A caixa, a porta e o medo da liberdade

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Nunca fui artística. Nem perto disso, na verdade. Perceber isso ao longo da minha infância com a ausência de reforçamento (muito justa) do mundo e das pessoas que me rodeavam me fez distanciar cada vez mais da prática do desenho.

Sempre admirei a forma como as pessoas conseguiam colocar seus sentimentos em traços. Parecia mais simples do que encontrar narrativas para o não dito. Quase como se fosse possível desenhar aquilo que é indizível. 

Um dia, em uma das aulas da faculdade de Psicologia, foi pedido que os alunos desenhassem como estavam se sentindo no momento presente. Bufei. Simplesmente não conseguia materializar o que se passava na minha cabeça. Um eterno: mente manda, corpo não reproduz.

Acabei cedendo à frustração e comecei a rabiscar o papel. Como quem não tem intencionalidade. Como quem não pensa. Quinze minutos depois, esse rabisco apareceu. Digo que apareceu porque, para mim, foi como se houvesse um lapso na realidade dividido em “lápis na mão” e “desenho pronto”. Me despertei do que foi quase uma espécie de transe quando uma das minhas amigas me olhou surpresa e disse “caramba, você TEM que comentar esse desenho”.

Como poderia? Eu via a porta aberta? (spoiler, via, sim) Escolhia não sair, ainda que me sentisse presa? Não via a porta bem na minha frente? O que era a prisão? O que era lá fora? Que piada desagradável meu inconsciente tinha me apresentado naquele momento. Nauseante, para falar a verdade. Vem aqui o aspecto difícil da terapia: ela exige que as pessoas se enxerguem de maneiras que, normalmente, escolhem não se enxergar.

Esse desenho é de anos atrás. E, a partir dele, eu tive que tolerar esses sentimentos profundos por tempo suficiente para entendê-los e escutar o que eles estavam tentando me dizer (porque o evitamento, até então, era uma maneira “simples” de aguentar sem ter que enfrentar). Já faz um tempo que não estou mais nessa caixa.

   “…um prisioneiro balançando as grades, tentando desesperadamente escapar, mas à sua direita e à esquerda, a cela está aberta, não há grades… o prisioneiro só precisa dar a volta, mas mesmo assim ele balança freneticamente as grades. Isso acontece com a maioria de nós. Sentimo-nos completamente impactados, presos em nossas celas emocionais, mas existe uma saída… desde que estejamos dispostos a vê-la.” (Lori Gottlieb)

Estar disposto a ver a saída é uma tarefa extremamente difícil para alguns. Primeiro porque a liberdade envolve responsabilidade, e existe uma parte na maioria de nós que acha a responsabilidade assustadora. Depois porque a possibilidade de uma saída, por vezes, pode parecer ainda mais intolerável do que o próprio sofrimento. Ainda, pode ser muito difícil contornar as barras da prisão quando não se sabe para onde ir. A perda do antigo e a ansiedade do novo.

A mudança gera perdas. E é muito rico reconhecer os lugares que não nos cabem mais.

De outro ponto de vista, eu adoro caixas. E, afinal, não é sobre isso? o paradoxo infindável numa busca desesperada por liberdade e segurança. Se não gera sofrimento, que caixa bonita a sua. Mas, com sinais de incômodo, aprisionamento e redução de vivências, dar uma espiadinha pro lado de fora pode ser muito curativo.

Carl Jung disse: As pessoas farão qualquer coisa, por mais absurda que seja, para evitar encarar suas próprias almas.

Mas ele também disse: aquele que olha pra dentro, desperta.

(e, uau, olha só pra mim, citando Jung)

E por aí, como estão as olhadas para o cerne?

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Ligação emotiva com os animais de estimação

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Os vínculos entre humanos e animais são influentes. E a convergência benéfica entre os pets e a saúde mental é inevitável. A ampla parte dos donos de animais imaginam que seu pet como um integrante familiar. Em momentos como a quarentena, que fomos submetidos a ficar em casa, os nossos pets podem a maioria das vezes ser a única companhia de indivíduos que moram sozinhos, inclusive também, uma companhia agradável e cheia de carinho para idosos, crianças, famílias e adultos.

E isso é verídico, não importa a idade que nós temos. Crianças, adolescentes, adultos e idosos descobrem a felicidade no elo com seus animais de estimação. Logo, animais de estimação e saúde mental fazem o par perfeito.

As vantagens para a saúde mental de dispor de um cão ou gato, coelhos, ou outro animal de estimação, foram provadas em muitos estudos científicos. Os animais auxiliam na depressão, ansiedade e estresse. Além do mais, eles propiciam a companhia e facilitam o combate contra a solidão, enquanto nos trazem alegria e amor incondicional.

Já compreendemos que brincar com animais diminui os hormônios relacionados ao estresse. E esses privilégios podem ocorrer depois de cinco minutos de convivência com um animal de estimação, o que quer dizer que que eles são muito eficazes para quem sofre de ansiedade.

