais odiada mundialmente, coordena um projeto inovador que possibilitaria transformar tal aparência da corporação. O concurso do “Melhor Super Porco” é o milagre que Lucy pretende atingir a longo prazo, especificamente, em dez anos.

Fonte: https://goo.gl/FowVM1

Para alcançar este objetivo, a CEO engana seus futuros consumidores com a falácia de que o Super Porco foi encontrado milagrosamente numa fazenda chilena, que depois foram reproduzidos 26 animais, de forma “natural”, e distribuídos em 26 cidades diferentes ao redor do mundo, com sedes da corporação, para fazendeiros criá-los de acordo com sua cultura durante o tempo supracitado. Dessa forma, esta seria a solução para o combate à fome de modo sustentável, diminuindo o impacto no meio ambiente (excreção) e produzindo uma carne saborosa.

“ECO SUSTENTÁVEL; NATURAL; NÃO TRANSGÊNICO”. Fonte: http://filmspell.com/wp-content/uploads/2017/08/1-Introduction-Pictures-in-Pictures.png

Okja é uma super porca criada por Mikha (An Seo-Hyun) e seu avô em Sanyang, numa fazenda na Coreia do Sul, de forma tranquila e natural. Apesar de alguns comportamentos entre a menina e a Super Porca remeterem ao carinho com que os seres humanos tratam seus bichinhos de estimação, Okja ultrapassa essa linha, pois é a melhor amiga de Mikha desde seus quatro anos.

Apesar do fato de Okja ser um animal fictício, que por vezes aparenta ser a soma de características de vários animais comumente conhecidos, há uma alta probabilidade de que em algum momento do filme ela cause sentimentos empáticos a quem estiver lhe assistindo. Nisso, a protagonista demonstra habilidades de comunicação e estratégia, além de evidenciar que é um ser vivo dotado de senciência.

Fonte: https://goo.gl/Tm1WmS

Para Monlento (s/d, s/p) a sensciência é a “capacidade de ter sentimentos associados à consciência”, podendo ser comprovada no âmbito comportamental e/ou no biológico, e aponta que é preciso atentar ao fato que esta pode ter graus distintos em diferentes espécies do reino animal. E, nessa vertente, a Declaração de Cambridge sobre Consciência (2012) decretou que evidências mostram que o ser humano não é o único animal dotado de consciência. E, apesar de que os demais animais não apresentarem um neocórtex, eles experienciam estados conscientes através de substratos neuroanatômicos, neurofísicos e neuroquímicos e são capazes de ter comportamentos propositais.

Dessa maneira, um dos grandes desafios para Neurobiologia é comprovar que os animais não verbais possuem algum nível de consciência. Visto que a senciência caracteriza-se pela subjetividade, se faz necessário o uso de métodos seguros que conseguem acessar essa peculiaridade dos animais em teste, sem que a subjetividade do observador interfira nos resultados. Portanto, há uma alta probabilidade na fidedignidade destes (OLIVEIRA; GOLDIM, 2014).

Dez anos depois, o zoologista Dr. Johny Wilcox (Jake Gyllenhaal), averigua pessoalmente que Okja é a melhor super porca, consequentemente, a leva para New York. Após descobrir que a corporação negou a venda de Okja ao avô e que a levaram embora, Mikha começa a sua saga para salvar a melhor amiga. E é ajudada pela Frente de Libertação Animal (ALF, sigla em inglês) que planeja usar Okja como uma cobaia, colocando-lhe uma câmera para gravar as atrocidades que fazem com esses animais no laboratório.

Fonte: https://goo.gl/wpcFpG

A ALF, uma entidade aberta e composta por ativistas anônimos, objetiva libertar os animais em condições de sofrimento, mantendo-os em lugares seguros e apropriados para posteriormente devolvê-los ao seu hábitat natural. Nesse contexto, suas ações são ilegais e infringem os locais e métodos das organizações que fazem exploração animal, ocasionando boicotes e déficits financeiros nas mesmas. Desse modo, segundo suas diretrizes, revelam as atrocidades acometidas nesses ambientes e agem com precaução para que nenhum animal seja colocado em situação de risco, sejam eles humanos ou não (BITE BACK MAGAZINE, s/d).

Entretanto, esse preceito diverge das práticas do filme, pois o plano expõe Okja a uma situação de risco. Ao chegar no laboratório em NY, ela é colocada para acasalar com um super porco macho, além de retirarem amostras de sua carne para experimentação. Perplexos com a cena gravada, um dos integrantes do ALF confessa que mentiu a tradução em relação à autorização da Mikha. Diante disso, o líder do grupo ressalta quão a tradução é sagrada, fato esse demonstrado pelo uso de língua distintas no filme, espanca-o e o bane da organização. Tal comportamento ironiza com o ideal de “não violência e proteção”, diverge da conduta entre seus próprios membros.

