Sexualidade e Sistema Único de Saúde abre as Mesas-Redondas do Caos

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A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira.

Várias atividades ocorrem de modo simultâneo no Caos 2019. Dentre elas, três mesas-redondas compõem a programação. A primeira delas, ‘Sexualidade e Sistema Único de Saúde: da atenção primária aos cuidados de vítimas de violência sexual’ ocorre no dia 22/05, as 9h no auditório central do Ceulp/Ulbra.

A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira, que irão se debruçar sobre educação sexual e o acesso ao planejamento reprodutivo a partir de políticas públicas desenvolvidas pelo SUS – Sistema Único de Saúde, além de enfatizar o papel do Estado no que se refere a conscientização quanto a comportamentos de prevenção e de cuidado pessoal que garantam a promoção de saúde.

A mesa-redonda também tem como foco a observação da preservação dos direitos sexuais e direitos reprodutivos de jovens e adultos, bem como informações sobre insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids. Neste sentido, atualmente, o SUS garante a distribuição de métodos contraceptivos, o esclarecimento sobre o uso do preservativo feminino, para estimular a adesão, e o uso da caderneta de saúde, que contém orientações sobre direitos e saúde sexual e reprodutiva. – Com informações do Ministério da Saúde.

Fonte: Arquivo Pessoal

Sobre as debatedoras

 Flavia Roberta Pereira de Oliveira: Bacharel em direito e em Segurança Pública. 1ª Tenente QOPM. Comandante da Patrulha Maria da Penha de Palmas/TO.

 Raphaella Pizani Castor Pinheiro: Psicóloga formada pelo Uniceub (2008), com formação em psicanálise, psicologia hospitalar e terapia sistêmica, especialista e mestre em Saúde, atua como psicóloga hospitalar no hospital da Unimed e no HGP estando como responsável pelo núcleo de atendimento a pessoa em situação de violência no HGP.

Confira a programação completa do CAOS 2019. 

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Sexualidade e Sistema Único de Saúde abre as Mesas-Redondas do Caos

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A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira

Várias atividades ocorrem de modo simultâneo no Caos 2019. Dentre elas, três mesas-redondas compõem a programação. A primeira delas, ‘Sexualidade e Sistema Único de Saúde: da atenção primária aos cuidados de vítimas de violência sexual’ ocorre no dia 22/05, as 9h no auditório central do Ceulp/Ulbra.

Fonte: encurtador.com.br/guzOV

A mediação ficará por conta da profa. Me. Izabela Querido, e contará com a participação das psicólogas Raphaella Pizabi Castor Pinheiro e Flávia Roberta Pereira de Oliveira, que irão se debruçar sobre educação sexual e o acesso ao planejamento reprodutivo a partir de políticas públicas desenvolvidas pelo SUS – Sistema Único de Saúde, além de enfatizar o papel do Estado no que se refere a conscientização quanto a comportamentos de prevenção e de cuidado pessoal que garantam a promoção de saúde.

A mesa-redonda também tem como foco a observação da preservação dos direitos sexuais e direitos reprodutivos de jovens e adultos, bem como informações sobre insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids. Neste sentido, atualmente, o SUS garante a distribuição de métodos contraceptivos, o esclarecimento sobre o uso do preservativo feminino, para estimular a adesão, e o uso da caderneta de saúde, que contém orientações sobre direitos e saúde sexual e reprodutiva. – Com informações do Ministério da Saúde.

Sobre as debatedoras
– Flavia Roberta Pereira de Oliveira: Bacharel em direito e em Segurança Pública. 1ª Tenente QOPM. Comandante da Patrulha Maria da Penha de Palmas/TO.
– Raphaella Pizani Castor Pinheiro: Psicóloga formada pelo Uniceub (2008), com formação em psicanálise, psicologia hospitalar e terapia sistêmica, especialista e mestre em Saúde, atua como psicóloga hospitalar no hospital da Unimed e no HGP estando como responsável pelo núcleo de atendimento a pessoa em situação de violência no HGP.

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Eugênio Vilaça Mendes e a Atenção Primária à Saúde

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Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta.

A Atenção Básica pode ser caracterizada como “um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde” (LAVRAS,2011, p.868). Além disso, ela é orientada seguindo os princípios da universalidade, acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade, bem como da participação social.

Eugênio Vilaça Mendes fez uma discussão sobre a Atenção Primária à Saúde (APS) nas Redes de Atenção à Saúde e inicia comentando sobre a situação da saúde no Brasil. Segundo ele, um dos motivos que contribuem com a tripla carga de doenças é a transição demográfica, a qual resulta em uma população maiormente idosa, ou seja, pessoas que são naturalmente mais suscetíveis à doenças.