Fonte: encurtador.com.br/dkpBJ

Se divertir com um cachorro ou gato pode elevar nossos níveis de serotonina e dopamina. Estes são hormônios que tranquilizam e descansam o sistema nervoso. Quando damos um sorriso e uma risada do comportamento encantador de nossos pets, isso auxilia na liberação desses “hormônios da felicidade”.

Os indivíduos se sentem mais úteis quando têm um animal de estimação para cuidar. O comportamento de cuidar traz benefícios à saúde mental. Cuidar de outra vida nos dá um senso de propósito e significado.

Isso sucede mesmo quando os pets não compartilham muito sentimento com seus donos. Fazer as coisas para o bem de quem amamos reduz a depressão e a solidão. Alimentar, dar banho, levar para passear, esses quesitos podem fazer com que os seres humanos, principalmente os mais solitários, se sintam motivados, pois sabem que o animal necessita delas para sobreviver.

Referências

Heiden, J. & Santos, W. (2009). Benefícios psicológicos da convivência com animais de estimação para idosos [Versão Eletrônica]. Revista Àgora, 16(2), 487-496

Tatibana, L. S. & Costa-Val, A. P. (2009). Relação homem-animal de companhia e o papel do médico veterinário [Versão Eletrônica]. V&Z em Minas: Revista Veterinária e Zootecnia em Minas, 103(1), 12-18.

Costa, E. C. (2006). Animais de estimação: uma abordagem psico-sociológica da concepção dos idosos. Dissertação de mestrado, Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual do Ceará. Ceará, Brasil.

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Saúde organiza Seminário Estadual de Aleitamento Materno

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Tema do encontro on-line será “Amamentação como Responsabilidade Coletiva”

A fim de promover o debate sobre a relevância do aleitamento materno, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Superintendência de Políticas de Atenção à Saúde/ Diretoria de Atenção Primária, irá realizar o Seminário Estadual de Aleitamento Materno. O evento “on-line” será transmitido na manhã desta terça-feira, 31, às 08h30.

O seminário tem como público-alvo os profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), mas também estará aberto à população em geral. Para ter acesso a capacitação basta acessar o link e inserir o ID: 898 5677 1665 e a senha: 634385.

A gerente de Áreas Estratégias para os Cuidados Primários da SES, Thaís Sales Carvalho Oliveira, explica que “o evento é realizado anualmente em comemoração ao mês “Agosto Dourado”, simbolizando a luta pelo incentivo à amamentação e a cor dourada está associada ao padrão ouro de qualidade do leite materno”. A servidora complementa que “este ano o Seminário traz como tema central “Proteger a amamentação: uma responsabilidade de todos”, o que confere um momento oportuno para expandir essa discussão aos demais parceiros, entidades civis e a população em geral, e, consequentemente, proporcionar o apoio e fortalecimento desta causa”, conclui.

Imagem 1: Tema do encontro on-line será Amamentação como Responsabilidade Coletiva. Divulgação saúde

Programação

O Seminário on-line contará com três palestras, todas mediadas pela gerente, Thaís Sales Carvalho Oliveira. A primeira palestra será ministrada pela Enfermeira Obstetra e Professora do curso de enfermagem da Universidade Federal do Tocantins (UFT) Christine Rainer Gusman, com o tema “Amamentação: forças contrárias e estratégias no compartilhamento das responsabilidades”. A segunda será feita pela Engenheira de Alimentos e Gerente de Apoio ao Sistema de Vigilância Sanitária, Crislane Maria da Silva Bastos, e o tema será “Importância da NBCAL como ferramenta de proteção à amamentação”.

A última palestra será ministrada pelo Coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) e Secretário do Programa Ibero americano de BLH, Dr. João Aprígio Guerra de Almeida, e terá como tema “rBLH: 36 anos de proteção ao aleitamento materno no Brasil”.

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Protagonismo e apoio – (En)Cena entrevista a empresária Fabíola Bocchi

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“O peso da responsabilidade é muito grande pois você sabe que existem diversas famílias que dependem do emprego para viver, e pra mim, buscar minimizar os impactos disso está sendo o grande desafio”

O Mapa das Empresas pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia [1], informa que, em janeiro de 2020, o Brasil já ultrapassa a marca de 20 milhões de pequenos negócios. Segundo o SEBRAE, em 2020, os pequenos negócios representaram 98% das empresas do país, são responsáveis por 54% dos empregos formais, 30% de toda a riqueza nacional e estão presentes em 100% dos municípios brasileiros.
E durante a pandemia da Covid 19, o empreendedorismo, foi a saída encontrada por muitas pessoas ante ao desemprego e à redução de salários causados pelo contexto do coronavírus [2].

Mas como podemos pensar a saúde mental da mulher e empreendedora, no contexto da pandemia?