Em entrevista à Agence France-Presse (AFP), Ben Zipperer, do Economic Policy Institute, afirma que a mão-de-obra imigrante nos EUA é de aproximadamente 25 milhões de pessoas (AFP, 2017). No longa, esse aspecto é evidenciado quando apresentam os funcionários da corporação que estão na linha de produção, em sua maior parte, como latino-americanos. Pode-se inferir, deste modo, que o funcionamento dessas organizações, ligadas à produção e consumo de animais, tem contribuição de pessoas de outras culturas, além dos estadounidenses.

Em suma, Joon-Ho Bong faz diversas críticas sociais e políticas, uma delas deu-se por meio do posicionamento de Nancy Mirando (a irmã gêmea de Lucy), que apesar da corporação ter suas barbáries expostas, não se omite e manda lançar o produto no mercado, afirmando que se o custo for baixo as pessoas irão consumir. Essa cena alude na peripécia de que meio social sofre um fenômeno de “perda” de memória recente, particularmente se não se sente prejudicado diretamente pelas situações desagradáveis que vivencia.

Fonte: https://goo.gl/TN3NgD

Ainda nessa ótica, é válido ressaltar que a carne animal como um produto é comercializada de uma forma que não seja atrelada ao animal vivo (WEBSTER, 2005). Logo, nenhuma novidade é acrescentada quanto à realidade contemporânea, mas o produtor utiliza-se de um personagem fictício para relembrar-nos do infausto sofrimento que compactuamos para termos nossas “suculentas“ refeições diariamente.

A reflexão, filosofia, teoria ou estudo que é realizado da moral, chama-se ética (TAILLE, 2010) e objetiva avaliar se os comportamentos (costumes) instituídos são aceitáveis, de modo que não ocasione danos ao outro. A partir desse preceito é necessário avaliar de que modo a ética voltada para esses seres não-humanos, ou melhor, a bioética, está sendo praticada pelos seres humanos, nos âmbitos individual, social e profissional:

A forma como diferentes profissionais tratam os animais é extremamente importante para o desenvolvimento de programas de educação, por meio da utilização de diferentes inferências e aplicação de instrumentos diversificados, cuja atuação em distintas frentes adequadas a um público diverso, vise conscientizar todos os segmentos da sociedade da necessidade de procedimentos éticos no uso dos animais (FISCHER; TAMIOSO, 2016).

Fonte: https://goo.gl/nhvftY

Por fim, apesar de Okja não ter tido o mesmo fim que os demais super porcos, sua liberdade, quase fracassada, é uma vitória para seus semelhantes. Estes rugem como forma de comunicação enquanto ela vai embora, levando consigo um filhote entregue pelos próprios pais. Silva (2012) aponta que para a dinâmica da ética utilitarista é conveniente abater determinados animais de forma rápida e indolor, desde que seja justificável.

Nesse ínterim, o desfecho do filme incita questionamentos inquietantes, para se analisar ao longo do dia ou da vida, como: o que diferencia Okja dos demais super porcos? Ter uma compradora que a quer viva? O que distingue o seu pet do animal que você cria ou compra para consumo? Por que nos chocamos tanto quando sabemos que em algumas culturas é normal comerem cachorros, mesmo tendo uma variedade de animais em nossa mesa?

Fonte: https://goo.gl/BUUGN9

“O maior erro da ética é a crença de que ela só pode ser aplicada em relação aos homens”
ALBERT SCHWETZER (Prêmio Nobel da Paz, 1952)

Nota: este texto não prioriza fazer com que o leitor torne-se vegetariano ou até mesmo vegano, mas que este reflita seu modo de vida e o seu posicionamento bioético em relação aos animais não-humanos.

FICHA TÉCNICA
OKJA

Fonte: encurtador.com.br/gjBD9

Diretor:  Joon-Ho Bong
Elenco: Seo-Hyun Ahn, Tilda Swinton, Jake Gyllenhaal
Gênero:  AventuraFicção científicaDrama
Ano: 2017

REFERÊNCIAS

AFP. (2017). A economia dos EUA pode crescer sem imigrantes? Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2017/02/06/a-economia-dos-eua-pode-crescer-sem-imigrantes.htm. Acesso em 16 de novembro de 2017.