Além disso, a maioria dessas doenças são crônicas. Outro fator importante é a agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva, a forte predominância relativa das doenças crônicas e de seus fatores de risco, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo de álcool e outras drogas e alimentação inadequada. Também, o crescimento das causas externas (fruto do fenômeno da urbanização e violência).

Fonte: https://goo.gl/9KsWng

Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta. Sendo assim, Eugênio expõe que o problema crítico do SUS é a incoerência entre uma situação de saúde que combina transição demográfica acelerada e tripla carga de doença, com forte predominância de condições crônicas, e um sistema fragmentado de saúde que opera de forma episódica e reativa e que é voltado principalmente para a atenção às condições agudas e às agudizações de condições crônicas. A condição crônica exige uma resposta social proativa, contínua, dos sistemas de atenção à saúde.

Vilaça acredita que a causa fundamental da crise do SUS, bem como do sistema privado no Brasil é que sistema utilizado é fragmentado, opera de forma episódica e reativa e que se volta principalmente para questões agudas e paras as agudizações crônicas. Já que o manejo clínico para as condições crônicas “se constitui em processo complexo que envolve o desenvolvimento de práticas de autocuidado, abordagens multiprofissionais e garantia de continuidade assistencial, o que só pode ser obtido através de sistemas integrados” (LAVRAS,2011,p.871).

O descompasso entre fatores contingenciais que evoluem rapidamente, como:transição demográfica, transição epidemiológica e inovação tecnológica, além dos fatores internos (cultura organizacional,recursos, sistemas de incentivos, estilos de liderança e arranjos organizativos) justificam uma situação de saúde do século XXI sendo respondida socialmente por um sistema de atenção à saúde da metade do século XX. É possível perceber que existe uma dificuldade do sistema em adaptar -se às mudanças, o que resulta no dilema que se baseia em como acelerar as mudanças no sistema já que esses fatores citados acima são bem vindos.

Fonte: https://goo.gl/8gaJDd

Eugênio expõe que o sistema praticado hoje é baseado no sistema ainda do século XX, quando metade das mortes era por causas infecciosas. Para ele, a crise é universal, ou seja, até nos EUA há problemas com casos de diabetes, significa que a crise ocorre independente do volume de recursos. Semelhante à esse posicionamento, Lavras (2011) também acredita que é necessário valorizar e legitimar as práticas que estão em desenvolvimento, mas antes deve-se superar um padrão cultural pré- estabelecido tanto na sociedade como no aparelho formador.

Após apontar as dificuldades que permeiam o sistema, Vilaça sugere uma solução possível para a crise fundamental do SUS: proposta da rede de atenção à saúde. Sua ideia consiste no restabelecimento da coerência entre a situação de saúde com transição demográfica acelerada e tripla carga de doença com predomínio relativo forte de condições crônicas e um sistema integrado de saúde que opera de forma contínua e proativa e voltado equilibradamente para a atenção às condições agudas e crônicas.

Se seguir a lógica da atenção às condições agudas de modo geral, o sistema poderá ser descontínuo, fragmentado e reativo. Mas isso não se aplica às condições crônicas. Pois, assim como afirma LAPÃO et al (2017, p. 714), espera-se que uma APS não restrinja a “um nível de serviço ou focalizada em grupos em situação de pobreza, mas capaz de assumir a coordenação de todos os seus usuários e a integração do seu sistema”.

Fonte: https://goo.gl/MsrfUQ

Por fim, Vilaça fala sobre os elementos importantes para composição das rede de atenção à saúde, quais sejam:

– uma população: a população adscrita à rede de atenção à saúde.

– um modelo lógico: O modelo de atenção à saúde.

-uma estrutura operacional: os componentes da rede de atenção à saúde.

Vale ressaltar que a população de uma rede não é a mesma contabilizada pelo IBGE, mas sim a população efetivamente cadastrada na atenção primária de saúde. Portanto, para que a APS no SUS possa desempenhar esse papel com efetividade grandes medidas devem ser tomadas conjuntamente pelas três instâncias de gestão do SUS, visando seu fortalecimento.

REFERÊNCIAS

LAPÃO,Luís Velez; ARCÊNCIO, Ricardo Alexandre; POPOLIN, Marcela Paschoal e RODRIGUES, Ludmila Barbosa Bandeira. Atenção Primária à Saúde na coordenação das Redes de Atenção à Saúde no Rio de Janeiro, Brasil, e na região de Lisboa, Portugal. Ciência & Saúde Coletiva, 22(3):713-723, 2017.

LAVRAS, Carmem. Atenção Primária à Saúde e a Organização de Redes Regionais de Atenção à Saúde no Brasil. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.4, p.867-874, 2011.

MENDES, Eugênio Vilaça, 2012.  A APS nas Redes de Atenção à Saúde. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA&list=PLQ2Ue6m-QUZI0lQ500NMIqX N2rgEHUwir>. Acessado em: 04 de outubro de 2018.

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