O Portal (En)Cena conversa com Fabíola Bocchi para entender sua perspectiva acerca dos desafios de ser mulher, a empresária e administradora da franquia do Divino Fogão em Palmas-TO, mãe e estudante de psicologia no Brasil da pandemia. A entrevistada destaca problemas ligados à “sobrecarga invisível” de trabalho que caracteriza a rotina de muitas mulheres e, ainda, destaca a importância da solidariedade e do protagonismo feminino como soluções no pós-pandemia.

Fabíola Bocchi. Foto: arquivo pessoal

(En)Cena – Considerando o seu lugar de fala, de mulher, empresária, mãe e estudante de psicologia e usuária ativa das redes sociais: o que é ser mulher no Brasil, durante a pandemia da COVID 19?

Fabíola Bocchi – É um imenso desafio. Ser mulher já vêm com a sobrecarga invisível anexada durante tempos normais, agora então a situação se intensificou muito mais. O excesso de trabalho, estudos de forma remota, responsabilidades domésticas e acompanhamento escolar recaiu sobre todas nós, nos deixando mais sensíveis à ansiedade e ao estresse. Tivemos um impacto muito brusco, sem precedentes… tivemos que nos adaptar muito rapidamente, e muitas vezes o psicológico não acompanha.

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(En)Cena – Como a saúde mental (sentimentos e emoções) das mulheres interfere na rotina de casa e do trabalho?

Fabíola Bocchi – Com as emoções desestabilizadas, ficamos muito mais vulneráveis a sofrer com os efeitos negativos de tantas atividades, e isso acaba impactando muito como lidamos com as coisas mais simples do dia a dia na nossa casa e trabalho. O momento nos desafia a transmitirmos à quem mais amamos (principalmente os pequenos) segurança, otimismo, força, mas não são todos os dias que isso é possível, infelizmente.

(En)Cena – Quais os desafios de empreender sendo mãe e mulher, durante a pandemia?

Fabíola Bocchi – O meu negócio exigiu muito mais atenção do que o normal, pois precisou ser totalmente reinventado. O peso da responsabilidade é muito grande pois você sabe que existem diversas famílias que dependem do emprego para viver, e para mim, buscar minimizar os impactos disso está sendo o grande desafio. E como mãe e mulher, equilibrar tudo isso está sendo um esforço imenso, acho que o maior de todos os obstáculos. Como meus filhos são pequenos e em idade escolar, fica praticamente impossível acompanhá-los durante as aulas online e acompanhar as minhas aulas como estudante ao mesmo tempo. A noite é que me sento com calma e revisamos o aprendizado do dia e então auxílio nas tarefas. Mas nunca imaginei que teria que ser tão vigilante com o tempo, e desenvolver tanto mais minha habilidade de administrar e planejar para conseguir dar conta de tantas demandas.

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(En)Cena – Na sua opinião, qual seria o caminho para as mulheres no pós-pandemia?

Fabíola Bocchi – Percebo o quanto é benéfico grupos de pessoas que estão passando pelas mesmas dificuldades, que se relacionam e interagem buscando desabafar, buscando apoio, solidariedade e uma palavra animadora. Penso que nós mulheres poderíamos buscar mais estas redes de apoio, nos fortalecendo mutuamente. Também podemos procurar diferentes formas de combater a ansiedade, buscando ter maior flexibilidade com as rotinas de casa e trabalho, e com nossos objetivos pessoais, tentando baixar as exigências sobre si mesmas, aprendendo a observar nossos limites, ter autocompaixão e não buscar a perfeição. O caminho para as mulheres no pós-pandemia é ser protagonistas na reconstrução da nossa realidade.

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Nota:

[1] https://www.gov.br/governodigital/pt-br/mapa-de-empresas

[2]https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Sites%20Modulares/Agentes%20P%C3%BAblicos/Guia%20de%20Empreendedorismo%20do%20Candidato.pdf

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O Brasil e a banalidade do mal

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A maioria dos genocídios ao longo da história se deu por meio de ações declaradamente violentas, sangrentas e por uso da força. Já o genocídio Bolsonarista acontece sem que os assassinos precisem sujar suas mãos ou se exporem. Basta não fazerem nada, basta deixarem que aconteça. Mesmo as ações utilizadas para acelerar o processo, são sutis e singelas. Podem até serem confundidas com um pequeno engano, uma piada, uma ignorância inocente ou uma preocupação legítima: “esquecer” do uso da máscara, compartilhar ou inventar mentiras, falar uma bobagem qualquer usando a si próprio como exemplo de validação,  indicar terapêuticas aparentemente inofensivas, criticar o isolamento social em prol do direito ao trabalho e a renda.

O genocídio Bolsonarista não precisa provocar muito barulho e nem se colocar na cena das mortes; é limpo e covarde. Sua perversão e crueldade está sobretudo, na sutileza e na invisibilidade  As pessoas podem ser enviadas para a morte com uma “inocente” mensagem de WhatsApp ou um vídeo na TV.