FISCHER, M. L.; TAMIOSO, P. Bioética ambientalconcepção de estudantes universitários sobre ouso de animais para consumotrabalhoentretenimento e companhia. Ciências &Educação, v. 22, n. 1, 2016.

LA TAILLE, Yves de. Moral e Ética: uma leitura psicológica. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. 2010, vol.26, n.spe, pp.105-114. ISSN 0102-3772. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500009.

LEVAI, Laerte Fernando. Artigo Os animais sob a visão da ética. Publicada pela Alpa – Associação Leopoldense de Proteção dos Animais. In revista Brasileira de Direito Animal de 2006.

MAGAZINE, Bite Back. Who is the ALF?. West Palm Beach, Florida. Disponível em: <http://www.animalliberationfront.com/ALFront/ALF_leaflet_biteback.pdf >.  Acesso em 16 de novembro de 2017.

MOLENTO, Carla Forte Maiolino. (s/d). Senciência Animal. Disponível em: <http://www.labea.ufpr.br/PUBLICACOES/Arquivos/Pginas%20Iniciais%202%20Senciencia.pdf>. Acesso em 12 de novembro de 2017.

OLIVEIRA, Elna Mugrabi; GOLDIM, José Roberto. Legislação de proteção animal para fins científicos e a não inclusão dos invertebrados – análise bioética. Rev. bioét. (Impr.). 2014; 22 (1): 45-56.

SILVA, J. M. Do senciocentrismo ao holismo ético: perspectivas sobre o valor a bioesfera. In: BARBOSA, A. et al. (Ed.). Gravitações bioéticas. Lisboa: Centro de Bioética, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, 2012. p. 123-145.

The Cambridge Declaration on Consciousness. In: Francis Circk Memorial Conference; 7 Jul. 2012; Cambridge. Consciousness in human and not human animals. [Internet]. Cambrigde: The Memorial; 2012. Acesso em 12 novembro de 2017. Disponível: <http://fcmconference.org/img/CambridgeDeclarationOnConsciousness.pdf>

WEBSTER, J. Animal welfare: limping towards eden. Oxford: Blackwell, 2005.

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História densa sobre dor e redenção marca primeiro romance de Krishna Monteiro

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Autor se inspirou em poema de Drummond para escrever “O mal de Lázaro”

O mal de Lázaro é uma fábula sobre dor, sofrimento e redenção, que faz o leitor pensar sobre a perenidade da vida, sobre a inconstância e a impermanência.

Inspirado por Carlos Drummond de Andrade e seu “A máquina do mundo” – considerado por muitos o melhor poema brasileiro de todos os tempos –, Krishna Monteiro usa sua prosa elegante e poética para contar a história de um homem que se abre para o mundo apenas para vê-lo desmoronar.

Instigado pela ideia de que o poema é uma metáfora da modernidade, neste seu primeiro romance, lançamento da Editora Tordesilhas, Krishna dá um lampejo do que pode acontecer quando essa máquina e tudo o que ela rege – o divino, o universo, o destino – se abrem para um homem que passou a vida dando as costas para o mundo.

No início da obra, a narradora observa um homem simples que caminha com dificuldade e tenta escapar de uma multidão. Mesmo de longe, a narradora se sente muito próxima desse homem: ambos estão se refugiando em um lugar isolado, ambos compartilham a mesma visão de mundo. A ele, a mulher dá o nome de Lázaro; da própria identidade, ela nada revela ao leitor.

Lázaro é um homem fechado para o mundo por conta dos traumas que viveu. Embora seja uma pessoa sensível e solidária, trabalha em um matadouro, onde ruídos, cheiros e visões são costurados todos os dias em sua mente para montar cenas atormentadoras.

A máquina do mundo se revela a Lázaro, então, por meio dos sons, e o agente dessa revelação é a narradora, que também simboliza as forças estranhas que regem o destino desse homem. Aos poucos, a mulher – assim como a máquina do poema – abre o mundo para que Lázaro possa lê-lo, entendê-lo, vivê-lo.

Lázaro passa a sentir necessidade de retratar os animais, sua dor, sua sina, como se assim pudesse trazer o rebanho de volta à vida, de volta ao mundo que agora compreende. E, então, com carvão e pigmentos, passar a pintar a pequena cidade onde habita, a arquitetura das casas antigas, os traços ásperos dos moradores.

O motivo por que Lázaro está sendo perseguido, o que aconteceu antes de a história começar e qual será o desfecho dessa cruzada é o que Krishna Monteiro descreve de forma primorosa em uma narrativa densa, poética, repleta de imagens tocantes.