Hannah Arendt, em sua leitura sobre o julgamento de Eichmann por crimes de genocídio contra os judeus, afirmou que não foi necessário um monstro cruel e perverso para instrumentalizar as atrocidades comandadas por Hitler e o Nazismo, durante o Holocausto. Bastou um burocrata obediente, sensato e disciplinado, disposto a cumprir ordens e fazer o seu trabalho de modo eficiente. Bastou que Eichmann cumprisse seu papel e se deixasse levar pelo que Arendt chamou de “banalidade do mal”. O que não faz dele menos responsável, vale salientar.

Fonte: encurtador.com.br/uvA08

O Brasil de 2020 e 2021 está infestado de Eichmanns. São médicos e instituições médicas que não se pronunciam frontalmente contra o negacionismo e o uso indiscriminado de medicamentos e terapêuticas sem prescrição devida. São Universidades, instituições de ensino e pesquisa, cientistas e pesquisadores que silenciam diante de um governo que não respeita a ciência e a invalida. São empresários e comerciantes que fazem manifestação pelo direito de colocar seus trabalhadores e clientes em risco, ao invés de se mobilizarem pela vacinação em massa.  São oportunistas de toda ordem que fecham os olhos para aceitarem cargos, privilégios e promoções dentro desse governo. É o Centrão que insiste em apoiar um governo sem condições morais, éticas, intelectuais, políticas e nem mesmo estéticas, para governar nosso país. São homens da lei que se escondem atrás da legalidade e da burocracia, para promoverem mais mortes. São os cínicos que assistem o massacre do alto de seus privilégios ricos e brancos, sem nada fazer. São os veículos de comunicação que se escondem atrás da “isenção jornalística”, a fim de sustentarem os discursos que lhes convém. São os artistas, os comunicadores e influenciadores de toda ordem que “não querem se meter em política”. São padres, pastores, guias, mestres e líderes religiosos que usam o nome de Deus para matar sem culpa. São todos que, munidos de algum privilégio, influência ou poder, decidem apenas lavar suas mãos, nesse caso, literalmente. E, finalmente, temos ainda os débeis, os deliroides e os idiotas que parecem gozar e se gabar, enquanto seguem convictos e crentes, em direção à própria morte e a dos seus.

O Brasil caminha a passos largos para 400 mil mortes, e sabemos que muitas delas poderiam e podem ainda serem evitadas. Bolsonaro não é responsável por todas essas mortes sozinho, deverão ser julgados juntos com ele, todos aqueles que, como Eichmann decidiram apenas “contribuir com sua parte para o nosso belo quadro social”.

Então, se você se percebe anestesiado pela “banalidade do mal”, mas não quer ser cumplice de todas essas mortes, desperte, se mova e grite: FORA, BOLSONARO GENOCIDA!

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Psicologia do Ceulp participa da Semana da Responsabilidade Social

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O evento aconteceu no Colégio da Polícia Militar do Tocantins

Na manhã desta quinta-feira (20/09), o curso de Psicologia esteve presente,  em parceria com o curso de Direito do Ceulp/Ulbra, em uma ação que faz parte da Semana da Responsabilidade Social.

A ação realizada pelos cursos teve a participação das acadêmicas e estagiárias do Portal (En)Cena. “Quem é Você na Rede?” foi a intervenção que teve como proposta trabalhar com os impactos cibernéticos na vida de pessoas que sofrem violências nas redes por meio de discursos de ódio.

Acadêmicos do Colégio Militar durante a ação. Foto: Irenides Teixeira

Os temas de racismo, homofobia, xenofobia e machismo foram explicitados por meio de comentários que foram proferidos em redes sociais e casos que geraram grandes repercussões nos últimos tempos.

Além das reflexões e compartilhamento de vivências, houve também a contribuição do curso de direito para tratar da parte jurídica, conscientizando os alunos sobre as leis que resguardam os direitos humanos, ressaltando ainda que a internet “não é um mundo sem leis”, muito pelo contrário, atualmente há delegacias especializadas para crimes cibernéticos.

Acadêmicos do Colégio Militar durante a ação. Foto: Irenides Teixeira

A intervenção aconteceu das 9h às 12h, cerca de 300 alunos participaram. Para a aluna do Colégio Militar Aryalha Ruviere a Semana da Responsabilidade Social significa várias coisas, uma delas é que “podemos ter consciência dos temas que cada profissão trabalha e como fazem isso”.

O evento contou ainda com a participação de outros cursos de Administração Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Ciência da Computação, Ciências Contábeis,  Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia de Minas, Engenharia de Software, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Veterinária, Odontologia e Sistemas de Informação.

Acadêmicos do Colégio Militar durante a ação. Foto: Irenides Teixeira

O Dia da Responsabilidade Social faz parte da Campanha Nacional da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), que tem o propósito de estabelecer uma ponte entre o setor acadêmico e a sociedade, trazendo benefícios para a comunidade e proporcionando um momento de conscientização por meio das atividades desenvolvidas pela instituição.

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Os percursos da Democracia: reflexão, crítica e conflito

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A democracia é, atualmente, uma forma de governo que abrange todo o Ocidente. De origem grega, o termo designa o poder que é exercido pelo povo (demos: povo; kratía: poder). O presente trabalho aborda, sobretudo, a perspectiva de Goldhill (2007), para compreender o contexto de desenvolvimento desse sistema, bem como contrastá-lo com a democracia moderna. O contexto social da Grécia Antiga, mais precisamente em Atenas, no século VI a.C., contribuiu para a adoção de diversas medidas políticas, estas culminando em uma forma de governo democrático.

As sociedades ocidentais afirmam constantemente a relevância de uma política fundamentada na democracia. Esta é compreendida como a melhor estrutura de governo, desprezando-se aquelas que lhe são opostas, tais quais os regimes ditatoriais. Mais que mero exercício popular do poder, a democracia implica em reflexão, crítica e conflito [1]. Desde o seu surgimento “A discussão era indispensável […]. O povo ateniense queria que cada questão lhe fosse apresentada sob todos os seus diferentes aspectos e que lhe mostrassem claramente os prós e os contras” [2].

Fonte: http://zip.net/bptHNj

Considerando seu emprego usual nos discursos políticos de grande parte das sociedades, convém voltar-se aos primórdios da democracia para além da origem conceitual. A exploração histórica que remete a Atenas de 2.500 anos atrás se justifica ao passo que “Os democratas precisam questionar que forma deve tomar seu governo, e como ele se compara com outras formas de autoridade, hoje e no passado” [1]. O panorama fornecido pela Grécia Antiga permite que se compreenda os rumos que a democracia tomou no decorrer dos séculos, bem como suas possibilidades e limitações.

Primórdios da democracia

Atenas era governada por uma classe privilegiada de aristocratas, os quais detinham o poder político e econômico. Antes de a democracia ser implementada de fato, Goldhill destaca dois nomes que a influenciaram positiva e negativamente. O primeiro, Sólon, foi líder da cidade-Estado em 590 a.C. De acordo com o autor, dentre as medidas adotadas, destaca-se o direito de todos os cidadãos em recorrer a um júri, e a servidão tornou-se ilegal quando implicava em empréstimos feitos pelos abastados aos mais pobres. Tais ações foram positivas visto que favoráveis às classes populares.

O segundo líder, Pisístrato, tornou-se um ditador em 560 a.C. Sua influência é considerada negativa devido a liderança de um grupo de homens das colinas, visto que “A tirania era o trunfo desse […] grupo” [1]. Apesar de ser reconhecido como um tirano, o autor mencionado revela que Pisístrato realizou grandes obras que contribuíram ao desenvolvimento cultural de Atenas.

Bustos de Sólon e Psístrato, respectivamente.

Após a queda de Pisístrato e seus liderados, entra em cena a figura principal a firmar a estrutura para o estabelecimento da democracia: Cleistenes. Em 508 a.C., ele conquistou a liderança de Atenas e propôs

[…] a completa reorganização da política referente ao espaço de Atenas, e com isso o senso de pertencimento, de cidadania. Ele requeria que todo cidadão – cidadãos emancipados do sexo masculino, maiores de 18 anos – se registrasse em uma deme. […] O importante impacto político dessas bases se dava no estabelecimento de estruturas de autodeterminação em cada uma das comunidades, concedendo a elas um senso de responsabilidade por tudo o que acontecia ali [1].

As demes eram como distritos, porém, constituídas com base no sentimento de pertencimento de cada cidadão que a habitava. Atenas organizava-se em dez conjuntos de demes, formando tribos que autogeriam-se e possuíam estruturas religiosas e financeiras próprias [1]. A responsabilidade tratada acima se relaciona ao fator de grande destaque na democracia ateniense: o poder concedido aos homens, que de forma igualitária tomavam as decisões referentes a cidade-Estado. Por meio da Assembleia e das cortes populares, Cleistenes contribui à participação popular na tomada de decisões políticas, retirando da autocracia os privilégios quanto a tais questões.

A participação ativa na política era um sinônimo de cidadania, algo sobremodo relevante para os atenienses. No entanto, estabeleceu-se às custas da exclusão de mulheres, homens escravos, menores de idade ou aqueles que não fossem atenienses (nascidos em Atenas, bem como os seus genitores). Betthany Hughes destaca em documentário [3] que, “De cada três pessoas que moravam em Atenas uma era escrava. Os atenienses eram vigorosos democratas porque tinham […] os prisioneiros de guerra feitos escravos para realizar o trabalho sujo”. Corroborando com a ideia de Aristóteles quanto ao servilismo inato de determinadas classes [1], tem-se uma das bases inconvenientes sob as quais a democracia se desenvolveu.