Sobre o autor

Krishna Monteiro nasceu em 1973, em Santo Antonio da Platina, no Paraná, e esteve rodeado de livros desde pequeno. Graduou-se em economia e fez mestrado em ciências políticas na Universidade Estadual de Campinas. Depois de uma breve passagem pelo jornalismo, em 2008 ingressou na carreira diplomática.

Entre os anos de 2010 e 2018, trabalhou como vice-chefe de missão da embaixada brasileira no Sudão, como cônsul adjunto do Brasil em Londres e na embaixada do Brasil na Índia e na Tanzânia, onde se encontra atualmente. Foi editor de textos literários da revista Juca – Diplomacia e humanidades, publicada pelo Itamaraty, e ajudou a criar o blog Jovens Diplomatas.

Morando em terras estrangeiras, foi tomado por lembranças de outras paisagens e cenas de infância escondidas na memória, e começou a escrever contos, em parte inspirados em sua própria história, em parte inventados, que resultaram no livro O que não existe mais, publicado pela Tordesilhas em 2015. A coletânea será lançada na França e na Romênia e foi finalista do Prêmio Jabuti 2016, na categoria Contos e Crônicas. Já teve outros contos publicados em espanhol e inglês e participou da Primavera Literária Brasileira (2016), em Paris.

Sobre Tordesilhas

Revisitando os clássicos com criatividade, lançando autores consagrados de tradições literárias pouco ou nada conhecidas por aqui, buscando novos talentos e disponibilizando literatura de entretenimento sem perder de vista a qualidade, a Tordesilhas oferece um catálogo nada convencional e persegue o apuro na produção de seus livros, aparatando as edições, fixando textos com rigor, convidando especialistas e tradutores renomados. Seu compromisso é com a sensibilidade curiosa e investigativa.

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Zootopia e o contrato social

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Com uma indicação ao OSCAR:

Melhor Animação

Banner Série Oscar 2017

Com lançamento em março de 2016, Zootopia – Essa cidade é o bicho, traz uma proposta interessante para os fãs de animação e, também, para os estudiosos sociais, mais especificamente para os da corrente contratualista de Thomas Hobbes. Dentre muitos outros aspectos a serem observados, o filme mostra certa comparação entre o antes e o depois do contrato social e os seus efeitos para as sociedades, de acordo com o pensamento de Hobbes e sua obra “O Leviatã”.

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Zootopia é uma cidade utópica, onde diversos animais (presas e predadores) convivem em perfeita harmonia, cada um com suas tarefas predeterminadas já no berço. Dentre eles, está Judy, uma coelha nascida no interior, de pais agricultores de cenouras, esses com o pensamento nada além de sua plantação. Entretanto, Judy não deseja seguir os passos dos pais. Mesmo sabendo que, por padrão, a tarefa dela é plantar cenouras a vida toda, seu maior sonho é se tornar policial e trazer o bem e afastar o mal de todos.

Movida por esse sonho, Judy sai do interior e vai para Zootopia, entrando para a academia de polícia, onde ela aparentava ser a mais pequena e frágil de todos. Logo, ela descobre que um mistério está rondando a cidade, pois vários desaparecimentos de animais predadores já haviam ocorrido. Intentando fazer parte da investigação desse mistério, Judy é frustrada ao descobrir que sua função será de guarda de trânsito, por ser vista por todos como fofinha. Mesmo insatisfeita, ela passa a executar sua tarefa, de forma a demonstrar sua real capacidade.

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Segundo Hobbes (1651 apud Sales, 2015), “(…) o objetivo da Filosofia não seria atingir uma verdade, mas criar condições para que se estabeleça a paz entre os homens, ou seja, para a superação do estado de natureza. Uma concepção utilitarista, visto que a ação humana seria um movimento que busca o que agrada e se afasta do que desagrada“. Desse modo, Zootopia se encaixa na ideia de Hobbes ao tentar superar o estado de natureza de cada animal ali presente, uma vez que esse estado coloca certa rivalidade entre eles, ditada pela lei da sobrevivência, em que vence o mais forte. Saindo desse estado, a paz é alcançada, porém, regras são impostas, nesse caso, os animais são categorizados por funções, caracterizando a sociedade utilitarista descrita pelo autor.

Assim, é feito o contrato social de Zootopia, que para Hobbes (1651 apud Sousa, 2011), “instituiria o Estado, mas sem destruições, e sim, com a força igual em instrumento para resolver os anseios da sociedade”. Todavia, a cidade harmônica dos animais agora se depara com algo que não está no contrato (desaparecimento dos predadores) e não possui um protocolo para solucionar problemas como esse de imediato.