Cleistenes. Fonte: http://zip.net/bvtHx7

Apesar dos aspectos negativos dessa democracia, a partir de Cleistenes,

Pela primeira vez, o povo de um Estado estava comprometido com a autodeterminação, com a autonomia e a responsabilidade para tomar decisões – a tarefa de governar. Cleistenes estabeleceu os princípios estruturais por meio dos quais a democracia ainda funciona: cidadania baseada em afiliações locais e nacionais, instituições administradas por e para os cidadãos, estruturas de poder combinadas e responsáveis, num sistema de controle mútuo das repartições governamentais [1] .

Estrutura democrática ateniense versus democracia moderna

O funcionamento da democracia na antiga Atenas revela o quão engajado estava o cidadão ateniense no agir político da cidade-Estado. Ali, a participação era o estandarte. Assim, é delineado o contraste entre o agir democrático em seus primeiros tempos com o dos tempos hodiernos, onde os indivíduos limitam-se a assistirem passíveis o desenrolar político de sua comunidade.

O significado de cidadania unia os cidadãos atenienses, independentemente da posição social que eles tivessem.  Aos que eram das classes mais baixas e não tivessem condições financeiras para participar de certa atividade política, como uma eleição, outorgava-se lhes dinheiro para que pudessem ir ao local no qual exerceriam papel de sujeitos democráticos. O ideal era que todos participassem enquanto sujeitos que conheciam e se importavam com seu sistema de tomada de decisões.

O modo pelo qual eram escolhidos os oficiais – exceto o posto de General –, através de seleção aleatória ou pela sorte, deixava claro que todo e qualquer cidadão poderia ser um personagem importante no agir político de sua cidade. Assim sendo, essa forma de seleção dava enorme possibilidade a grande parte dos cidadãos atenienses de atuarem em cargos públicos. Goldhill [1] ressalta que, numa década, “[…] entre um quinto e um décimo de todos os cidadãos serviria no Conselho […]”, onde eram deliberados assuntos importantes ao povo.

Fonte: http://zip.net/bvtHyk

O sujeito democrático ateniense era ativo, poderia (e deveria) decidir acerca de todos os temas importantes para a comunidade, desde as leis até iniciativas de guerras. O indivíduo se envolvia em questões cujos desfechos inevitavelmente afetariam sua vida. É evidente o contraste com as democracias ocidentais modernas, cujos cidadãos são aficionados por direitos e, de modo geral, limitam-se a somente verem seus representantes tomarem decisões por eles, muitas vezes sem consultar seu eleitorado.

Na democracia ocidental moderna, uma parcela reduzida de indivíduos é tida como apta para o agir político; na antiga, todos os cidadãos poderiam desenvolver em si o sujeito democrático, sendo personagens ativos e determinantes. Mesmo o cargo de general, ou a magistratura – postos mais elevados, sendo esta última determinada pelo sorteio de uma lista final –, “[…] permaneceram estritamente sob a autoridade da Assembléia, e não podiam dirigir ou instruir a Assembléia ou o Conselho” [1].

Ainda que distinta da incipiente democracia grega, o atual sistema assemelha-se àquela no que tange a três princípios, a saber: a liberdade de expressão, a igualdade perante a lei e a responsabilidade. O primeiro implica na liberdade que todo cidadão tem para falar, expressar-se nos eventos públicos ou governamentais. Embora o referido princípio subsista até os dias de hoje, é perceptível que na prática não ocorra da forma que deveria ser. Muitos cidadãos vivem uma falsa liberdade, onde são tolhidos e induzidos pelas classes superiores a não expressarem-se.

A igualdade perante a lei, como o termo sugere, indica que, em julgamento, um cidadão não deve ser privilegiado em detrimento de outro, ou da lei publicada. As reformas de Sólon, no que tange ao direito de apelação a corte, seguidas das ações de Cleistenes, contribuíram com o decrescimento da estrutura hegemônica autocrática.

Diferentemente das cortes modernas, não havia juízes ou advogados profissionais […]. Cada reivindicador tinha de falar por si próprio, e era julgado pelos colegas. […] Esse era um processo em aberto, debatido e anotado publicamente, regulamentado pelo estatuto da lei publicada. A seleção aleatória dos jurados evitava o suborno e decisões políticas tendenciosas […] [1].

Embora atualmente encontre-se prerrogativas tais quais o foro privilegiado em determinadas instâncias políticas, em suma, a isonomia prevalece como um princípio fundamental da democracia.

Fonte: http://zip.net/bqtH4d

A responsabilidade, por sua vez, implica em que “[…] todo homem [deve] […] se responsabilizar pela coletividade de cidadãos. Isso significa que cada homem é responsável por seu voto e suas ações, e que ele pode ser responsabilizado” [1]. Reforçando o que foi mencionado, sabe-se que a democracia grega funcionava com base em uma população restrita, excluindo escravos, mulheres e menores de idade. A democracia atual, no entanto, sobressai-se – com algumas reservas – pela conquista do direito ao voto, independente de gênero ou classe social. Contudo, Goldhill questiona determinada inércia dos cidadãos modernos, bem como o desagrado com a estrutura democrática vigente.

Críticas ao modelo democrático

Para explicar os caminhos que a democracia atual tomou, o autor citado propõe uma análise das críticas a tal sistema, principalmente aquelas feitas por Platão. Suas influências a democracia moderna residem principalmente em proposições quanto a especialização necessária para se atuar em determinado cargo, incluindo os políticos. Platão criticava a não exigência de preparo técnico e intelectual dos governantes, bem como alegava a incapacidade dos cidadãos para decidir acerca de temas políticos.

A oposição de Platão “[…] à democracia em nome da lei e da ordem continua a prover uma autoridade intelectual fundamental para governos totalitários (e democracias nervosas)”. Para o filósofo, a democracia ateniense aproximava-se da anarquia, enquanto Esparta, conhecida por um sistema social e leis rigorosas, era o modelo ideal de governo fundamentado na “ordem social” [1].

Soldados espartanos. Fonte: http://zip.net/bntG6J

Tratando-se de ordem social, outro filósofo aparece como influente no modelo atual de democracia. Sócrates, segundo afirma Goldhill, “[…] foi executado pela Atenas democrática, devido àquilo em que acreditava. O que ele ensinava, e como o fazia, parecia muito perigoso para ser tolerado pela sociedade”. O autor expressa a relação de Sócrates com a fragilidade do sistema democrático, no que tange ao “[…] equilíbrio entre a liberdade de expressão e as exigências da ordem social” [1].

Platão e Sócrates ainda hoje movem questões clássicas de democracia e liberdade de pensamento. De certo modo, ambos apresentam posições distintas, porém, mobilizam a reflexão já proposta anteriormente: a democracia implica em crítica, conflito entre “liberdade individual e a regulamentação da comunidade” [1] e divergência de opiniões. O percurso histórico acerca da democracia revela as potencialidades e fragilidades, tanto nos primórdios quanto atualmente. Winston Churchill afirma que “A democracia é a pior forma de governo, tirando todas as outras” [4]. Apesar de ter se expandido como uma estrutura de governo desejável, percebe-se que ela implica, inevitavelmente, em que haja constante discussão, tanto sobre suas bases quanto sobre os rumos a serem tomados.

É notável que a democracia moderna ampliou alguns de seus princípios, no entanto, outros decresceram no decorrer do tempo. O engajamento percebido nos atenienses, por exemplo, bem como seu grande poder de decisão política são exemplos de aspectos nos quais os cidadãos modernos mostram-se estagnados. Algumas sociedades atuais, ditas democráticas, sequer contam com a participação de parcelas significativas da população para a escolha de seus líderes. Assim como Platão afirmava, supostamente deve-se confiar as decisões mais importantes a sujeitos capacitados.

Fonte: http://zip.net/bftG35

O descontentamento com a democracia atual, conforme abordado, pode ser analisado de acordo com diversos pensamentos, dentre eles os dos filósofos Sócrates e Platão. Além das reflexões anteriores quanto a dinâmica da democracia, as proposições desses filósofos fornecem lentes para se avaliar o sistema atual, bem como os seus impasses com a ordenação social. Considerando o posicionamento de Churchill, bem como o de Goldhill, para que se mantenha a democracia deve-se sempre questioná-la e compará-la com os modelos anteriores, ou seja, implica em conhecer sua história.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, J. B. Grécia – a caminho da democracia. Disponível em: <http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2007_2/Jeronimo_Basil.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2017.

[1] GOLDHILL, S. Amor, sexo e tragédia: como gregos e romanos influenciam nossas vidas até hoje. Tradução Cláudio Bardella. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007. Parte III, cap. 1-5.

[2] COULANGES, 2004, p. 356 apud ALMEIDA, s.d., p. 25.

[3] A HISTÓRIA da democracia (Athens: The Truth About Democracy). Apresentação: Betthany Hughes. 2007. (95 min). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=P3yVRkvP-w4>. Acesso em 01 mar. 2017.

[4] CHURCHILL apud GOLDHILL, 2007, p. 149.

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Responsabilidade Social e Comunidade

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Um dia em que a universidade estreita laços com a comunidade: assim é o Dia da Responsabilidade Social, uma iniciativa do CEULP/ULBRA que estimula a participação dos acadêmicos em ações socialmente responsáveis, na medida em que oferece á comunidade uma gama de atividades que envolvem: educação, saúde, cultura e meio ambiente, visando o bem-estar e a qualidade de vida da população.

Esta ação faz parte do Dia da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular, desenvolvida pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), com o intuito de mostrar atividades resultantes dos projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos pelo CEULP/ULBRA.

Este ano, a atividade aconteceu na Escola Municipal Maria Rosa de Castro Sales – localizada no Setor Morada do Sol – Palmas/TO, tendo a participação de acadêmicos dos cursos de dos cursos de Ciências Contábeis, Direito, Educação Física, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Veterinária, Odontologia, Psicologia, entre outros.