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Esse contrato, como o termo pressupõe, é um acordo feito entre os indivíduos para a formação do Estado, e quando desrespeitado, surgem conflitos. Como se perceberá na parte final do filme, em que o mistério fora solucionado, houve esse desrespeito, trazendo conflitos e anseios para toda a sociedade. Dessa forma, houve retrocesso, mesmo que momentaneamente, para o estado de natureza, pois, “(…) a insegurança em relação à possibilidade de uma atitude hostil leva ao ataque, seja para vencer o outro ou como meio para se defender de uma possível agressão. Está declarada a guerra de todos contra todos” (HOBBES, 1651 apud SALES, 2015).

Para Hobbes (apud Sales, 2015):

Se liberdade é definida como ausência de impedimentos externos para a ação do indivíduo, o contrato e a passagem para o estado de sociedade implicam em uma privação da liberdade, justificada pela necessidade de garantir a sobrevivência de todos. Não há mais direito natural, mas direito positivo, ou seja, criado pelos homens em uma situação específica.

Com o caos instalado, algo precisa ser feito, e Judy enxerga isso. Para garantir a sobrevivência de todos, ela combate “fogo contra fogo”. Ou seja, se abstém do direito positivo e usa do direito natural, uma vez que deixa de lado as regras e padrões impostos, no caso, deixa sua função de guarda de trânsito e passa a investigar o mistério até solucioná-lo e trazer a paz de volta para Zootopia, sendo reconhecida e valorizada, não mais vista apenas como uma “coelhinha fofinha”, tornando-se a policial que sempre sonhou em ser.

"Deixe comigo! Policial Hopps em perseguição!"
“Deixe comigo! Policial Hopps em perseguição!”

REFERÊNCIAS:

SALES, C. H. R. Aula 19 – O contratualismo – Thomas Hobbes. SlideShare, 27 de out. de 2015. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/profhenrysales/aula-19-o-contratualismo-thomas-hobbes>. Acesso em: 15 fev. 2017.

SOUSA, F. C. N. A teoria de Thomas Hobbes sobre o estado “contratualista”. Artigos, 10 de abr. de 2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-teoria-de-thomas-hobbes-sobre-o-estado-contratualista/54075/>. Acesso em: 15 fev. 2017.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

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ZOOTOPIA – ESSA CIDADE É O BICHO

Diretores: Byron Howard e Rich Moore
Elenco (vozes): Ginnifer Goodwin, Jason Bateman, Idris Elba, Jenny Slate
País: EUA
Ano: 2016
Classificação: Livre

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Equoterapia tem resultados positivos e traz cada vez mais interessados para o meio

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A busca por alternativas diversas que ajudem o ser humano a se adaptar às mudanças atuais que nem sempre favorecem o próprio desenvolvimento é frequente, já que a rotina diária, praticamente obriga as pessoas a conviverem com um mundo que exige mais conhecimento, mais tempo e principalmente mais agilidade. O fato de a evolução exigir muito da sociedade em geral, traz uma série de benefícios, mas também pode provocar uma onda de estresse, por motivos  que envolvem a capacidade de cada um em dar, ou não, conta desta rotina, levando à estados críticos de depressão, além de problemas que podem comprometer a saúde pessoal por tempo indeterminado.O estresse é apenas um dos milhares de fatores que fazem as pessoas buscarem não só a recuperação física e mental, como também a qualidade de vida cada vez mais padronizada pela própria sociedade.  Como uma das mais recentes alternativas de tratamento, a Equoterapia é cada vez mais bem vinda e bem avaliada por profissionais que confirmam a melhora contínua dos pacientes, que por meio da interação com os cavalos, encontram a solução para muitos problemas.

A Associação Nacional de Equoterapia – Ande-Brasil, destaca que além da Equoterapia empregar o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico, ainda exige a participação do corpo inteiro, contribuindo assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. Ainda de acordo com a Associação, a interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.

 

 

A Equoterapia mostra em estudos, a capacidade de interação que o praticante, neste caso, tem com os cavalos antes, durante e depois das aulas monitoradas por profissionais do meio equestre, além de um psicólogo e de um fisioterapeuta devidamente reconhecidos pela Ande Brasil. A busca pela terapia com cavalos cresce mesmo sem muita divulgação e vem tendo reconhecimento com parcerias que incentivam a prática por meio de palestras, eventos voltados para o segmento, atividades interativas e depoimentos que mostram os resultados positivos.

Fontes: contrapontoonline.wordpress.com equitacaoespecial.blogspot.comwww.equoterapia.org.br/

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