Entre as atividades realizadas estavam na Programação (2014): bazar solidário; educação em questões de zoonoses endêmicas; orientações sobre a importância do uso do protetor solar em adultos e crianças e distribuição de amostras manipuladas pelos acadêmicos; avaliação de pressão arterial e realizar ausculta cardíaca; sala dos direitos da criança; atividades lúdicas; recreação e lutas; exposição sobre o tema higiene bucal; oficinas de materiais de recicláveis; campanha de imunização; realização de testes rápidos para dosagens de glicemia e tipagem sanguínea em lâmina;  prática da higienização e esfoliação, seguida de hidratação e fotoproteção facial, dos pais das crianças participantes do evento; entre outras.

O (En)Cena ouviu alguns acadêmicos que estavam desenvolvendo atividades. Eles falaram sobre a ação e a importância da mesma para a comunidade local e sua formação.

Laureano Silva de Carvalho – Acadêmico do curso de Fisioterapia.

“Eu acho que é um dia muito importante, pois envolve o nosso curso com ações diretamente na comunidade, principalmente na comunidade mais carente. Isso faz com que cada curso, cada pessoa possa observar na comunidade que o seu curso é importante, e ver como ele pode trabalhar isso de uma forma responsável.

Estamos disponibilizando avaliação na parte corporal e também tratamento de forma gratuita, dessa forma podemos inserir nosso curso na comunidade. Tratamento de acordo com a avaliação, cada pessoa vai receber um diagnóstico fisioterapeutico e cada pessoa vai fazer o tratamento conforme o diagnóstico.”

Camila Alves Nascimento – Acadêmica do curso de Biomedicina.

A contribuição para o meu curso é poder ter a oportunidade de lidar com o paciente, oportunidade de humanização, de novas pesquisas, de ser algo diferente, de solidário, ser uma ação solidária. É um conhecimento diferente porque a gente, os biomédicos, não lida com os pacientes, diretamente. Ficamos lá dentro do laboratório, então quem tem o contato com o paciente é o coletor, o recepcionista que fica lá fora, logo é bom ter o contato com paciente,  perguntar o histórico e tudo.

O bom para a comunidade é poder fazer um teste sanguíneo, pois tem gente que não tem condições, fazer um exame para medir a glicemia, aferir a pressão… muita gente aqui, carente, não tem condições para fazer. É bom contribuir.”

Wandressa Salazar – Acadêmica do curso de Estética e Cosmética.

“É importante estarmos aqui. O curso estética e cosmética está oferecendo hoje um protocolo de hidratação facial. Para nós da área é relevante porque estamos tendo o contato com as pessoas antes mesmo de terminar o curso, um contato mais na prática.

Para a comunidade eu vejo que é importante porque eles vão saber o que a gente faz lá, pois tem muita gente que não conhece ainda o nosso trabalho, apesar de ser uma coisa que está aí na mídia.”

Luzia Gonzaga Vieira – Acadêmica do curso de Educação Física.

Olha, é muito importante, porque, para a gente que está iniciando o curso é o nosso contato com a comunidade, porque é a nossa profissão que iremos atuar no futuro, logo, temos contato com a prática e validamos o que estamos aprendendo na teoria. O contato é muito importante, porque além de nos socializar com a comunidade ainda nos proporciona o prazer daquilo que nós vamos fazer futuramente.

A comunidade se beneficia porque as pessoas participam das diversas atividades e ainda se socializam não só com os colegas de turma, mas com a sociedade em geral. Aqui não tem como ficar parado, e é muito prazeroso de estar fazendo parte desse movimento.”

Érica Araújo Gomes – Acadêmica do curso de Psicologia.

“A gente passa para as crianças que é possível reutilizar o material reciclável, como brinquedos bem legais. Ver o rosto das crianças, todo mundo feliz, é muito gratificante, saber que nosso trabalho está atingindo eles de alguma forma, que ficam felizes, que dá para passar essa ideia que o material dá pra ser reutilizado.

Para formação importante, agrega bastante conhecimento, este contato traz troca, tanto a criança que vem e a gente, vai conversando… Então esse momento é muito gratificante e esse dia com certeza vai ficar marcado na memória como um dia muito legal.”

Neide Carvalho da Silve – Acadêmica do curso de Serviço Social.

Hoje é o dia da responsabilidade social e, quando se trata desse assunto, eu acho que remete ao nosso curso, dessa responsabilidade, enquanto profissional, de estar na responsabilização de direito do indivíduo, dessa inserção dele, enquanto indivíduo, na sociedade, na busca de seus direitos. É o dia que trabalhamos essa responsabilidade social levando pra sociedade, principalmente assim, hoje, adolescente, criança, é entender de direito, e isso faz parte do contexto social, enquanto você profissional, você pode, se pautar na ética no profissionalismo e de forma que você contribua para a sociedade fazendo essa ponte de direito de ser humano na sociedade.”

Para saber mais sobre o evento:

http://ulbra-to.br/noticia/2014/09/22/Confira-como-foi-o-Dia-da-Responsabilidade-Social

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